Hold On - Dramione escrita por karistiel


Capítulo 28
Chapter 28: Touch


Notas iniciais do capítulo

Hey galerinha! Tudo bom com vcs? Finalmente posso respirar e gritar: FÉRIAS!!

Passando aqui então, pra deixar um capítulo pra vcs e dizer que estamos chegando à reta final dessa fic e que, se todos quiserem, talvez eu faça uma segunda temporada? eu já tenho várias ideias escritas mas queria saber a opinião de vcs.
É isso, curtam o capítulo, bjks ♥

OBS: Desculpem qualquer erro de gramática.
OBS2: Estou preparando uma playlist bem linda e maravilhosa pra essa fic, fiquem ligados!



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Capítulo 28 - Touch

Draco acordou cedo, embora tenha ido dormir absurdamente tarde. Pela primeira vez em muito tempo, sonhou com a Granger sendo torturada na Mansão Malfoy. Decidindo ignorar qualquer coisa relacionada a ela, ele levantou-se. Ainda era muito cedo para o café da manhã o que queria dizer que com certeza não havia ninguém acordado no castelo além dele mesmo. A oportunidade era muito boa para recusar, por isso, Draco vestiu seu antigo uniforme de quadribol e pegou sua vassoura ao passar por ela em direção à porta. Fazia um bom tempo que não voava e tinha certeza que isso o agradaria e o faria esquecer o pesadelo da noite passada.

Já do lado de fora, depois de agradecer à Merlin o fato de o inverno estar ficando cada vez mais fraco e consequentemente o tempo estar ficando cada vez menos frio, Draco caminhou até o campo de quadribol. O dia já estava claro e o céu parcialmente limpo. No canto leste, logo atrás das grandes torres de Hogwarts, o sol fazia uma aparência tímida. Os raios ainda eram fracos e fazia pouco para esquentar o vento gelado que ainda pairava no campo, mas era promissor.

Draco entrou na sala de equipamentos ao lado do vestiário masculino e pegou a grande maleta com as bolas do jogo. Abriu-a e sentiu os balaços sacudirem-se como loucos, assim como as asas do pomo de ouro bater freneticamente tentando voar para longe, mas sendo impedido pelas amarras. Draco ignorou as outras bolas e desamarrou o pomo, o único que o interessava. A pequena bolinha dourada saiu voando veloz enquanto Draco fechava a caixa. Ele montou na vassoura, deu impulso e saiu em disparada atrás do pomo.

Draco voou alguns minutos, observando o campo atrás do brilho dourado do pomo até o avistar alguns metros à frente. Era muito mais fácil encontrar o pomo quando não havia movimento algum no campo, o contrário do que acontece durante um jogo, onde tem dezenas de movimentos no campo.

Ele inclinou a vassoura com seu peso e disparou atrás do pomo que continuou seu caminho para o lado mais distante do campo. Draco aproximou-se e estendeu a mão mas como sempre acontecia, traiçoeiramente, o pomo mudou de direção fazendo-o perde-lo por centímetros. Draco bufou mas mudou de direção também. Inclinou ainda mais para frente, aumentando a velocidade da vassoura, os cabelos voando sem pudor com o vento forte que a velocidade provocava. Novamente o pomo mudou de direção mas dessa vez Draco estava preparado, fazendo a curva e passando em um voo rasante pela arquibancada lufana, fazendo as decorações voarem feito loucas. Infelizmente, o pomo havia sumido de vista. Draco diminuiu a velocidade e cerrou os olhos contra a luz do sol, procurando mais uma vez pelo pomo. Inesperadamente, o pomo passou voando à sua frente, como se fugisse de alguém invisível que o perseguia; sem perder tempo, Draco voou logo atrás, fazendo mudanças bruscas de direção quando o pomo fazia o mesmo. Numa curva fechada, Draco desviou do aro da direita, estendeu a mão e agarrou o pomo com um som de triunfo.

A pequena bolinha dourada bateu as asas mais algumas vezes antes de fecha-las e aquietar-se na mão de Draco.

Aplausos vindos da entrada do campo quase fizeram Draco cair da vassoura. Ele olhou assustado e soltou um suspiro de alívio ao ver que era apenas Meg. A Meg que ele não falava havia meses, desde a festa no Salão Comunal da Sonserina.

Ele sacudiu-se pra fora de sua mente e aterrissou a vassoura próximo à garota que o aguardava, fazendo o caminho restante a pé com a vassoura em uma mão e o pomo seguramente na outra.

“Você sabe que pode ficar bem encrencado se alguém te ver com esses materiais, não sabe?” Meg perguntou quando ele parou em frente à ela. “Só quem faz parte do time pode usá-lo...” ela continuou calmamente mas parou ao ouvir ele bufar e virar-se.

Draco caminhou em direção à caixa deixada no chão e abriu-a, colocando o pomo de ouro de volta no lugar. Resmungando, Draco guardou de volta a caixa na sala de equipamentos.

“Sim, eu sei, Meg.” Ele respondeu amargo.

“Não precisa ficar bravo, foi apenas um comentário.” A garota respondeu.

Draco suspirou e virou-se pra ela. Ela já estava vestida com o uniforme e os cabelos molhados indicava que havia acabado de sair do banho.

“O que faz aqui?” perguntou depois de um tempo de silêncio. Meg deu de ombros.

“Eu vi você deixando o salão comunal com a vassoura na mão, mas não o vi voltando.” Ela apontou para o relógio. “Você está atrasado 20 minutos para o café da manhã, achei que gostaria de saber.” Ela sorriu ao ver o olhar de espanto do loiro.

“Obrigada por... me deixar saber.” Ele respondeu, sem ter certeza de como realmente responder aquilo. Meg riu e começou a fazer o caminho de volta para o castelo com Draco em seu encalço.

“Então,” Meg começou, tentando puxar conversa. “o que fazia fora da cama tão cedo?”

“Precisava acalmar meus pensamentos.” Respondeu sinceramente. Meg assentiu como se entendesse.

“Você tem estado...” ela parou como se estivesse procurando uma palavra certa para o que pensava. “distante.” Concluiu.

Draco suspirou e deu de ombros. Não sabia realmente como explicar tudo o que vinha acontecendo com ele nos últimos meses. Não sabia nem por onde começar. Os dois continuaram em silêncio até chegarem à entrada do salão comunal sonserino e Draco perceber que Meg não se despediu e foi para o café. Ele deu de ombros de novo e entrou, fazendo o caminho direto para o quarto e depois para o banheiro. Muitos minutos depois, ele saiu vestido com o uniforme limpo e fresco e a mochila nas costas. Meg estava sentada no sofá da sala observando as próprias unhas.

“Vamos?” perguntou Draco meio hesitante. Não tinha certeza se ela estava o esperando ou apenas queria ficar ali. Mas ela levantou os olhos e sorriu assentindo.

Os dois saíram juntos do salão comunal em direção ao Grande Salão. Os corredores estavam cheios de alunos agora, sendo tarde e quase horário das aulas. Draco e Meg andaram lado a lado até a mesa da Sonserina. Blaise foi o primeiro a ver o casal e olhou para os dois, surpreso. Theo foi o próximo a ver e sorriu sabido para o amigo. Draco apenas ignorou quando o resto fez o mesmo. Os dois sentaram lado a lado na mesa e Blaise foi o primeiro a se pronunciar.

“Perdeu a hora, Draco?” perguntou calmamente.

“Sim?” respondeu Draco, embora tivesse soado como uma pergunta. Theo riu alto.

“Esse é meu garoto.” Comentou Theo olhando entre Draco e Meg.

Draco bufou. Às vezes Theo era um idiota. O “às vezes” sendo a maioria das vezes. Ele olhou pra Meg e viu-a sorrir, parecendo não se importar nem um pouco com a insinuação. Pela milésima vez naquela manhã, ele deu de ombros e sorriu para Theo. Blaise ainda parecia um pouco atordoado ao seu lado mas Draco o ignorou.

O restante do café da manhã, o que eram pelo menos 10 minutos, passou entre Draco e Theo discutindo sobre coisas banais enquanto Meg conversava com Daphne e Astoria.

Ao som do sinal indicando o início das aulas da manhã, todos começaram a abandonar as mesas do Salão Principal em direção aos corredores. Draco foi o primeiro a levantar e começar a fazer o caminho de saída com Blaise e Theo logo em seu encalço. Os dois conversavam animadamente sobre o jogo que aconteceria no próximo fim de semana, assim como o passeio à Hogsmeade. Como monitor, ele e os outros teriam que, mais uma vez, obrigatoriamente comparecer aos dois eventos. Com raiva, Draco apressou o passo em direção ao quinto andar onde teria aula de Estudo dos Trouxas. Qualquer um que o visse, diria que seu descontentamento seria por causa da aula em si, mas ele não poderia estar dando menos importância a tal aula no momento.

Mergulhado em pensamentos, não viu a pessoa que vinha em sua direção igualmente distraída. Os dois foram de encontro ao outro pouco antes de entrarem na sala de aula e quase caíram com a força do impacto, mas seguraram-se um ao outro. Draco estava preparado para dizer poucas e boas para seja lá quem fosse, mas no momento em que abaixou o olhar, seus olhos encontraram os castanhos que tanto lhe assombrava os pensamentos.

Hermione afastou-se como se tivesse sido queimada. Envergonhada, murmurou uma desculpa e entrou na sala de aula. Blaise, que vinha logo atrás com Theo, apenas ergueu uma sobrancelha para Draco que ainda permanecia parado como se tivesse visto um fantasma.

Xx

Hermione respirou fundo ao olhar seu reflexo no espelho do banheiro. Era ridículo e clichê o fato de ainda sentir o toque fantasma das mãos de Draco durante aqueles míseros segundos na porta da aula de Estudo dos Trouxas. Hermione tinha certeza de que estava ficando louca.

Virando de costas para o espelho, jogou a mochila no ombro e começou a fazer o caminho para a aula de Transfiguração, uma de suas favoritas. Ao chegar ao corredor do primeiro andar, viu os cabelos familiares de seus amigos e aumentou o passo para acompanhá-los. Ron sorriu ao vê-la, assim como Harry, mas Ginny a olhava avaliativamente. O ruivo passou um braço pelos seus ombros e a incluiu na conversa. Os quatro andaram calmamente até a próxima aula.

Ao final da aula, os casais se separaram e partiram em direções diferentes. Ginny e Harry queriam ficar a sós, pois havia tempo que não conseguiam. Ron olhou esquisito para eles, mas, felizmente, não fez nenhum comentário. Ela e o ruivo fizeram o caminho em direção ao Grande Salão para almoçarem e depois passarem um tempo juntos também. Hermione tinha que admitir que a companhia de Ron era sempre uma coisa boa. Os dois sentaram-se à mesa da Grifinória e serviram-se, logo depois, outros grifinórios juntaram-se a eles e formou-se uma conversa leve e divertida. Hermione sentia falta dessa normalidade que estava sempre presente durante às refeições. Nos períodos logo após à Guerra, era tudo muito difícil, uma aura de pesar e culpa por estarem vivos naquele momento enquanto muitos outros não estavam, pairava no ar, assim como iniciar qualquer conversa era desconfortável, ninguém nunca sabia o que dizer. Mas agora, depois de quase um ano, as pessoas começavam a voltar a ser elas mesmas, de fazerem piadas, de sorrirem facilmente. Olhando o grupo gargalhando à sua volta, Hermione sorriu o sorriso mais sincero que havia sorrido nos últimos meses. Nada havia sido em vão.

Xx

Ao voltar para o quarto, a primeira coisa que Hermione viu foi o diário de Mary Anne jogado em cima de sua cama. Não querendo estragar o bom humor que estava sentindo, apenas pegou o material que precisava e saiu do quarto em direção à biblioteca, onde havia combinado de estudar com Ron.

O ruivo já estava sentado em uma mesa quando a castanha entrou. Tinha vários pedaços de pergaminhos espalhados à sua frente, um tinteiro todo manchado sentado à poucos centímetros da beira da mesa, sendo preciso apenas uma esbarrada do braço desgovernado de Ron para derrubá-lo no chão. Aquela cena inteira era tão Ron que apenas aumentou o bom humor de Hermione. Sorrindo, ela se aproximou da mesa e tirou o tinteiro da área de risco enquanto dava a volta na mesa e sentava na cadeira ao lado de Ron.

“Hey.” Ela cumprimentou, chamando a atenção do ruivo para si. Ele sorriu e inclinou-se para um beijo.

“Eu chamei Harry para estudar conosco, tem problema?” ele perguntou logo depois que se separaram. Hermione sorriu e balançou a cabeça. Claro que não, ela sentia falta do trio que eles sempre foram durante os últimos anos. Seria bom estar na companhia deles.

Hermione começou a arrumar metodicamente suas coisas na mesa em meio à bagunça de Ron quando Harry chegou. Ele os cumprimentou e sentou, fazendo o mesmo.

“Mione, me empresta suas anotações de DCAT?” pediu Harry. Hermione olhou incrédula para o amigo.

“Harry, não acredito que ainda não tenha feito esse trabalho. Foi passado há mais de uma semana!” exasperou-se.

Harry parecia envergonhado enquanto Ron sorria orgulhoso de orelha a orelha.

“Eu meio que... comecei e... não terminei?” o moreno disse, coçando a cabeça sem jeito.

Hermione balançou a cabeça desacreditada, mas juntou todas suas anotações sobre o assunto enquanto resmungava baixinho sobre melhores amigos irresponsáveis.

Após isso, os três estudaram durante horas, com Hermione explicando algo ali ou aqui, como nos velhos tempos.


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Notas finais do capítulo

Vamos ao preview's time?????

"Que nome dar para o que sentia? Atração? Desejo? Paixão? Amor? Medo? Ele não fazia ideia. Depois de anos apenas sentindo ódio e desprezo por tudo e todos, Draco não sabia como sentir outras coisas, como nomeá-las. Não se podia apagar, de um dia para o outro, o aprendizado de uma vida inteira. O aprendizado de um Malfoy."



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