But...I Like You. escrita por Marril
Notas iniciais do capítulo
Hello people :3
Então como vão? Estão a gostar da fic? Querem recomendar alguma coisa ou criticar algo? Estou aberta a respostas/opiniões ^^ Agora para não vos chatear mais deixo-vos com o novo capítulo!
Boa Leitura
Suspirei pesadamente antes de começar a subir mais uma vez as escadas, acho que se por cada suspiro que eu dou eu ganhasse 1€, provavelmente estaria rica, não, esperem, pensado melhor, esqueçam o que eu disse.
Assim que cheguei ao corredor comecei a observar as três portas, onde é que ele estaria? No quarto provavelmente, mas será que posso entrar assim de repente? Na dúvida acabei por perguntar (ainda no meio do corredor):
–Nathaniel? Estás aonde?
–Aya finalmente! Eu estou aqui na… – Que estranho, a voz dele vem da…Oh não, não me digas que… Não, por favor tudo menos isso! -… casa de banho. – Porquê? Porque é que a minha intuição tinha de estar certa?
Aproximei-me, receosa, daquela maldita porta, antes de anunciar a minha presença ainda encostei o meu ouvido à madeira na esperança de, pelo menos, tentar perceber o que se passava, no entanto não consegui ouvir nada de especial. Sem opção de escolha bati levemente na porta dizendo:
–O que é que se passa? Porque é que me chamaste?
–Ahm Aya, bem, isto é um pouco embaraçoso, mas podias fazer-me um pequeno favor?
–O que é que foi agora? – Perguntei revirando os olhos.
–P-Podias trazer-me uma toalha?
–O-O q-quê? – Engasguei-me com a minha própria saliva enquanto tentava assimilar o pedido do loiro.
–É uma história engraçada sabes… – Disse como se estivesse a esboçar um sorriso envergonhado.
–Eu tenho tempo sabes… - Imitei-o.
–Mas está um pouco frio hoje e eu não quero apanhar uma constipação! Tem dó de mim Aya! – Lamentou.
Suspirei novamente antes de virar costas e começar a procurar uma toalha, encontrei-a facilmente, pois os objetos não costumam sair do seu lugar e eu não tenho o hábito de estar sempre a mudá-los, pelo contrário até gosto de ter tudo arrumado e guardado no seu devido sítio.
Caminhei de volta à casa de banho, já com a toalha nos braços, e bati levemente na porta.
–Aya? – Perguntou aquela voz inconfundível.
–Não, o papão. – Respondi irónica.
–Haha muito engraçada. Tens a toalha?
–Simm…
–Ótimo, entra e dá-ma.
–Desculpa?
–Entra e dá-ma.
–No way!
–Porque não?
–… – Que razões eu poderia dar? De todas as que me lembro agora nenhuma me parece ser indiscutível. Respirei fundo antes de, por fim, responder. -Está bem, eu vou entrar.
–Despacha-te que estou aqui a congelar. – Reclamou.
Entrei com os olhos semicerrados, sem saber o que esperar. Por sorte, Nathaniel ainda estava dentro da banheira e a única coisa que eu via era um borrão do seu corpo nu. Não sei se estou corada, mas por sentir as minhas bochechas ligeiramente quentes presumo que sim.
–A-Aqui t-tens. – Acabei por dizer ao mesmo tempo que estendia a toalha.
–Obrigada Aya. – Disse a mancha do outro lado enquanto um braço estendia-se cá para fora para receber a dita toalha.
Entreguei-lhe a mesma o mais rápido possível e saí daquele lugar na mesma velocidade entrando no meu quarto. Má escolha (para variar), o loiro entrou, ao fim de alguns minutos, apenas com a toalha que lhe tinha entregado enrolada descuidadamente à volta da cintura. Desviei o olhar, mas antes não consegui evitar uma pequena espreitadela ao corpo dele, é verdade, eu sentia uma leve curiosidade em saber…
–Hmm desculpa pela confusão, acho que te devo uma explicação, não? – Uma a voz interrompeu a minha linha de pensamentos. Sacudi levemente a cabeça e virei-me para ele, encolhendo simultaneamente os ombros em resposta.
Nathaniel aproximou-se e sentou-se ao meu lado, deixando-me ligeiramente desconfortável por ele estar tão perto e com tão pouca roupa, ou melhor, quase nenhuma. Afastei-me discretamente e esperei que ele começasse o relato. Ao perceber a minha espera, pigarreou para aclarar a voz e iniciou:
–Bem, não há nada de especial para contar, apenas que eu quando entrei na casa de banho fui diretamente para a banheira sem me aperceber que não tinha levado nada comigo, depois só me apercebi disso no fim do banho. Agora, a não ser que queiras saber algum pormenor do meu duche, vou-me mudar, desculpa mais uma vez pelo incómodo. – Não sei porquê, mas o tom de voz de Nathaniel mudou durante o discurso, parecia mais frio. Será que eu fiz algo de mal? Se sim, não sei o quê!
Levantei-me e saí do quarto, deixando o loiro a mudar-se à vontade. Assim que cheguei à cozinha comecei logo a preparar o pequeno-almoço, desejando não ser novamente incomodada, acabei por me distrair completamente (tal como queria) e permaneci nesse estado aluado até chegar à escola.
Enquanto estive perdida nos meus pensamentos, lembrei-me que já não via Castiel há algum tempo, quando terá sido a última vez que o vi? Talvez a minha mente esteja a enganar-me, mas tenho quase a certeza que falei com o ruivo na terça… Ah é claro, foi no dia em que torci o tornozelo e ele salvou-me! Mas porque tenho a sensação que depois disso ainda o vi?
–Aya?
Retornei à realidade e olhei à minha volta, estava em frente da escola. Nathaniel balançava a sua mão de maneira a chamar a minha atenção e chamava pelo meu nome.
–Sim? – Respondi espontaneamente.
–Nada, estavas distraída, então só queria chamar-te à atenção.
–Hmm okay, obrigada acho.
Entrei na escola despreocupadamente, pois a minha vontade de ter aulas era de: menos um. Além disso ainda estava à procura de Castiel, não ficaria descansada até falar com ele e finalmente esclarecer algumas dúvidas que tinha.
***
No fim da segunda aula Melody pediu-me para falar com ela, estranhei o seu pedido, da última vez que tínhamos conversado nada de mais tinha acontecido, mas porque é que desta vez tenho uma sensação de perigo?
Depois de todos saírem a rapariga fechou a porta trancando-a, revirei os olhos mais uma vez e esperei que ela começasse finalmente a falar.
–Olha, da última vez eu deixei bem claro que o Nath vai ser meu, mas desta vez é diferente. Venho avisar-te que é melhor afastares-te dele antes que sofras. O Nath é meu e só meu, não vou permitir que uma rapariga como tu fique com ele!
–Okay? – Se ela pensa que as ameaças dela me afetam ela está a ser ingénua. Quando é que ela vai perceber que Nathaniel é livre de escolher com quem quer ficar e que eu não sou nenhum obstáculo para ninguém?!
–Como assim okay? Nem sequer te importas que eu to roube? – Roubar? Agora ele é um objeto? -Não me digas que não és capaz de lutar pelas pessoas que gostas?! Sendo assim isto vai ser canja! O Nath vai ser meu em breve! – Lutar pelas pessoas que gosto… Eu deveria lutar por Nathaniel? Importar-me-ia se Melody o “levasse”? De qualquer maneira se ela quer “roubar-mo” de mim, ela está a ser um pouco ridícula, afinal Nathaniel nem sequer me pertence…
Saí da sala pensando seriamente sobre o assunto, deixando para trás (sem notar) uma Melody histérica e fula. Eu gosto de Nathaniel? Isso nem sequer faz sentido, somos apenas amigos de infância e falsos namorados. Ele nem deve ver-me dessa maneira. É isso mesmo, eu não gosto dele, estou apenas confusa porque já passámos por tanta coisa juntos. Além disso a última coisa que eu quero é apaixonar-me e tenho a certeza que se eu visse um pequeno sinal disso iria cortar rapidamente esse mal. Qualquer sinal de amor deve ser cortado pela raiz. Sim, eu lembrava-me, uma pequena citação de um livro tinha-se tornado o meu lema de vida. As pessoas devem pensar que eu sou estúpida, mas eu não quero saber, a vida é minha e se eu não quiser que o amor entre nela, eu não vou deixá-lo entrar em qualquer situação!
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Próximo Capítulo - Capítulo 27: Where is China?
Kisses ♡
@Marril .