The Dark empire escrita por danonne, sicpz


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal, consegui postar mais cedo que alegria!! E olha o tamanho do capítulo que fiz com tanto carinho para vocês, espero que gostem, comentem, me falem o que preciso melhorar...
Boa leitura!



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–Me larguem seus trogloditas! - Reclamava Yui enquanto tentava sair do aperto dos capangas.-

Seguindo as ordens do chefe, os dois valentões subiram as escadarias que levavam as celas, passando pela sala do hokage e indo em direção ao centro de treinamento que Madara criou por lá.

–Fiquem quietos pivetes, já estamos chegando! -Exclamou o ninja que segurava Yui, dando uma cotovelada em sua barriga, segurando-a mais firmemente para não fugir.

Ao ouvir que estavam chegando, Saito, que mantinha seu olhar no chão, levantou sua cabeça e pode contemplar um espaço grande, com muros altos e cinzas e um portão central pintado de um verde desgastado.

Quanto mais se aproximavam mais um friozinho subia pelo estômago do garoto. Sentia um mal pressentimento sobre aquele lugar, o mesmo lhe dava calafrios ainda maiores quando recordava de que iria ficar sozinho com o homem que o sequestrou.

Ao ficarem de frente ao portão, os vigias que ficavam lado a lado do mesmo, logo trataram de abri-lo, dando passagem para os capangas que entraram e lançaram as crianças mais para dentro do local, fazendo-as rolar pelo chão que mesclava entre terra batida e gramíneas.

Yui tratou de se levantar logo e correr atrás dos capangas, porem estes já estavam fora do local, ajudando os vigias a fecharem o portão, fazendo a mesma dar de cara com ele fechado. Pode ouvir risadas cúmplices dos homens atrás do portão, deixando-a com muita raiva.

–Eu vou atrás de todos vocês quando eu sair daqui seus malditos! Me aguardem e verão! -Berrou a menor ao mesmo tempo que esmurrava fortemente o portão.

–Não faça isso, vai se machucar...

Yui saiu de seu estado de frenesi, quando ouviu a voz de seu novo ''colega de masmorra'', estranhamente calma, levando em conta a situação que estavam enfrentando. A mesma deixou as mãos deslizarem pela superfície lisa do portão enquanto passava a encarar o amigo.

Saito estava escorado em uma das árvores que continha no local. Sentado em baixo de sua sombra em posição fetal, mirando a face confusa da colega enquanto seus dedos escorregavam entre a rala grama abaixo de si.

A confusão estava estampada na cara da pequena, tentava entender o porquê do amigo estar agindo assim, até que um recente fato passou pela sua cabeça, fazendo-a atribuí-lo ao fato do comportamento indiferente do menino perante a situação.

Ficou extremamente nervosa ao chegar a um conclusão que não queria acreditar. Pensava que o novo amigo estava com raiva da mesma por ser filha do ser que causou tanta desgraça para ele. Seu corpo moveu-se em direção ao mesmo, no entanto o medo de ser mal tratada e perder uma amizade que estava prestes a começar, a fez ficar no mesmo lugar.

–Saito... Eu... - Tentou receosamente explicar seus motivos ao moreno, mas foi impedida pelo mesmo.

–Não se culpe Yui, não é culpa sua ser filha dele. Sei que deve estar se incriminando por isso, mas você não é igual a ele, não deve pensar dessa forma. - Disse Saito encarando a amiga com um olhar sincero e calmo, sorrindo levemente enquanto brincava com um pedaço de grama que arrancou do solo.

–Além do que, não escolhemos nossos pais, certo. - Falou o menor desviando seu olhar para as mãos que continham o seu pedaço de entretenimento, amassando a graminha com um sorriso triste que não passou despercebido pela colega, contudo não tocou no assunto para não piorar o ânimo do moreno.

O discurso do amigo a fez sentir-se melhor e feliz, pelo mesmo ele não a culpava , dando-a coragem para aproximar lentamente do mesmo e se sentar ao seu lado, compartilhando a árvore como encosto. O garoto não fez nenhuma objeção, pelo contrário, encaminhou um sorriso para ela e afastou-se um pouco para que pudesse se sentar confortavelmente ao seu lado.

–Se não é por esse motivo que está assim, qual é? -Indagou a menina confusa, fazendo-o a fitar sem demonstrar emoções.

Ficaram um tempo se encarando até que Saito desviou seu olhar para o chão, suspirando. O mesmo passou a fitar o céu e respirou fundo voltando a olhar para a amiga que captava toda as suas reações emitidas.

–Eu sei o que vai acontecer Yui. Sei que vou morrer, só estou tentando lidar com isso sem endoidar completamente. -Desabafou sendo seguido pelo olhar estupefato da menor.

–Não, isso não vai acontecer! -Exclamou segurando o amigo pelos ombros. -Eu tenho certeza, eu estou aqui a muito tempo e sei o que o velhote vai fazer com a gente. Não vamos morrer, mas vamos precisar da ajuda um do outro para sobreviver.

–Não sei não Yui, mesmo sendo o Madara, ele é o seu pai, ele não te mataria, mas e quanto a mim, eu não sou ninguém, não há utilidade em mim... -Disse Saito desviando o olhar da amiga.

–Você não conhece o velhote para saber Saito, confie em mim, temos que sobreviver ao que virá a seguir, temos pessoas para as quais devemos voltar, temos um lar para onde temos que retornar. Não pode simplesmente virar as costas para isso tudo. -Exclamou a menor enquanto sacudia o amigo pelos ombros para ver se o mesmo retornasse a razão.

Saito olhou no fundo dos olhos de Yui e a abraçou fortemente enquanto uma lágrima solitária desceu pela sua face.

–Você está certa, Yui. Estou sendo um covarde e medroso, obrigado por me fazer lembrar pelo que eu estou lutando, ficaria honrado em ser seu amigo. - Disse sorrindo para a mesma enquanto limpava rapidamente o rastro de lágrimas em seu rosto.

–Deixa de ser bobo, você já era meu amigo a partir do momento em que não me julgou por ser filha de quem eu sou. Mas não comemore, pois esse é um fardo que nunca poderá jogar fora, estamos entendidos? - Disse brincalhona enquanto apontava o dedo indicador para o mesmo e fazia uma careta de brava, arrancando risos dos dois.

–Isso, riam enquanto podem, pois não iram ter mais momentos como esse de agora em diante. - Anunciou uma voz grave interrompendo o momento das crianças, fazendo-as voltarem seus olhares para o local de onde vinha a voz.

Madara estava parado em sua pose inabalável com os braços cruzados a encarar os dois menores. Ao vê-lo uma carranca apossou da face de Yui que o encarou de volta sem medo. Já Saito se pôs de pé adotando uma posição de ataque, com o olhar determinado e cheio de coragem.

–Espero que estejam preparados para o que viram enfrentar de agora em diante, pois guerras não são nada fáceis, ainda mais com quem estamos lidando. -Disse o mais velho sério aproximando-se dos dois. -Vou treina-los para lutar por nós, Uchihas. E quando chegar a hora, iremos massacrar os rebeldes e sua raça miserável para sempre.

–E quem disse que irei lutar ao seu lado?! Ainda mais contra o meu povo. Só pode estar maluco! -Exclamou Saito perplexo avançando dois passos contra o mais velho que não recuou diante a investida do mais novo, pelo contrário, foi avançando calmamente em sua direção.

–Se você não me obedecer e fizer tudo o que eu digo eu matarei a sua mãe e todos que mais ama bem na sua frente, e você não vai poder fazer nada para me impedir, apenas me assistir cortar a garganta deles lenta e dolorosamente. Faça sua escolha -Disse Madara entredentes bem próximo ao rosto assustado de Saito. -

Saito o encarava assustado e cada vez mais uma imensa cólera crescia dentro de si. Queria esmurrar a cara do homem a sua frente até sangrar, mas sabia que se fizesse isso as coisas ficariam ruins para ele.

O mesmo não conseguia se decidir, o olhar impaciente de Madara sobre si o fazia ficar cada vez mais nervoso. Como poderia fazer isso? Matar sua própria gente, seu povo. No entanto sabia que se revoltasse contra o mesmo ele cumpriria a promessa que fez da pior forma possível. Não poderia deixar sua mãe e sua família morrerem, estava fora de cogitação. Faria o necessário pela sobrevivência deles, mesmo que aquilo o matasse depois.

–Eu... Eu vou te obedecer, desde que prometa que irá poupar minha família! - Falou firmemente encarando-o de volta, fazendo um sorriso debochado crescer nos lábios do mais velho. -

–Sábia decisão moleque... - Garantiu Madara dando as costas para os dois e pegando uma sacola cinza bem cheia. Virou-se para ambos jogando a sacola na frente deles, fazendo algumas kunais e shurikens escapar do saco, surpreendendo Saito que aproximou-se e pegou uma kunai, analisando-a.

–São de verdade...! -Disse o garoto mais para si do que para os outros dois presentes no local. Encarou Madara surpreso. -Você está nos dando kunais de verdade?! Por quê?

–Vamos treinar Saito, kunais e shurikens são armas que todo ninja usa. -Pronunciou Yui pela primeira vez, não parecendo muito animada.

–Exato, pelo visto você não tem muito contato com o mundo ninja, mas mesmo assim não vou aliviar para você. A regra é simples, vocês tem quatro horas para me atingirem um golpe, não poderão sair daqui antes disso, se o fizerem vocês passam, se não terá consequências. Podem usar de tudo que há na sacola e qualquer coisa que quiserem. Boa sorte. -Disse Madara dando as costas para os dois e adentrando mais no campo.

–Maldito! -Exclamou Yui para si mesma, virando-se de repente para Saito com a feição um pouco receosa, mas ao mesmo tempo focada. -Certo, acho que temos uma mínima chance de conseguirmos, provavelmente ele não irá usar muitos jutsus então temos que trabalhar duro para conseguirmos, estamos entendidos?

Ele a olhou surpreso diante a pose concentrada e autoritária que sua amiga adotou, assentindo rapidamente para ela um ainda um pouco atordoado.

–Okay, agora temos que agir rápido, me siga. -Disse Yui correndo pelo campo, avaliando cada lugar com seu olhar atento.

Saito se apressou e pegou a enorme e pesada sacola jogando-a nas costas e tentando acompanhar o ritmo rápido da Uchiha. Eles correram até que chegaram em uma parte do campo que havia uma grama alta e árvores de grande porte. Yui parou de correr subitamente, fazendo Saito que estava atrás de si quase trombar com a mesma. Ela olhou para o céu e ao seu redor, analisando tudo e agachou-se ao chão, puxando o garoto pela camisa para fazer o mesmo.

–Vamos ficar por aqui, Madara deve estar a uns setecentos metros de distância, na área mais limpa do campo. Vamos montar armadilhas aqui e o que for possível para distrai-lo na luta, vou atrás dele e irei atrai-lo para cá, mas precisamos ser mais discretos possíveis, se não ele vai desconfiar. -Narrou seriamente a menor olhando-o fixamente para ver se havia uma ruga de desentendimento em seu rosto.-

Ao ver o colega assentir ela pegou uma kunai da sacola e aproximou-se de uma grande árvore com um tronco robusto e começou a desenhar. Curioso, Saito foi atrás da mesma, tentando entender o que ela estava a fazer.

–Presta atenção, você vai fazer as armadilhas nas árvores e no chão, irei te ensinar rapidamente como fazer então você tem que escutar com cuidado, não poderei te ajudar, pois vou atrás de Madara para que ele não desconfie de nada. Faça o mais rápido que puder e por favor não erre.- Disse Yui olhando-o no fundo dos olhos, como se avaliasse se ele era apto para aquela tarefa. -

Saito assentiu sem hesitar e concentrou-se no que Yui ditava para ele e desenhava, mostrando os lugares onde cada coisa deveria ficar e como. Os dois criaram assovios e sons que emitiriam para cada tipo de situação que poderia ocorrer quando o outro estivesse longe e também cintos de utilidades, levando tudo o que fosse necessário.

Antes de partir atrás do pai Yui focou em Saito mostrando a confiança que tinha no amigo e desejou a ambos uma boa sorte, deixando-o com rolos de cordas nas mãos e milhares de coisas para fazer. O mesmo se esforçou ao máximo, correndo de um lado para o outro e usando as coisas que havia aprendido com seu padrinho a fim de cumprir sua tarefa da melhor forma possível, enquanto a amiga corria em busca do pai.

***

–Vejo que me encontrou... Mas onde está o moleque? Aposto que ficou com medo. -Disse Madara sentado com um sorriso debochado direcionado a filha.

–Você sabe que ele não está preparado para o nosso tipo de treino, tive que bota-lo para dormir, além do que não o deixaria atrapalhar minha chance de acabar com você. -Disse Yui rebatendo a ironia do pai, devolvendo o olhar a altura. -

–Tsc'...Está muito convencida para alguém que apanhou feio no último treino, pelo menos se livrou do peso morto para podermos ter um pouco de diversão. Venha, dê o seu melhor. -Chamou a garota com um aceno de mão totalmente despreocupado, deixando-a nervosa diante o descaso do pai. -

***

Ao ouvir o som de um explosão longa soube que era hora de agir, Madara e Yui estavam se aproximando e cabia a ele ativar as armadilhas na hora certa, sem causar dano a Yui ao mesmo tempo.

Avistou ambos lutando um taijutsu perfeito a poucos metros de distância de onde ele estava escondido entre os arbustos, mexeu-se entre as gramíneas e as folhagens caídas das árvores com cuidado para não chamar atenção, dirigindo-se ao local onde ativaria algumas armadilhas.

Como haviam combinado, Yui levou Madara ao lugar marcado cautelosamente e no momento certo Saito ativou a armadilha.

Yui havia prendido Madara com fios de aço, direcionando um jutsu de fogo nos fios que levava a ele, no exato momento em que Kunais e shurikens voaram em direção a ele. Puxando a corda que tinha nas mãos, Saito ativou vários selos explosivos ao redor do mesmo, realizando enfim a emboscada perfeita.

Madara deu um sorriso de canto no exato momento em que tudo explodiu, levantando uma grande quantidade de fumaça, impossibilitando a visão dos dois.

Orgulhosos ambos sorriram aliviados, porém o mesmo logo morreu quando viram uma silhueta em meio a fumaça vindo em direção a eles. E lá estava o Uchiha intacto, como se tivesse acabado de sair de casa. Ambos olharam surpresos, mas não recuaram a posição e com um olhar cúmplice se ajustaram ao "plano B".

Ao se afastar um pouco do local atingido, Madara encarou os dois seriamente, exibindo logo depois seu típico sorriso torto.

–Estou surpreso, você conseguiu esconder seu chakra e me distraíram ao mesmo tempo para que eu não o notasse ao ativar as armadilhas, mas infelizmente isso não será o bastante... - DIsse Madara investindo contra os dois. -

Yui o atacava e se defendia da melhor forma que podia, enquanto Saito se mantinha mais na retaguarda, dando suporte quando podia. Os dois estavam aguentando bravamente, Yui tinha alguns hematomas espalhados pelo corpo, enquanto Saito havia levado alguns golpes e um corte um pouco grande no antebraço esquerdo, entretanto não havia acertado um soco se quer em Madara.

Aproveitando da distração do Uchiha Saito ativou outra armadilha que lançou várias armas contra ele, forçando-o a fazer algo sujo, puxando Yui no seu lugar, deixando-a na mira das kunais.

–Yui, cuidado! -Avisou Saito tarde demais, a colega conseguiu se desviar da maioria, porém uma fez um corte de raspão em sua perna e a outra fincou fortemente em seu abdômen.

–Yui! -Gritou o colega correndo em direção a mesma, embalando-a no colo, analisando seu ferimento. -

–Me deixe aqui, vá pega-lo. -murmurou entredentes a menor enquanto se retorcia de dor. -

–Até parece que vou te deixar assim. -retrucou o amigo levantando sua blusa para ver melhor o ferimento. - O ferimento foi profundo, ela não tem condições de lutar. -Reclamou para Madara que se mantinha apático observando a cena.-

–Não podem sair daqui ainda, faltam meia hora até o sol se por e acabar o treino, boa sorte. -Falou o mais velho na maior naturalidade, como se nada houvesse acontecido, ousando sentar-se um pouco distante dos dois para observa-los agir.

Saito exclamou um ruído raivoso enquanto voltava para a amiga ferida. Deitou-a cuidadosamente no chão enquanto pegava uma kunai para rasgar a blusa. Ao ter a visão total da barriga da amiga se assustou, ela estava sangrando bastante. Ele respirou fundo e concentrou-se nas aulas que sua mãe lhe dava sobre medicina e cuidados básicos.

Reuniu todo o chakra que conseguiu na palma de suas mãos e se aproximou do ferimento, estancando o sangramento e analisando o que a kunai havia atingido no corpo dela. Ao terminar não obteve boas noticias, o sangramento havia diminuído, mas ainda continuava e de acordo com seus conhecimentos algum órgão havia sido atingido.

–Não sabia que era médico. -Comentou Yui tentando aliviar a tensão em que Saito estava. -

–Não sou, minha mãe apenas me ensinou algumas coisas, me levava para vê-la curar as pessoas, ela queria que eu fosse um médico algum dia. -Sorriu tentando se acalmar e desviar a atenção de Yui da dor. -

Ela aguentou bravamente por alguns minutos, até que a dor começou a apertar. Saito a supervisionava o tempo todo, ora checando sua respiração e pulsação ou fazendo perguntas de como se sentia e conversando para mantê-la acordada. Seu tolerância chegou ao fim ao ver o sofrimento da amiga, deixando-a de lado e indo em passos duros em direção a Madara que estava a meditar no mesmo lugar em que sentou pouco tempo atrás.

Ao alcançar o mais velho uma fúria subiu pelo seu corpo, cometendo um ato muito irresponsável em sua visão, no entanto nem notou tamanha cólera que sentia. Madara virou o rosto com o impacto do soco forte que lhe foi disferido.

–Seu lunático, como pode permitir que sua própria filha sangre por todo esse tempo assim! Sem um atendimento médico ela vai morrer! Como pode não ligar para isso, você só importa com esse seu treino maluco, mas adivinhe só, se continuarmos assim não vai sobrar a quem treinar! -Berrou com o Uchiha que se mantinha impassível diante o estouro do garoto que agora estava ofegante. -

–Vá, vocês conseguiram. -disse simplesmente se levantando de onde estava dando as costas aos dois, deixando um Saito confuso para trás.-

–Ahm...? -Indagou o menor sem entender. -

Porém logo encarou seu punho e enfim entendeu o que havia feito, deixando um ruído animado e surpreso escapar de sua boca, espantado pelo que tinha acabado de fazer, sorriu abobado consigo mesmo, mas logo se lembrou da situação em que sua amiga estava e foi logo correndo para ela sorrindo calmamente.

–Não se preocupe, vamos sair daqui, vou cuidar de você. -Disse pegando-a cuidadosamente no colo e carregando-a correndo para a saída, incrivelmente o portão já estava aberto e Madara não se encontrava por perto, o que fez Saito apressar mais ainda o passo. Ao cruza-lo não viu nenhum vigia ou capanga tentando o deter, não reclamou da sorte e saiu sem dar satisfações a ninguém.

–Yui, não durma por favor, me diga aonde fica o hospital aqui, rápido. -Pediu Saito desesperado ao ver a amiga sonolenta. -

–Não... Não é longe daqui. Siga reto e vire a direita na terceira rua, é um prédio bem grande, na recepção procure por Tsunade... -Narrou bem baixinho e com dificuldades a amiga, tentando lutar contra o sono que queria domina-la.

–Certo, fique tranquila, vai ficar tudo bem, estou aqui contigo. -Disse em tom acolhedor em seu ouvido, correndo o máximo que podia com a mesma no colo. -

Conseguiu respirar direito novamente só quando viu o enorme letreiro escrito hospital. Entrou desesperado no local, atraindo os olhares de muitos que logo cochichavam entre si ou olhavam com preocupação para os dois.

Abordou a primeira enfermeira que passou perto de si, estava afobado e extremamente cansado, meio sujo e com os cabelos bagunçados e colados na testa, tinha certeza que se não fosse a adrenalina que corria em suas veias não aguentaria a correria toda que enfrentou.

–Por favor moça, ela esta muito ferida e sangrando muito, precisa de socorro urgente, ela mencionou uma tal de Tsunade, acho que são conhecidas, me ajude. -Implorou Saito ofegante enquanto a enfermeira já chamava por uma maca. -

Ao botar os olhos ne Yui a moça arregalou os olhos e foi correndo em busca da maca acompanhada por Saito.

–Coloque ela aqui, não se preocupe ela ficará bem. -Pediu a enfermeira tentando acalma-lo enquanto ele colocava a Uchiha em cima da maca com o auxilio de outra enfermeira que apareceu para ajudar. -

–Siga-nos, você vai ficar esperando em uma sala, certo? Não saia de lá, teremos que pergunta-lo algumas coisas. -Informou a moça enquanto corriam com a maca pelos corredores. -

Logo Saito foi abandonado em uma sala de descanso para médicos que estava vazia, o deixando ainda mais apreensivo. As enfermeiras foram seguindo até uma sala de cirurgia enquanto avaliavam Yui desesperadamente.

As horas foram se passando e não haviam mais unhas para roer, até que a porta da sala onde estava abriu-se de uma vez, o assustando, mas ao mesmo tempo fazendo-o ficar ávido por noticias. Uma mulher loira com um busto avantajado passou pela porta, sua expressão estava cansada e aliviada, mas também preocupada.

Ela parou em sua frente e o encarou, suspirando em seguida sentando ao lado de onde Saito se encontrava.

–Soube que você que a socorreu, me conte o que houve? -Indagou cansada a loira, médica por sinal, pois usava um jaleco onde continha seu nome e a profissão.

–Eu não sou daqui sabe, eu fui sequestrado por Uchiha Madara, eu sou um rebelde. -Disse Saito surpreendendo a loira. -Ele nos colocou em um campo de treinamento e nos deu um certo tempo para golpeá-lo e foi lá que a Yui foi atingida. -

A loira respirou fundo diante a narração do menor, tentando controlar sua ira, ao se acalmar dirigiu-lhe um olhar acolhedor e o envolveu em um abraço, assustando-o, mas logo ele retribuiu, sentindo-se bem por ter um pouco de afeto depois daquela correria toda.

–Obrigada por cuidar dela, sei que alguém o fez antes de vierem parar aqui, foi você não foi? -Indagou com o garoto ainda em seus braços. -

–Sim senhora, minha mãe é a melhor médica do mundo e me ensinou alguns truques.- Sorriu para a médica que o devolveu o sorriso, mas logo fez uma cara de surpresa fazendo solta-lo. -

–Você diz que é um rebelde certo, quem é sua mãe? -Perguntou ansiosa pela resposta. -

–Sakura, Haruno sakura .-Respondeu o garoto confuso, fazendo a loira suspirar tristemente . -Por que? Você a conhece? - Perguntou esperançoso, mas foram interrompidos por um ser que abriu a porta da sala na qual estavam, surpreendendo-os.

–Sasuke, o que está fazendo aqui? -Indagou Tsunade surpresa com sua aparição, já Saito paralisou no lugar, receoso do que viria a seguir. -

–Vim ver como eles estão. -Disse apenas fechando a porta e aproximando mais dos dois. -

–Espero que não tenha nada a ver com isso se não o matarei junto a Madara. -Falou a loira firmemente encarando o Uchiha sem medo. -

–Você sabe que não sou o real inimigo Tsunade. - Direcionou seu olhar a Saito o avaliando enquanto o mesmo encolhia-se em sua cadeira. -

–Ele precisa de cuidados, seu braço está machucado e ele carregou Yui por uma boa distância até o hospital. Voltarei amanhã para vê-los. -Disse dirigindo-se a Tsunade, dando uma última olhada no garoto antes de sair. -

A loira estranhou o cuidado que o moreno estava dando as crianças e pode perceber como o menino estava receoso e nervoso com o olhar e a presença dele.

–Me diga o que está acontecendo Sasuke, por que vocês estão com um filho da Sakura aqui? Um garoto bem grandinho para ser filho dela, quero explicações, o que vocês fizeram com minha aluna?! -Exclamou a loira chamando a atenção dos dois e surpreendendo principalmente Saito, o deixando curioso sobre quem realmente era aquela mulher. -


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros de ortografia... Não corrigi tudo, desculpa...
Até breve!