But...I Like You. escrita por Marril
Notas iniciais do capítulo
Olá!
Segundo os reviews parece que vamos ter capítulo especial no sábado!!
Boa Leitura!
-Que achas deste? – Perguntou-me o loiro com um vestido vermelho escarlate, curtíssimo e com um decote enorme nas mãos. -Eu ia gostar de te ver nele.
-Eu vou a um jantar, não vender o corpo.
-Está bem já percebi.
Continuei à procura de um vestido que pudesse adequar-se à ocasião, já que não podia definitivamente contar com a ajuda de Nathaniel, pois este só estava a provocar-me escolhendo vestidos completamente impróprios. Procurei e procurei, mas não consegui encontrar nada que me agradasse, por isso é que eu estava a contar com China, eu nunca soube escolher vestidos. Derrotada, deixei-me cair sobre um dos sofás da loja suspirando pesadamente.
-Precisas de ajuda? – Perguntou-me uma voz feminina.
Virei-me à procura da dona da voz e deparei-me com uma rapariga de cabelos platinados e olhos-cor-de-mel, esta sorria-me de forma afável.
-Não, deixa estar, não quero incomodar, hei de encontrar algo que sirva.
-Algo que sirva? Nem pensar! Eu acho que precisas mesmo da minha ajuda, senão não vais aparecer com uma roupa decente e isso eu não permito! E, não te preocupes que não estás a incomodar, eu adoro fazer isto! – Disse-me piscando o olho direito enquanto continuava a sorrir.
-Está bem. Estou nas tuas mãos.
A rapariga assentiu e rapidamente “deslizou” por entre as roupas, desaparecendo no meio delas. Passado alguns minutos voltou com cinco vestidos nas mãos, todos eles lindos.
-Acho que um destes é o ideal. Que tal experimentarmos todos? – Disse-me. Antes que pudesse responder qualquer coisa a rapariga arrastou-me até os provadores obrigando-me a experimentar todos os vestidos, um a um, para depois ela analisá-los milimetricamente como me assentavam. Ao fim de não sei quanto tempo, talvez horas, escolhemos o que me ficava melhor, um vestido royal blue, cai-cai, apertado no peito e na cintura, mas que depois “abria-se” numa saia simples e chegava a acima dos meus joelhos.
Pedi a Rosalya, que entretanto tinha-se apresentado, para me encontrar uns sapatos e acessórios que combinassem e esta trouxe-me umas sandálias de salto (não muito alto) prateadas e alguns acessórios discretos. Dirigi-me à caixa para pagar e lá encontrei Nathaniel a conversar animadamente com um rapaz (aparentemente mais velho) de cabelos negros e olhos da mesma cor. Supus que ele seria o dono da loja e talvez o tal irmão de Lysandre, mas antes que o pudesse perguntar o rapaz diz-me:
-Olá, muito prazer o meu nome é Leigh e sou o dono desta loja, espero que tenhas encontrado tudo o que necessitavas e que as minhas roupas te tenham agradado.
-Sim, muito obrigada. O meu nome é Aya, prazer. – Nathaniel como se tivesse lido os meus pensamentos informou-me:
-Leigh é o irmão mais velho de Lysandre e também o namorado de Rosalya.
-Oh! – Afirmei sem saber o que dizer ao mesmo tempo que me aproximava do balcão.
-Então? Vais comprar alguma coisa? – Perguntou-me Leigh.
-Sim, isto. – Respondi colocando tudo em cima do balcão.
Nathaniel começou a observar o que eu tinha escolhido, demorando-se no vestido, e comentou:
-Vai-te ficar lindamente, é pena ser tão comprido e simples. Um decotezinho mais avantajado não faz mal a ninguém.
-Cala-te! Tu aqui não tens voto na matéria, ouviste?
-Está bem, mas és má Aya. – Respondeu-me fingindo-se amuado, o que me fez revirar os olhos.
Quando olho à minha volta vejo Rosalya a rir-se baixinho e Leigh a reprimir o riso, coro envergonhada fazendo a rapariga soltar uma risada mais alta para logo a seguir perguntar-me:
-Vocês parecem um casal! Por acaso não são namorados?
-Sim! Não! – Respondemos Nathaniel e eu respetivamente e em simultâneo. O casal à nossa frente mostrou-se confuso e para tentar esclarecer o assunto digo:
-Mais ou menos. Quer dizer…É-É complicado. – Na verdade eu não sabia explicar o que eramos: Amigos? Namorados? Amigos a fazerem-se passar por namorados? Eu não podia simplesmente dizer algo assim tão claro.
O par não querendo insistir, disfarça. Leigh entrega-me o saco com as minhas compras, pago a conta e saímos depois de uma despedida breve.
Nathaniel acompanhou-me a casa, durante o caminho percebi que ele queria perguntar-me algo, no entanto nenhum de nós tinha coragem para quebrar o silêncio. Decidi ignorar esse assunto, eu também não queria conversar. Quando chegámos à porta de minha casa tentei despedir-me rapidamente de Nathaniel, mas o loiro agarrou-me o pulso e pediu para conversarmos, como não podia recusar (quer dizer, não convinha) aceitei e convidei-o a entrar. Sentamo-nos no sofá, ao lado um do outro, e o rapaz começou:
-Tens a certeza que queres fazer isto?
-Porque perguntas?
-Não sei se estás preparada, eu não quero obrigar-te a nada.
-Se me sentisse obrigada não tinha aceitado…Achas que não consigo representar?
-Não é isso…
-Então é o quê?
-Eu não sei… - Murmurou.
-Pois fica sabendo que amanhã vais conhecer a melhor namorada que alguma vez tiveste! – Não seria muito difícil, afinal só tinha de fingir-me apaixonada, não deveria ser assim tão complicado.
O loiro sorriu ganhando alguma confiança.
-Estou ansioso por conhecê-la!
Acertámos mais alguns pormenores, inclusive a nossa história, até o loiro receber uma chamada a pedir que fosse para casa. Acompanhei-o até à porta, mas não esperava que ele fizesse aquilo. Nathaniel aproximou-se sem que eu me apercebesse e estava prestes a beijar-me, mas por sorte (eu acho) os meus reflexos eram rápidos, o que me fez desviar o rosto, no entanto o beijo apanhou o canto da minha boca. Corei super envergonhada, empurrei o rapaz lá para fora enquanto fechava a porta e escondia-me atrás desta. Já a salvo, deixei-me cair até ao chão suspirando pesadamente ao mesmo tempo que tentava acalmar-me, o meu coração estava a mil e eu não entendia o porquê. Aquilo tinha sido o meu mais próximo primeiro beijo. Apesar de já ter 16 anos nunca tive um namorado nem nada parecido, esta seria a “primeira vez”, se bem que nem sei se conta como tal. Eu sempre soube que os namorados fazem essas coisas, só não sei se estou preparada. Bem, eu prometi ser a melhor, então só tenho de mentalizar-me e concentrar-me, isto tudo é natural, pode acontecer a qualquer altura e eu tenho de estar pronta.
De noite ainda tentei ligar a China, só que esta ainda continuava com o telemóvel desligado. Mas onde é que ela tinha-se metido? E que raios andava a fazer para ter o telemóvel desligado? Só espero que esteja tudo bem…Ensonada, adormeci a pensar em tudo o que já tinha passado, momentos bons, momentos maus, memórias, recordações, enfim tudo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ansiosas por sábado?
Capítulo Especial: Kiss me cause I need you.
Bye bye
@Marril .