A Maldição Do Dragão escrita por Julie
Notas iniciais do capítulo
Olha eu aqui! Voltei e voltei com tudo. Amei este capítulo, espero que gostem também!
POV Élio
— Faurium? Impossível! O mago Faurium foi destruído a muito tempo pelo grande rei dos elfos Malgamor! – Ouço a voz de Kenna assustada vindo do final desse longo corredor.
— Malgamor. Um grande tolo isso sim! Os malditos elfos sempre estão no meu caminho, Malgamor, a Velha e seu falso pai Felon! Todos lutando em vão contra mim!– Ouço Faurium cuspir insultos aos elfos. Chego mais perto da sala onde estão.
— Agora eu entendo. – Ela diz ainda mais assustada. – Foi você quem lançou a Maldição no cavaleiro, você o transformou num dragão!– Não foi atoa que meus instintos gritavam dentro de mim e me mandavam encontrá-la rapidamente, não pude fazer outra coisa além de procurá-la, os outros terão que esperar, afinal não demorou muito para ela descobrir que algo estava errado.
— Não querida. – Ele diz e eu inclino a cabeça um pouco para dentro correndo o risco dele me ver e algo me diz que as coisas vão piorar. – Você não entende. Mas isso não importa, já que você vai morrer agora.
Nesse momento Faurium se aproxima perigosamente de Kenna, não imaginei que ele fosse tentar matá-la agora, mas nada que esse monstro faz tem algum sentido pra mim. Não posso mais me esconder, tenho que salvá-la, mesmo correndo o risco dele contar toda a verdade a ela.
— Saia de perto dela Faurium.– Eu digo entrando na sala de banquetes, fazendo com Faurium me olhe com raiva e surpresa ao mesmo tempo.
— Então é você!– Ele me encara com um sorriso sádico. - A quanto tempo não nos vemos, vejo que melhorou muito suas habilidades, conseguiu se ocultar de mim.
— Você conhece ele Élio?– Kenna me olha e percebo que ainda está muito assusta, preciso tirá-la daqui.
— Sim, conhece muito bem princesa.– Faurium responde e eu sei exatamente o ele está pensando. - Que curiosa ironia do destino Kenna, diante de você estão os únicos seres capazes de matá-la.
— O que?– Ela me encara confusa. Mas não posso deixar que Faurium brinque com ela assim e muito menos que diga a verdade, sei que Kenna não entenderia e muito menos me perdoaria.
— Você se esqueceu de dizer que também ela é a única que pode nos matar Faurium.– Falo fazendo-o lembrar que apesar de Kenna estar assusta e dominada pelo medo agora, ela ainda é capaz de matá-lo.
— Essa menininha assustada não pode nada contra mim.– Ele tenta parecer confiante, porém uma pequena gota de medo percorreu seu corpo. E essa é minha chance.
— Mas não será hoje que testará sua teoria.– Declaro por fim e fazendo com que um enorme círculo de fogo se forme ao seu redor e se feche até atingi-lo fazendo-o queimar. Não irá matá-lo é claro, mas é o suficiente para fugirmos.
— Élio.– Kenna diz surpresa e eu estranho sua reação, ela já sabia que eu fazia isso.
— Vamos logo Kenna.– Digo já puxando para fora , deixando Faurium de debatendo furioso. - Temos que encontrar os outros rápido. - Afirmo enquanto corremos pelo corredor, nosso tempo está acabando.
Corremos sem rumo por vários corredores, não conseguimos encontrar o caminho para o calabouço e muito menos uma saída, este castelo parece mais um labirinto e aposto que devemos isso a magia de Faurium. Ele não vai deixar Kenna escapar facilmente, a certeza disso vem a cada vez que nos deparamos com mais e mais corredores idênticos, não pensei que ele fosse agir desta maneira, que contaria a Kenna que foi ele que lançou a Maldição, desta forma logo ela saberá de tudo, mas para ele quanto menos ela souber é melhor. Talvez ele não acredite que ela seja uma ameaça afinal. Talvez ele pense em eliminá-la de uma vez e terminar com seu terrível plano de dominação do mundo, só não entendo porque ele não fez isso logo, por que ele não a matou assim que teve chance? Tenho que saber o que ele disse a ela, mas primeiro temos que sair daqui, pois Kenna não está nada bem.
— Por aqui...– Ouço um sussurro e paramos de correr. - Aqui...– Olho pra trás e vejo uma criatura que se parece muito com os elfos, de orelha pontuda, mas é bem pequena, não passa de um metro e quarenta, e sua pele tem um tom de dourado ouro, percebo também que é uma garota e está saindo da ...parede? - Venham logo antes que ele nos encontre.– Ela diz, eu hesito um pouco, mas não tem outro jeito, vamos até a garota, agora posso ver que tem um vão na parede, feito com mágica com certeza. - Rápido.– Ela murmura e saí andando pelo vão, eu a sigo e Kenna está logo atrás de mim pois permaneço segurando sua mão. É bem escuro e apertado, temos que andar de lado e eu mal consigo passar por este lugar.
— Por que tem que ser tão apertado?– Eu pergunto para a garota.
— Se eu abrisse um caminho maior ele perceberia, agora fique calado.– Ela responde sem virar a cabeça pra mim, mas também acho que seria impossível mesmo ela sendo tão pequena.
Depois de vinte minutos, que para mim pareceram uma eternidade, surge a nossa frente uma pequena faísca de luz, logo a garota some e segundos depois saímos para um beco deserto, iluminado apenas por uma luminária mágica no alto da parede de uma casa. Sinto uma mão me puxar e a garota faz um sinal para que eu a siga novamente, o que eu faço logo que ela começa a caminhar. Andamos por horas e na maior parte do tempo em becos escuros e muitas vezes fétidos, em vários deles, criaturas dormem maltrapilhas e certamente famintas; percebo que mendigos não são exclusivos dos humanos. Assim, quando o dia estava para surgir em Tessália, a garota para em um dos becos que pareciam iguais para mim e bate quatro vezes em uma pequena porta, que se abre em seguida e um homem, também pequeno e de pele dourada, sai e sussurra algo para ela nos olhando atentamente.
— É ela.– Diz a garota. — Tenho certeza.
— Muito bem, entrem.– Fala o homem depois de nos avaliar mais um pouco.
— Não quero parecer ingrato, mas quem são vocês e onde estamos?– Pergunto assim que entro pela pequena porta e me vejo no meio de várias pequenas criaturas de pele dourada, todos nos encarando, uns com medo, outros com desconfiança.
— E eu não quero parecer desrespeitoso rapaz, mas nosso assunto é com ela . - Ele diz olhando para Kenna, que parece alheia a situação, ela não está nada bem. Nada bem mesmo.
— Eu não posso.– Kenna sussurra.
— O que?– Eu seguro em seu rosto. — O que foi Kenna?
— Não posso ajudá-los.– Ela diz para o pequeno homem com lágrimas nos olhos. - Por favor vamos embora Élio.– Ela enterra seu rosto em meio peito e eu não entendo o que está acontecendo aqui.
— Por favor– Fala a garota nos guiou para Kenna. - Por favor.
— Eu...não posso fazer o esperam de mim. - Responde ela deixando com que as lágrimas molhem o seu rosto. - Por que todos sempre me pedem isso? Por que todos acham que posso salvá-los?
— Fique calma Kenna.– Eu digo fazendo ela olhar para mim. - Você não tem que fazer nada que não queira.
— Me solte!– Ela grita e se solta de minhas mãos. - Eu nem sei quem você é! - Então ela começa tremer violentamente, será que está com tento medo assim?
— Kenna!– Tento segurá-la novamente, mas ela não deixa.
— Me deixem!– Ela grita para todos os lados. - Me deixem! Eu não posso fazer nada!
— Ele chegou muito perto dela?– Pergunta o homem para mim. - Valdur chegou muito perto dela?
— Perigosamente perto, por que está perguntando isso?– Respondo enquanto tento mais uma vez segurar Kenna que treme com as mãos na cabeça.
— Ela está dominada pelo medo. Ele fez isso com ela.– Explica ele. - É melhor a levarmos para um quarto, ela não está em seu estado normal.
Assim Kenna é levada pela garota, por que ela não me deixou mais chegar perto, para um dos quartos da casa, que apesar de grande é ao mesmo tempo pequena, pois foi feita para pessoas de baixa estatura.
— Ela já está bem melhor.– Fala o pequeno homem depois que todos foram embora.
— Obrigado.– Agradeço esperando que ele comece a falar, apesar de tudo não faço ideia de quem eles são.
— Tudo bem.– Diz como se lesse meus pensamentos. - Meu nome é Linu e aquela que os trouxe até aqui é minha filha Sila, sou o líder dos Cazins e um dos Mestres do Templo.
— Entendo.– Sim, entendo. Cazins são essa raça de pequenas criaturas de pele dourada e os Mestres do Templos são sacerdotes em Tessália. - O que querem de Kenna?
— Ora! O que mais poderia ser?– Me diz como se fosse óbvio. - Que ela salve Tessália e a todos das mãos desse Espírito maligno que corrompe o nosso mundo a tantos séculos.
— Espírito maligno?– Pergunto fingindo estar confuso, mas sei exatamente do ele fala.
— Você o viu agora pouco rapaz.– Linu se senta e faz um gesto para que eu sente também. - Ele tomou posse do corpo do nosso rei Valdur. Mas antes fez o mesmo com Tessália.
— Não compreendo.– Continuo fingindo, mas estou surpreso por eles saberem da verdade, por saberem exatamente quem Faurium é.
— Vou lhe contar uma história; a história de Tessália.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Acho que estou apaixonada pelo Élio, ele é tão misterioso! (apesar de eu já saber todos os segredos dele rsrsrs)