Ao render todos os sobreviventes da guerra, Sasuke foi checando de setor em setor se estava tudo certo. Mesmo contra sua própria vontade fazia o trabalho pesado, enquanto Obito e Madara surtavam e gritavam um contra o outro.

Cada grupo de sobreviventes era dividido em três setores. O do sul, que ficava com Suigetsu, o do norte, que era de Juugo e por fim o da ala médica, que ficava sob a responsabilidade de Karin.

Ao terminar de render todos os sobreviventes que podia, mandou algumas patrulhas de Zetsus para checar em todas as direções. Deu o comando às ultimas patrulhas, avistando Obito e Madara vindo em sua direção.

–Bom trabalho, Sasuke. Madara tentou mostrar-se calmo, botando novamente sua mascara de indiferença. Não encontramos vestígios do Juubi nem do Uzumaki, mas não vamos nos desesperar, nossa vingança será bem pior. Deu um sorriso maldoso.

–E o nosso plano? Perguntou Obito se dirigindo mais a frente, assim encarando Madara.

–O juubi Sumiu! Exaltou-se Madara. Não terá como realizar nosso plano sem o Juubi, idiota! O fedelho loiro evaporou com ele. Ate não termos noticias deles... Sorriu presunçoso. Tenho um novo plano para botar em ação.

Madara olhou para Obito , que sem falar nada, pediu e recebeu a confirmação de lealdade. Virou os olhos para Sasuke, que se mantinha olhando para o nada com cara de desinteressado, mas Madara sabia que o mesmo não estava se sentindo assim.

–Sasuke...? Insistiu Madara, ganhando a atenção do mesmo a contragosto.

–Tanto faz. O mesmo respondeu ainda com a feição desinteressada, deu as costas aos outros Uchihas e saiu vagando pelo campo, na tentativa de achar algo para ocupar a sua cabeça.

Checou novamente os grupos em que estavam separados os sobreviventes, sendo barrado por Karin na ala médica. Que insistia em atiça-lo ao pecado.

–Me largue Karin. Afasto-a de seu pescoço e deu as costas para a mesma que não desistia.

–Venha cá Sasukezinho. Disse a moça o abraçando por trás, aproveitando para sussurrar em seu ouvido. Sei que quer.

–EI! Aqui não é lugar para suas putarias Sasuke! Disse certa rosada, que mesmo tentando, não resistiu ao ciúme.

Os dois voltaram sua atenção à rosada, que estava vermelha de raiva e quase avançava nos dois. Aproveitando da distração da ruiva incomoda, Sasuke tirou os braços dela de si e virou-se para Sakura.

–Concentre-se em terminar o que lhe foi ordenado, Haruno. Disse friamente.

–Como se tem dois indivíduos apelando para a minha paciência. Rebateu irritada.

–Aja profissionalmente Sakura. E tente pelo menos separar o sentimento do trabalho.

–Acha que ainda guarda algo que não seja ódio por ti, Uchiha? Alfinetou-o.

Karin que moscava durante a discutição dos dois, esperava atentamente o momento em que entraria na conversa.

–Esta na cara. Rebateu com olhar de desafio.

–Eu também cresci e mudei seu otário, não sou mais a criança que corria atrás de ti.

–Não fale mal do Sasuke-kun dessa forma, chiclete. Entrou karin na conversa.

–Já falei para não me desafiar Sakura, sabe do que sou capaz. Aguarde, isso vai ter volta. Olhou para Karin que estava atrás de si. Voltem ao trabalho às duas. Se eu as pegar de conversinha por aí. Preparem-se. E saiu dali, deixando as duas, uma encarando a outra.

–Você ouviu o Sasuke-kun chiclete, volte ao trabalho. Vai, vai.

Sakura se segurou para não voar no pescoço da ruiva e dar a ela o que ela merece, mas se conteve, pois seu chakra tinha utilidade maior, e com uma grande força de vontade, engoliu seu orgulho e saiu dali, sem falar nada com a ruiva.

***

Em cima de um grande morro que dava a vista para o horizonte, tinha dois homens conversando, um encostado preguiçosamente a uma grande pedra, sentado na grama macia do campo verde, mesmo após tantas mortes.

–E qual e seu plano dessa vez, Madara. Perguntou Obito enquanto se acomodava à pedra, ao outro homem que estava de costas a si.

–O que nos resta agora e recuar. Não temos mais contra o que lutar. Por isso acabaremos com todas as vilas, e criaremos nosso reino. Virou-se para o homem a qual estava a escuta-lo. Ou melhor, império.

–Dividiremos o poder, certo. Perguntou desconfiado.

–Claro, não quero brigas entre os Uchihas. Ficáramos de olho no Uchiha menor. Sabemos as intenções dele, mas e de se suspeitar.

–Humpf! Porque não o matamos logo? Perguntou Obito desinteressado, como se fosse à coisa mais simples do mundo.

–Sendo suspeito ou não ele continua sendo um Uchiha. Além do que ficaremos muito desocupados e entediados. Será apenas um passatempo, Sasuke é nada mais que uma folha em branco. Muito fácil de ser pintado a nosso favor. Sorriu malicioso para o colega.

Obito entediado, pegou uma pedrinha no chão e jogou longe, dando atenção ao mais velho.

–Tanto faz. Olhou para o chão, tentando, em vão, avistar a pedrinha que jogara.

–E tem mais, nosso plano ainda continua de pé. Mesmo que não conseguiremos o Juubi, iremos mudar o mundo da nossa forma. Sem guerras, tudo no seu lugar, e os Herdeiros por direito no comando. Nós, Uchihas.

Obito se levantou da grama, se desencostando da pedra, e bateu as mãos na roupa para tirar a poeira. Dirigiu seu olhar a Madara, que mantinha um semblante pensativo no rosto.

–E onde iremos construir nosso império? Perguntou se aproximando do mesmo.

–No lugar onde eu construí é claro. Konoha.

Obito que não se mostrou surpreso apenas questionou...

–Konoha é muito pequena para nós.

–Redecoração meu amigo. Ampliamos um pouco pra lá, um pouco pra cá e pronto.

–É para lá que iremos levar os sobreviventes e os feridos?

–Hum... Dividiremos. A propósito, o Kazekage ainda esta vivo?

–O ruivo? Sim, por quê?

–Ótimo! Está feito. Como Suna e o maior e mais perto de Konoha, dividiremos um grupo que irá para Konoha e um para Suna. Espero que não se importe com o calor meu amigo.

–Eu? Suna? Questionou Obito. Porque não manda o Sasuke?

–Porque ele não é confiável, lembra. Além do mais terei que ficar de olho nele. E você terá seu próprio reinado por um tempo, ate mudarmos um pouco Konoha.

–Então porque perguntou se o Kazekage estava vivo? Ele terá de viver?

–Cortesia. Se ele te irritar, mate ele.

–Certo.

–Reúna o maior grupo de pessoas e comunique-se comigo quando terminar. Irei avisar o Sasuke.

–Certo. Virou as costas para ir, mas antes ouviu de Madara:...

–Nos encontramos daqui a três horas.

Não se ouviu resposta, ambos partiram.

"Esse moleque Uchiha ainda pode dar problemas, tenho que ficar esperto" Pensou Madara.

***

Sasuke estava a observar o horizonte distraidamente, ate que Madara se aproximou, trazendo um semblante nada alegre para seu rosto. Mesmo percebendo ele ali, nem deu a honra de encara-lo, apenas continuou olhando sua paisagem.

–Sasuke...? Chamou Madara irritado pela forma que o mais novo o ignorava.

O mesmo novamente não virou-lhe a cara, nem deu atenção. Continuou intacto. Sentado na grama macia, de mãos dadas em cima dos joelhos, com os cabelos sendo balançados lentamente pela brisa local.

Madara vendo que não ia chegar a lugar nenhum, engoliu a raiva e aproximou-se do menor, sentado próximo a ele.

–Bela vista não? Perguntou tentando puxar assunto para que lhe desse a atenção necessária.

–O que você quer Madara. Foi logo ao assunto, fazendo Madara virar seu rosto para Sasuke e lhe der um sorriso de canto.

–Gosto do seu jeito Sasuke. Sempre indo ao ponto, pois bem, farei o mesmo.

–Iremos dividir os sobreviventes em dois grupos. Um que irá para Suna com Obito, e outro que irá para Konoha comigo e com você.

Sasuke curioso permitiu-se um leve virar de cabeça e olhou para Madara com o mesmo semblante desinteressado.

–E porque fariam isto? Vão deixa-los em paz já que perderam o bichinho de estimação?

–Não jovem insolente, iremos ter nosso próprio império. Disse Madara ficando cada vez mais com ar de paranoico. Provar que podemos mesmo sem o Juubi. E finalmente este mundo podre que é, terá seus verdadeiros reis no comando.

Sasuke deu um olhar de nojo para o mais velho e voltou a olhar o horizonte, enquanto o mesmo se recuperava de seu ataque de loucura.

–E você meu caro terá a tarefa de agilizar a ala médica e separar um grupo para levarmos para Konoha.

–E o meu time?

–Bom. Karin vêm conosco, enquanto Juugo e Suigetsu vão com Obito.

–E para que Obito ira para Suna?

–Iremos nos separar ate termos feito umas mudanças de latitude em Konoha.

–Pretende ter seu “reino” em Konoha? Na realidade Sasuke pouco se ligava com isso, apenas se focava em seu objetivo e assentia para as loucuras de Madara.

–Sim.

–E quando partiremos?

–Amanhã de manhã.

–É muito cedo. Ainda tem feridos que não foram curados e os Zetsus nem terminaram a... –E é por isso mesmo que te encarreguei de acelerar as coisas. Quero tudo pronto para amanhã de manhã.

Madara por fim se levantou batando as mãos na roupa e virando as costas para sasuke, seguindo seu caminho, mas sem antes dizer...:

–Lembre-se do nosso acordo, Sasuke...

Saindo a passos lentos deixando um Sasuke nervoso para trás, que logo se recompôs e tratou de fazer o que lhe foi pedido.

***

Sakura e Hinata estavam a curar os feridos, enquanto certa ruiva lixava as unhas deitada em uma maca, á ocupando mesmo sabendo da escassez das mesmas, e dos vários feridos pelo chão.

Hinata estava a curar um homem que estava deitado próximo ao que Sakura estava a cuidar, quando a mesma sentiu uma tontura, e se apoiou na pilastra de madeira que estava á seu lado, trazendo a atenção de Sakura para si, que correu para ampara-la.

– Hina você esta bem? Afastou-lhe o cabelo que estava a tampar o seu rosto e viu a amiga assentir lentamente. Apoiou a mesma em seu braço e saiu da tenda com a mesma a seu enlace. Sentou Hinata, lentamente, no banco que tinha perto duma árvore onde estavam.

–Não devias fazer tanto esforço. Precisa deixar chakra para ele. E como não esta acostumada com os jutsus de cura, seria melhor se você descansa- se. Ao ouvir aquilo vindo da amiga, saiu de seu amparo e levantou-e do banquinho, se recompondo, dirigindo-se a ela com um sorriso doce e a voz calma.

–Não se preocupe Saky, estou pegando o jeito. Além do que tem muito chakra de sobra para ele, e não posso ficar a toa, senão fica pior para mim. Pôs a mão no ombro da amiga e lhe deu um sorriso reconfortante. Obrigada por se preocupar.

Sakura sorriu e balançou a cabeça confirmando. Ate que ambas ouviram uma correriam vindo em direção a elas. Olharam em dereção a tenda e viu uma loira correndo em direção a elas.

–Hinata, Sakura, o Sasuke esta aqui, e requisitou a presença de todos os médicos na grande tenda, e só faltam vocês. Disse a loira com olhar assustado, ajeitando os fios loiros que bagunçaram pela correria.

–Humpf! O que aquele desgraçado quer agora. Uma área exclusiva para ele foder com a ruiva! Falou irritada.

–Não sei, só sei que é melhor nos apressarmos. Disse Ino voltando para a grande tenda, sendo seguida por Sakura, que fez questão que Hinata andasse mais lentamente e apoiada consigo.

–Finalmente! Disse o Uchiha aparentemente irritado pela demora. O que falei sobre ver vocês de conversinhas, Ein?!

–Diga logo o que quer. Temos trabalho a fazer.

–Pois bem. Ignorou o comentário ofensivo e olhou para todos os ninjas médicos reunidos, junto das três atrasadas. Quero que acelerem isso aí, pois iram ter que estar prontos amanhã de manhã, pois iremos partir.

–Mesmo que dermos o máximo de nós não iremos conseguir curar todos, são muitos. Disse um dos médicos.

–Então não estarão dando o máximo de si. Disse Sasuke com Karin ao seu enlace. Quero todos prontos de manhã, mesmo se ainda estiverem feridos.

–E para onde iremos com tanta pressa Uchiha? Questionou Sakura cruzando os braços.

–Vamos para Konoha. Disse por fim.

***

Continua...