But...I Like You. escrita por Marril
Notas iniciais do capítulo
Oii! Vim trazer-vos o capítulo especial que vocês tanto pediram xDD
Considerem-no um pequeno presente de Natal (atrasado) :3
Boa Leitura!
Algumas horas antes…
POV Castiel ON
Já estávamos perto da enfermaria quando decidi quebrar o silêncio:
–Ei, Aya? – Chamei, mas não obtive uma resposta. -Aya! – Repeti mais alto, sem conseguir novamente uma resposta. -Foda-se Aya, és capaz de respon… – Ouvi um gemido, virei a minha cabeça ligeiramente e deparei-me com a morena adormecida. Eu não acreditava, ela não tinha mesmo mudado nada! Eu sempre lhe disse que não devia ficar assim tão desprotegida, mas ela nunca me dava e ao que parece continua a não dar-me ouvidos.
Cheguei à enfermaria em dois tempos, deitei a rapariga numa espécie de maca e procurei algo para ligar-lhe o pé. Aya ainda estava a dormir profundamente quando voltei, ela parecia tão frágil, aliás ela é frágil, apenas tenta não parecer. Enfaixei-lhe o pé cuidadosamente para não a acordar, não seria nada bom ter que enfrentar a senhora resmungona.
Depois de terminar sentei-me ao seu lado, pensando no que faria a seguir, inconscientemente observei as suas feições. Aya tinha crescido, não em altura é claro, mas estava diferente, diria mais adulta. Claro, 5 anos mudam muitas pessoas, inclusive eu, não me deveria surpreender se ela também tivesse mudado. Inclinei-me ligeiramente beijando-lhe a testa e de seguida o canto da boca, lembrava-me perfeitamente como Aya reagia sempre que eu me despedia dela com este dois gestos, ela ficava sempre muito vermelha, notava-se que estava envergonhada e ao mesmo tempo irritada, achava aquela reação muito engraçada e, acho que ainda mantenho a mesma opinião.
Levantei-me e saí porta fora, estava na hora de enfrentar a pessoa que eu menos queria ver, mas como era por uma boa razão eu tinha de aguentar e conter-me. Mantive esse pensamento, murmurando para mim mesmo “É por uma boa razão”, até chegar à porta da sala dos representantes. O representante idiota devia lá estar, ele sempre estava lá agarradinho aos papéis.
Abri a porta de rompante assustando, provavelmente, o estúpido loiro.
–Preciso da morada da Aya. – Disse com um habitual tom rude e sem cerimónia alguma.
–Para quê? – Respondeu-me erguendo-me um sobrancelha.
–Não é da tua conta! Dá-me logo a porcaria morada e cala-te!
POV Castiel OFF
POV Nathaniel ON
Como assim ele queria a morada da Ayki? E para quê? Ná, eu não ia permitir que isso acontecesse! Não, ele não ia roubar-ma de mim outra vez, eu tinha prometido a mim mesmo que não ia deixar isso acontecer novamente. Eu tinha de encontrar uma solução e rápido, também não podia deixá-lo descobrir o nosso “segredo”, quanto menos pessoas soubessem que eu e Ayki estamos a namorar melhor.
POV Nathaniel OFF
POV Castiel ON
Ele ficou alguns minutos pensativo começando a deixar-me irritado, estava prestes a reclamar quando finalmente o oiço dizer:
–Eu dou-te a morada, mas com uma condição.
–O que é agora?
–Eu acompanho-vos.
Ponderei a situação, se eu não concordasse provavelmente iria vasculhar as fichas dos alunos, mas eu não sabia onde elas estavam, muito menos a da Aya. Mesmo que eu tentasse, o tempo que demoraria seria o suficiente para eu e o idiota desatarmos à pancada. Como não tinha mais nenhuma solução razoável disse:
–Que seja.
O loiro obtuso sorriu vitorioso, o que me fez revirar os olhos. Enquanto mexia nalguns papéis desviei o olhar entediado, passado alguns minutos já estava com um papel pequeno nas mãos. Ainda pensei em arrancar-lhe o papel e sair, mas o parvalhão pareceu ler-me os pensamentos.
–Eu fico com isto. Onde está a Aya?
Simplesmente virei costas e saí, é claro que ele seguiu-me, mas eu também não quis saber. Quando comecei a ver a porta da enfermaria abrandei o passo até parar em frente dela, abri a porta cuidadosamente, não fosse acontecer o mesmo que alguns anos, e entrei. Aya ainda estava a dormir profundamente, a expressão adormecida dela continuava a mesma de sempre: com um beicinho discreto e uma posição totalmente encolhida, ela parecia tão vulnerável assim.
Pu-la novamente às minhas cavalitas e virei-me pronto a despachar aquilo, quanto menos tempo passasse no mesmo espaço que aquela criatura melhor, para ele é claro. Percebi que ele não foi capaz de dizer nada sobre eu carregar Aya, o que me fez sorrir satisfeito.
POV Castiel OFF
POV Nathaniel ON
Como é que ele era capaz? Carregar Ayki assim com tanta proximidade, eu estava a segurar-me demasiado para não esmurrar aquela cara. Ah, como eu adorava poder fazer isso, infelizmente não posso. Depois de sairmos da enfermaria e começarmos a caminhar em direção à casa de Ayki lembrei-me de que ainda não sabia o que se tinha passado:
–O que aconteceu com Aya?
Ao fim de alguns minutos ele respondeu:
–Caiu e magoou-se.
–Como?
–Alguém colocou algo nas escadas e ao que parece ela não viu.
Fiquei a pensar em toda a informação que tinha recebido durante o trajeto, não entendia a razão, porque é que de alguém tentaria fazer mal a Ayki? Não fazia sentido algum. O que tinham contra ela? Quando dei por mim já estava à porta de casa, o ruivo encarava a porta e eu ao fim de alguns segundos entendi porquê: Ele não sabia como entrar. Sorri, eu tinha a solução, tirei do meu bolso as chaves e procurei a da porta de casa de Ayki, não, eu não tinha roubado a chave, ela simplesmente deu-me uma cópia esta manhã. Abri a porta sendo encarado por um olhar surpreso e confuso, que me fez sorrir ainda mais.
Deixámo-la no quarto, mas assim que a porta se fechou o ruivo virou-se para mim.
–Como é que raios…
–Acho melhor conversarmos lá em baixo, não achas? Não vamos acordar Aya. – Interrompi. Ele assentiu levemente zangado e desceu, eu segui-o em silêncio.
Assim que coloquei o pé no fim da escadaria, ele virou-se novamente para mim, tomando uma posição de ataque começou logo por dizer:
–Mas porque raios tu tens a chave da casa de Aya?
–Eu vivo aqui. – Afirmei despreocupado, mas logo percebi na asneira que tinha dito, bem, já não havia nada a fazer, também não deveria haver grandes problemas em ele saber, além disso não posso perder esta oportunidade de deixá-lo com ciúmes.
–Tu o quê? Eu não devo ter ouvido bem!
–Na verdade ouviste muito bem até.
–Impossível! Só podes estar a brincar comigo, isto deve ser mentira de certeza.
–A quem é que tu pensas que ‘tás a chamar de mentiroso? – Eu já estava com pouca paciência, ao que parece é mais difícil fazê-lo acreditar do que fazer-lhe ciúmes. Desviei olhar e encontrei Ayki a olhar para nós. Oh merda, nós estávamos completamente lixados.
POV Nathaniel OFF
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E então? Gostaram?
Próximo Capítulo - Capítulo 22: Lost, Stuck or Blind?
Bye bye
@Marril .