A Maldição Do Dragão escrita por Julie


Capítulo 25
Um Inimigo Desconhecido...


Notas iniciais do capítulo

Wow!!!!!!! Demorei pra caramba. Mas estou aqui e é pra complicar suas cabecinhas com esse capítulo.
Divirtam-se ! kkkkkkkkkk



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Pov Kenna

Dois dias depois...

    - Ande logo com isso garoto! - Minna grita para Luc.

    - Eu não sou um garoto. - Restruca ele. - Sou mais velho que você.

    - Só por que você tem vinte e eu dezenove não significa que já seja homenzinho. - Ironiza Minna. - Na verdade mulheres amadurecem mais rápido, portanto eu sou mais velha que você na mentalidade e mais forte em várias questões.

    - Então porque sou eu quem está carregando suas bolsas pesadas? - Luc pergunta sorrindo. - Aliás, aonde arrumou tanta coisa? Que eu me lembre você chegou portando apenas uma espada e uma grande dose de ironia.

    - Isso se chama magia bonitinho e estas coisas serão usadas num futuro próximo. - Minna explica. - E tome muito cuidado pois valem mais que sua vida.

    - Como estão as coisas por aqui? - Me aproximo dos dois antes que se matem.

    - Tudo sob controle, mas se o garotinho aqui...- Minna tentou dizer mas parou quando Luc ameaçou de lançar suas bolsas pelos ares. - Nem pense nisso Luc!

    - Vai continuar me chamando de garotinho? - Ele continua com a ameaça.

    - Coloque essas bolsas no chão delicadamente. - Minna ordena.

    - Não sei não, acho que não sou maduro o suficiente para obedecer. - Luc sorri com satisfação.

    - Tudo bem . - Minna se rende ou quase. - Não te chamarei de garoto e nem de garotinho, mas que tal garotão?

    - Só se eu puder te chamar de demônia do cabelo azul. - Luc rebate.

   - Não acha que é muito cumprido? - Ela  ironiza.

   - Na verdade acho bem apropriado.  - Luc termina sorrindo.

    - Tá legal. - Eu interrompo. - Parece que chegaram a um acordo. E que tal continuar a levantar acampamento antes do meio dia? - Lembro a eles o que devem fazer. Esses dois vivem em pé de guerra.

    E por falar em guerra, me viro e vejo Terry e Feo tendo outra briguinha.

    - É melhor eu levar. - Feo puxa algo da mão de Terry.

    - Não! É melhor eu levar. - Terry tenta pegar de volta um objeto que não posso discernir.

    - Vai ficar mais seguro comigo. - Feo afirma.

    - Pois eu digo que ficará seguro comigo. - Grita Terry. Só pode ser brincadeira, estão testando minha paciência.

    - Mas eu entendo de objetos mágicos e você? - Feo rebate.

    - Posso saber o que está acontecendo? - Falo e os dois me olham com cara de culpa. - Sobre o que estão brigando agora?

    - Não é nada Kenna. Nós só estamos conversando. - Feo tenta disfarçar. Mas não podem me enganar.

    - É mesmo? Não é o que parece. - Afirmo e estendo a mão. - Me dê aqui. - Exijo mas ele exita. - Feo me dê aqui.

    Então a contra gosto Feo coloca o objeto em minha e não acredito no que vejo. É o colar daquele Aswang, a pedra verde que emanava aquela luz forte.

    - Como conseguiram isso? - Pergunto de boca aberta.

    - Quando Élio nos levou para a casa de Dione ela voltou a mansão e pegou o colar, disse que era poderoso demais pra cair em mãos erradas e nos deu para ficar em segurança. - Terry responde. Mas acho isso muito estranho. Por que ela mesma não ficou com esse colar?

    - Tudo bem . - Sorrio para os dois. - Vai ficar comigo.

    - Mas... - Feo tenta protestar.

    - Nada de mas Feo. - O interrompo. - Assim os dois tem um motivo a menos para brigar. - Digo e continuo a verificar se todos estão fazendo seus deveres.

    E pra minha alegria vejo Dione sentada olhando suas pontudas unhas. Ela só pode estar querendo me provocar.

    - Vai ficar sentadinha aí o dia todo? - Questiono ela, mas minha vontade era dar uns tapas.

    - Sinto muito querida, mas hoje eu acordei indisposta e o Élio se ofereceu para fazer minha parte. - Responde com um largo sorriso.

    - Você não parece indisposta. - Falo no mesmo tom de deboche dela.

    - Isso é porque estou me esforçando para não preocupar ninguém com meu real estado. - Ela diz toda manhosa. Ainda arranco a cabeça dessa criatura! É melhor eu sair daqui antes que faça isso.

Horas mais tarde....

     O restante da jornada até o fim da floresta foi tranquila, mas não podia deixar de sentir que algo ruim iria acontecer a qualquer momento. Estava tudo estranho demais para mim, a atitude de Dione hoje de manhã tinha me deixado intrigada, ela sempre foi prestativa e sempre fez questão de se mostrar indispensável, então hoje simplesmente agiu preguiçosamente. Mas eu definitivamente não esperava pelo que aconteceu quando finalmente chegamos ao fim da Floresta das Almas. Eu estava com o colar verde na mão quando ele começou a brilhar e tudo ao meu redor ficou estático, era como se o tempo tivesse parado e quando dei por mim o colar não estava mais na minha mão, mas pendia no peito de um homem, ele surgiu metros a minha frente com uma roupa negra, parecia uma espécie de túnica com um largo cinturão dourado marcando sua silhueta. Era alto e forte, tinha o cabelo branco que caiam pelos ombros porém ele aparentava ter trinta anos. Mas o que me assustou foram seus olhos, eles mudavam de cor constantemente, cores que nunca tinha visto antes, mas isto não escondia a maldade que emanavam dele.

    - Quem é você? - Perguntei com o medo percorrendo meu corpo, esse homem era a pura maldade.

    - Você não sabe quem eu sou? - Indagou ofendido.

    - Foi por isso que perguntei. - Respondi com coragem, não ia deixar o medo me vencer.

    - Quem eu sou não importa agora. - Ele fez menção de vir em minha direção e eu desci do meu cavalo já pegando meu arco. - Não precisa se armar minha querida, eu só estou aqui para conversar. - Falou com sua voz que me parecia suave demais, ele queria me enganar.

    - Meu pai me ensinou a não falar com estranhos. - Desdenhei dele.

    - Mas eu não sou estranho, nos conhecemos no dia em que você nasceu . - Ele sorriu.

    - Do que você está falando? - Agora ele consegui chamar minha atenção.

    - Vejo que Felon não lhe disse toda a verdade sobre seu nascimento. - Disse em tom casual.

    - Que verdade? - Questionei mesmo sabendo que ele provavelmente mentiria para mim.

    - Talvez eu lhe conte algum dia. - Me olhou fixamente. - Temos outro assunto a tratar hoje.

    - Não tenho nada a tratar com você. - Respondi com raiva. - Seja lá quem você for.

    - Você é fraca Kenna. - Estremeci quando ele disse meu nome. - Não irá chegar nem perto da Caverna da Morte. É uma pretensão sua achar que pode destruir o Coração de Ônix.

    - E o que você tem a ver com isso? - Perguntei receosa.

    - Você é muito ingênua. - Ele sorriu com satisfação. - Não entendo por que Moriá te escolheu.

    - Moriá não me escolheu, está no meu sangue... - Eu tentei dizer mas ele me interrompeu.

    - Só uma descendente de Mira pode destruir o Coração. Eu sei disso Kenna. - Fala entediado. - Mas não é sobre isso que estou falando. Você é realmente muito ingênua. Não consegue enxergar o que está a sua frente, nem sabe quem eu sou. Eu esperava mais da escolhida de Moriá.

    - Você é louco! - Exclamei com raiva. - Não sei do que está falando.

    - Exatamente. Você não sabe. - Sorriu novamente. - E por isso eu vou lhe uma chance.

    - Chance de que? - Murmurei entre os dentes, ele estava me tirando do sério com sua conversa sem sentido

    - Chance de sobreviver ao que está por vir. - Falou me olhando sério. - A minha proposta é seguinte: Se você desistir agora dessa loucura de tentar destruir o Coração e se aliar a mim, eu pouparei sua vida e a vida de seus amiguinhos aqui . - Ele aponta para os outros que estão  estáticos. - Pouparei também a vida de seu pai. - Eu o olho surpresa e ele continua. - Tudo bem, pouparei seus dois pais, está bem assim Kenna? É uma proposta e tanto, poucos tem essa chance, irei reinar sobre tudo Kenna e é dada a você a oportunidade de ficar a meu lado.

    - Tem razão. - Sorrio para ele. - É uma proposta e tanto e merece uma resposta a altura. - Estiquei o meu arco na direção do seu peito.

    - Não seja tola menina, não pode me matar com essa flechazinha de luz. - Desdenha.

    - Não é pra te matar . - Falei e atirei a flecha. - É só pra destruir esse maldito colar!

    E como eu esperava o colar foi feito em pedaços e tudo voltou ao normal. Todos continuaram de onde tinham parado, eles não perceberam nada. Olhei em volta e me assustei ao ver que Dione tinha sumido. A Deva havia sumido.


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Notas finais do capítulo

Monstros esquisitos no próximo capítulo!!!