O Sorriso Psicopata escrita por Wendy


Capítulo 11
O homem de roupa social


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas!


Boa Leitura ^^



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A noite estava tranquila. Algumas nuvens afastaram-se abrindo espaço para uma bela lua crescente e pequenas estrelas ao seu redor.

Caminhei até o mercado mais próximo, ele fecharia suas portas em poucos minutos, então procurei somente algumas coisas para comer e beber durante a noite. No outro dia, voltaria mais cedo.

Fui para a fila do caixa, onde uma mulher com longos cabelos ondulados e negros que caiam sobre seu casaco azul-marinho guardava seu dinheiro e preparava-se para ir embora. Atrás dela, havia uma senhora de cabelos brancos presos em cima de sua cabeça. Ela carregava uma cesta do mercado com alguns produtos e uma bengala em sua outra mão. Atrás da senhora, um homem alto lia o jornal diário na minha frente, parecia muito interessado na matéria, ele estava usando roupa social e segurava uma lata de refrigerante e um terno dobrado em seu braço. Havia também uma maleta preta entre seus pés.

A moça usando casaco azul saiu do mercado com suas compras em mãos e logo um homem de moletom marrom entrou e começou a procurar por produtos pelos corredores quase vazios. Pouco tempo depois, outro homem de jaqueta preta também foi para os corredores, este estava mais interessado na parte de bebidas.

O homem de jaqueta preta aproximou-se do caixa a procura de algo, ele parecia muito ansioso até que de repente ele retirou uma sacola de seu bolso e gritou para a mulher que trabalhava no caixa:

–ISSO É UM ASSALTO! QUERO TODO O DINHEIRO AQUI!

Logo após isso, o homem com moletom marrom foi até o caixa apontando uma arma para mim e as pessoas da fila, enquanto o outro apontava para a mulher do caixa que desesperadamente colocava o dinheiro na sacola.

–E VOCÊS, COLOQUEM AS MÃOS PERTO DA CABEÇA! SE FIZEREM QUALQUER BARULHO, PEQUENO QUE SEJA, EU ATIRO! –Gritou do homem com moletom marrom.

Todos obedeceram à suas ordens. A senhora de cabelos brancos estava apavorada, com vontade de chorar e gritar, mas não o fez.

–Não quero ninguém chorando aqui, velha idiota! –Disse o Ladrão de jaqueta preta e logo depois, puxou a bengala da senhora, que caiu no chão. Ele começou a rir.

O homem de roupa social, assim como eu, parecia querer fazer algo para acabar com aquilo. Eu tentava pensar em algo para resolver aquela situação, mas nada vinha em minha mente, afinal, eram duas pessoas armadas. Senti uma sensação de raiva subir pelo meu corpo e chegar à minha mente. Eu não podia suportar ver pessoas maltratando quem não pode se defender.

[Flashback On]

Julie e eu voltávamos da escola numa tarde comum de Abril. Decidimos cortar caminho por um beco onde poucas pessoas desejavam caminhar, até que ouvimos vozes que aumentavam quanto mais nos aproximávamos da saída daquele beco vazio. Um homem dava tapas e socos e até chutes em um pobre senhor que parecia ter pelo menos 80 anos.

–O SENHOR SÓ ME DA TRABALHO, PRA QUE EU PRECISARIA DE UMA MÚMIA EM CASA FEITO VOCÊ? –Gritava o homem.

Senti o sentimento tomar conta de mim.

–Rápido, Jane! Vamos embora daqui! –Julie me chacoalhava e depois correu para a direção oposta do homem e o senhor.

Aproximei-me dos dois, ignorando o que minha irmã havia me dito e peguei uma das garrafas de vidro quebradas que estavam no chão. O agressor estava muito ocupado socando a cara do pobre senhor para notar minha presença. Antes que ele pudesse olhar para trás, pulei em suas costas, o derrubando no chão e quando me dei conta, a garrafa havia perfurado o pescoço daquele rapaz, que agora agoniava ao lado de um senhor de idade com o rosto ensanguentado, que parecia estar dando seus últimos suspiros.

O sangue do rapaz escorria por minhas mãos. Fitei-as enquanto me levantava. Eu havia matado uma pessoa... Mais uma vez.

[Flashback Off]

Enquanto a pobre mulher do caixa pegava as últimas notas de dinheiro que haviam sobrado no caixa eletrônico, algo totalmente inesperado para mim aconteceu, agora eu precisaria fazer algo: O homem que antes lia tranquilamente o jornal, avançou contra o ladrão de moletom marrom em seu minuto de distração, segurando seus braços e apontando-os para cima enquanto o empurrava para sua frente e antes que o ladrão pudesse fazer algo, ele havia retirada a arma de suas mãos, que agora apontava para as costas do moletom marrom.

–Não se mexa... - Sussurrou o homem que segurava uma arma ao invés de seu refrigerante.

Essa cena passou incrivelmente rápida pelos meus olhos, mas algo estava mais do que claro em minha mente: Uma chance! O ladrão de jaqueta preta estava analisando a cena perplexo. Estaria pensando no que fazer em seguida, não podia atirar, pois seu parceiro estava na frente do homem.

Minha raiva estava aumentando, eu não queria que o sentimento surgisse novamente. Enquanto o ladrão ainda pensava no que poderia fazer, pulei em sua direção segurando suas mãos e apontando a arma para o chão, puxando o homem junto. Minha raiva havia me dado força o suficiente para erguer minha perna, dando uma joelhada forte o bastante para o ladrão soltar a arma e enquanto segurava seu rosto a apanhei e a aponteia para o homem de jaqueta preta. Ao retirar as mãos do rosto, ele as levantou querendo falar algo, mas se controlou. Sua expressão refletia fúria.

A mulher do caixa ainda estava assustada, mas não tanto quanto à um tempinho atrás; Agora ela ajudava a senhora a se levantar do chão. O homem de roupa social mandou os dois ladrões ficarem juntos e enquanto eu os vigiava ele pegou duas algemas em sua maleta preta e prendeu as mãos dos dois homens.

Minutos mais tarde, a polícia estava no mercado e agora, levava os dois homens para a delegacia.

–Você fez um ótimo trabalho! –Disse o homem que voltou a segurar seu jornal e seu terno. – Ah! Mas antes, deixe que eu me apresente! Meu nome é Daniel, eu sou um policial, mas ainda estou no começo de minha carreira... –Ele deu um risinho. – Você leva jeito para isso! Já pensou em entrar para a polícia?

–Bem, na verdade não... – Respondi. –Meu nome é Jane. Você também fez um ótimo trabalho!

Daniel sorriu. Ele tinha cabelos castanhos e lisos, meio bagunçados, e olhos azuis; Também tinha um pouco de barba. Aparentava ter vinte e poucos anos.

–Você se importaria de vir à delegacia comigo? Preciso de uma testemunha.

–Sem problemas.

–Olhe. –Ele apontou uma matéria no jornal que falava sobre assaltos em lojas. – Já não é o primeiro assalto desses dois! Esses caras sempre cometem crimes e fogem, eu estava trabalhando no caso deles.

Daniel e eu fomos para o carro da polícia à caminho da delegacia. Ele levou seu refrigerante e eu alguns pães, bebidas e um lanche para comer no caminho. A mulher do caixa não nos cobrou nada pelo imprevisto.

Meus planos eram de ficar o menor tempo possível na delegacia, mas a noite não iria acabar por ali.


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Notas finais do capítulo

Eaí, o que acharam do Daniel?

Mereço comentários? *w*

Até o próximo capítulo o/