Hold On - Dramione escrita por karistiel


Capítulo 26
Chapter 26: I'm not


Notas iniciais do capítulo

Meu deus, quanto tempo não? Pois é, minha vida está uma loucura, tô procurando tempo e inspiração até pra dormir. Só queria que vocês soubessem que eu não abandonei, ainda estou aqui, firme e forte, tentando arranjar tempo e cabeça no meio da vida agitada de universitário porque universitário nasceu pra sofrer minha gente, tenho certeza que isso deve tá escrito até na Bíblia.
Enfim, aproveitem o capítulo pois eu gostei bastante de escreve-lo!!!! Não me deixem, pois não deixarei vocês, combinado?

Aos maravilhosos que favoritaram, recomendaram, comentaram ou chegaram agora: sejam bem-vindos e muito obrigada! Não tem coisa mais gratificante do que ler o tanto que vocês gostaram!!!!



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Capítulo 26 - I'm not

Nos dias seguidos ao acontecido, Hermione sentia-se a ponto de explodir. Todas as pessoas que a conheciam não a deixariam sozinha por nenhum segundo sequer, principalmente Ron. Os que não a conheciam muitas vezes soltavam palavras ofensivas a cada vez que a castanha passava perto.

O ponto de ruptura da paciência de Hermione foi o momento em que Ron instruiu Ginny a observá-la sempre que entrasse no banheiro feminino.

“Ron, isso é ridículo!” gritou Hermione. Os dois estavam na frente do banheiro feminino do sexto andar, onde Hermione havia acabado de ter aula de Runas Antigas. Todos os alunos que haviam saído há pouco da sala de aula estavam caminhando devagar pelo corredor tentando pegar algum pedaço da conversa. Hermione ignorou-os em prol de olhar desacreditada para o ruivo à sua frente.

“Mione, você precisa entender que não é seguro você entrar aí sozinha.” Ron disse calmamente como se estivesse explicando algo obvio para uma criança de 8 anos.

Hermione bufou exasperada.

“Tudo bem, isso acaba aqui. Eu vou andar sozinha por aquele corredor e você não virá atrás de mim.” Ela virou-se. “Eu tenho uma varinha e caso você tenha batido a cabeça muito forte e tenha se esquecido das coisas, eu sei usá-la muito mais do que bem.”

Ron soltou um suspiro irritado, mas não fez nenhum movimento para segui-la. Suspirando aliviada, Hermione desceu as escadas pouco antes de ela movimentar-se e leva-la para o lado oposto da onde queria ir.

Hermione soltou o ar que estava segurando ao perceber que tinha conseguido ao menos uns minutos de solidão. Andou sem rumo por um dos corredores do sétimo andar, passando direto pela Sala Precisa sem ao menos notar, os pensamentos bem longe dali, mais precisamente nas masmorras, onde ficava o salão comunal da Sonserina.

Era quase impossível não pensar nele. Era quase impossível não pensar no olhar ferido que o loiro lançou em sua direção da ultima vez que se viram, dias atrás. Hermione sentia-se tão confusa e sem saber o que fazer.

“Senhor, acho que vou enlouquecer!” murmurou para si mesma.

Dando-se conta pela primeira vez o caminho que fazia, percebeu que estava a poucos metros da Torre de Astronomia. Determinada, começou a caminhar a passos largos até a escadaria. Do pé da escada era possível sentir o vento frio que vinha da torre e Hermione apertou a capa mais forte ao seu redor.

Com o coração batendo forte, subiu os degraus lentamente. Não sabia se o encontraria lá em cima, ou se de fato queria encontra-lo. Ao chegar no topo, tudo o que viu fora a torre vazia e a bela vista que ela proporcionava. Hermione tinha certeza que o sentimento transmitido em seu rosto era de decepção.

Ela respirou fundo o ar gelado, deixando o ar entrar nos pulmões e acalmar seus nervos. Ao ouvir passos seu coração voltou a bater ainda mais rápido. Só havia uma pessoa que frequentava aquele local além dela. Quando a pessoa chegou ao topo da escada e em seu campo de visão, Hermione sentiu a decepção formando em seu rosto mais uma vez ao ver Ginny.

A castanha desviou o olhar da amiga e voltou a olhar a paisagem lá fora.

“Eu soube que explodiu com o Ron.” A ruiva começou depois de algum tempo de silêncio. Hermione assentiu.

Limpando a garganta Hermione voltou o olhar para a amiga. “Como me achou aqui?” suspirou. Não tinha presença de espírito para fingir nada no momento, principalmente pra’aquela que chamava de melhor amiga.

Ginny sorriu. “Eu sei que você vem aqui quando quer ficar sozinha.” Hermione assentiu mais uma vez. Ginny se aproximou da castanha e as duas sentaram no chão da torre uma ao lado da outra. “Você sabe, Ron só tá preocupado com você.”

Hermione respirou fundo, deixando o silêncio cair entre as duas por alguns momentos antes de falar alguma coisa. “Eu sei.” Disse ela, virando o olhar para a amiga. “Eu só precisava de espaço.”

“Eu sei disso também, e sei que meu irmão pode ser bem sufocante quando quer.” A ruiva suspirou. “Mas eu sinto que tem algo mais.” Ginny falou suavemente.

Hermione permaneceu em silêncio, perdida em pensamentos. Dessa vez, não conseguia olhar para Ginny quando achou palavras para o que queria dizer. “Eu acho que não sinto o mesmo pelo Ron do que sentia há meses atrás.” Hermione hesitou antes de continuar, mas seguiu em frente. “Acho que eu esperava demais. Eu esperava faíscas, fogos, explosões, uma necessidade de estar sempre junto; mas eu não me sinto assim.” Hermione riu sem humor. “Achei que nosso primeiro beijo que não fosse durante uma situação de perigo fosse ser incrível, ao invés, tudo o que eu consegui foi um beijo com gosto de álcool de um Ron bêbado.” Hermione sugou em uma respiração trêmula e Ginny suspirou.

“Meu irmão sabe mesmo como manter a paixão acesa.” Ginny balançou a cabeça sorrindo. Hermione deu uma risada fraca. As duas ficaram em silêncio durante um tempo, até Hermione olhar para a amiga tristemente. “Eu tenho tanto medo de magoa-lo, Ginny.” Confessou com a voz apertada. Seu coração bateu ainda mais rápido ao ver o olhar de entendimento da amiga. Como ela poderia entender algo que nem a própria Hermione conseguia?

“Eu acho que vocês deviam conversar" começou Ginny, "e que você devia dizer tudo o que você disse aqui, pra ele”.

“Eu sei, eu só não sei como.” A castanha deitou a cabeça no ombro da ruiva, apertando ainda mais a capa em volta de si para impedir o frio.

“É só ir direto ao ponto, tenho certeza que vai ser mais fácil desse jeito. Meu irmão pode ser bastante raso quando quer.”

Hermione assentiu lentamente.

“Acho melhor irmos andando ou vamos nos atrasar, além disso, os meninos devem estar pirando sem conseguir encontrar a gente.” A ruiva levantou, oferecendo a mão para ajudar Hermione a levantar. A castanha riu e balançou a cabeça. Ginny com certeza tinha razão, conhecendo bem os dois garotos como elas conheciam, em alguma parte do resto da tarde haveria um sermão.

As duas caminharam juntas até a próxima aula.

Xx

Hermione voltou para o dormitório, sem duvidas cansada. Como esperado, houve um sermão de Ron e um aceno concordando de Harry e nada mais.

Jogou a mochila no sofá e se jogou no mesmo; estava cansada demais para sequer chegar ao quarto. Tirou os sapatos e se esticou no sofá, deitando confortavelmente nas almofadas e sentindo o calor da lareira aquecer sua pele fria.

Uma voz de dar arrepios gritou próxima ao seu ouvido: Como você entrou no meu cofre? De repente dor, um grito agudo - o seu próprio, percebeu-, e escuridão.

Hermione acordou arfando, o coração batendo como louco. Passou a mão no rosto, sentindo o rosto molhado de lágrimas e parou para respirar fundo. É só um pesadelo, pensou consigo mesma, Nada pra se preocupar, você está segura e está bem. A mão da castanha pressionou contra a cicatriz no braço esquerdo, fazendo-a lembrar de que o pesadelo tinha sido real em algum momento.

O cômodo mal iluminado apenas pela luz da lareira já quase apagada parecia opressor. Hermione colocou os sapatos e fez o caminho até a porta do dormitório. Abriu a porta e deixou o ar gelado do corredor a engolfar.

Xx

Draco não conseguia dormir. Não conseguia comer. Não conseguia manter uma conversa sem querer estuporar o outro. O único que conseguia sentar-se ao lado de Draco e ignorar seu mau humor constante era Blaise. Até mesmo Theo havia se afastado. O amigo quase não falava mais com Draco, provavelmente cansado de tanto ser destratado.

As tochas do salão comunal estavam bem fracas deixando tudo bastante duvidoso para a visão. Tudo fazia sombra e parecia observar Draco enquanto ele sentava miseravelmente no sofá e tentava desligar sua mente.

A sombra mais distante do salão parecia bastante julgadora, na opinião de Draco. O loiro suspirou; definitivamente precisava dormir. Ou fumar. Decidiu que o ultimo era o que estava alcançável no momento. Levantou-se lentamente do sofá e saiu pela porta secreta do salão comunal sonserino.

Caminhou com passos firmes e rápidos até a Torre de Astronomia. Já era bem tarde, mas não queria correr o risco de encontrar Filch ou um dos professores pelo caminho.

Como sempre, o ar frio de inverno era bem vindo ao chegar na torre. Puxou um cigarro do maço e acendeu. O primeiro trago era sempre o mais calmante. Draco suspirou e relaxou os ombros, apoiando os cotovelos na grade da torre e olhando as árvores da Floresta Proibida cobertas com o começo do que poderia ser uma nevasca.

Infelizmente, a paz momentânea era apenas isso: momentânea. Tudo o que Blaise havia dito nos últimos dias continuavam insistentes em sua mente. Nada era fácil para um Malfoy. Além do mais, ele não estava apaixonado. Isso era presunção absurda e idiota. Ele só estava confuso, afinal, sua vida no momento estava bastante confusa.

Draco ouviu os passos, um pouco tarde demais, e virou-se somente para dar de cara com a única pessoa que dominava seus pensamentos recentemente. Eles se olharam por alguns segundos, congelados. Draco foi quem quebrou o momento, apagou o cigarro no peitoril e caminhou em direção à escada. Seu coração batia acelerado quando passou pela castanha e deixou-a sozinha na Torre de Astronomia.

Ele não estava apaixonado por Hermione Granger.


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Notas finais do capítulo

Desculpem de teve algum erro e até loguinho!!!!!!!!!!!!!!



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