A Maldição Do Dragão escrita por Julie
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoal que está tentando me matar! Por acaso não contaram até dez antes de comentar? Capítulo mais calmo, aproveitem...
POV Kenna
Dia seguinte em Maldívia...
Chegamos em Maldívia finalmente, o resto da viagem até aqui foi horrível, não apareceu mais nenhum monstro, a estrada é ótima, o ombro de Terry está bem melhor, mas ele não disse mais nenhuma palavra desde que me deixou sozinha na beira daquele riacho olhando triste para o chão. Ele não olhou mais pra mim desde então e não falou com ninguém, nem com Luc, que está visivelmente preocupado com o silêncio de Terry. Hoje cedo Terry arrumou suas coisas e eu pensei que ele fosse partir, mas ele nos esperou e continuou a jornada conosco.
Acabamos de entrar em Maldívia, é um pouco maior do que Postia, porém bem mais simples e acolhedora. Tem uma estalagem charmosa aqui no começo da cidade, vou entrar e perguntar sobre o tal cartógrafo, não tenho tempo a perder.
– Bom dia. – Cumprimento o senhor que está atrás do balcão, deve ser o dono.
– Bom dia senhorita. – Ele diz gentilmente. - Deseja um quarto?
– Talvez mais tarde. - Falo e faz uma cara estranha. – Na verdade eu queria que o senhor me desse uma informação. Sabe onde fica a casa do cartógrafo?
– A casa de Élio? Sei sim ele mora nos arredores da cidade. - Informa.
– Eu não sei o nome dele. - Confesso.
– Bem mocinha se está procurando por um cartógrafo, só pode ser Élio, ele é o único da região.– Fala e sorri afetuoso.
– Então deve ser esse mesmo, pode me ensinar a chegar a casa dele por favor. – Peço com educação, o povo de Maldívia parece ser bem prestativo.
– Claro, você deve atravessar a cidade em direção ao norte, assim que sair vai ver um campo de flores, a casa dele fica logo depois. – Esclarece o velho senhor.
– Muito obrigada, o senhor é muito gentil. - Agradeço a ele.
– Não há de que minha jovem e se precisar volte. - Ele diz e eu saio na direção dos rapazes que esperam do lado de fora.
– Então?- Pergunta Feo.
– O senhor disse que temos que atravessar a cidade na direção norte, a casa do cartógrafo fica depois de um campo de flores. – Respondo e olho para Terry, ele não desvia olhar, será que está mais calmo?
Atravessamos a cidade, que é maior do que pensei, tivemos que parar para comer alguma coisa, Luc não parava de reclamar de fome. Depois de uma hora, saímos da cidade e encontramos o tal campo de flores, paro um segundo para olhar, é um lindo campo de tulipas de todas as cores, um campo muito parecido com o do meu sonho, a lembrança invade a minha mente e o rosto dele toma meus pensamentos. É melhor esquecer isso Kenna, você não o verá mais. Impulsiono Snow para continuar, já posso ver a casa em frente. É grande porém modesta. Nos aproximamos e duas crianças saem de dentro da casa e descem correndo a escada da varanda, desço do cavalo e o menino para na minha frente.
– Olá menininho, por acaso um homem chamado Élio mora aqui? – Pergunto para o garoto que me lança um olhar feio, não devia ter chamado ele de menininho.
– Mora sim. Sou eu.– Diz uma voz masculina e quando olho em direção a varanda. meu coração quase para de bater. É ele, é o homem dos meus sonhos.
– Você? – É tudo o que digo.
– Sim, e me desculpe. Mas quando nos encontramos em Postia não tive tempo de lhe dizer que eu sou cartógrafo, e como aparentemente você viria até aqui...- Ele não termina a frase e vem até nós.
– Você conhece ele Kenna?- Feo pergunta e se põe a minha frente, está bancando o protetor de novo.
– Na verdade, não.– Cochicho envergonhada. O que eu ia dizer? É claro Feo, sonho com ele toda noite? Não mesmo, todos me achariam maluca. - Mas nos vimos em Postia.– Continuo. - Foi ele quem identificou Maldívia no mapa.
– Isso é muito estranho. – Terry fala e eu me assusto. - Você identificou a sua cidade no mapa. - Ele acusa o homem dos.. quer dizer, Élio. – Isto está me cheirando a golpe Kenna. - Terry me olha , parece que sua raiva já passou, ou não?
– Eu sinto muito por isso. - Élio se defende - Mas a verdade é que Maldívia está realmente seu no mapa, mas você me pareceu confusa e eu achei que seria bom oferecer meus serviços. – Élio diz olhando pra mim. Sinto meu rosto queimar, espero que não perceba.
– Temos visitas? Élio porque não os mandou entrar?- A mulher que estava com ele na cidade aparece na varanda limpando as mão num avental, ela é mais bonita de perto.
– Claro, que falta de educação da minha parte, gostariam de entrar e conversar mais sobre isso?- Oferece Élio.
– Não. - Feo e Terry respondem ao mesmo tempo, ótimo agora tenho dois irmãos super protetores!
– Sim,é claro que sim! - Falo em seguida e eles me olham torto. - Precisamos de um cartógrafo.– Murmuro para os dois.
– Então entrem, minha irmã fez um bolo delicioso. – Élio nos dá passagem. Espera, ele disse irmã?
Todos entramos e depois de Luc comer o bolo todo, não sei pra onde o almoço dele. Voltamos para o assunto principal, o mapa maldito.
– Então Élio. - Falo depois que o efeito do seu olhar sobre mim passou. - Você é pode nos ajudar?
– Claro. Vocês estão indo para onde? – Indaga num tom casual. Terry e Feo me lançam um olhar que diz “ não ouse contar a ele”, será que eles me acham idiota? Tudo bem que eu fico meio idiota perto do Élio, mas não a ponto de estragar tudo!
– Isso não posso dizer.– Respondo por fim e os meus irmãos bobocas respiram aliviados.
– Então não sei como posso ajudá-los, querem que eu traduza o mapa todo? - Élio acrescenta.
– Você pode fazer isso? - O olho surpresa. Essa seria uma ótima solução.
–Sim, mas vai levar um tempo. - Afirma.
– Quanto tempo? - Pergunto
– Depende. Posso ver o mapa? – Élio pede e meus irmãos o olham desconfiados. – Para poder ter uma noção.– Completa. E eu entrego o mapa prontamente.
Ele avalia, vira o mapa de todos os lados, todos nós o olhamos com apreensão e Élio declara por fim:
– Dois meses.
– Dois meses?- Eu , Terry, Luc e Feo falamos ao mesmo tempo. Dois meses é muito tempo!
– Dois meses é muito tempo! - Exclama Terry - Não podemos esperar todo esse tempo.
– É por isso que perguntei para onde estão indo. – Élio explica.– Olha só, traduzir um mapa como este dá muito trabalho, fora o fato de ele ser mágico, está escrito em várias línguas diferentes. Mas se vocês me disserem para onde querem ir, eu posso localizar no mapa e traçar uma rota.
– Tudo bem. - Falo me rendendo, Terry segura em meu braço, ele acha que vou fazer bobagem, mas eu me solto e continuo. - Vamos para uma caverna.
– Uma caverna? – Élio sorri. - Isto não ajuda muito.
– Bem, mas este mapa foi feito especificamente no intuito de levar a esta caverna, então deve explícito em algum lugar por aí. - Aponto para o mapa. Não quero contar a ele sobre a Maldição e tudo mais. Só espero que não esteja escrito: “ Caverna do Dragão com o Coração Ônix bem aqui!”.
Élio fica um tempo avaliando o mapa novamente.
– Caverna da Morte. – Ele me olha sério. - Por acaso seria esta a caverna que quer ir?
– Sim, é essa sim.– Só pode ser essa né?
– É um lugar extremamente perigoso, eu conheço dois caminhos, ambos igualmente perigosos. É uma longa jornada até lá. – Declara misterioso.
– Leva quanto tempo?- Sussurro, o jeito que ele falou me deixou preocupada.
– Um mês e meio. - Afirma, mas acrescenta depois de ver meu olhar. - O seu mapa tem uma rota alternativa, não aconselho a irem por este caminho, mas levariam apanas duas semanas para chegarem a Caverna da Morte. Se é conseguiriam chegar, duvido até que possam encontrar o caminho.
– O pensa que somos? Um bando de camponeses sem instrução? – Terry se levanta furioso.
– De maneira nenhuma príncipe Terry!- Élio diz e todos o olhamos surpresos, ele reconheceu Terry.- É difícil não reconhece-lo com seu rosto estampado nas moedas de prata.– Élio esclarece com calma. Eu não sabia que Terry tinha seu rosto em moedas.
– Então o que ? – Terry pergunta se acalmando
– A verdade é que este caminho só pode ser achado consultando o mapa. - Diz Élio por fim. - Precisam olhar o mapa a cada passo que derem.
– Então vá com eles irmão. - Ada diz. Ada é a irmã de Élio. Isso mesmo eles são irmãos!
– Você pode vir conosco? – Pergunto quase implorando.
– A viagem é muito perigosa, por isso custará muito caro e quero metade de adiantamento. – Élio vai direto ao ponto.
– É um absurdo! Não pode cobrar adiantado.– Feo diz.
– Se acontecer algo comigo, minha irmã não ficará em dificuldades.– Élio está pensando na irmã. Ele é muito fofo! Foco Kenna, foco!
– É justo. - Digo saindo do meu delírio.- Pagaremos adiantado, partiremos cedo, esteja pronto.- Digo e vou direção a porta, já anoiteceu e precisamos achar uma estalagem.
– Fiquem para o jantar e passem a noite aqui, assim fica mais fácil para todos. - Ada nos convida e Luc se senta a mesa novamente. É só falar em comida que ele fica animado.
– Tudo bem. – Digo e olho meus irmãos. - Nós aceitamos.
– Ótimo. - Élio me olha e eu fico vermelha de novo. Será que sonharei com ele esta noite? Mas não precisa, ele está bem aqui, perto de mim.
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