But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 10
Capítulo 9: Problems&Revelations.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Aqui vamos nós com mais um capítulo! Agradeço às meninas que me vem acompanhando aqui no Nyah!, muito obrigada por comentarem, deixaram uma escrito iniciante muito feliz ^^

Boa Leitura!

PS: Leiam as notas finais!



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Quando China e eu saímos do ginásio encontramos Lysandre à espera da namorada para assim irem juntos para casa. Despedi-me dos dois e caminhei de volta ao edifício principal, pois tinha-me esquecido do meu precioso livro na sala de aula. Dirigi-me até ao primeiro andar, onde a sala se encontrava. Enquanto subia as escadas ouvi uns murmúrios, porém prossegui o meu caminho ignorando-os. Já estava um pouco fora de hora e a escola encontrava-se praticamente deserta.

           Encontrei facilmente a sala, entrei deixando a porta aberta e iniciei a minha busca. Deparei-me com o meu livro ao pé da minha cadeira, mais precisamente no chão, agora era óbvia a razão de eu ter-me esquecido dele. Virei-me, contente por ter o meu livro de volta, já pronta a voltar para casa. Olhei em frente e reparei num braço agarrado à maçaneta, de seguida vejo a porta a ser puxada e fechada, corri em sua direção na tentativa de abri-la novamente, de repente oiço um som metálico como se alguém estivesse a trancar a porta por fora, quando me aproximei o suficiente confirmei as minhas suspeitas: eu estava trancada dentro da sala, sozinha, com a escola prestes a fechar.

           Bati na madeira ao mesmo tempo que pedia por ajuda, mas fui apenas recebida por risos femininos e uma voz a dizer-me:

           -Eu disse-te que ias pagá-las…

           Ouvi novamente mais risos, contundo estes foram-se afastando até acabarem por cessar. Deixei-me cair no chão gélido, naquela situação já não conseguia permanecer confiante e lentamente a minha barreira foi descendo até eu ficar parcialmente indefesa, comecei a sentir-me insegura, quase como era há uns tempos atrás: totalmente indefesa e ingénua.

           Não dei pelo tempo passar e ainda tentei distrair-me lendo um pouco ou ouvindo música, mas nada surtia efeito, eu estava demasiado preocupada. Como eu iria sair dali? Teria de passar lá a noite? O que diria a diretora quando descobrisse que uma aluna dormiu na escola? Estas perguntas não saíam da minha cabeça, por isso no início não me apercebi do som de passos no corredor, apenas quando estes se aproximaram pude ouvi-los e deixei de parte os meus pensamentos.

           Existia uma oportunidade e eu tinha de aproveitá-la! Levantei-me encostando o ouvido à porta para confirmar o som dos passos (não fosse eu estar a alucinar), percebi que estes eram reais e preparei-me para pedir ajuda. Comecei a fazê-lo enquanto batia na porta, ouvi os passos a cessarem por uns segundo e depois a aproximarem-se.

           -Aya? – Ouvi uma voz masculina a chamar-me. -És tu?

           -Sim. Seja lá quem tu fores, podes por favor abrir a porta?

           -Tem calma já abro. – Ouvi novamente um barulho metálico, desta vez a porta estava a ser destrancada.

           -Thank you so much. – Disse saindo rapidamente daquela sala infernal sentindo-me finalmente livre. -Nathaniel? – Indaguei parando em frente à pessoa que me tinha praticamente salvo.

***

           Estávamos sentados na esplanada, o vento estava fraco e o ambiente seco, apesar de já estarmos em Setembro o calor ainda era eminente. O café não estava cheio, mas possuía algum movimento. Quando as nossas bebidas chegaram (um sumo para mim e uma garrafa de água para ele) dei um gole na minha antes de iniciar:

           -Então conta-me lá, como me encontraste?

           -Essa é fácil. Eu encontrei China e Lysandre na saída e perguntei-lhes onde tu estavas, ela disse-me que te tinha visto a ir para o edifício principal. Quando me aproximei, antes de entrar, ouvi umas vozes que falavam sobre terem trancado alguém numa sala do primeiro andar, depois foi só procurar e o resto já sabes. – Assenti bebendo mais um gole do meu sumo.

           -E essas vozes eram de quem?

           -Não sei, não vi, fui disparado em direção ao primeiro andar.

           Permanecemos em silêncio durante algum tempo. Uma vez ou outra Nathaniel bebia um pouco da sua água enquanto olhava distraidamente à sua volta. Tossi falsamente chamando a sua atenção, ele virou a cara encontrando a minha.

           -E…porque estavas à minha procura?

           -Hã?

           -Sim, não disseste que estavas à minha procura?

           -Não. – Respondeu simplesmente. Franzi as sobrancelhas, certamente ele estava a mentir.

           -Vá lá não me mintas, diz-me o que querias. – Insisti.

           -Já te disse que não queria nada. – Pensei numa maneira de obrigá-lo a falar, até que me lembrei de uma, a que raramente falhava e nesta situação até tinha duas vantagens: eu fazia-o falar e confirmava as minhas suspeitas.

           -Por favor Naki diz-me o que é… - Disse utilizando a alcunha que eu dava a Nathaniel em pequena ao mesmo tempo que o encarava com olhos suplicantes.

           -Não Ayki, já disse que não. – Respondeu sério utilizando igualmente a minha alcunha de criança.

           -Mas…’Pera aí tu sabias? Desde quando? – Eu estava perplexa, como assim ele já sabia e não me tinha dito nada?

           -Sim, mas só soube há pouco tempo.

           -E porque não me disseste?

           -Não achei que fosse importante.

           -Como não? Claro que era importante!

           -Ohh não sabia que era assim tão relevante na tua vida. – Comentou com um sorriso travesso.

           -Idiot. – Murmurei enquanto levantava-me deixando algumas moedas na mesa.

           -Oh vá lá Aya, não fiques zangada.

           Apenas ignorei-o e comecei a caminhar de volta a casa, Nathaniel seguiu-me tentando conversar comigo, mas eu continuava a não responder-lhe. Eu sabia que estava a ser infantil, mas não o podia evitar. Ele realmente tinha sido importante para mim, contudo ele não dava valor e até tinha brincado com isso. Já estava perto de casa, apenas mais alguns passos, podia finalmente deitar-me e esquecer este infeliz dia, já nem me importava com o que o loiro queria dizer-me.

           De repente sinto algo agarrar-me o pulso e puxar-me, quando dei por mim Nathaniel abraçava-me e eu estava estática, completamente sem reação.

           -Por favor Ayki, não me ignores, sabes que eu detesto isso. – Sussurrou o loiro ao meu ouvido. Apertou mais o abraço.

           Eu queria, mas não conseguia. Queria poder ignorá-lo, mas porquê? Porquê é que não conseguia? Abracei-o de volta (sinal de que já não estava zangada) e Nathaniel relaxou.

           -Pronto ganhaste, contente?

           -Muito! – Afirmou com um sorriso brilhante.

           Desmanchamos o abraço e continuamos a caminhar. Chegámos a minha casa em dois minutos, Nathaniel despediu-se com um beijo na minha testa, como sempre fazíamos desde pequenos, o que me fez corar. Fez menção de se ir embora, mas eu impedi-o.

           -Espera…Eu quero mesmo saber o que querias falar comigo, diz-me por favor. – Pedi delicadamente. O loiro suspirou antes de responder-me:

           -Está bem.

           -Really?

           -Sim…Mas só amanhã.

           -Why?

           -Porque eu tenho de me preparar antes.

           -Hã? Explica-te se faz favor.

           -S-u-r-p-r-e-s-a. – Disse indo-se embora, antes que eu pudesse perguntar-lhe mais alguma coisa. E lá fiquei eu, na minha própria porta, sozinha, embasbacada e novamente imóvel.


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Notas finais do capítulo

Gostava que me dissessem o que acham que o título do próximo capítulo sugere, ok?

Próximo Capítulo - Capítulo 10: Kiss?&The Request.

Bye bye

@Marril .



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