A Filha Do Mar escrita por Emm J Ás


Capítulo 37
Alásia


Notas iniciais do capítulo

É isso aí pessoal. A história está chegando ao fim. Só eu sei quantos capítulos ainda faltam.
Então eu só posso dizer: espero que gostem, adeus.



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O navio ancora na primeira ilha que eles encontram. Ele preferia não ter se alimentado das almas de todos aqueles homens, mas foi preciso. Fora isso, ele precisa protegê-la e ela ainda está muito fraca. Eles descem do navio e descobrem que pararam em Maybille. Ainda não é o lugar certo, os dois ainda vão precisar viajar muito.

Você está bem? Ele pergunta à ela.

Carlos, estou com medo...

A cidade não é a mais agradável. As ruas são sujas, as pedras escuras. As lojas ficam abertas até tarde, com muitas boates e pontos de vendas de drogas. Não é nada agradável. E são muitas pessoas andando para todos os lados na rua onde eles caminham, Kalyssa tem medo de ser pisoteada. Com o tempo sua forma de tigresa albina sobrenatural foi se perdendo até ela se tornar uma tigresa comum, embora ainda seja albina. Ela perdeu seus dentes de sabre e diminuiu muito de tamanho, por ter apenas dezenove anos ela não tem o tamanho de um tigre adulto como tinha antes.

Não se preocupe, estamos apenas de passagem. Ele fala com ela e desvia de um homem bêbado que quase caiu em cima dele.

Você sabe mesmo como acabar com essa maldição? Ela pergunta.

Sei como descobrir. Precisaremos ir para Quione. Ele responde.

O reino dos dominadores de gelo? Eles não vão gostar de me encontrar...

Não se preocupe, nem precisaremos entrar no castelo. Vamos pelas montanhas.

Ótimo eu... Ela para de pensar.

Seus olhos perdem a imagem humana e se tornam felinos e agressivos. Continuam azuis-turquesa e passam a refletir ódio. Um ódio animalesco nada racional. E de repente ela solta um rugido gutural e selvagem. Ela perdeu completamente a racionalidade.

Kaly. Carlos a segura pelo corpo antes que ela avance em alguém.

Enquanto ela estava quieta todos andavam normalmente, mas depois disso a rua rapidamente se esvaziou. Todos correram e ela continua rosnando e tentando se soltar de Carlos, mas desde que se tornou uma tigresa comum ela ficou mais fraca. Depois de alguns segundos seus olhos ficam humanos novamente. Ele a solta e ela balança a cabeça, incapaz de produzir um som entendível pelos humanos, apenas gemidos felinos. Porém a movimentação foi o suficiente para chamar a atenção dos chefes do tráfico. E agora têm vários homens armados preparados para matar Carlos e Kalyssa.

O que houve?! Ela pergunta assustada.

Você perdeu o controle de novo. Ele responde.

–-Está tudo bem! Ele levanta as duas mãos, tentando mostrar que não é uma ameaça.

Um dos homens usa um chapéu preto e um ray-ban escuro. Ele tem uma espada maior que seu braço nas mãos e está mirando na cabeça de Carlos. Ele balança a cabeça, indicando que Carlos continue a falar.

–-Só estamos de passagem, desculpem o incômodo. --Ele diz.

Por que não mata logo esses desgraçados Carlos? Eu não posso, mas você... Kalyssa fala.

–-Shh. -- Ele diz para ela.

–- Me mandou calar a boca? O homem com o chapéu pergunta.

–-Não senhor, é só um tique nervoso. Às vezes eu faço shhh no meio das frases ou faço shh remotamente. Eu meio shh que não tenho contro-shh-le. --Ele fala.

Kalyssa está morrendo de rir por dentro. Mas como tigres não riem ela apenas emite rosnados meio chiados. Carlos também procura evitar um riso, mas saber que ela está sorrindo o deixa feliz.

–-Tique nervoso? O homem fala.

–-Shhhim senhor. Carlos fala.

Você é maluco. Como eu nunca percebi isso antes? Kalyssa ainda ri descontroladamente.

Você nunca me deu a chance, querida. Ele ri.

O homem do ray-ban suspira.

–-Muito bem, deixe-os passar. Ele diz aos outros homens.

Todos abaixam suas espadas, mas ainda estão em punhos. Carlos abaixa os braços e manda Kalyssa prosseguir, ela anda na frente rebolando como sempre, só que em sua forma de tigresa a imagem é mais engraçada que sensual. Velhos hábitos teimam a sumir.

–-Saiam rápido da cidade. -- O ray-ban man alerta.

–-Pode deishhar comigo. Carlos bate continência e sai dali.

Tenho uma coisa para te contar. Ele fala com Kalyssa depois de estarem bastante afastados do tumulto.

O quê?

Emily te mandou uma mensagem através de mim.

Agora? Mas ela não tem um alcance tão grande. Ela responde.

Não agora, hoje mais cedo. Ainda estávamos fugindo.

Ahm... E o que foi? Ela tenta fingir desinteresse, mas a verdade é que ela sente saudade do navio e da tripulação.

O navio pegou fogo, e ela... A Emily morreu Kalyssa. Ele fala. Kalyssa para de andar, ela fica em silêncio. Ela disse que você sempre foi importante para ela e que vai sentir saudades suas. Até quando você a chama de Winx.

Ela... Ela... Kalyssa não fala.

Gemidos baixos como um gatinho chorando, é tudo que ela emite.

A Winx morreu? Ela ainda não consegue acreditar.

Eu sinto muito Kaly. Também vou sentir saudades dela.

Ela não podia... Ela não...

E ela se debulha em lágrimas. Kalyssa nunca admitiu, mas ela amava Emily. Emily foi o mais próximo que ela já teve de uma amiga desde que descobriu que era uma tigresa e perdeu sua família. E a dor em seu coração é insuportável.

¬¬¬

Já se passaram três dias que estamos viajando. Huron traçou o caminho mais rápido até Alásia e se certificou de acelerar tudo. Disse que hoje mesmo chegamos lá. E eu sei que o Alex não está alegre em não ser o capitão, mas a dor de perder mais uma amiga é maior que seu orgulho. E ninguém mais está feliz o suficiente.

Eles me contaram o que aconteceu com Kalyssa. Aquela magia que vi Valtor lançar nela era uma maldição, para que ela nunca mais pudesse se transformar em humana novamente. Como ela e Carlos sumiram eles imaginam que tenham ido descobrir um modo de desfazer a maldição. Sem Law e agora sem Emily ninguém mais consegue sorrir. Quatro tripulantes importantes se perderam em apenas uma semana. Carlos, Kalyssa, Law e Emily. Até eu que passei apenas alguns dias aqui sinto a falta deles. E também estou ciente de que foi tudo culpa minha.

O navio do meu pai é bem diferente do Andrômeda. A começar pelo nome: Brianna. Quando perguntei à ele o porquê desse nome ele se restringiu a dizer que é o nome de uma pessoa que foi muito importante para ele, também falou que um dia ia me explicar melhor quem ela era. É por isso que desconfio que seja o nome da minha mãe biológica. Mas também pode ser uma irmã minha ou qualquer outra coisa, mas para ele querer me explicar é porque é alguém ligada a mim.

O Brianna é de madeira clara, é tão brilhante quanto o Andrômeda já fora e ao invés de três conveses só tem dois. Mas ele compensa no tamanho interno, afinal eu tenho a impressão de que há um labirinto ainda maior que o do Andrômeda no interior do Brianna. Não há esculturas de sereias e confesso que sinto saudade delas. Sei lá, aquele barco já estava sendo a minha casa. Esse navio ainda me é um pouco desconfortável.

A tensão entre a tripulação fica cada vez pior. Desde que eu fugi do Alex ele não fala mais comigo e eu não consigo mais manter contato visual. Nós estamos nos evitando e isso dói em mim, mas é necessário. A verdade é que ele ainda é um pirata, e eu uma princesa, nós nunca poderíamos ficar juntos. Fora isso eu gosto do Luke, de verdade. E tenho um compromisso com ele.

O resto do pessoal me cumprimenta normalmente, mas ninguém mais sorri. Desde que isso aconteceu eu não conversei com Huron por mais de dois minutos, então meu pai continua sendo um desconhecido para mim. Mas eu ainda vejo aquela lista no bolso da calça dele, a lista de todas as perguntas que ele faria à sua filha quando a encontrasse. E u estou com uma vontade incomum de responder a todas àquelas perguntas. Mas eu também estou com vontade de beber cerveja, e adivinha só? Eu prometi nunca mais fazer isso na minha vida. Sem falar que se eu tocar no assunto será motivo para mais choro, afinal, todo o estoque estava no Andrômeda quando ele pegou fogo. Balanço a cabeça. Meus olhos querem chorar de novo, só de lembrar disso. Sei que o melhor caminho não é esquecer, mas preciso fazer como fiz com o Law. Seguir em frente.

–-Faltam alguns minutos.-- Ouço a voz de Alex se aproximando de mim.

Estou apoiada no parapeito do navio como sempre fazia no Andrômeda. Só que antes a Emily sempre aparecia para bater um papo, e isso nunca mais vai acontecer. Fecho os olhos para impedir as lágrimas de caírem.

–-Para quê? --Pergunto.

Ele se apoia à minha esquerda, mas parece manter uma distância razoável. Eu suspiro. Foi impensado. Eu não queria suspirar. Mas a verdade é que essa distância dói.

–-Para você voltar ao seu reininho e brincar de princesinha de novo. --Ele não olha para mim, encara o mar.

–-Então finalmente você vai se livrar de mim.

Não nos olhamos nem falamos por alguns segundos. E o silêncio é terrível. Só ouço as ondas quebrando, e ao invés de ser um som relaxante ele começa a me irritar. Mudo os braços de posição, apoiando o queixo em meu punho direito.

–-É isso mesmo que você quer? --Ele corta o silêncio.

Não me atrevo a olhar para ele.

–-É o que eu sou. --Digo. O sol está prestes a se pôr. Eu adoro o pôr do sol, mas ele só me faz lembrar mais que eu me atrasei para meus compromissos. E não consigo deixar de me preocupar.

–-Mas é o que você quer ser? --Não consigo evitar de olhá-lo. Ele está virado para mim, mas não me olha. É como se seu olhar atravessasse meu corpo e tentasse decifrar algo dentro de mim, algo íntimo.-- Você é uma ótima pirata, vai conseguir voltar à vida de princesa?

–-Então você admite que eu sou uma pirata? --Sorrio pela primeira vez desde... Eu suspiro.

Ele assente.

–-E que sou parte da tripulação? --Estou abusando da sorte. Ele hesita, mas acaba assentindo também. Meu sorriso cresce e o dele começa a aparecer. --Uau, nunca pensei que fosse viver pra te ouvir dizer isso.

–-Tecnicamente você não ouviu nada, eu não disse uma palavra. --Ele fala.

–-Haha. Não tire minha alegria, capitão.

Seu sorriso some e sua expressão se torna fria e séria novamente. Aquilo que Emily disse ao se despedir... Eu sempre te chamei de capitão. Uau, que mancada. Abaixo a cabeça e me obrigo a encarar o mar. Não é justo sentir esse vazio dentro do meu coração e aposto que com ele também é ruim. É como uma ferida exposta que lateja cada vez que ouvimos o nome daquela pessoa, ou simplesmente nos lembramos do sorriso dela. E essa ferida nunca se cura. Assim como a do Law, são duas cicatrizes eternas no meu coração. Eu nunca vou esquecê-los.

–-Por que você não fica com a gente? --Sua voz é baixa, como se ele dissesse algo que não queria.

–-O que?

–-Ficar, na tripulação sabe? Continuar como uma pirata. Você pode ser a imediata, já que gosta tanto de controlar o leme do navio. --Ele levanta os cantos da boca mas não mostra dentes. E ele está olhando para qualquer lugar, menos para mim.

Ele me quer na tripulação. Isso quer dizer que ele gosta de mim, de verdade. Rio. Mas antes de dizer algo eu dou um soco no braço dele, ele grita e puxa o braço para longe. Ele se assustou. E eu estou morrendo de rir.

–-Você vai sentir minha falta! --Digo.

–-Agora eu vou ter uma lembrança permanente. --Ele diz analisando onde eu o atingi.

Ficou uma sutil marca roxa, mas nada que chame atenção nesses braços musculosos e ombros largos... Ou nesse tanquinho sempre à mostra... Oi? Desculpe, me perdi do assunto.

–-Não precisa agradecer. --Ainda sorrio.

–-Quer uma lembrança minha?-- Ele pergunta e se aproxima.

–-Liga não, eu já tenho.-- Mostro para ele o meu braço esquerdo, onde há uma marca em volta do meu braço todo como um bracelete roxo que só vai sair em uma semana. Culpa das inúmeras vezes em que ele me puxou pelo braço com força contra a minha vontade. Ele une as sobrancelhas, quase surpreso.

–-Nossa, eu fiz isso?

–-Não, o coelhinho da páscoa. --Reviro os olhos.

–-Bem, eu tenho uma lembrança um pouco mais agradável. --Ele sorri.

Tento não encarar seus olhos verde-selva. Ele dá mais um passo em minha direção, tornando a proximidade cada vez maior. Mas eu ainda estou com aquele meu sorriso bobo e não imagino o que ele vá fazer. Na verdade estou com uma sobrancelha levantada.

–-E o que você pensa em me dar? --Pergunto incrédula.

Alexander? Dando um presente à alguém? Du-vi-do. Não é nada contra, é só que é difícil pensar nele fazendo alguma coisa gentil. Ele é sempre tão bruto e metódico, metido, arrogante, tarado e furtivo. Ele é tudo de ruim. Ele é tudo de bom. Ele me deixa maluca, atrai o pior de mim. Talvez por isso eu seja uma pirata tão boa.

–-Humm... Tenho certeza de que você vai adorar.-# Ele fala.

–-Então anda logo, estou ansiosa...

Interrupção. Perigo, perigo, DANGER!

Ele me agarra pela cintura e me puxa para perto de si, eu não revido, eu não faço nada, é rápido demais. E eu tenho que admitir, estava com saudade do calor do corpo dele. Cada para de nossos corpos está se tocando, mas só falta uma. E ele trata de resolver esse problema bem rápido. Eu posso ser mais baixa que ele, mas ele não tem dificuldade nenhuma em atingir minha boca com a sua. Ele percorre meus lábios com sua boca quente enquanto bagunça meus cabelos com sua mão direita, me causando arrepios involuntários. Eu deveria estar tentando me soltar mas ao invés disso eu estou retribuindo o movimento, segurando seu cabelo e arranhando suas costas com minhas unhas.

–-Ai. --Ele reclama, mas tem um sorriso em seu rosto.

Estou acanhada. Acho que eu o machuquei.

–-Desculpe... --Digo.

Ele me beija de novo, um selinho, mas tão intenso que quase me derreto em seus braços.

–-Faz de novo? --Seu rosto está tão perto do meu que respiro o mesmo ar que ele.

Eu rio e meu riso sai com um chiado.

Ele me beija de novo enquanto acaricia minhas costas com sua mão esquerda. Mas o que é que eu estou fazendo? É o Alexander, eu estou maluca?!

"Ele é muito melhor que o Luke, vamos lá garota, aceita."

Hey consciência maluca, eu tenho um reino pra salvar. E não há nenhum garoto gostoso no mundo que consiga me fazer deixar essa responsabilidade. Então cala a sua boca!

""Ai, nervosinha. Eu só queria ajudar.""

–-Alex.-- Tento me afastar dele, mas ele continua me puxando.

É o nosso primeiro beijo. E foi em menos de cinco dias depois de eu assumir que estava com o Luke. Que tipo de garota eu sou?

–-Gostou da lembrança?-- Ele pergunta com um sorriso.-# Não precisa responder, eu já sei a resposta. --E me beija novamente.

Me solto dele evitando que seu beijo perdure. Finalmente ele entende o recado e me solta. Ele se apoia no parapeito me encarando enquanto eu passo a mão nos lábios involuntariamente. Ele está rindo. Eu estou ficando com raiva.

–-Tenho outro presente pra você. -#Digo.

–-Ah é? --Ele já se aproxima novamente. --Perfeito.

Espero a barra do turbo encher completamente e lhe dou o meu especial. Nem preciso apertar os botões do joystick aleatoriamente. Basta pegar impulso e estapear seu rostinho perfeito com toda a minha força. E adivinha só? Ele mal se moveu. Acho que eu preciso me alimentar mais, meus tapas não estão tendo muito efeito.

–-AI!-- Agora ele grita de verdade.

Ele balança a mandíbula como se a colocasse no lugar. A semelhança entre primos me assusta. Ele é primo do Luke!

–-E nunca mais se atreva a me agarrar novamente. --Sorrio.

E então eu me afasto, indo embora. E odeio dizer que aprendi isso com a Kalyssa, mas minha saída triunfal conta com uma certa desfilada pelo convés. Percebi que sair assim causa muito mais impacto.

–-Eu precisava fazer isso antes de você ir embora! --Ele grita. Eu bufo. --Era a minha última chance Liz! --E a sua voz fica mais baixa cada vez mais eu me afasto.-- E você admita que gostou!

Até que sua voz se extingue.

Agora é só esquecer que isso aconteceu, esquecer que ainda estou sentindo arrepios na nuca e na coluna e que meu cabelo ainda está despenteado e que minha boca ainda está quente e que... Bem, pra esquecer é melhor parar de falar nisso, digo, pensar.

Ele disse que faltavam alguns minutos. Isso quer dizer que... Já devemos ter chegado. Será que já dá para ver meu reino? Eu nem cheguei a checar.

Então eu fecho os olhos e com um sorriso eu vou para o outro lado do convés, onde eu posso ver o lugar aonde estamos indo, nosso destino. Então eu me apoio no convés, respiro fundo e já imagino meu lindo reino me esperando. E apesar do meu noivo não estar por perto, nas verdade ele sumiu esses dias, e é claro que eu meio que dei um fora nele. E talvez ele tenha ficado com raiva, ou triste, mas o fato é que eu acredito, não, eu sei que ele está bem. De qualquer modo, eu sei que está tudo bem e que o casamento ainda está de pé.

Aí eu abro os olhos e o sol está se pondo atrás de mim. É nessa hora que eu fico na janela do meu quarto observando como a luz do sol bate perfeitamente sobre a floresta e no mar. A junção perfeita. Só que agora não é isso que eu vejo. Não. O meu sorriso desaparece, uma sensação de desespero começa a crescer forte no meu peito, subindo pela minha garganta e tentando sair como um gemido de agonia.

Meu reino está destruído.

Não há mais floresta, está tudo em cinzas. O castelo que reluzia em rochas grafite e mármore branco desmoronou e está negro pelo pós-incêndio. Nem a costa do mar fugiu do incêndio, até a areia enegreceu. E pensar que meu jardim vivo foi destruído... Quantas vezes eu ia lá e me sentava conversando com as flores, e elas respondiam às minhas atitudes sempre. Agora todas as flores estão mortas. Meu castelo, meu reino, Alásia foi incendiada.

Alásia não existe mais.




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Notas finais do capítulo

Vamos sentir saudade desse reino tão agradável. E Galatéia? Bem, quem odeia Galatéia levante a mão!
o///



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