A Maldição Do Dragão escrita por Julie


Capítulo 38
Um Mestre do Templo...


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui! Voltei e voltei com tudo. Amei este capítulo, espero que gostem também!



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POV Élio

Faurium? Impossível! O mago Faurium foi destruído a muito tempo pelo grande rei dos elfos Malgamor! – Ouço a voz de Kenna assustada vindo do final desse longo corredor.

Malgamor. Um grande tolo isso sim! Os malditos elfos sempre estão no meu caminho, Malgamor, a Velha e seu falso pai Felon! Todos lutando em vão contra mim!– Ouço Faurium cuspir insultos aos elfos. Chego mais perto da sala onde estão.

Agora eu entendo. – Ela diz ainda mais assustada. – Foi você quem lançou a Maldição no cavaleiro, você o transformou num dragão!– Não foi atoa que meus instintos gritavam dentro de mim e me mandavam encontrá-la rapidamente, não pude fazer outra coisa além de procurá-la, os outros terão que esperar, afinal não demorou muito para ela descobrir que algo estava errado.

Não querida. – Ele diz e eu inclino a cabeça um pouco para dentro correndo o risco dele me ver e algo me diz que as coisas vão piorar. – Você não entende. Mas isso não importa, já que você vai morrer agora.

Nesse momento Faurium se aproxima perigosamente de Kenna, não imaginei que ele fosse tentar matá-la agora, mas nada que esse monstro faz tem algum sentido pra mim. Não posso mais me esconder, tenho que salvá-la, mesmo correndo o risco dele contar toda a verdade a ela.

Saia de perto dela Faurium.– Eu digo entrando na sala de banquetes, fazendo com Faurium me olhe com raiva e surpresa ao mesmo tempo.

Então é você!– Ele me encara com um sorriso sádico. - A quanto tempo não nos vemos, vejo que melhorou muito suas habilidades, conseguiu se ocultar de mim.

Você conhece ele Élio?– Kenna me olha e percebo que ainda está muito assusta, preciso tirá-la daqui.

Sim, conhece muito bem princesa.– Faurium responde e eu sei exatamente o ele está pensando. - Que curiosa ironia do destino Kenna, diante de você estão os únicos seres capazes de matá-la.

— O que?– Ela me encara confusa. Mas não posso deixar que Faurium brinque com ela assim e muito menos que diga a verdade, sei que Kenna não entenderia e muito menos me perdoaria.

Você se esqueceu de dizer que também ela é a única que pode nos matar Faurium.– Falo fazendo-o lembrar que apesar de Kenna estar assusta e dominada pelo medo agora, ela ainda é capaz de matá-lo.

Essa menininha assustada não pode nada contra mim.– Ele tenta parecer confiante, porém uma pequena gota de medo percorreu seu corpo. E essa é minha chance.

Mas não será hoje que testará sua teoria.– Declaro por fim e fazendo com que um enorme círculo de fogo se forme ao seu redor e se feche até atingi-lo fazendo-o queimar. Não irá matá-lo é claro, mas é o suficiente para fugirmos.

Élio.– Kenna diz surpresa e eu estranho sua reação, ela já sabia que eu fazia isso.

Vamos logo Kenna.– Digo já puxando para fora , deixando Faurium de debatendo furioso. - Temos que encontrar os outros rápido. - Afirmo enquanto corremos pelo corredor, nosso tempo está acabando.

Corremos sem rumo por vários corredores, não conseguimos encontrar o caminho para o calabouço e muito menos uma saída, este castelo parece mais um labirinto e aposto que devemos isso a magia de Faurium. Ele não vai deixar Kenna escapar facilmente, a certeza disso vem a cada vez que nos deparamos com mais e mais corredores idênticos, não pensei que ele fosse agir desta maneira, que contaria a Kenna que foi ele que lançou a Maldição, desta forma logo ela saberá de tudo, mas para ele quanto menos ela souber é melhor. Talvez ele não acredite que ela seja uma ameaça afinal. Talvez ele pense em eliminá-la de uma vez e terminar com seu terrível plano de dominação do mundo, só não entendo porque ele não fez isso logo, por que ele não a matou assim que teve chance? Tenho que saber o que ele disse a ela, mas primeiro temos que sair daqui, pois Kenna não está nada bem.

Por aqui...– Ouço um sussurro e paramos de correr. - Aqui...– Olho pra trás e vejo uma criatura que se parece muito com os elfos, de orelha pontuda, mas é bem pequena, não passa de um metro e quarenta, e sua pele tem um tom de dourado ouro, percebo também que é uma garota e está saindo da ...parede? - Venham logo antes que ele nos encontre.– Ela diz, eu hesito um pouco, mas não tem outro jeito, vamos até a garota, agora posso ver que tem um vão na parede, feito com mágica com certeza. - Rápido.– Ela murmura e saí andando pelo vão, eu a sigo e Kenna está logo atrás de mim pois permaneço segurando sua mão. É bem escuro e apertado, temos que andar de lado e eu mal consigo passar por este lugar.

Por que tem que ser tão apertado?– Eu pergunto para a garota.

Se eu abrisse um caminho maior ele perceberia, agora fique calado.– Ela responde sem virar a cabeça pra mim, mas também acho que seria impossível mesmo ela sendo tão pequena.

Depois de vinte minutos, que para mim pareceram uma eternidade, surge a nossa frente uma pequena faísca de luz, logo a garota some e segundos depois saímos para um beco deserto, iluminado apenas por uma luminária mágica no alto da parede de uma casa. Sinto uma mão me puxar e a garota faz um sinal para que eu a siga novamente, o que eu faço logo que ela começa a caminhar. Andamos por horas e na maior parte do tempo em becos escuros e muitas vezes fétidos, em vários deles, criaturas dormem maltrapilhas e certamente famintas; percebo que mendigos não são exclusivos dos humanos. Assim, quando o dia estava para surgir em Tessália, a garota para em um dos becos que pareciam iguais para mim e bate quatro vezes em uma pequena porta, que se abre em seguida e um homem, também pequeno e de pele dourada, sai e sussurra algo para ela nos olhando atentamente.

É ela.– Diz a garota. — Tenho certeza.

Muito bem, entrem.– Fala o homem depois de nos avaliar mais um pouco.

Não quero parecer ingrato, mas quem são vocês e onde estamos?– Pergunto assim que entro pela pequena porta e me vejo no meio de várias pequenas criaturas de pele dourada, todos nos encarando, uns com medo, outros com desconfiança.

E eu não quero parecer desrespeitoso rapaz, mas nosso assunto é com ela . - Ele diz olhando para Kenna, que parece alheia a situação, ela não está nada bem. Nada bem mesmo.

Eu não posso.– Kenna sussurra.

O que?– Eu seguro em seu rosto. — O que foi Kenna?

Não posso ajudá-los.– Ela diz para o pequeno homem com lágrimas nos olhos. - Por favor vamos embora Élio.– Ela enterra seu rosto em meio peito e eu não entendo o que está acontecendo aqui.

Por favor– Fala a garota nos guiou para Kenna. - Por favor.

Eu...não posso fazer o esperam de mim. - Responde ela deixando com que as lágrimas molhem o seu rosto. - Por que todos sempre me pedem isso? Por que todos acham que posso salvá-los?

Fique calma Kenna.– Eu digo fazendo ela olhar para mim. - Você não tem que fazer nada que não queira.

Me solte!– Ela grita e se solta de minhas mãos. - Eu nem sei quem você é! - Então ela começa tremer violentamente, será que está com tento medo assim?

Kenna!– Tento segurá-la novamente, mas ela não deixa.

Me deixem!– Ela grita para todos os lados. - Me deixem! Eu não posso fazer nada!

Ele chegou muito perto dela?– Pergunta o homem para mim. - Valdur chegou muito perto dela?

Perigosamente perto, por que está perguntando isso?– Respondo enquanto tento mais uma vez segurar Kenna que treme com as mãos na cabeça.

Ela está dominada pelo medo. Ele fez isso com ela.– Explica ele. - É melhor a levarmos para um quarto, ela não está em seu estado normal.

Assim Kenna é levada pela garota, por que ela não me deixou mais chegar perto, para um dos quartos da casa, que apesar de grande é ao mesmo tempo pequena, pois foi feita para pessoas de baixa estatura.

Ela já está bem melhor.– Fala o pequeno homem depois que todos foram embora.

Obrigado.– Agradeço esperando que ele comece a falar, apesar de tudo não faço ideia de quem eles são.

Tudo bem.– Diz como se lesse meus pensamentos. - Meu nome é Linu e aquela que os trouxe até aqui é minha filha Sila, sou o líder dos Cazins e um dos Mestres do Templo.

Entendo.– Sim, entendo. Cazins são essa raça de pequenas criaturas de pele dourada e os Mestres do Templos são sacerdotes em Tessália. - O que querem de Kenna?

Ora! O que mais poderia ser?– Me diz como se fosse óbvio. - Que ela salve Tessália e a todos das mãos desse Espírito maligno que corrompe o nosso mundo a tantos séculos.

Espírito maligno?– Pergunto fingindo estar confuso, mas sei exatamente do ele fala.

Você o viu agora pouco rapaz.– Linu se senta e faz um gesto para que eu sente também. - Ele tomou posse do corpo do nosso rei Valdur. Mas antes fez o mesmo com Tessália.

Não compreendo.– Continuo fingindo, mas estou surpreso por eles saberem da verdade, por saberem exatamente quem Faurium é.

Vou lhe contar uma história; a história de Tessália.


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Notas finais do capítulo

Acho que estou apaixonada pelo Élio, ele é tão misterioso! (apesar de eu já saber todos os segredos dele rsrsrs)