A Maldição Do Dragão escrita por Julie


Capítulo 20
Floresta das Almas


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiii...........
Tudo bem com vcs?

Quero dizer que não revisei direito este capítulo, mas a culpa não é minha, é de um tal de PAULINHO! Então culpem ele por qualquer erro, mas duvido que descubram quem ele é.

Vamos a leitura então! Espero que tenha ficado pelo menos um pouco assustador!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414512/chapter/20

POV Kenna

Eu não sonhei com ele. Mas também nem dormi, meu corpo estava cansado, mas minha mente não parava, fiquei pensando em Terry, no meu recentemente descoberto pai, em minha mãe, no dragão e em seu Coração. E é claro, em Élio. É tão estranho tê-lo encontrado, passei anos sonhando com ele e de repente, ele surge do nada em minha vida. O que será que isso quer dizer? Por que sonhei com ele durante tanto tempo? Será que ele sonha comigo também? São tantas perguntas, tantas dúvidas e nenhuma resposta. Mas tudo que posso fazer é seguir em frente, fazer o que tem que ser feito. O que só eu posso fazer.

Está tudo pronto para partirmos, só preciso pegar Snow no estábulo e esperar por Élio, aliás só o vi uma vez esta manhã, espero que ele esteja pronto.

Vou até o estábulo e encontro Élio, ele está colocando a sela em seu cavalo.

- Olá.– Cumprimento e ele se assusta, não tinha me visto chegar.

- Olá, eu não te vi aí.– Élio responde.

- Como se chama essa menina linda?.– Pergunto acariciando sua égua, isso mesmo, só vejo que é uma égua agora, é linda, forte, toda negra.

- Ahnn...- Ele parece não querer dizer.

- O que foi?- Sorrio da careta que ele faz.

- O nome dela é Florzinha. - Ele diz baixinho. Eu ouvi direito? Florzinha?

- Florzinha? Colocou o nome de sua égua de Florzinha?- Digo rindo muito.

- Eu cometi o erro de deixar minha sobrinha dar o nome. - Explica. – E depois não tive coragem de mudar. - Isso muito é fofo. Não delira Kenna, temos que partir!

- Bom, então é melhor você e a Florzinha se aprontarem logo. - Digo guiando Snow para fora. - Partiremos em meia hora.

- Sim senhora. – Ele diz e faz uma reverência. Eu sorrio e saio, não posso ficar sozinha com ele, acabo agindo feito boba, não quero que ele pense que sou idiota ou algo assim.

Dois dias depois....

Não devíamos ter entrado nesta casa, não devíamos nem ter a encontrado. Mas é claro que Luc tinha que ter comido demais, ele não resistiu a comida que Ada nos deu para a viagem, comeu tudo; e a comida que entra tem que sair em algum momento. Nos fez parar bem nessa trilha no meio da Floresta das Almas, lugar que segundo Élio, é mal assombrado. Depois de quarenta minutos que Luc tinha se embrenhado na mata ficamos preocupados e fomos atrás dele; ouvimos uns gemidos e indo na direção do som encontramos uma mansão caindo aos pedaços. Os gemidos ficaram mais altos, vinham de dentro da casa, entramos e nos separamos lá dentro para cobrir mais terreno, a casa é escura e o ar aqui é sufocante, achar Luc e sair o mais rápido possível é nossa prioridade. Feo e Terry sobem para o segundo andar, Élio e eu ficamos no térreo, ele foi a esquerda e eu para direita, os gemidos surgem de todos os cantos da casa. Ando por um corredor estreito que parece não ter fim, ouvi uma porta bater.

- Luc? – Pergunto e tudo fica em silêncio - Luc você está ai?

Entro por uma porta que está a minha esquerda. Nada. Só poeira e móveis quebrados. Sinto algo atrás de mim, me viro mas não tem ninguém, um arrepio passa pelo meu corpo, definitivamente não devíamos estar aqui. Por que sei que não estamos sozinhos, sei que eu não estou sozinha neste quarto. Saio as pressas para o corredor, mas ando mais adiante, preciso encontrar Luc. No fim do corredor tem uma porta dupla, ouço gemidos vindos por além da porta, parecem ser de Luc, será que ele... Não, ele não nos deixaria plantados só pra satisfazer seus desejos carnais! Abro a porta já pensando em fazer Luc sentir muito dor, ele está aqui deitado numa cama e tem uma garota em cima dele, mas ele não parece estar gostando. A garota ou melhor, a criatura, olha pra mim com fúria e mostra os dentes afiados e negros, eu interrompi o seu lanchinho e ela não gostou nada disso, vem para cima de mim e tenta me rasgar com suas unhas, desvio do ataque, então rapidamente pego minha espada e corto sua cabeça.

- Luc! - Corro até o rapaz que está inerte na cama. - Luc! Acorde!

Ele geme, sinal de que está vivo, mas muito debilitado, a Aswang* sugou além de seu sangue, sua energia vital. Mas o pior de tudo é que Aswang’s vivem em bandos e todos estão correndo perigo.

- Vamos Luc! – Levanto ele e o apoio em meus ombros. - Precisamos sair daqui antes que anoiteça!

Carrego Luc para o corredor, só espero não encontrar outra criatura, se sairmos para a luz do dia estaremos seguros. Atravesso o corredor e volto para o hall de entrada, quando estou perto da porta ouço um grito vindo de cima, foi Feo quem gritou. Fico sem saber o que fazer, sinto uma mão me tocar e levo um susto, mas é Élio.

- Ouvi um grito. - Ele diz. - O que aconteceu com Luc?

- Não dá tempo de explicar.– Digo já fazendo Élio pegar Luc. - Leve-o para fora e fique lá, eu vou ajudar meus irmãos.

- Não posso deixar que vá sozinha.– Élio segura em meu braço e sinto o calor de seu toque. Não é hora para isso Kenna concentre-se!

- Faça o que eu mandei! – Ordeno e subo correndo as escadas com meu arco pronto, é melhor usar flechas de luz contra essas criaturas.

Outro corredor se estende a minha frente, mas esse é maior , caminho com cuidado e outros corredores surgem nas laterais, certamente este que estou é o principal. Uma estranha luz verde surge no último corredor do lado esquerdo, caminho lentamente por ele, não quero ser pega de surpresa. A luz verde fica mais forte, e posso ver que provém de um quarto do lado direito, me aproximo com cautela e quando entro no quarto a luz apaga de vez. Estico o meu arco e minha flecha de luz ilumina o local, revelando um homem a minha frente, a surpresa me faz vacilar e ele me acerta com seu braço, me fazendo bater com força em algum móvel e cair no chão. A luz se acende novamente, ela vem de um colar que pende em seu peito, parece ser algum tipo de pedra encantada. Olho para os lados em busca de meu arco, mas ele está longe de mim, busco por minha espada mas ela não está em minhas costas, está na mão dele, como ele a pegou tão rápido? Sinto uma dor enorme percorrer minhas costelas, quebrei algumas com certeza, mesmo assim tento me levantar mas a criatura é rápida demais, ele segura em meu pescoço e levanta até a altura de seu peito, ele é muito alto e muito forte, a luz verde de sua pedra me cega.

- Uma mocinha tão linda e tão frágil como você não devia estar num lugar perigoso como este! – Ele exclama enquanto passa sua mão em meu rosto. Solta meu pescoço, segura em meus braços e então me morde perto do ombro, sinto a dor descer até minha espinha e minhas pernas fraquejam.- O sangue de uma virgem é o mais saboroso sabia doçura? - Ele ergue minha a cabeça e fita meus olhos, sorri como se tivesse descoberto algo importante. - Mas a energia vital de uma Licanty como você é ainda melhor!. – Então ele avança para outra mordida, só que dessa vez vai sugar minha energia. Mas de repente a criatura urra de dor, me solta e eu caio sem forças no chão, levanto os meus olhos e vejo alguém erguer o Aswang e o jogar com força na parede, a criatura está pegando fogo, mas não é um fogo normal, é completamente vermelho. O Aswang se debate um pouco mas logo seus movimentos cessam, morreu rápido, o que aconteceu? A pessoa que matou a criatura vem em minha direção, minha visão está turva mas posso ver suas mãos ardendo em chamas vermelhas, se aproxima de mim e me pega no colo, seguro em suas roupas e olhos amarelos me fitam, conheço bem esses olhos.

- Élio?– Sussurro quase sem voz. Ele me carrega para fora e minha mente mergulha na escuridão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* Aswang= é uma criatura metade vampira, metade bruxa. Em geral são mulheres, mas aqui eu coloquei um homem também. Não fui eu quem criou, é uma criatura da cultura Filipina, mas eu enfeitei um pouco dizendo que eles sugam a energia vital.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Maldição Do Dragão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.