But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 27
Capítulo 24: Really? Why me?


Notas iniciais do capítulo

E aqui temos a continuação do outro capítulo xD

Boa leitura (novamente)!



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Okay, afinal acho que me enganei, eu não estava mesmo nada pronta para o que eles tinham planeado, além disso acabei por descobrir que Nathaniel e China estavam parcialmente envolvidos no esquema (acho eu), ao que parece “o cabecinha” da operação era Lysandre, sim, esse mesmo, eu também não acreditei quando cheguei a essa conclusão. Talvez seja melhor explicar-vos toda a situação, só para terem uma ideia do que realmente aconteceu.

***

Inicialmente eu não sabia qual seria o nosso trajeto, apenas sabia que íamos passar pelo parque, em que momento? Não faço a mínima ideia. China e Lysandre estavam atrás de nós, pelo menos a última vez que olhei estavam, eu já não conseguia olhar outra vez para trás, já que da primeira vez que o fiz ia caindo, Nathaniel pregou-me um sermão e praticamente obrigou-me a segurar-me à sua cintura para não cair. Lá tive de obedecê-lo antes que ele fizesse um escândalo no meio da rua, primeiramente tentei não me aproximar demasiado dele, no entanto por ironia do destino o loiro parecia escolher os caminhos mais acidentados forçando-me assim a segurar-lhe a cintura com cada vez mais força. Tinha quase a certeza que ele estava a gostar do passeio, ao contrário de mim que desejava que aquilo acabasse rapidamente.

Por acaso passámos por uma livraria, a mesma que eu tinha visto há alguns dias, pedi a Nathaniel para parar, apeteci-me ver alguns livros, pois ultimamente não estava a ler nenhum. Assim que entrámos, um cheiro a papel acabado de imprimir chegou-me ao nariz, um cheiro já familiar para mim e de certa forma agradável.

Corri rapidamente com os olhos a loja inteira, nas prateleiras podia ver todo o tipo de livros, desde contos infantis a romances mais picantes, passei lentamente por cada estante observando quase detalhadamente alguns livros, sempre que entrava numa livraria perdia-me completamente nela e era quase impossível sair dela sem, pelo menos, comprar um livro. No entanto desta vez foi diferente, pois ao ver um livro lembrei-me de China, quando é que tinha sido mesmo a última vez que a vi?

Fiquei ainda algum tempo a olhar para o ar até que finalmente percebi que nos tínhamos separado (outra vez), por impulso saí da loja, mas assim que transpus a porta percebi o quão ridícula era a minha reação. Estava pronta para voltar para dentro, e até cheguei a tocar na porta, quando Nathaniel saiu porta fora à minha procura, eu acho.

Assim que me viu, e não sei porque raios ele o fez, agarrou-me no pulso e, praticamente arrastando-me, levou-me até a bicicleta, pelos seus olhos consegui perceber que ele queria que eu subisse. Fi-lo, ainda que contrariada, e de seguida recomeçamos o nosso passeio. Alguns minutos depois atrevi-me a perguntar:

–Não deveríamos procurar China e Lysandre?

–Para quê?

Não fui capaz de responder, a sua frieza repentina tinha-me deixado sem palavras, no entanto acho que ele percebeu o que eu estava a pensar, já que logo de seguida disse:

–Desculpa, fui muito rude, na verdade eu estou um pouco nervoso, então as palavras saíram-me sem eu pensar.

–…Nervoso? Porquê? – Murmurei.

–Já vais ver…

Infelizmente a minha curiosidade fez-me deixar de parte outros pensamentos secundários e focar-me a razão pela qual Nathaniel estava tão nervoso. Porque seria? Eu não fazia a mínima ideia, mas queria saber o mais depressa possível, pelo menos era assim que eu pensava até descobrir o assunto...

Quando chegámos à entrada do parque Nathaniel abordou-me com um outro pedido peculiar:

–Podes fechar os olhos, por favor?

–O quê? Para quê?

–Vá lá…

–Está bem. – Disse revirando os olhos.

–Não vale espreitar, okay?

–Simm…

Andei meio aos tropeções, sendo apenas guiada pela mão de Nathaniel que me puxava ora para um lado, ora para outro. Já estava a ficar um pouco impaciente quando finalmente parámos, ele pediu-me para me sentar e aos apalpões encontrei um banco, onde por fim consegui abancar. Fiz menção de abrir os olhos, no entanto o loiro não mo permitiu dizendo que ainda não era tempo de o fazer.

Ouvi alguns sons estranhos e incompreensíveis para mim juntamente com a respiração ligeiramente acelerada do rapaz, ainda estava curiosa sobre o que se iria passar, no entanto continuava a não saber o que seria. De repente, sinto os dedos de Nathaniel a tocar nos meus, a sua mão continuava a ser morna ao contrário da minha que normalmente está sempre fria, a diferença de temperaturas fez-me arrepiar ao mesmo tempo que os meus batimentos cardíacos aceleravam. Surpreendentemente senti algo frio a atravessar o meu dedo, à primeira não consegui perceber o que era, mas à medida que começava a pensar uma possibilidade surgiu-me, contudo não era possível, não fazia sentido algum o que eu estava a pensar.

Antes que eu pudesse tirar alguma outra conclusão, Nathaniel disse:

–J-Já podes abrir os olhos.

Abri um olho de cada vez, contudo não pude focar-me no eu tinha no dedo, pois algo mais “chocante” chamou-me à atenção: Nathaniel estava perto, aliás, demasiado perto de mim, mas ao contrário do que possam achar não foi isso que mais me surpreendeu, foi o simples facto de o loiro estar corado, pelo menos parecia-me, já que as suas bochechas estavam ligeiramente vermelhas e porque é que eu estava surpreendida? Obviamente porque nunca o tinha visto corado, era como um momento inédito e imperdível! Porém, novamente, isso não foi a coisa que mais surpreendeu, sim, houve alguma ainda mais chocante!

Quando não estava nada à espera, Nathaniel selou os nossos lábios, claro que inicialmente fiquei chocada e não me consegui mover, mas passado alguns segundos consegui, finalmente, mexer-me e por fim afastar-me do loiro. Tapei a minha boca assustada e senti as minhas bochechas a arder ainda mais, pelo que percebi ele também estava um pouco mais vermelho, mas isso não importa ele tinha-me beijado, BEIJADO! Como é que ele foi capaz? Não interessa, mais importante é: porque é que eu tenho o coração aos saltos? E porque é que o beijo me pareceu tão diferente do nosso primeiro, parecia mais doce?! Ao encostar a mão nos meus lábios senti algo frio, parecia algo metálico, intrigada, olhei pela primeira vez para os meus dedos. No meu dedo anelar direito estava um anel, sim, um anel prateado, que aparentava ter dois aros que se cruzavam diversas vezes, como se formasse vários infinitos, para terminar havia pequenas e discretas pedrinhas preciosas em toda a sua extensão.

–É-É isto que estavas a planear?

–Bem, sim…

–Como? Não, porquê?

–Porque eu g… Não. – Murmurou. -Acho que é uma coisa normal, já que agora somos namorados, Lysandre concorda comigo.

–Mas… Espera, Lysandre? O que ele tem a ver com isto?

–Ahm… Eu disse Lysandre? Eu queria dizer…Ah…Bem…Ah – Disse meio atrapalhado enquanto mexia no cabelo por detrás da nuca.

Obviamente que percebi a falha total de Nathaniel ao tentar arranjar uma desculpa plausível, no entanto decidi esquecer esse pequeno pormenor e passar ao mais importante! Lysandre tinha alguma coisa a ver com o passeio? Certamente sim. Mas, agora, o que seria? Diretamente não iria conseguir a resposta, porém talvez por outros caminhos conseguisse o que eu queria.

–Hum… Naki?

–Sim?

–Obrigada pelo passeio de hoje, diverti-me muito! Apesar de não ter gostado de algumas coisas que aconteceram hoje, fico contente por termos saído!

–A-A sério? P-Pois…

–Mas, avançando, gostava de saber quem é que teve esta fantástica ideia de irmos sair!? A sério? Tenho de agradecer a essa pessoa! – Okay, eu nitidamente estava a exagerar, mas também, que importava? Desde que eu conseguisse a resposta que eu tanto queria não importava…

–Pois, então, acho que não sou eu a quem tens de agradecer…

–Então a quem?

–Ao Ly… Não, nada, quer dizer, n-não sei…

Levantei uma sobrancelha desconfiada, então tinha sido mesmo Lysandre a planear aquilo tudo, mas porquê? Segundo esta conversa posso deduzir que seja para ajudar Nathaniel, mas mesmo assim, isto tudo está muito confuso. Há porquês em todo o lado e estes já me estão a dar dores de cabeças que chegam ao extremo! A minha vida está um total confusão, só me apetece desaparecer para não ter de viver estas situações todas. Fugir por vezes parece ser a melhor opção, infelizmente nesta altura não o posso fazer.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo - Capítulo 25: Thoughts…

Bye bye :3

@Marril .



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