Hold On - Dramione escrita por karistiel


Capítulo 41
Chapter 41: Animus


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vocês estão?
Mais um capítulo pra vocês, fresquinho, acabei de terminar de escrever!
Li todos os comentários de vocês e respondi alguns semana passada ♥. Estou em semana de provas e assim que estiver livre desse inferninho, volto aqui e respondo o outros, ok?

Leiam as notas finais, por favor, obrigadinha!



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Draco foi o primeiro a acordar na manhã seguinte. Depois de Hermione ter voltado do jantar os dois haviam tomado banho, separados, e transfigurado algumas roupas para Draco dormir. Pegaram no sono mais uma vez abraçados.

Desvencilhou-se da castanha e foi até o banheiro esvaziar a bexiga. Lavou as mãos e voltou ao quarto, onde Hermione ainda dormia profundamente, agora abraçada ao travesseiro. Observou-a por alguns instantes, absorvendo cada detalhe dela. Aquela mulher que um dia ele teve prazer em fazer chorar, em humilhar, hoje era a única que o entendia de um jeito inimaginável. As confissões que fizera para ela no dia anterior nunca haviam sido feitas para ninguém; a maior parte daquilo apenas residia em sua cabeça, perturbando-o até não poder mais ser capaz de raciocinar.

No momento em que Hermione o abraçou e o deixou desabar em seus braços foi o momento em que Draco teve certeza de que estava completamente apaixonado por ela. Draco esperava se sentir surpreso com aquela realização mas sentia apenas um frio na barriga; o mesmo frio na barriga que sentia toda vez que entrava em campo em um jogo de Quadribol. Aquela excitação nervosa de não saber o que virá a seguir, qual será o desfecho. Em muito tempo, Draco sentia-se quase em paz; o que era mais do que se podia dizer dos muitos anos que passara sob a sombra de Lucius Malfoy.

O sol havia acabado de nascer, jogando uma luz tímida através das janelas do salão comum do dormitório de Monitor-Chefe. O céu azul e limpo prometia um dia bonito e quente, lá fora. Por ser cedo, não havia barulhos pelos corredores, deixando tudo num absoluto silêncio, sendo quebrado vez ou outra por algum dos fantasmas passando pelas armaduras no fim do corredor.

Hermione se remexeu na cama, despertando-o de seu devaneio e fazendo-o se aproximar no momento exato em que seus olhos tremularam e se abriram preguiçosos.

“Bom dia.” Ele murmurou, sentando ao lado dela na cama e abaixando-se para depositar um beijo em sua testa. Hermione resmungou e suspirou, fechando os olhos novamente e passando a mão pelos cabelos emaranhados.

“Que horas são?” Ela perguntou com a voz pesada de sono.

“Cedo.” Ele respondeu. “Pode voltar a dormir se quiser.”

“Não, tudo bem.” Disse ela, sentando na cama e coçando os olhos. “Como está o braço?” Perguntou, vendo-o mexer com a tipoia que ainda trazia amarrada ao braço. Ainda sentia-se envergonhada pelo que havia feito.

“Muito melhor.” Garantiu ele, puxando-a para si. Hermione deitou em seu peito e suspirou. “Pare de se culpar.” Ele pediu. “Já falamos sobre isso.”

“É inevitável.” Ela disse, dando de ombros. Ele suspirou e passou a mão pelos cabelos dela. Sabia que seria mais uma coisa que levariam entre eles, e, se dessem sorte, seria também mais uma das coisas a qual superariam juntos.

“Preciso ir.” Disse Draco, levantando-se e andando pelo quarto em direção à suas roupas que estavam dobradas em cima da poltrona. “Tenho que voltar ao dormitório antes que todo mundo acorde.”

Hermione assentiu ao vê-lo entrar no banheiro. Draco vestiu-se rapidamente e voltou, encontrando Hermione já de pé e abrindo as cortinas do quarto, deixando a luz da manhã iluminar suas feições. Quando percebeu a presença dele de volta, virou-se e sorriu.

“Nos vemos mais tarde.” Afirmou Hermione. Depois da noite de ontem, teriam as rondas hoje e no dia seguinte. A castanha ainda agradecia silenciosamente a disposição do casal de colegas em atender ao pedido dela da noite passada.

“Estarei lá.” Garantiu Draco, aproximando-se dela e puxando-a para um beijo calmo e afetuoso. As surpresas de Hermione quanto a propensão de Draco de ser minimamente carinhoso com ela, não paravam. Suspirou contente em meio ao beijo, sentindo suas mãos formigarem quando ele se afastou com um sorriso no canto dos lábios.

Draco partiu, deixando-a sem fôlego no meio do próprio quarto. Ainda tinham muito o que superarem, mas ao menos estariam juntos. E isso fazia o estômago de Hermione se encher de borboletas excitadas.

Xx

Draco caminhou apressadamente pelos corredores desertos. Era pouco mais de seis da manhã e sabia que a qualquer momento as pessoas começariam a acordar para começar o dia. Pegou uma das escadas em movimento e amaldiçoou sua falta de atenção quando essa a levou para o lado oposto de onde queria ir. Seus pensamentos estavam cheios e naquele momento, só havia uma pessoa neles.

Era extremamente surreal toda aquela situação, mas ao mesmo tempo era autêntica. Não havia sentimento nenhum de que era errado, o que levava Draco a continuar seguindo esse caminho cheio de dilemas. E sabia que ela estava fazendo o mesmo.

Chegou às masmorras em tempo recorde e, dizendo a senha, atravessou a porta que se materializou à sua frente. O Salão Comunal ainda estava deserto; e gelado, como de costume. A passos cautelosos, Draco subiu para o dormitório masculino e entrou no que dividia com os colegas de casa. Todos ainda dormiam profundamente e Draco respirou mais aliviado ao sentar-se em sua cama sem problemas. Tirou os sapatos e deitou-se na cama, fechando a cortina com um puxão. Na privacidade de sua cama, permitiu-se relaxar. Passou vários minutos dessa forma antes de relutantemente levantar-se e ir até o seu malão procurar um uniforme limpo para usar.

Sua primeira aula era Transfiguração e só de pensar nisso lhe dava desânimo. Nunca fora muito bom na matéria, mas naquele ano, a Prof. Harrinson estava destruindo-o. Mais do que tudo, precisava de bons N.I.E.M’s no fim do ano e sabia que Transfiguração era extremamente importante para qualquer coisa que decidisse seguir como carreira. Felizmente, agora, tinha a sorte de ter Hermione como sua tutora; não era à toa que a bruxa era uma das melhores alunas da escola. Há semanas atrás, teria se considerado uma causa perdida, mas com os pequenos avanços que fazia, sentia que podia conseguir.

Foi nesse humor que Draco rumou para o café da manhã no Salão Principal, com Blaise, Daphne e Meg em seu encalço.

“Então, Draco, o que aconteceu ontem?” Perguntou Meg, emparelhando com ele no corredor abarrotado de gente.

“O que quer dizer?” Desconversou Draco, sem lhe dar a devida atenção.

“Não o vimos depois que saiu correndo no meio do almoço. Faltou as aulas. Professor Flitwick perguntou por você, dissemos que estava sentindo dor e foi ver Madame Pomfrey.” Evidenciou Blaise. Draco revirou os olhos e continuou em silêncio.

“Não sei porque ainda pergunto.” Disse o moreno, dando de ombros. Meg suspirou.

“Estive resolvendo alguns problemas.” Respondeu Draco, minutos depois.

“E esses problemas vivem no dormitório de Monitor-Chefe?” Perguntou Blaise, extremamente divertido.

“Zabini.” Exclamou Draco em tom de aviso. Ao seu lado, Meg sorria e Daphne olhava-os desconfiada.

“Granger, Draco?” Perguntou Daphne, surpresa, depois de alguns segundos pensando. “Sério?”

Draco bufou e deu as costas à eles, deixando-os para trás e seguindo caminho sozinho pelo corredor da masmorra. Segundos depois, Meg se aproximou novamente mas ele a ignorou.

“Sabe que estamos apenas brincando, não é?” Meg perguntou baixo. “Blaise passou o resto do dia preocupado com você.” Confidenciou. “Não foi até Kay dizer que viu você e Hermione juntos mais cedo.”

“Kay nos viu?” Perguntou Draco, parando subitamente, fazendo um aluno da Corvinal quase se chocar contra eles. Kay Ashung era um Sonserino do quinto ano, havia vindo do Japão no início daquele ano; não tinha muitas habilidades sociais, mas se mostrara um aluno bem inteligente.

“Não se preocupe, dissemos que provavelmente estariam resolvendo algo de monitoria.” Meg tranquilizou-o. “Mas Draco...” Começou ela, mas foi interrompida pela chegada de Theo.

“Blaise, teremos treino nesse sábado.” Disse Theo, abordando o moreno. “Logo após o café da manhã.”

“Finalmente!” Resmungou Blaise. “Faz séculos que Flint não marca um treino com o time e temos jogo no domingo.”

“Segundo ele, a competição pelo campo estava grande durante os fins de semana passados.” Contou Theo.

“Ao menos teremos uma chance de ficar com o terceiro lugar.” Considerou Blaise.

“Esse fim de semana temos passeio à Hogsmeade.” Anunciou Daphne a Blaise, irritada.

“Podemos ir depois do treino.” Disse Blaise, dando de ombros e depositando um beijo na bochecha da namorada. Ela revirou os olhos e se afastou, indo para o Salão Principal sozinha. “Ela não gosta de mudar de planos.” Respondeu o moreno aos olhares indagadores dos outros.

Um silêncio momentâneo caiu sobre o grupo quando Draco e Theo se olharam. Não se falavam desde o dia em que brigaram, sequer uma palavra. Blaise os observava com os olhos semicerrados e Meg estava tensa.

“Como vai o braço?” Perguntou Theo, indicando com a cabeça a falta da tipoia que Madame Pomfrey o havia dado no dia anterior. O loiro havia achado desnecessário usá-la hoje, embora tivesse que voltar na enfermaria no fim do dia para checagem.

“Melhor.” Respondeu Draco. Theo assentiu vagarosamente, olhou para o loiro novamente e assentiu com mais firmeza. E dessa forma, Draco sabia que estavam bem; ou a caminho disso.

Chegaram ao café da manhã atrasados, mas rapidamente se acomodaram e comeram. Quando a sineta tocou, colocaram as mochilas nas costas e foram para a sala de aula de Transfiguração. Alguns alunos da Corvinal já ocupavam as carteiras da frente, obrigando-os a encontrarem outros lugares para sentar. Dividindo-se em duplas e com Daphne ainda aborrecida com Blaise, a garota sentou-se com Meg e Blaise com Draco, deixando Theo para que sentasse com outro Sonserino logo atrás dos garotos.

“Bom dia, senhores.” Desejou a Prof. Harrinson assim que colocou os pés dentro da sala. A turma que antes estava uma cacofonia imensa, aquietou-se rapidamente. “Hoje aprenderemos transfiguração humana.” Disse a bruxa mais velha, agitando a varinha e fazendo as palavras aparecerem no quadro negro. “Aqueles que não estejam confiantes em suas habilidades, peço por favor que se retire desta aula agora.” Pediu, de uma maneira delicadamente severa. Se é que isso era possível. Lembrava bastante a Prof. McGonagall, talvez um pouco mais ríspida.

Draco respirou fundo e não se moveu. Não tinha confiança em sua habilidade em transfiguração, mas certamente tinha confiança no que Hermione havia lhe ensinado.

A professora pediu para que levantassem e com um aceno da varinha, as carteiras desapareceram, deixando-os de pé no meio da sala.

“Junte-se com o seu colega ao lado e vamos começar.” Pediu. Draco e Blaise se entreolharam, temerosos, mas se aproximaram. “Quero que prestem muita atenção agora. É muito importante que façam o feitiço corretamente ou poderá sair extremamente errado. Treinem comigo.” Solicitou a bruxa, apontando a varinha para a frente, em demonstração. “Girem a varinha em um círculo lento e antes de chegar ao fim, quero que subam-na em direção ao teto com a ponta virada para baixo e em seguida aponte-a para o parceiro de vocês. Desta forma.” Explicou, fazendo uma demonstração lenta e minuciosa. “Quero que guardem esse movimento na cabeça de vocês.” Disse, recolhendo a varinha e apontando-a para o quadro negro de novo. Uma palavra em letras grandes e garrafais surgiu. “Animus. Esse é o feitiço que irão utilizar.” Indicou. “Agora, quem pode me dizer algo sobre a origem da palavra?”

Um garoto da Corvinal levantou a mão, ansiosamente.

“Sr. Jones?” Indagou a professora.

“Animus vem do latim e significa espírito, alma, natureza.” Respondeu o garoto.

“Muito bem Sr. Jones.” Elogiou a professora. “Dez pontos para a Corvinal.” Cedeu antes de continuar. “Animus é a natureza do ser. Como em nosso sentimento mais primitivo, mais animal.” Explicou ela.

Muitos murmúrios impressionados surgiram, e a Prof. Harrinson esperou pelo silêncio.

“Portanto, esse feitiço irá trazer do seu íntimo o seu animal interior. Não confunda-o com Animagia, embora a relação entre os dois seja imensa. Agora, peço que se preparem e lembrem-se do movimento correto pois é muito importante.”

Draco e Blaise viraram um de frente para o outro e se olharam, mais apreensivos do que nunca. Na sala inteira pairava uma tensão no ar e os rostos de praticamente todos os alunos demonstravam isso. Alguns praticavam o movimento, estendendo o tempo antes de fazerem o feitiço, com medo.

Para Draco, aquela seria sua prova máxima. Se fizesse aquele feitiço direito, sabia que poderia conseguir passar nos N.I.E.M’s. Blaise assentiu para o loiro e respirando fundo, esperou. Draco se concentrou, apertou a varinha nos dedos e respirou fundo, soltando o ar pela boca em seguida, deixando seus músculos relaxarem e sua energia mágica fluir livremente; do jeito que Hermione ensinara.

Animus” Pronunciou Draco, fazendo o movimento da varinha que a Prof. Harrinson havia demonstrado. Para a surpresa extrema do loiro, Blaise se transmutou lentamente em um tigre negro de grandes e perfurantes olhos escuros. Assustado, deu um passo para trás, esbarrando em um colega de casa que esperava para ser atingido pelo feitiço. O animal se limitou a olhar ao redor, atento, mas não se moveu. Talvez por algum instinto de sobrevivência maior. Finalmente, seus olhos se fixaram em Draco e ali ficaram.

“Muito bem, Sr. Malfoy.” Disse a prof. Harrinson, em tom encorajador, se aproximando e despertando o loiro da troca de olhares com Blaise em sua forma animal. Ao ver a bruxa, Blaise semicerrou os olhos e se mexeu, pela primeira vez. Para o espanto de quem assistia, caminhou vagarosamente, sem tirar os olhos da mulher e se posicionou entre ela e Draco.

A professora levantou uma sobrancelha, divertida. Draco olhou para o amigo e revirou os olhos, mas tinha um sorriso nos lábios.

Assentindo, Harrinson se afastou, voltando para a frente da turma. Olhando em volta, Draco percebeu que todos pareciam aliviados por seus parceiros terem se transformado sem nenhum problema.

“Muito bem, senhores, peço que finalizem o feitiço. Agora é a vez de vocês.”

Com vários Finite Incantatem ressoando pelo lugar, os animais transformaram-se novamente em pessoas.

“O que eu era?” Perguntou Blaise, curioso. Ao redor da sala, muitos faziam a mesma pergunta.

“Um tigre negro.” Respondeu Draco. Blaise sorriu pomposo. O loiro tinha certeza de que aquela notícia só serviria para aumentar ainda mais a vaidade do sonserino, se é que era possível.

“Agora troquem de posições. Levantem suas varinhas e não esqueçam o movimento.” Disse a professora, chamando a atenção da turma.

Animus” Disse Blaise. Estava confiante com o feitiço após ver que todos haviam conseguido e não tinha acontecido acidentes ainda.

Draco sentiu o feitiço lhe atingir o peito e algo em si mudou. Sua percepção do mundo aumentou, mas de forma completamente diferente. Sentia cheiros peculiares e mais acentuados e ouvia sons que pareciam deslocados na sala de aula cheia. Seus pensamentos não eram concretos. Pessoas, pensou. Companhia, pensou novamente, dessa vez farejando ao redor. Um rosnado baixo saiu de sua garganta ao sentir alguém se aproximar. Perigo?, pensou rapidamente, sondando e farejando mais uma vez. Outro rosnado quando sentiu indefinidos cheiros distintos. Presa, pensou.

“Draco” ouviu distintamente. De alguma forma, reconhecia aquele som. Voltou-se para o som, cauteloso. Farejou mais uma vez. O cheiro era familiar, por isso, sentou nas patas de trás levantou o focinho em direção ao teto e uivou.

E então tudo mudou novamente. Seus sentidos aguçados tinham ido embora e agora ouvia vozes ao seu redor e as compreendia. Ouviu Blaise o chamando e olhou para o moreno.

“Isso foi... estranho.” Draco murmurou incerto. “O que eu era?” Perguntou.

“Um coiote.” Respondeu Blaise. “Bem selvagem, eu diria. Tentou atacar o Adam na forma animal dele – um coelho, inclusive – e uivou. É possível que todo o castelo tenha te ouvido.” Disse, apontando para o garoto em questão e rindo maldoso e logo depois fazendo um gesto amplo, mostrando todo o castelo.

Draco levantou as sobrancelhas, surpreso. Toda a experiência estava bem vaga em sua cabeça e lembrava apenas de cheiros e sons, embora não pudesse senti-los ou ouvi-los no momento.

“Srta. Pallatino?” Ouviram a voz da professora, preocupada.

“Martha?” Ouviram outra voz, uma feminina e mais aguda, parecendo assustada.

“Saiam do caminho.” Pediu Harrinson, apressada. Draco e Blaise acompanharam a comoção e viram quando uma garota da Corvinal convulsionou e vomitou uma gosma azul. “Srta. Pallatino, pode me ouvir?” Perguntou a bruxa mais velha. “A levarei para Madame Pomfrey em um instante.” Garantiu, antes de se voltar para a classe.

“Àqueles que conseguiram realizar a transfiguração sem problemas, meus parabéns. Vocês alcançaram um novo nível em magia hoje.” Parabenizou. “Srta. Hap, sinto muito, aconselho pedir ajuda aos colegas para que consiga realizar o feitiço de forma eficiente. Caso contrário estará condenada antes que chegue os N.I.E.Ms.” A garota assentiu, extremamente envergonhada, os olhos grudados na gosma que saía quase sem parar da boca da colega. “A turma está dispensada. Srta. Pallatino, pode caminhar?” E sem esperar por qualquer resposta, saiu da sala com a aluna pálida em seu encalço.

“Almoço?” Perguntou Blaise a Daphne e Meg, que se aproximou dos dois garotos quando a comoção em direção a saída começou.

“Por favor.” Pediu Meg. “E então, qual foi o animal interior de vocês?” Questionou, quando começaram a acompanhar o fluxo de pessoas até a porta.

“Tigre.” Respondeu Blaise com orgulho. Draco bufou e Daphne fingiu uma reverência aos risos. Aparentemente sua raiva já havia ido embora.

“E você, Draco?” Perguntou Daphne. “Eu e Meg fomos cisne e borboleta, respectivamente. O que será que isso diz sobre nós?” Ponderou, pensativa.

“Coiote.” Respondeu Draco, sucinto.

“Uuuh.” Exclamou Meg, fingindo estar impressionada, de brincadeira.

“Coitada da Martha.” Suspirou Daphne. “Ela havia ficado feliz por ser uma águia.”

“Aposto que ela não está muito feliz agora.” Retrucou Draco.

Os quatro saíram para o corredor e rapidamente fizeram o caminho até o Salão Principal. Perceberam um pouco tarde que estava extremamente cedo e o almoço ainda parecia longe.

“Vamos aos jardins, está um dia ótimo lá fora.” Argumentou Daphne. “Melhor que ficarmos trancados aqui.”

Com o assentimento de todos, foram para os jardins. Algumas pessoas haviam tido a mesma ideia e várias delas estavam sentadas embaixo de árvores ou deitadas na grama, apreciando o sol das dez da manhã.

Escolheram uma das árvores longe da entrada do castelo e próxima das estufas, meio escondida na beira da Floresta Proibida.

Antes que pudessem sentar-se, um corvinal extremamente nervoso se aproximou do quarteto.

“Er.. Meg, posso falar com você um minuto?” Pediu o garoto.

“Claro, Noel.” Assentiu a garota loira.

Draco observou os dois se afastaram, em silêncio e sorriu. Ao seu lado, Blaise e Daphne já haviam sentado e estavam entretidos um no outro. Bastante entretidos. Draco revirou os olhos e se afastou um pouco do casal.

Sentou-se na grama com as costas para o sol que refletia em seus cabelos platinados e aquecia-o. Tirou a mochila das costas e a colocou no chão, tirando o livro de Hermione que havia começado a ler na noite passada quando acordou sozinho no quarto. A história de O Iluminado era interessante e prendia sua atenção. Nunca havia lido um livro com tal conteúdo e ficou curioso para descobrir como terminaria. Meg voltou, minutos depois, sorridente, mas calada e deitou-se ao seu lado. Draco voltou a concentrar-se no livro e assim ficou por quase uma hora. Estava apenas começando a terceira parte do livro, onde Jack Torrence sobe no telhado do hotel para tirar um ninho de vespas, quando uma sombra ofuscou a luz do sol.

“Gostando do livro?” Veio a voz da sombra. Draco olhou para cima para encontrar Hermione sorrindo presunçosa e apontando para o livro. Provavelmente havia acabado de sair da estufa e olhando em volta, Draco podia ver os outros grifinórios e lufanos indo em direção ao castelo. Mais ao longe, viu Potter e Weasley observando-a intrigados.

“Por que não?” Perguntou, fazendo pouco caso.

“Livro trouxa?” Ela meio que afirmou, meio que perguntou, duvidosa.

“Acho que já superamos isso.” Afirmou, baixo, de modo que apenas ela e Meg, ainda ao seu lado, ouvisse. Hermione assentiu e sorriu satisfeita.

“Como foi em Transfiguração?” Hermione perguntou de repente, séria.

“Muito bem.” Ele assegurou.

“Finalmente chegamos em transfiguração humana.” Contou Meg, animada. “Nos transformamos nos nossos animais interiores hoje.” Disse. “Eu me transformei em uma borboleta, Draco em um coiote.”

“Coiote, hum?” A castanha perguntou, surpresa. “O uivo que...” Indagou e parou, as sobrancelhas levantadas.

“Sim.” Respondeu Draco, se mexendo desconfortável.

Dando um tapinha no ombro de Draco, Meg levantou e seguiu caminho de volta para o castelo ao avistar algumas amigas do sexto ano.

“Vai precisar de mim como tutora hoje?” Ela perguntou.

“Como tutora não, mas podemos...” Draco disse, ainda se mexendo desconfortável. Estava completamente ciente de que alguns olhares estavam neles, tão intrigados quanto os olhares dos amigos de Hermione impacientes a apenas alguns metros de distância. Podia notar que o ruivo estava com a coloração do rosto levemente avermelhada e, se fosse qualquer outro dia há meses atrás, teria se divertido com isso; mas agora, sabia o quanto aquilo afetaria Hermione e não tinha intenção de chateá-la.

“Estarei estudando na biblioteca depois do jantar.” Disse ela. “Preciso ir, Harry e Ron estão me esperando.”

Draco assentiu e a viu partir. Quando ela entrou no castelo, revirando os olhos para os amigos, Draco suspirou e deitou na grama, o livro esquecido em sua mão.

“Por Merlin, é reciproco!” Exclamou Daphne em um sussurro desacreditado a poucos metros de Draco, fazendo-o olha-la de cara feia e Blaise gargalhar alto.

Xx

Hermione revirou os olhos para Ron pela quinta vez em menos de dez minutos. Não havia parado de resmungar desde que havia se afastado de Draco e se aproximado deles. Agora estavam sentados na mesa da Grifinória e o ruivo ainda a questionava sobre seus motivos. Harry mantinha-se calado, privando-se de tomar partido em qualquer coisa, fazendo Hermione cerrar os olhos para ele. O moreno apenas deu de ombros e começou a se servir no minuto em que a comida apareceu.

“Ron, eu já disse!” Bufou Hermione, interrompendo-o irritada. “Estudamos juntos e patrulhamos o castelo juntos. Nós conversamos, eventualmente.” Pontuou. “Além do mais, pessoas mudam.” A castanha suspirou, cansada. “E sim, eu quis dizer Draco Malfoy, ok?” interrompeu-o de novo, convicta.

“O que quer dizer com isso?” Perguntou Ron, subitamente confuso.

“Quero dizer exatamente o que disse. Que Malfoy também é capaz de mudar.” Respondeu, servindo-se também, mas mantinha os olhos no amigo. “Todos nós temos essa capacidade.”

Ron aquietou-se com a chegada de Ginny e olhou para Hermione, parte confuso, parte avaliativo. Era como se estivesse vendo a castanha pela primeira vez em muito tempo. Hermione ficou tensa e desviou o olhar. Estava apavorada com qualquer conclusão que Ron chegasse e qual seria sua reação. Ginny a despertou de seus pensamentos comentando sobre o jogo de Quadribol entre Corvinal e Sonserina que teria no domingo, disputando pelo terceiro lugar e no treino que Harry e ela haviam marcado para o sábado à tarde.

Logo o almoço havia acabado e o trio estava em sala de aula com a prof. Harrinson. Como Meg havia dito, trabalhariam a transmutação humana. Era o nível mais complicado de transfiguração, Harrinson havia dito. Hermione estava excitada e ansiosa para fazer e por fim, confiava em seu par. Karen, da Lufa-Lufa, uma aluna tão brilhante na matéria quanto ela.

Quando sentiu o feitiço lhe atingir e as mudanças começarem a acontecer, mergulhou em um mundo completamente diferente. Ouvia com perfeição o som das folhas das árvores na Floresta Proibida se se concentrasse bem. Podia ouvir o som de alguém engolindo em seco antes de falar. Conseguia ouvir passos e uma conversa em algum lugar do castelo, embora não fosse capaz de compreender de tal forma. Ouviu o barulho de um esquilo do lado de fora da janela e num súbito movimento, abriu as asas e levantou voo. Teria tido êxito, porém as janelas se fecharam num estrondo agudo bem à sua frente. Piando fortemente, voltou para o lugar onde estava, estressada.

E então o mundo se transformou novamente. Não conseguia mais ouvir o que se passava nos jardins, tão pouco o que se passava do lado de fora das portas da sala de aula.

“Uma coruja.” Contou Karen, antes que Hermione pudesse perguntar. “Uma muito bonita, por sinal.” Elogiou a garota.

Karen se transformara em uma gata persa que passeou pelas redondezas preguiçosamente antes de ser transformada de volta. Não houvera acidentes na aula, para alívio da prof. Harrinson.

Harry se transformara em um veado, basicamente no mesmo caminho do símbolo do seu patrono, assim como Ron, que se transformara em um cão.

“Lembrem-se, o animal interior de vocês nem sempre tem a ver com as suas formas animagas ou seus patronos, mas em alguns casos podem coincidir. Seus animais interiores têm a ver com seus espíritos, com suas almas e com sua personalidade mais profunda e enraizada.” Dissera a professora, antes de dispensar a classe.

Hermione despediu-se dos amigos e foi para a aula de Aritmancia. Estava extremamente satisfeita sobre seus feitos em transfiguração. Mais ainda em descobrir qual era o seu animal interior. Não era à toa que a escola inteira tenha ficado em êxtase sobre isso; os alunos dos anos mais abaixo invejando os sétimo anos por terem a oportunidade de saber e ansiosos para quando a vez deles chegassem.

A sala de aula ainda estava um pouco vazia quando Hermione chegou. Sentou-se em sua habitual carteira, a mais próxima da professora. Aos poucos, mais alunos foram chegando e se acomodando, um deles sendo Draco, que aproximou-se dela e sentou ao seu lado. Hermione ficou surpresa, mas não comentou nada. Sentia alguns olhares queimando-os ao longe e forçou-se a ignorar.

“Granger.” Cumprimentou o sonserino.

“Malfoy.” Hermione cumprimentou de volta, sorrindo levemente. Ao olhar para o homem ao seu lado, notou que ele fazia o mesmo. “Estamos fazendo isso, não estamos?” Perguntou ela, em tom baixo, ainda sentindo os olhares.

“Estamos.” Afirmou Draco, balançando a cabeça. “Problemas com o Weasley?” Perguntou.

“Não. Ainda não.” Respondeu ela, suspirando. “Estamos prontos pra isso?” Perguntou receosa.

“Espero que sim.” Respondeu ele, categórico. “Vamos ter que descobrir.” Deu de ombros, apertando a mão dela por debaixo da mesa em um gesto de conforto.

Sabia que se aquilo não fosse bem, ela seria a única a ter as maiores perdas. E sabia que Hermione não seria capaz de perder mais ninguém sem se despedaçar por completo. Esperava pelo bem deles, e principalmente, dela, que aquilo não fosse um tremendo erro.

Xx

Quando Draco chegou, a biblioteca estava evidentemente vazia. Ele cumprimentou Madame Pince com um aceno de cabeça e entrou. Em umas das mesas mais distantes da entrada, próximo da sessão de Runas Antigas, havia uma mesa com dezenas de pergaminhos em cima, livros, um tinteiro e uma mochila. O loiro reconheceu imediatamente as coisas de Hermione.

Avistou apenas em torno de três alunos espalhados pela biblioteca, a maioria mais à frente, próximo a sessão de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Deixou sua mochila em cima da mesa da castanha e saiu a procura dela. A encontrou minutos depois, folheando um enorme livro sobre runas na Roma Antiga que pairava no ar com um feitiço de levitação.

Aproximou-se em silêncio e passou o braço pela cintura dela, assustando-a ao ponto de fazer o livro cair ruidosamente contra a mesa, perdendo o efeito do feitiço dela.

“Draco!” Exclamou ela, escandalizada, olhando preocupada para o livro velho e empoeirado.

“Hermione.” Respondeu ele, virando-a de frente para ele; o livro tendo mínima importância em sua mente.

Antes que Hermione pudesse fazer algum protesto Draco a beijou. Havia desejado fazer aquilo o dia inteiro. Tinha sido uma tortura imensa passar tanto tempo na presença dela e não poder tocá-la. A castanha rapidamente respondeu ao beijo, levando as mãos aos fios loiros e puxando Draco para ainda mais perto de si. O loiro a pressionou contra a mesa e intensificou o beijo. Suas línguas se encontraram e exploraram, seus gostos se misturando da forma mais deliciosa possível. Quando separaram-se, ofegantes, Draco começou a descer beijos pelo pescoço dela, fazendo-a suspirar. O barulho de uma cadeira próxima sendo arrastada despertou Hermione do que faziam.

“Draco.” Chamou ela, afastando-o de seu pescoço e de seu corpo.

“Sim?” Ele perguntou, confuso, afastando-se e olhando-a.

Os dois ainda estavam ofegantes. Os cabelos de Draco estavam bagunçados para todos os lados e Hermione sentia-se quente. Porém, estavam na biblioteca, onde qualquer um poderia encontra-los. E por mais que quisesse beijá-lo até perder os sentidos, conhecia suas responsabilidades e não iria ignorá-las. Havia ido ali para estudar e era isso que fariam.

“Estamos na biblioteca.” Ela disse. “E vamos estudar.”

Draco olhou para ela com as sobrancelhas erguidas.

“Tudo bem.” Disse, dando-se por vencido, mas se aproximando dela mais uma vez e roubando um beijo rápido. Hermione não pôde evitar se derreter por um instante, antes de se afastar novamente. “Ajuda?” Perguntou ele, apontando para o livro que ela havia deixado cair na mesa pela surpresa. Ela revirou os olhos, mas assentiu, voltando para sua mesa.


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Notas finais do capítulo

Então, o casal está finalmente colocando os pezinhos para fora do armário. Será que isso vai dar certo? Esperamos que sim né?! E o que acham que Ron está pensando? Será que ele fez as conexões certas?
Eu amei demais escrever esse capítulo e toda a pesquisa que eu fiz pra ele ficar bem legal.


Agora, vou fazer uma breve explicação quanto aos animais escolhidos para esse capítulo, senta que lá vem textão:

*Blaise - Tigre negro: "Tigres adultos vivem em grande parte, solitariamente. Eles estabelecem e mantêm territórios. Adultos residentes de ambos os sexos geralmente limitam os seus movimentos ao território, dentro do qual eles satisfazem as suas necessidades e as de seus filhotes em crescimento." Sempre vi o Blaise como alguém teoricamente solitário, que está sempre na dele, mas que vai enfrentar com unhas e dentes aqueles que tentarem se enfiar no seu "território" e apesar da frieza que demonstra, vai sempre zelar por aqueles que ama.
http://1.bp.blogspot.com/-YV3RNVFKWXU/TdQcDw-gIwI/AAAAAAAAB6o/BNN-iUXR5-g/s1600/Tigre_Negro_by_DerFenrir.jpg
*Draco - Coiote: "Seus sentidos são extremamente apurados, especialmente o olfato, a visão e a audição. Na tradição indígena, simboliza a capacidade de ver a si mesmo com distanciamento irônico. O coiote nos ensina como a inteligência e a loucura caminham juntas. Nos erros dos outros podemos ver nossa própria tolice e aprender novas lições. Malícia, artifício, criança interior, adaptabilidade, confiança, humor." Bem, é um pouco como eu enxergo >esse< Draco, que está constantemente tentando se redimir depois da Guerra. Ainda é a mesma pessoa, porém com a capacidade e olhos abertos pra enxergar seus erros e aprender com eles.
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*Daphne - Cisne: "O cisne nos ensina a ser uno com os planos da consciência e confiar na proteção do espírito grande. Ele conduz em tempos de estados alterados de consciência e de desenvolvimento das suas capacidades intuitivas. Graça, leveza, ver o futuro, fidelidade, vida, paz, tranqüilidade, poderes intuitivos e felicidade." Na história da JKR não conhecemos muito sobre a Daphne, mas em minha cabeça, imagino que ela é uma pessoa forte, com um espírito que te passa tranquilidade quanto ao que estar por vir, mesmo que seja uma tempestade sinistra.
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*Meg - Borboleta: "A borboleta nos ensina a perceber todas as etapas necessárias a uma verdadeira transformação, interna ou externa. Ela passa por vários estágios, de ovo para larva, desta para casulo. E finalmente nasce. Com isso, ela nos ensina que os estágios são importantes, indispensáveis, para que não se pule de fase sem a devida atenção ao que está sendo feito." Nessa história, a Meg vem justamente como essa "pessoa" para Draco. Ajuda-o a perceber indiretamente que mudanças acontecem e que devemos aceitá-las.
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*Hermione - Coruja: "Corujas são animais com uma capacidade absurda de audição – elas superam até mesmo os mamíferos. A coruja é simbolicamente associada com clarividência, projeção astral e magia. Ela pode ver o que não vemos, e isso é a essência da verdadeira sabedoria." Hermione e sabedoria praticamente andam juntos, certo? Na minha pesquisa, no momento em que vi essa descrição, achei perfeita para Hermione. Ela está sempre um passo a frente, e consegue enxergar coisas que muitos poucos são capazes. Fora a facilidade em absorver quase tudo à sua volta, né?
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*Harry - Veado: "O veado pede para não sermos amargos na vida. Aprenda e assimile os ensinamentos. Aprenda a viver mais solto e a celebrar a vida com a natureza. Delicadeza, sensitividade, graça, alerta, adaptabilidade, conexão: coração e espírito, gentileza." Em toda a sua vida, Harry teve que aprender e assimilar tudo por si mesmo, do mais destrutivo ao mais feliz. O menino sofreu desde o primeiro ano de idade e ainda assim tem sensibilidade, empatia e foi capaz de mostrar a todos que o amor é extremamente importante e que não devemos guardar sentimentos ruins porque isso só nos destruiria mais e mais. Por isso, quando li a descrição, achei apropriado.
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*Ron - Cão: "A primeira coisa que nos vem à mente ao ver um cachorro é o que ele melhor simboliza: a lealdade." dã! Ron pode ser o que for, cometer os erros que for, mas sempre será leal aos seus amigos e família no fim (mesmo que pra isso precise de um puxão de orelha de vez em quando, pois, temperamento..). É uma das características que gosto no ruivo.
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Referências:
http://www.luzdaserra.com.br/animais-de-poder-conheca-os-significado-de-cada-um-358
https://www.megacurioso.com.br/animais/45464-5-fatos-interessantes-sobre-corujas.htm
https://www.vivernatural.com.br/xamanismo/coiote-animal-poder-simbolo-sabedoria-familia-orientacao-iluminacao/


ESPERO DE CORAÇÃO QUE TENHAM LIDO TUDO POIS PASSEI UMA MADRUGADA INTEIRA PESQUISANDO ISSO NO MEIO DE UMA SEMANA DE PROVAS. Obrigada.

**A playlist foi atualizada, vão lá ouvir hein!
— Via Spotify: https://open.spotify.com/user/k_aris/playlist/5NRpzDgfyG2JLq8XPilQdO
— Via Youtube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLKwupk0S9-0dHE3qVub28XF-mMbsoT5nC

*Se quiserem conversar comigo, só vem: karistiel.tumblr.com*



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