But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 14
Cap.13:I’m alone... No, we are alone, but together


Notas iniciais do capítulo

Oi! Fiz agora uma pausa no meu estudo só para vos trazer este novo capítulo! Tive de encurtar um pouco o título, mas ele está lá todo...Espero que gostem (acho que vão).

Boa Leitura!

PS: Leiam as notas finais (outra vez)



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Sábado. Um dia esplendido, ainda mais quando passado com pessoas de que gostamos. China chegou um pouco antes da hora combinada, no entanto não foi isso que me surpreendeu, mas sim a companhia que trazia. Lysandre e Nathaniel estavam mesmo atrás da rapariga, ambos com um sorriso (supostamente) amável. Antes que pudesse contestar a rapariga sussurrou um pedido de desculpas e prometeu explicar-me tudo mais tarde. Mudei a minha expressão de espanto para uma “atenciosa” e convidei todos a entrarem:

-Entrem, por favor, e estejam à vontade. Estou quase a acabar o almoço, esperem só mais um pouco. Eu pensei em fazer mais um pouco de comida para a China levar para casa, mas como não aguardava mais visitas inesperadas acho que não vai sobrar nada. – Disse com um sorriso falso juntamente com um olhar ameaçador.

Os rapazes engoliram em seco com o meu comentário e China corou envergonhada.

-Enfim, se precisarem de alguma coisa estarei na cozinha.

-Espera! Eu ajudo-te. – Ofereceu-se a rapariga.

-Nós também queremos ajudar, o que podemos fazer? – Pediu Lysandre; Nathaniel acenava em concordância.

-Que tal porem a mesa? – Sugeri. Os rapazes concordaram e seguiram-me todos até à cozinha, por sorte esta era suficientemente grande para podermos andar livremente.

Quando chegámos à cozinha indiquei onde estavam os pratos, talheres e copos aos rapazes, que prontamente organizaram a mesa, pedi a China para palitar as batatas, que eu já tinha descascado, e de seguida fritá-las. Eu tratei de terminar a francesinha para a seguir colocá-la no forno, de seguida retirei do frigorífico mais dois ovos e comecei a estrelá-los.

Depois da mesa estar posta, com as bebidas, as batatas fritas e os ovos em cima, um cheiro agradável já pairava no ar. Retirei a travessa de vidro do forno, com a ajuda de umas luvas bem grossas, e o cheiro a francesinha intensificou-se, provocando uns olhares famintos e ansiosos aos que já estavam sentados na mesa. Dirigi-me a esta e pousei a travessa por cima de uma base própria, para assim evitar aquecer muito ou até mesmo estragar a toalha de mesa.

Sorri, satisfeita, com o resultado: a francesinha tinha um ótimo aspeto e cheirava deliciosamente bem, agora só faltava saber se o sabor correspondia às minhas expetativas. Comecei a servir os meus “convidados”, primeiro China, depois Lysandre, de seguida Nathaniel e por fim eu mesma, porém antes de alguém começar a comer avisei:

-É a primeira vez que faço uma francesinha, por isso não esperem nada de especial.

Nathaniel foi o primeiro a experimentar, comeu uma garfada mastigando lentamente, depois de engolir ficou com o garfo suspenso no ar e olhava para mim com um sorriso amigável.

-A melhor francesinha que já comi.

Curioso o casal provou também a sua comida, quase simultaneamente, o que achei muito engraçado. Lysandre sorriu e disse que estava delicioso, China por sua vez ficou muito contente por ter provado a minha comida acrescentando que era uma das melhores francesinhas que tinha comido. Eu respondi-lhe que não era caso para tanto e provei também a minha comida, como era a primeira vez que comia aquele prato não sabia dizer se estava assim tão bom, mas como o sabor agradou-me continuei a comer sem contestar.

No fim do almoço estávamos todos demasiado cheios para nos mexer, deixei a loiça no lavatório (lavá-la-ia mais tarde) e convidei todos a sentarem-se na sala. O tempo passou devagar, os rapazes conversavam sobre algo que não me interessava e eu estava demasiado entediada para ligar. Apenas queria ter algum tempo a sós com China para conversarmos, não me sentia confortável em falar com os rapazes presentes, já que o assunto era sobre um deles. Sinceramente não sei o porquê de sentir esta necessidade de desabafar, talvez a rapariga é a pessoa mais próxima de mim, uma pessoa a quem eu posso contar o que sinto, uma amiga. Amigas…O que são? Também não sei ao certo. Não sei desde que aquilo aconteceu.

POV China ON

Percebi que Aya estava a divagar, perdida nos seus pensamentos, como já eram quinze horas chamei-a à realidade. Ela corou quando percebeu que me tinha deixado “sozinha”, já que os rapazes tinham estado distraídos e ela também, murmurou um pedido de desculpas e olhou para o relógio, ao ver que horam eram levantou-se chamando a atenção de todos nós.

-Bem, já está na hora, que tal irmos andando China? – Gelei, tinha-me esquecido de avisá-la e agora? Como ela iria reagir?

-A-Aya? – Murmurei apreensiva.

-Yes?

-D-Desculpa eu esqueci-me de te avisar. O-Os rapazes também gostavam de vir connosco. – Continuei num sussurro.

-What? – Calou-se durante alguns minutos, provavelmente para pensar. -Está bem, mas nada de gracinhas, okay? – Acrescentou olhando para Nathaniel, deixando-me confusa.

Concordamos todos, levantamo-nos e fomos a pé até ao centro comercial, que não ficava muito longe, além disso seria uma boa maneira de queimar algumas calorias do almoço. Pelo caminho questionei-me o significado daquele olhar ainda há pouco, mas acabei por deixar de parte esse assunto.

POV China OFF

O centro comercial era grande, não gigante, apenas grande. Durante o caminho decidimos o itinerário da nossa visita: primeiro íamos passear um pouco, ver montras e quem sabe comprar alguma coisa, de seguida passaríamos pela fnac, uma loja incrivel, tem um pouco de tudo: música, livros, tecnologias…Por fim trataríamos do meu vestido, sapatos e acessórios numa loja específica, que pelo que entendi pertencia ao irmão de Lysandre. Os rapazes se não estivessem interessados em nos acompanhar podiam fazer o que lhes apetecesse.

Durante o pequeno passeio passámos por uma loja de acessórios, curiosa pedi para entrarmos. A loja era fantástica e até me apetecia comprá-la só para mim. No fim, comprei um pendente para o meu telemóvel e China encontrou umas pulseiras da amizade muito fofas, que ambas comprámos. China colocou a minha no meu pulso e eu fiz o mesmo com a dela, este ato para mim foi como se selássemos a nossa amizade.

Os rapazes pareciam ansiosos por chegar à fnac, então, depois de sairmos da loja encaminhamo-nos diretamente para lá. O local estava lotado, as pessoas andavam descontraidamente exceto quando esbarravam acidentalmente com alguém, no entanto não pareciam se importar com isso. Fomos primeiro à seção musical, mal chegámos lembrei-me de que queria comprar um CD há dias, mas que não tinha tido essa oportunidade, então pus-me à caça do mesmo, ansiosa por encontrá-lo e levá-lo comigo para casa. Com este pensamento separei-me do grupo, porém não dei conta disso, apenas me apercebi do que tinha feito quando já tinha o CD na mão. Olhei ao meu redor, mas não encontrei nenhuma cara familiar, respirei fundo para evitar entrar em pânico, e sentei-me num banco próximo para pensar. Eu estava sozinha e tinha de arranjar uma solução, de preferência rapidamente!

Vários minutos passaram e eu continuava sentada totalmente abstraída do mundo, a pensar numa solução que não vinha. De repente lembrei-me que tinha o telemóvel comigo, como é que essa ideia não me tinha ocorrido antes? É claro, eu não costumava trazê-lo comigo! Procurei o contacto de China, o único que tinha para além do dos meus pais, contudo antes que pudesse clicar no «chamar» uma voz familiar chega-me aos ouvidos:

-Até que enfim que te encontrei! Onde te meteste? – Olhei para cima e deparei-me com Nathaniel de braços cruzados a olhar-me furioso.

-B-Bem, eu estava à procura de uma coisa e afastei-me. – Esclareci, aquele olhar estava a tornar-se incómodo.

-E que coisa é essa? – Como resposta mostrei-lhe o CD, o loiro bufou antes de continuar. -Vamos!

-Para onde? Então e a China e o Lysandre?

-Não sei, eu também afastei-me para te procurar. Agora vamos procurá-los juntos, está bem?

Assenti distraída com as palavras do rapaz: juntos. Aquilo parecia-me estranho, soava a “casal”, porém nós, supostamente, erámos um casal, um casal falso, mas mesmo assim um casal. Nathaniel percebeu que eu estava a ficar para trás, por isso agarrou-me na mão e sussurrou ao meu ouvido:

-Não me largues, senão vais te perder outra vez.

Aquela sensação era nova para mim, nunca tinha sentido algo assim, não sabia que dar as mãos a alguém podia ser tão…agradável. A mão do loiro era quente e de certo modo acolhedora. Atravessámos praticamente toda a loja, no entanto não conseguimos encontrar o casal, provavelmente permaneciam ocultos devido à multidão que a cada minuto parecia aumentar.

Como estava farta de andar de um lado para o outro puxei a mão de Nathaniel, este virou-se inquirindo-me com o olhar.

-Acho que devíamos ir para um lugar mais tranquilo,…

-Ohh! Se querias ficar sozinha comigo podias ter dito mais cedo. – Interrompeu-me com aquele sorriso travesso que me irritava tantas vezes.

-Não me interrompas! – Ordenei com um olhar de censura, ignorando o seu comentário. -Como eu estava a dizer: Acho que devíamos ir para um lugar mais tranquilo, porque assim podemos telefonar à China ou ao Lysandre sem haver muito barulho a interferir na chamada.

-Ahh, é só isso? E eu a pensar que querias conhecer-me melhor, que desilusão.

Demorei alguns minutos a entender o verdadeiro significado daquelas palavras, quando finalmente percebi corei e dei um murro no braço de Nathaniel.

-Ai! O que foi? Não me digas que só agora é que percebeste?

-Cala-te e anda!

-Aonde vamos?

-Primeiro vamos pagar isto e depois saímos da loja e vamos procurar um sítio mais calmo. – Disse mostrando-lhe o CD.

***

Estávamos perto de uma fonte, eu já tinha o telemóvel na mão, pronta para fazer a dita chamada, cliquei no ecrã e coloquei o aparelho junto ao ouvido. Ouvi tocar uma, duas, três vezes até que uma voz irritante começou: O número que tentou contactar… Eu não acreditava…Ela tinha desligado!

-E-Ela…

-Ela o quê?

-E-Ela recusou a chamada.

-O quê? Não acredito! Primeiro Lysandre deixou o telemóvel em casa e agora China não atende! Mas que raios eles estão a fazer? – Perguntou Nathaniel aborrecido.

Uns minutos depois um sorriso, eu diria matreiro, materializou-se no seu rosto e ele acrescentou:

-Esquece. Estamos por nossa conta. Onde queres ir?

-Não sei, escolhe tu.

-Hmm…Não precisavas de um vestido?

-Sim, mas estava a contar com China para isso

-Pois, mas ela agora não está disponível. – Revirei os olhos, a nossa conversa não estava a avançar.

-Isso eu já sei. Não importa, vamos espreitar a loja e depois logo se vê.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho uma sugestão/pergunta: Eu tenho um capítulo especial pronto, que é sobre um casal já formado (Uau as minhas pistas são tão óbvias :P). Querem que eu o poste? Se sim, isto vai ser assim: Quinta posto o capítulo 14 e sábado o especial, que acham? Só vou postar se tiver 2 ou mais pessoas a concordar, ok? (Sim, sou má :c)

Próximo Capítulo - Capítulo 14: Who to explain?

Bye bye

@Marril .



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