But...I Like You. escrita por Marril
Notas iniciais do capítulo
Bem, aqui mais um capítulo...Espero que gostem!
Boa Leitura!
Acordei no dia seguinte devido aos raios solares que entravam pela minha janela que, para meu azar, tinha ficado completamente aberta, por puro esquecimento. Levantei-me lentamente enquanto esfregava os olhos, de maneira a habituar-me à claridade. Quando já estava praticamente acordada, espreitei o relógio e entrei em pânico logo de seguida: eram sete e trinta da manhã, eu estava atrasada!
Levantei-me apresada e numa correria infernal preparei-me para a escola. Após terminar a minha higiene matinal escolhi uma roupa qualquer, pois eu realmente não me importava muito com a minha aparência. Desci, já com a mochila às costas, enquanto amarrava o meu cabelo longo num rabo-de-cavalo bem apertado, e dirigi-me à cozinha no intuito de comer algo, já que o meu estômago estava praticamente vazio. Abri a geleira, mas não encontrei nada de nada, ela estava vazia, simplesmente vazia. Murmurei um palavrão e sai de casa aborrecida, já não tinha muito tempo, mas se me apressasse talvez ainda pudesse comer algo.
Andei apressada em direção à escola, seguindo as indicações que a minha mãe tinha-me dado para assim não me perder. Pelo caminho devo ter passado por alguns sítios interessantes, contudo nem pude parar para observar o que me rodeava como eu costumava fazer, apenas não queria chegar atrasada no meu primeiro dia de aulas. Olhei para o relógio, sete e cinquenta e cinco. Ainda tenho 5 minutos, talvez se eu correr ainda chego a tempo. Não pensei em mais nada, simplesmente desatei a correr.
Passados dois ou três minutos comecei a avistar o portão da escola, apressei o passo sem olhar para a frente. Má ideia, aliás péssima ideia. Colidi contra alguém e, devido à velocidade a que vinha acabei no chão. Gemi de dor ao mesmo tempo que tentava levantar-me. Vi uma mão a ser estendida à minha frente, involuntariamente levantei o olhar para me deparar com um rapaz estranhamente familiar. Ele tinha cabelos loiros, olhos cor-de-mel, vestia uma t-shirt juntamente com umas calças e uns ténis que não consegui identificar a marca. Ele parecia um pouco preocupado.
–Estás bem?
–S-Sim. – Respondi aceitando a sua mão, para logo de seguida ser impulsionada para cima e levantar-me. Sacudi a minha roupa e sorri timidamente. -Obrigada. Desculpa por chocar contra ti, não te tinha visto.
–De nada! Não há problema, mas porque estavas a correr?
–… – Parei para pensar. -AHHH! Estou atrasada, vou chegar atrasada à aula!
–Espera!
–Não posso! – Disse preparando-me para correr novamente.
–Mas as aulas ainda não começaram! – Informou-me agarrando o meu pulso, impedindo-me assim de prosseguir.
–O quê? Mas já são oito horas! – Verifiquei no meu relógio.
–Pois são, mas as aulas começam só às oito e quinze.
Desabei no chão de novo e comecei a reclamar:
–Porque ninguém me disse isso? Não é justo! Ninguém merece! Ainda por cima nem comi!
Ouvi uma risada e foi só nesse momento que percebi que o rapaz ainda lá estava e ainda por cima tinha ouvido tudo. Corei envergonhada o que fez o loiro rir ainda mais.
–Não gozes! – Disse irritada.
–Desculpa, não pude evitar. – Afirmou limpando possíveis lágrimas. -Para te compensar pago-te o pequeno-almoço.
–Não é preciso. Não tenho fome. – Na verdade eu tinha, só não queria dar demasiada confiança a pessoas que tinha acabado de conhecer, mas por mera “sorte” o meu estômago começou a roncar, denunciando o meu verdadeiro estado, que era algo parecido com faminto.
–Não é o que parece. – Disse-me reprimindo uma nova risada. - Vá lá não é todos os dias que tens o pequeno-almoço de graça e além disso com uma excelente companhia. – Completou com um sorriso brilhante.
–Até parece. Está bem eu aceito, mas pela comida e não pela companhia.
–Certo, certo vou fingir que acredito. Anda, segue-me!
–Para tua informação eu não sou nenhum cão para te seguir. E para onde vamos?
–Sim pois, acho que seria mais gata, não? – Disse com um sorriso travesso. – Para o bar, óbvio. – Acrescentou como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo.
–Isso foi um elogio? Olha que não resultou. Está bem, já percebi, anda lá despacha-te estou com muita fome.
–Okay, da próxima vez vou tentar ser mais direto. Estou a ir, aliás sabes o caminho?
–Haha que engraçadinho. Ahm…nem por isso.
–Eu sei, não precisas de dizer. Certo, então anda é por aqui.
–Não te preocupes, não penso repetir.
O rapaz riu-se com o comentário, fazendo-me soltar uma risada também. O resto do caminho foi feito em silêncio. Mal chegamos ao bar fomos diretos ao balcão.
–Vá, escolhe o que quiseres, eu pago.
–Tens a certeza que depois não te vais arrepender? – Perguntei-lhe desafiando-o.
–Humm…Ná também não deves comer assim tanto. – Comentou divertido.
Soltei uma risada e lembrei-o:
–Depois não digas que eu não te avisei. – Este comentário pareceu surpreendê-lo, mas ele logo disfarçou com um sorriso. - Humm…vejamos, quero um croissant misto, um folhado de salsicha, uma almofadinha de atum, para beber um compal de manga e…ah uma maçã verde, ácida de preferência. – Pedi à senhora que rapidamente colocou tudo o que pedi numa bandeja.
–Uau, tu comes muito! – Disse o loiro surpreso. -Para mim, uma merenda e um sumo de laranja. Quanto é tudo?
–Eu disse-te. E ainda não viste nada! – Sorri.
Após o pagamento cada um pegou o seu tabuleiro, eu adiantei-me e escolhi uma mesa ao calhas, sentando-me comecei a comer.
–Ei, não esperas? – Perguntou-me chateado.
–Deveria?
–Claro, afinal paguei-te isso. Disse-me apontando para a minha bandeja.
–E? Eu disse que vinha pela comida, não pela companhia.
–Ai, ai és mesmo igualzinha a ela, sempre com respostas na ponta da língua, só que as dela eram mais…carinhosas. – Disse-me suspirando e de seguida sentou-se à minha frente.
–Ela? Quem? A tua namorada? – Indaguei sendo retribuída com uma nova risada.
–Não, não eu estou solteiro. – Por alguma razão isso pareceu-me uma espécie de sugestão, mas não liguei.
–Então quem?
–Uma grande amiga de infância, mas há algum tempo que não falo com ela.
–Ohh. – Comentei sem saber o que dizer mais.
–És nova aqui, certo?
–Sim sou. Porque perguntas?
–Nada de especial, eu sou um dos ajudantes com as novas matrículas e acho que vi a tua foto em algum lado. Além disso um rapaz nunca esquece uma cara bonita. – Corei com o comentário, eu não estava habituada a esse tipo de observações. -Então isso significa que não conheces a escola?
–Certo…Isso é meio óbvio, não? – Repeti o que o loiro disse há pouco.
–Okay, okay já percebi. – Respondeu de maneira semelhante. -Então que tal uma tour pela escola?
–E porque eu deveria aceitar?
–Porque eu paguei-te o pequeno-almoço!
–Isso não conta.
–Oh vá lá, faz-me esse favor. – Disse-me com uns olhos esperançosos, que por acaso eram estranhamente familiares.
–Fine. Mas só porque não conheço mais ninguém. – Disse aborrecida.
–Fixe! – Exclamou vitorioso.
Parece que este ano vai ser bem longo, pensei.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até breve!
Bye bye.
@Marril.