Hold On - Dramione escrita por karistiel


Capítulo 15
Chapter 15: Truce


Notas iniciais do capítulo

Hello babies!! Finalmente aqui está o capítulo, espero que gostem.
Não me matem pela demora das postagens, estou tendo muitos bloqueios criativos e zero inspiração :(



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Capítulo 15 - Truce

Hermione voltou correndo para seu dormitório. Tinha dado para seus amigos a desculpa de que não estava se sentindo bem e ia para a Ala Hospitalar. Hermione foi até Madame Pomfrey e depois de lançar um confundus na mulher - algo que ela não apreciou mas achou necessário - conseguiu sair de lá com um frasco de Poção Repositora de Sangue.

Quando entrou em seu quarto, tudo estava silencioso, Malfoy provavelmente tinha dormido de novo. Hermione se aproximou da cama e avaliou os machucados. Os do rosto eram meras linhas finas e rosadas. O do ombro ainda parecia muito ruim mas melhor do que na noite passada. Os roxos estavam ainda mais escuros, Hermione contou dois no rosto - um na bochecha, outro no olho - e uma mancha única e disforme no abdômen.

Quem quer que tenha feito isso com Malfoy, fez um bom trabalho, levando o garoto à quase morte. Se Hermione não tivesse o encontrado ele provavelmente estaria morto. Um arrepio passou por seu corpo com esse pensamento e ela se assustou. Ela definitivamente não queria Malfoy morto.

Ele se mexeu na cama, chamando a atenção de Hermione e obrigando-a a sair de seus pensamentos. Ela se aproximou e puxou a cadeira para sentar ao lado da cama.

"Malfoy?" ela chamou. Ele se mexeu mas não acordou. "Eu sei que quer dormir mas precisa acordar e tomar isso aqui."

Ele não parecia estar ouvindo e não parecia que iria acordar. Hermione reparou com alarme que sua respiração estava cada vez mais fraca.

"Malfoy!" ela voltou a chamar assustada. "Por favor, acorde!" não surtiu nenhum efeito. Desesperada, ela levantou-se da cadeira que estava sentada e sacudiu-o. "Droga Malfoy, acorda, seu bastardo!" ela mandou. Estava cada segundo mais apavorada. Sua respiração estava extremamente acelerada em contraste com a dele.

Em último recurso, Hermione desenroscou a tampa do frasco da poção e abriu a boca de Malfoy para derramar todo o líquido dentro. Ela esperou ansiosamente ele engolir a poção e ter alguma reação. Ele tossiu um pouco mas continuou adormecido. Um longo tempo depois, a respiração do loiro ficou um pouco mais forte e seu peito subia e descia com mais avidez. Seu rosto também havia adquirido um tom mais róseo.

Suspirando de alívio, Hermione jogou a cabeça entre as mãos e gemeu quando ouviu o sinal tocar. Ela tinha que ir para a aula ou alguém desconfiaria se ela e Malfoy estivessem desaparecidos.

Quando ela entrou na sala de aula de Feitiços, ouviu um burburinho incomum. Sentando-se ao lado de seus amigos ela questionou o motivo.

"Encontraram uma mancha de sangue no chão do corredor do sexto andar." Ron disse em tom conspiratório.

Hermione não podia evitar mas arregalou os olhos assustada. Como ela tinha sido tão burra? Felizmente seus amigos interpretaram a sua surpresa de outra forma.

"Eu sei, isso é muito bizarro, uma mancha de sangue e ninguém sangrando." Ron continuou.

"Talvez a pessoa que estava sangrando tenha conseguido ir até a Ala Hospitalar." Harry ponderou e olhou para Hermione. "Você viu alguém na Ala Hospitalar, Mione?" ele perguntou.

Hermione abriu a boca e fechou várias vezes até finalmente conseguir falar alguma coisa coerente. Era uma mentirosa horrível e os dois homens ao seu lado sabiam disso. 

"Não." disse simplesmente. Felizmente os dois estavam mais interessados em saber qualquer pedaço daquele mistério do que na estranheza da castanha.

Harry e Ron trocaram um olhar desapontado. Professor Flitwick entrou em seguida pedindo silêncio e o burburinho chegou ao fim. Hermione não conseguiu se concentrar na aula de feitiços. Preocupação transbordava por todos seus poros e o único pensamento que ela teve durante as últimas horas era como Malfoy estava e se estava vivo.

Quando as aulas da manhã acabaram, Hermione tentou se esquivar de seus amigos e voltar para seu dormitório mas eles não permitiram. Um de cada lado, praticamente arrastaram-a até a mesa da Grifinória no Salão Principal.

"Mione, você precisa comer." decretou Ron e Hermione bufou.

"Eu posso muito bem fazer isso no meu próprio quarto enquanto adianto alguns trabalhos." ela retrucou.

"Sabemos que se você começar a estudar não vai comer, então senta essa bunda aí e enche esse prato." essa era Ginny, que Hermione não soube dizer em qual momento da discussão ela havia chegado.

"Tudo bem." suspirou derrotada.

Com rapidez, Hermione encheu seu prato e em seguida esvaziou-o. Ela diria que até Ron tinha ficado impressionado com suas capacidades.

"Vou indo." ela avisou já levantando e jogando a mochila em cima dos ombros, sem dar tempo para alguém impedi-la.

Apressando os passos, Hermione praticamente fez uma corrida até o quinto andar, parando somente ao dar de cara com a Medusa. Fazia alguns dias que a mulher de cabelos de cobra havia parado de implicar com a castanha, agora, somente a olhava com um olhar de tédio. Dizendo a senha, rapidamente entrou no dormitório, jogando a mochila em cima do sofá.

Ao abrir a porta do quarto, Hermione ouviu primeiramente um resmungo irritado. Em seguida, avistou Malfoy sentado em sua cama com um caderno nas mãos.

"Malfoy?" ela chamou da porta. O loiro sobressaltou e olhou para ela.

"Granger." ele suspirou em reconhecimento.

"Como se sente?" ela perguntou se aproximando e sentando na cadeira que ainda estava ao lado da cama.

"Melhor." respondeu sem emoção.

"Isso é bom, mas você provavelmente vai precisar de mais uma dose da poção." comentou.

Um silêncio estranho caiu sobre os dois e finalmente Hermione olhou para o caderno que Draco segurava.

"O que está fazendo com isso?" ela perguntou com curiosidade.

"Tentando ler e descobrir alguma coisa, mas aparentemente não sou capaz de entender o que está escrito." ele suspirou. Ainda estava pálido mas os roxos de seu rosto havia sumido e Hermione tinha certeza que os do abdômen também; a castanha viu a varinha do loiro ao lado dele na cama e soube na hora que ele havia enfeitiçado os machucados.

"Gostaria de entender por que eu consigo ler e você não." ela divagou. "Mas o que você queria descobrir?" ela perguntou curiosa.

"Eu estive procurando pela família Giordano na biblioteca e achei umas coisas interessantes." ele deu de ombros fingindo desinteresse.

"E que coisas seriam essas?"

Malfoy contou toda a história da família Giordano à ela. O que dizia no livro que leu e o pouco que ele próprio sabia.

"Você sabe o que foi a Guerra Bruxa Italiana não sabe?" ele perguntou mais por perguntar. Havia alguma coisa que Hermione Granger não soubesse?

"Claro. Foi uma época horrível para nós bruxos." ela fez uma careta. "Mas eu não entendo." sua testa enrugou enquanto pensava. "Não acredito que Mary Anne fosse do tipo que mataria sua família por não querer se casar. Eu pensaria em algo como fugir, mas matar? Não. E segundo suas próprias palavras, ela e esse tal de Amon Cavali eram amigos."

"Bom, Granger, só há um jeito de descobrirmos, leia o diário." ele ofereceu o diário para ela.

Ela puxou o caderno velho e de folhas levemente amareladas de sua mão e abriu. Observando as datas e passando rapidamente os olhos pela escrita, Hermione encontrou algo que chamou sua atenção.

"Acho que encontrei algo." ela murmurou para Draco. "Querido diário, estou de volta em casa e infelizmente, para mim, ano que vem não voltarei a Beauxbeatons. Como você bem sabe, este foi meu último e melhor ano. Nem mesmo Katherine foi capaz de estragar meu ano como tinha feito nos anteriores. Mas eu não quero falar sobre o fim da escola pois me deixa triste e nostálgica. Nessas férias de verão, papai e mamãe irão nos levar em uma viajem pela Europa. Eu queria que Amon viesse comigo mas ele estará passando um tempo a mais na Bulgária para um estágio. Fico feliz que ele tenha conseguido algo que ele tanto queria.
Mas voltando às férias de verão, nossa primeira parada é a Irlanda e logo depois Inglaterra. Eu sempre quis conhecer a Inglaterra, então acho que vou ficar bastante feliz quando estiver lá. Mamãe está chamando para sairmos e eu preciso terminar de arrumar as malas. Até mais, Mary Anne
.”

"Em que ano foi isso?" Draco perguntou.

"1975. Parece que ela e Amon ainda eram amigos."

"Continue a ler, Granger." ele ordenou. Hermione bufou irritada mas fez o que lhe foi pedido.

Querido diário, finalmente estamos na Inglaterra. Aqui é incrível como eu sempre havia imaginado. Ontem, eu e Katherine fomos à uma praça em Liverpool escondidas. Nós havíamos passado por ela e tivemos vontade de conhecê-la mas papai e mamãe não deixaram. Nós esperamos os dois dormirem e aparatei com Kath. Ela ficou temerosa de vir comigo, tendo eu acabado de passar no teste de aparatação mas no fim deu tudo certo. A melhor notícia da noite foi que eu conheci alguém. Um garoto, o nome dele era John. Ele disse que morava ali perto da praça mas conversamos pouco, disse-me para voltar na noite do dia seguinte que ele estaria lá. Acho que eu também estarei. Preciso me arrumar para o almoço. Até mais, Mary Anne.”

"Quem é esse John?" Draco perguntou de repente, despertando Hermione de seus pensamentos.

"Meu pai se chama John." ela afirmou fracamente. Sua cabeça era um turbilhão de pensamentos e possibilidades.

"Pode ser apenas uma coincidência." o loiro afirmou categoricamente.

"Sim, é possível." ela suspirou. "Até porque isso nem faz muito sentido."

Hermione novamente virou-se para o caderno em suas mãos e retomou a leitura.

Querido diário, você acredita em amor a primeira vista? Eu não acreditava, mas talvez acredite agora. Faz uma semana que estamos na Inglaterra e seis dias que saio todas as noites para encontrar com John. Sinto que estou apaixonada. Mas há um enorme problema: ele é trouxa. Desconhece magia e qualquer coisa relacionada. Outro enorme problema: minha família. Em que hipótese iriam aceitar um trouxa pra manchar nossa linhagem completamente pura? Estava fora de cogitação. Além do mais, irei embora em mais algumas semanas. O que farei? Sinto vontade de chorar somente de pensar em deixa-lo para trás. Doce Morgana, dê-me uma luz! Até mais, Mary Anne.

Nenhum dos dois falou nada durante intermináveis segundos. Hermione piscou, voltando sua atenção ao presente e fechou calmamente o diário em suas mãos. Depois virou-se para Malfoy e olhou fixamente para o loiro - ainda sem camisa - sentado confortavelmente em sua cama.

"Malfoy?" ela chamou. Ele olhou para ela instigando-a a continuar. "Quem fez isso com você?" perguntou suavemente.

Malfoy suspirou, aparentemente ela insistiria nisso até saber o que tinha acontecido.

"McLaggen e seus amigos." ele murmurou.

Por incrível que pareça, Hermione não se impressionou com sua revelação. Talvez ela já esperasse isso.

"Eles sabiam que tínhamos ronda ontem à noite. Eles queriam pegar nós dois, Granger. Por sorte, só encontraram a mim." Ele desviou o olhar para a janela a qual tinha as cortinas abertas. "Eram quatro, me encurralaram no corredor e os covardes nem sequer usaram suas varinhas. A não ser por esse maldito corte no meu ombro." ele cuspiu com raiva. "Eles teriam me matado se não tivessem ouvido passos no corredor."

"Mas eles deviam saber que era eu." ele negou com a cabeça.

"Eles perguntaram por você, eu disse que estava patrulhando sozinho, eles devem ter achado que era algum professor."

"Isso é um absurdo." Hermione lamentou. "Eles são uns animais, isso é o que eles são." ela exasperou-se. "Você tem que denunciá-los, Malfoy."

"Não farei isso." ele afirmou convicto. Seu tom de voz não deixava espaço para discussão; para a maioria das outras pessoas.

"Por que não?" Hermione perguntou indignada.

"Não preciso desse tipo de exposição agora, além do mais ninguém acreditaria em alguém que carrega a Marca Negra no braço."

"Eu acredito." ela afirmou de volta. "Você precisa se dar mais crédito, Malfoy. Muitas pessoas já nem lembram do que aconteceu naquele tempo."

"Mas eu lembro, Granger e você também. Eu consigo ver isso. A forma como você está sempre alerta, olhando para todos os lados, parecendo esperar um ataque a cada segundo. Nós fomos afetados pela guerra de formas que ninguém entende. Eu perdi muitas coisas, assim como você perdeu pessoas que amava. Não é tão fácil assim pra nós simplesmente… esquecer."

"Não, não é." ela respondeu com a voz embargada.

"Ninguém sabe sobre seus pais não é?" ele perguntou retoricamente mas ela assentiu. "Por que?"

"Porque eles já tem suas próprias dores e seria terrível acrescentar mais um peso neles." ela deu de ombros e desviou os olhos para esconder as lágrimas teimosas.

"Eles são seus amigos, Granger. Eles estão lá pra te ouvir. Você sabe, não é saudável tentar ser forte o tempo todo."

"Por que eu deveria te ouvir?" ela perguntou com raiva. Mas aquilo era só um mecanismo de defesa que tinha contra ele. Ultimamente, Draco Malfoy detinha o poder de desarma-la completamente.

"Porque eu sou a voz da sabedoria." ele brandiu com uma voz grossa ridícula. Havia sentido o tom pesado que a conversa tomara e queria fazer de tudo para mudar aquilo enquanto podia. Odiava vê-la assim tão vulnerável, isso só trazia o episódio da Mansão Malfoy á sua cabeça novamente. 

Quando Hermione desatou numa gargalhada estrondosa e teve que respirar fundo para recuperar o fôlego, Draco quase se permitiu sorrir ao ver que seu objetivo havia sido alcançado. 

"Olhe só pra nós, quem poderia imaginar?" Hermione comentou depois de sua respiração voltar ao normal.

"É." o loiro confirmou. "Que tal uma trégua?" Malfoy sugeriu.

"Por mim, feito." a castanha assentiu.

Os dois sorriram. Hermione olhou em seu relógio de pulso e deu um pulo da cadeira.

"Droga, estou atrasada pra aula de Defesa Contra a Arte das Trevas. Até mais, Malfoy."

Dizendo isso, Hermione correu porta afora em direção ao 3º andar.

No jantar daquela noite, Hermione percebeu uma movimentação na mesa da Sonserina. Ela só podia imaginar o que era. Malfoy tinha sumido por um dia inteiro. Com uma olhada para o fim da mesa da Grifinória ela observou com cuidado o culpado de seu sumiço. Cormaco McLaggen tinha uma expressão satisfeita no rosto enquanto observava o mesmo lugar que ela observara a poucos minutos. Ela balançou a cabeça para reprimir a raiva e tentou comer alguma coisa mas seu estômago estava embrulhado. Aquilo era uma injustiça tão grande. 

"Vamos a Hogsmeade este fim de semana?" ela ouviu vagamente Ginny perguntar a Harry.

"Claro, amor." ele respondeu sorridente. "Hermione, Ron?" ele perguntou.

"Vamos todos." Hermione assentiu. Talvez tudo o que ela precisasse era de uma distração. Uma distração de Malfoy e de seus pais.

Ele a tinha feito pensar bastante sobre isso. Embora fosse mais fácil de lidar agora, ainda doía absurdamente pensar neles. Eles haviam sido mortos por sabe Merlin quem e pelos motivos mais hediondos do mundo. Tudo por eles serem pessoas comuns.

Quando ela chegou em seu quarto após o jantar, tudo estava quieto e silencioso. Ela acendeu as tochas com a varinha somente para encontrar nada. Sua cama estava arrumada e os lençóis estavam incrivelmente limpos. O único sinal de que Malfoy estivera por ali era a pequena nota em um pergaminho rasgado em cima da sua escrivaninha. Em uma caligrafia impecável, apenas uma palavra.

Obrigado.

(…)

Meia hora após o início do jantar, Malfoy decidiu ir embora. Ele sabia que naquele horário não haveria ninguém nos corredores e por isso ele poderia caminhar livremente até as masmorras e em seguida até seu quarto. E amanhã ele podia sofrer as consequências de ter passado um dia inteiro sumido.

Ele levantou-se da cama e buscando a varinha de cima da cama, ele limpou os lençóis e sua camisa. Em seguida ele arrumou tudo o que havia bagunçado e vestiu a camisa agora limpa.

Quando estava prestes a sair do quarto, ele voltou. Procurou nas gavetas da escrivaninha um pergaminho e uma pena. Num pedaço de pergaminho rasgado, ele escreveu apenas uma palavra e saiu. Agora sim, pensou.

Ele andou devagar pelos corredores, ainda sentindo as dores da surra da noite passada. Apoiando-se nas paredes de pedra, ele enfim chegou às masmorras. Sussurrando a senha, ele entrou no Salão Comunal da Sonserina. Estava tudo quieto como ele esperava e ele se permitiu relaxar ao ir direto para as escadas do dormitório.

"Onde é que você esteve?" Perguntou uma voz mau humorada de algum canto da sala. Ele virou a cabeça somente para ver Blaise e Theo sentados em um canto do salão parecendo preocupados e ainda sim com raiva.

Draco suspirou. Ele teria que resolver essa bagunça antes do esperado. Caminhou um pouco cambaleante até um dos sofás e sentou. Os outros dois esperaram impacientemente o loiro se acomodar e fechar os olhos. Ele teve que fazer um grande esforço para chegar até ali e pelo visto ainda não tinha recuperado totalmente suas forças. Ele estava cansado e só queria dormir.

"Onde foi que você se enfiou o dia inteiro? Você nem sequer passou a noite aqui, e depois some o dia inteiro e aparece assim." ele apontou para Draco.

"É uma longa história." ele suspirou.

"Tenho toda a noite livre. Você, Theo?" Blaise rebateu.

"Absolutamente." o outro concordou.

Ele levantou os olhos para os amigos e respirou fundo.

"McLaggen e sua turma me deram uma surra ontem à noite." ele revelou quase envergonhado. Quase. A experiência de quase morte e o cansaço mal deixava espaço para outro sentimento.

"Isso explica o seu estado mas não explica onde você estava esse tempo todo." Blaise continuou insistindo.

"Isso também explica a tal mancha de sangue que encontraram no corredor e que estão falando sobre o dia todo." Theo comentou pensativo.

Draco bateu na sua própria testa. Ele e Granger fizeram o possível para ninguém descobrir e cometeram uma gafe tão grande quanto essa.

"E então?" Blaise empurrou novamente. Draco deu-lhe um olhar de censura mas respondeu.

"Eu estive na Ala Hospitalar esse tempo todo. Felizmente eu consegui me arrastar até lá e como vocês conhecem aquela enfermeira velha, me prendeu lá para o resto do dia."

"Mas nós fomos te procurar na Ala Hospitalar." Theo comentou desconfiado. Draco quase rosnou; Theo só era esperto quando o loiro não precisava que ele fosse.

"Eu pedi pra que Madame Pomfrey não revelasse pra ninguém que eu estava lá, nem pra vocês." ele mentiu.

"Ok…" Murmurou Blaise incerto.

"Agora se vocês me derem licença eu quero dormir. Boa noite."

"Boa noite." os outros disseram em uníssono mas Draco ainda sentia o olhar desconfiado de Blaise nas suas costas.

Draco subiu as escadas para o seu dormitório e entrando no mesmo, se jogou na cama. Ele suspirou um pouco aliviado. Seus amigos não tinham comprado suas mentiras, mas iriam deixa-lo em paz no momento.


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Notas finais do capítulo

Preview's time is back!!!!!!!!!

'Como você está?" ela perguntou olhando para ele e sorrindo levemente.

"Curado." ele sorriu de volta.

"Isso é bom, não sabia se meus feitiços realmente seriam o suficiente." ela murmurou nervosa.

"Não se subestime, Granger, até onde me lembro você é a bruxa mais inteligente da nossa geração."'



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