O Sorriso Psicopata escrita por Wendy


Capítulo 7
Sentimentos?


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas!
Desculpem mesmo pela demora :( Se der certo, vou postar mais um capítulo ainda essa semana!
Boa Leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414259/chapter/7

O tempo estava frio, folhas caiam das árvores deixando-as a espera de um longo inverno para cobrir os galhos marrons de branco, deixando uma paisagem fria e bonita, assim como a estação.
Era outono, as casas estavam enfeitadas com abóboras fazendo caretas, esperando por crianças que iriam bater de porta em porta com suas fantasias na esperança de ganhar um doce para saborearem mais tarde. Todas essas casas mostravam que algo estava por vir: O Halloween e com ele também viria festas à fantasia por todo o país. Um adolescente normal provavelmente estaria ansioso para festejar com seus amigos e pediria para seus pais lhe deixarem sair de casa; porém, meus pais estavam em um sono profundo que não poderia ser interrompido nunca mais, principalmente para pedir permissão.
O convite para a festa de Halloween estava em minhas mãos e eu não sabia se seria ou não uma boa ideia ir. Também não sabia quem havia o deixado ali.
Peguei um pouco do dinheiro que Tia Violet deixara para mim e fui caminhando até o mercado, que não ficava muito longe dali, precisava comprar comida para mim e também para os animais.
Outubro sempre foi o meu mês favorito, todas as casas eram decoradas com coisas macabras, eu isso me agradava. Lembro-me de como Julie odiava isso, a probrezinha ficava horas sem dormir com medo das histórias que eu lhe contava, principalmente na noite de Halloween.
Parei de caminhar por um instante.
–Julie... -Sussurreu enquanto estava mergulhada em lembranças, até que "acordei" com o barulho de algumas crianças que brincavam ali perto.
–Estou muito pensativa...-Disse para mim mesma.- Preciso me distrair um pouco...Talvez a festa não seja má ideia, afinal.

***

Depois de ir ao mercado, resolvi passar pela praça da cidade. Lá havia uma pessoa sentada no banco, um homem de óculos escuros, com cabelos curtos que só agora percebi que eram ruivos e com a luz pareciam loiros. Aproximei-me dele.
–Thomas! Lembra-se de mim? -Sorri, e sentei ao seu lado.
–Jane! Como poderia esquecer uma voz tão linda feito essa?
Ri e senti que ele estava segurando minhas mãos, que ainda seguravam o convite.
–O que é isso em suas mãos? -Perguntou Thomas.
–É um covite para uma festa de Halloween, que por sinal, eu não sei onde fica este endereço...Você sabe onde fica uma tal de Mansão dos Willians?
–Sei sim, essa é a mansão do prefeito da cidade, fica ao lado de um restaurante italiano. Todo mundo está falando dessa festa de Halloween da filha do prefeito mas só as pessoas mais importantes foram convidadas.
–Filha do prefeito? Por que eu receberia um convite dela?...
–Algumas pessoas dizem que ela manda convites pra quem acha interessante, mas não sei se isso é verdade.
–Bom, aqui diz que posso levar um acompanhante...Gosta de festas de Halloween?
–Está me convidando para ser seu acompanhante?
–Se você não tiver algo melhor pra fazer,claro, mas se não quiser eu entendo...
–E como eu posso recusar um convite desses? -Disse ele me interrompendo e sorrindo.
Sorri de volta e acho que ele pode perceber.
Passamos o resto do dia conversando enquanto as pessoas apressadas andavam em direção ao seu destino sem ao menos apreciar o mundo a sua volta, o que Thomas já estava acostumado a fazer, com sua audição. O ruivo tinha várias histórias para contar, principalmente de sua família: Uma avó irlandesa, uma mãe (que também tinha problemas de visão), um pai e duas pequenas irmãs gêmeas. Era muito divertido ouvir sus histórias até que ele resolveu fazer uma pergunta.
–Mas e a sua família? -Ele perguntou.
Fiquei pensativa novamente.
–Eu não tenho família... Estou sozinha.
Ele mudou sua expressão, que antes estava feliz e orgulhosa.
–Ah...Eu sinto muito.
–Tudo bem. -Respondi com um sorriso, mas logo fiquei séria. -Na verdade. eu também sinto muito.
–Sente?
–Sim...Fiz muitas coisas errdas no passado, quando tinha uma família, mas não me sinto tão culpada e faria de novo se pudesse. -Me senti mal ao falar isso. Eu sou mesmo uma criatura tão fria? - Esse é o problema...
–Sobre o que está falando?
–Não posso te contar, você nunca me perdoaria, aliás, não sei nem por que estou falando isso pra você...
–Eu acredito que não há nada que não possa ser perdoado, basta você querer se perdoar, pois isso é o mais importante.
Me surpreendi com isso. Eu poderia mesmo ser perdoada? Eu queria ser perdoada? E se isso acontecesse de novo, ele me perdoaria? E eu, me perdoria? Talvez eu poderia viver uma vida normal, sem mortes, sem sangue, ao lado de Thomas, ou talvez ele me chamaria de louca e nunca mais nos encontraríamos de novo. Essa ideia fez meu corpo tremer, por algum motivo eu queria estar ao lado dele.
–Thomas! - Ouvi duas vozes fofas dizerem ao mesmo tempo. Duas meninas que aparentavam ter cinco anos vinham correndo até nosso banco, elas eram ruivas e tinham belos cabelos cacheados e compridos. Se pareciam com Thomas.
–Thomas, mamãe está chamando para o jantar. -Disse uma delas.
Jantar? -Pensei- Uau, essas pessoas tem razão, o tempo realmente "voa".
–E também arrumar as malas, não se esqueça que vamos viajar amanhã! -Disse a outra.
–Ok. -O ruivo respondeu para suas irmãs.- Já vou indo Jane, foi muito bom passar a tarde com você, e acabei esquecendo de contar que vou viajar amanhã, mas volto a tempo para a festa!
–Acho bom mesmo...Acompanhante!
Rimos e nos despedimos, a noite já caía pelo parque e finalmente voltei para casa. Outubro é realmente meu mês favorito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaí o que acharam? Mereço Reviews? Sugestões?
Até :)