I'm Crazy For You escrita por Maremaid


Capítulo 46
Que a sorte esteja sempre ao nosso favor


Notas iniciais do capítulo

Waaazzaaa!

Sei que demorei três semanas para atualizar a fic, mas estava em reta final na faculdade, então precisei me dedicar. Porém, agora estou de férias! õ/

Pretendo postar com mais frequência. Claro, se a minha inspiração cooperar haha.

Como prometido, tem Carde (Carlos e Jade) nesse capítulo. Além dos meninos cantando no evento de caridade, citado anteriormente.

Enfim, espero que vocês gostem do capítulo. Boa leitura!

P.S: Dedico o capítulo para a minha amiga, Duda, pois ontem foi aniversário dela. Parabéns!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412978/chapter/46

POV LOGAN:

No sábado, fomos para San Francisco para o evento de caridade que Griffin nos arranjou. Perguntamos ao Gustavo se podíamos levar alguns amigos e ele negou, argumentando que isso iria nos distrair. Mas Kelly conseguiu convencê-lo do contrário, afirmando que seria uma experiência para saber se ficamos mais tranquilos antes de subir ao palco.

Claro que os amigos em questão, eram as nossas namoradas. Eu até convidei meu pai e Tereza para irem também, mas eles já tinham um compromisso marcado. Porém, deixaram que Alice fosse com Ashley. E eu pedi para que ela convidasse Ben para ir também.

Eu sei que alguns meses atrás, eu evitava ver Ben o máximo possível. Mas depois de descobrir que ele era não uma concorrência para mim, acabamos ficando amigos. Na verdade, ele é um cara muito legal. Só que o meu ciúmes por achar que ele poderia ter algo com Ash, não me deixou ver isso antes.

Mas o verdadeiro motivo de tê-lo convidado hoje, foi para apresentá-lo a outra pessoa: Joey.

É isso aí, pessoal! Além de cantar, dançar, e ser um gênio na matemática, também sou cupido nas horas vagas. Um verdadeiro pacote completo, não é?

Ainda faltava uma hora para a nossa apresentação, então Gustavo permitiu que nós circulássemos pelo evento. Mas quando estivesse faltando vinte minutos, todos nós deveríamos estar de volta.

Ash me mandou uma mensagem dizendo que ela e as meninas — e Ben — estavam quase chegando.

Resolvi dar uma circulada pelo evento, e acabei avistando um garoto ruivo na barraco de sucos.

—Oi, Levesque! — dei um tapinha nas suas costas.

Joey olhou para trás com os olhos arregalados, mas soltou um suspiro longo quando viu que era eu.

— Logan... que susto ­— ele colocou a mão no coração.

— Foi mal — respondi. ­— E aí, muito ansioso para o seu encontro?

— Um pouco... — confessou. ­— Tem certeza que ele vem?

­— Tenho. E daqui a pouco você já vai conhecê-lo. Ashley e o pessoal já estão chegando — avisei.

— Tudo bem. Não faço ideia de como ele seja, espero que seja bonito... Custava você ter me mostrado uma foto dele? — perguntou desapontado.

— Ah, claro... porque agora eu ando com fotos dos meus amigos no celular — balancei a cabeça em desaprovação.

— O Instagram dele já servia — Joey comentou.

— Eu não tenho, então não sei o dele.

— Como assim você não tem? ­— perguntou surpreso. — Todo mundo tem, até eu.

— Como meu pai sempre diz: eu não sou todo mundo — argumentei.

Joey apenas revirou os olhos.

Como não tinha muita fila na barraca, resolvi pedir um suco também. Ficamos conversando enquanto eu esperava o meu ficar pronto e Joey bebia o seu.

— Espera, é ele? — Joey me cutucou e apontou na direção de um garoto loiro e alto, que andava na nossa direção.

— Não, aquele é o Kendall. Está na banda comigo — respondi —, e tem namorada...

— Ah, que pena... ele é uma gracinha — Joey respondeu, dando uma última olhada para Kendall e depois se virou para mim. — Afinal, quantos amigos loiros e de olhos claros você tem?

— Só dois — revirei os olhos e balancei a cabeça.

Logo em seguida, Kendall parou na nossa frente.

— Oi, pessoal!

— E aí, Knight — fiz um toque de mão com ele. — Ah, esse é o Joey. Meu amigo da faculdade.

— Ah, claro! Legal te conhecer, cara — ele estendeu a mão na direção de Joey. ­— Pode me chamar de Kendall.

— Certo. Oi, Kendall — Joey respondeu, e apertou a sua mão.

— Enfim, estava te procurando — Kendall olhou diretamente para mim.

— Sei que sou uma pessoa muito requisitada — respondi, me gabando.

— Claro, o que seria da minha vida sem você? — ironizou e depois revirou os olhos. — Falando sério, as garotas chegaram e a sua amada está te procurando.

Yay! Onde o pessoal está? — perguntei.

— Na barraca de algodão doce. Por causa de uma certa criança que estava querendo muito comer um...

— Alice? — perguntei.

— Não, o Carlos. Mas ela resolveu pegar um também — respondeu. ­

Deixei escapar um risada. O Carlos quando se junta com a Alice, parece uma criança da idade dela.

­ — Vamos ou não? — Kendall quis saber.

— Espere só um pouquinho, meu suco está quase pronto — avisei.

Kendall assentiu.

— Seu suco, rapaz — disse a senhora da barraca, logo depois.

— Obrigado — respondi, lhe dando o dinheiro e peguei o meu suco. — Pronto, agora podemos ir.

[...]

Faltava meia-hora para a nossa apresentação e eu sabia que a qualquer minuto, James iria nos dizer para irmos encontrar Gustavo. Às vezes a pontualidade de James me deixava irritado, tudo tinha que ser na hora certa. E as poucas vezes que nós dois brigamos, foi por causa de atrasos. Okay, dos meus atrasos. Admito que sempre chego atrasado nos lugares. Fazer o que, é da minha natureza.

Eu já havia apresentado Joey para as meninas, e para Ben. Agora os dois estavam andando pelo evento conversando. Espero que dê certo, caso contrário, vou ter que aturar um sermão de Ash. Ela já me avisou que se o seu amigo odiar o encontro, eu que vou pagar. Eu a tranquilizei, dizendo que eu sou um ótimo cupido, e ela riu da minha cara. Certamente, Ash não confia muito nos meus dons para unir casais.

— Abrindo shows para uma bandinha pop famosa, cantando em um evento de caridade. Quem diria... vocês estão mesmo ficando famosos! – Hanna disse, parecendo admirada.

— Correção: nós já somos famosos, querida — James se gabou.

— Uh, me desculpe... — ela fingiu estar arrependida. — Mas só não deixe o sucesso subir a cabeça. Ok, querido?

— Não se preocupe, isso não vai acontecer. Mas... se por acaso acontecer, sei que você vai me trazer a realidade.

— Com certeza — Hanna respondeu e deu um selinho em James.

— Por um momento, achei que o dois iriam começar a brigar... —­ Carlos falou baixo, para que só eu ouvisse.

— Somos dois então — respondi.

Ficamos conversando por mais alguns minutos, até que eu percebi que já estava na hora de irmos.

— Pessoal! — exclamei. — Está na hora!

— Logan sendo o adiantado? — Jade falou. — Protejam suas cabeças, vai chover!

— Há-há — ri sem humor. — Como você é engraçadinha, Jadelyn.

Jade me fuzilou com os olhos por tê-la chamado pelo seu verdadeiro nome, mas não disse nada.

— Por mais que isso seja mesmo um milagre, e provavelmente não vai acontecer de novo, precisamos ir. — James disse, depois olhou para Kendall e Sam, que não paravam de se beijar. — Será que vocês dois podem se pegar depois? Obrigado.

— E será que você pode deixar de ser tão chato? — Sam rebateu.

James abriu a boca para responder, mas Carlos se pôs entre eles.

— Ok, pessoal... vamos logo. A não ser que vocês queiram levar uma bronca do Gustavo.

— Carlos está certo. Vamos — Kendall se levantou e fez um sinal para irmos.

Ashley parou na minha frente e ajeitou a minha gravata.

— Boa sorte, amor — ela me deu um beijo.

— Obrigado — respondi, lhe roubando outro beijo.

Me despedi do resto do pessoal com um aceno, e fomos para o palco. Quando chegamos lá, Gustavo estava nos esperando de braços cruzados e parecia impaciente.

Afinal, quando esse homem está feliz? Acho que a resposta é: nunca!

— Vocês estão dois minutos atrasados, cães — foi a primeira coisa que ele disse quando nos viu.

— Desculpe — James pediu — É que...

— Não importa — Gustavo o interrompeu. — Repassando a lista de música. Vocês vão começar com “City is Ours”, depois “Any Kind of Guy”, “Boyfriend”, “Oh Yeah” e vão encerrar com “Windows Down”. Sei que a música é nova e vocês não ensaiaram o suficiente, mas tentem não esquecer a letra. Por favor. Não quero ter problemas com o Griffin depois.

Gustavo dizendo “por favor”? Essa é nova.

— Pode deixar, Gustavo. Está tudo sobre controle — Kendall garantiu.

— Ah, rapazes. Se querem ir ao banheiro ou tomar água, a hora é essa — Kelly avisou.

— Já volto! ­— Carlos saiu correndo.

Ele tinha tomado umas três latas de refrigerante, fora as que eu não devo ter visto.

James foi até a cortina e espiou a plateia, olhou para nós e fez um sinal. Eu e Kendall fomos até lá e demos uma olhada também. Havia pouca gente no momento já esperando na frente do palco.

— Cadê as meninas? — Kendall perguntou, forçando os olhos para achar. — Não estou vendo.

Comecei a procurar também, até que logo avisto elas chegando.

— Achei! Bem ali — apontei na direção que ela estavam para Kendall. Ele assentiu, também as vendo.

— Ben e o seu amiguinho nerd não estão juntos com elas... — James comentou. — Devem estar aproveitando o evento de outra forma. Se é que vocês me entendem.

— Entendemos. E muito obrigado por me fazer imaginar a cena — Kendall fez uma careta.

— Acho melhor voltarmos para a nossa marca — avisei.

Os dois assentiram.

Carlos já havia voltado do banheiro, e estava conversando com Kelly. Quer dizer, a incomodando.

— Ah, Kelly. Por favor, diz de quanto vai ser o cachê! — ele cutucava seu ombro, tentando convencê-la a falar.

— Carlos, pela terceira vez... e eu estou contando — avisou —, não faço ideia. Isso é com o Griffin. Agora me deixe em paz! — ela bufou e saiu batendo o pé firme no chão. Seus sapatos faziam um barulho engraçado no palco montado.

— Às vezes você é tão irritante, Carlos. Sinceramente, não sei como te aguentamos — James falou, chegando perto dele.

— E eu não sei como consigo conviver com uma pessoa tão egocêntrica igual você — rebateu, mostrando a língua.

Revirei os olhos. E lá estava o Carlos agindo feito criança. De novo.

Resolvi não me meter na conversa, pois sempre acabava sobrando para mim. “Gordo”, “nerd”, e “sempre atrasado” eram as palavras preferidas dos dois quando queriam me xingar.

Apenas cutuquei Kendall de leve, e ele entendeu o recado. Foi até os dois, e disse para se comportarem. Os dois fizeram cara feia, mas pararam de se xingar.

Alguns minutos depois, Kelly voltou e disse que já iam nos chamar. Então fomos para ao lado do palco. Gustavo repetiu mais uma vez a lista de músicas que iriamos cantar. E avisou que Griffin estaria na plateia para ver a nossa apresentação.

— Boa sorte, meninos — Kelly sorriu. — Sei que vocês vão fazer uma ótima apresentação.

— Obrigado — respondemos juntos.

— Como é mesmo aquela frase de Jogos Vorazes? ­— Carlos perguntou. — Que fala algo sobre sorte.

Kendall e James olharam para mim. Dei um suspiro exagerado.

Só porque eu sou “o nerd” do grupo, eles acham que a minha obrigação é sempre saber as respostas. O que nem sempre acontece. Afinal, eu não sou um super máquina que sabe de tudo.

Mas, por sorte, eu gosto da Saga.

— “Que a sorte esteja sempre ao seu favor” — respondi.

— Isso! — Carlos exclamou. — Acho que essa frase funciona para nós também.

— Verdade — Kendall assentiu e estendeu a mão. — Bem, então que a sorte esteja sempre ao nosso favor.

Erguemos as mãos na sua direção, juntando-as uma cima da outra.

Que a sorte esteja sempre ao nosso favor — repetimos, como se fosse o nosso grito de guerra.

— E agora, pela primeira vez no evento, a banda Big Time Rush! — A voz do apresentador, ecoou pelos altos falantes. Ouvimos gritos e palmas no lado de fora. Os músicos começaram a tocar a introdução de “City is Ours”.

Nos entreolhamos e sorrimos, indo para o palco.

POV JADE:

Eu e a meninas passamos toda a apresentação gritando e cantando as músicas. As pessoas a nossa volta nos olhavam surpresas, certamente tentando entender como sabíamos todas as músicas.

Sam começou a gritar “Gostoso! Lindo! Maravilhoso!” para Kendall como uma verdadeira fã maluca. Eu rebati, elogiando Carlos. Foi então que começamos um “pequena disputa” para saber quem era o mais gato da banda.

Hanna apenas revirou os olhos e falou que parecíamos tietes. Ash resolveu não participar da nossa brincadeira, mas dava gargalhadas em alguns momentos como estivesse assistindo a sua série de comédia favorita.

Depois de muitos “os olhos do Kendall são verdes e ele parece um Deus Grego” por parte de Sam, e “Sim, mas o Carlos é mais gostoso e tem uma bunda enorme” por minha parte, resolvemos deixar a competição empatada. Afinal, Hanna e Ash não quiseram desempatar. Claro, se eles tivessem que escolher um deles, era óbvio que seriam seus próprios namorados.

Enfim, quando o show terminou, nós fomos esperar os garotos perto do palco. Não tivemos noticia de Ben e Joey durante todo esse tempo. Hm, pelo jeito o encontro está bom.

Abracei Carlos e lhe enchi de beijos, dizendo como ele estava incrível no palco. Ele apenas agradeceu, um pouco sem graça. Parabenizei os outros garotos também. Afinal, todos foram incríveis.

Logo em seguida, cada casal foi para um lado aproveitar o resto do evento. Eu e Carlos aproveitamos para ir em alguns brinquedos que tinham por lá. Toda a renda do evento, ia para instituições de caridade que incentivam os adolescentes a criar projetos para solucionar problemas que podem fazer o nosso planeta muito melhor para se viver.

Andávamos de mão dadas, enquanto que com a outra mão, eu abraçava meu Minion de pelúcia que Carlos havia ganhado para mim em um jogo de acertar argolas nas garrafas.

Uma menina de aproximadamente oito anos com duas tranças loiras enormes parou na nossa frente. Percebi que uma moça, também loira, nos observava a alguns metros de distância. Provavelmente era a mãe dela.

— Oi! — ela sorriu, mostrando que faltava um dente bem na frente. — Eu adorei o show de vocês. Pode me dar um autógrafo?

— Claro, princesa — Carlos assentiu, se abaixando para ficar da sua altura. — Qual o seu nome?

—Lily — ela respondeu, se mexendo de uma lado para o outro como se tivesse ganhando o presente que tanto queria de aniversário.

— Que nome lindo! — Ele elogiou, assinando o papel. — Pronto, aqui está.

— Obrigada — ela olhou para o papel rapidamente, depois voltou a atenção para Carlos. — Ela é sua namorada? — sussurrou, mas eu consegui ouvi-la.

Carlos desviou a sua atenção para mim por um segundo e sorri. Sorrio de volta.

— Sim — respondeu para Lily.

Ela é muito bonita.

— Eu sei. Sou muito sortudo, não é? — murmurou.

A menina sorriu, assentindo.

Carlos se levantou, e Lily disse que tentaria achar os outros garotos para poder pedir autógrafos também. Depois, se despediu com um aceno e saiu correndo na direção da sua mãe.

— Então, sr. Garcia, como você se sente dando autógrafos? — fingi que a minha mão era um microfone e estendi na direção de Carlos.

Permaneci com a expressão séria, como se fosse uma jornalista tentando fazer uma reportagem super importante.

— Ah, é uma experiência muito gratificante ter o meu trabalho reconhecido — sorriu, entrando na brincadeira. — Mais alguma pergunta, srta. Diamond? — ele arqueou uma das sobrancelhas.

— Não, era só isso mesmo. Muito obrigada pela entrevista — respondi e me virei, como se fosse embora.

Porém, ele segurou meu braço, me trazendo perto dele.

— Posso te dar uma outra entrevista, se você quiser. Só que uma exclusiva — ele falou, com um tom malicioso em sua voz.

— Hm... — fingi pensar na possiblidade. — Acho que não seria uma má ideia.

Ele sorriu, e depois aproximou o seu rosto do meu, me beijando em seguida.

— Você é incrível, sabia? — ele disse, com a testa colada na minha.

— Mas é claro que sim — respondi, me gabando.

Ele gargalhou. Eu adorava a risada dele. Era tão gostosa de ouvir que dava vontade ficar falando idiotices só para ele continuar rindo.

— É, pelo jeito essa coisa de egocentrismo vem de família... — comentou.

Voltamos a caminhar. Agora sua mão estava em volta da minha cintura.

— Ou de convivência mesmo — respondi. — Sabe, eu e James sempre andávamos colados quando éramos crianças.

— Às vezes eu tenho ciúmes dessa amizade de vocês...

— Mas não deveria. Ele é meu primo — dei de ombros.

— Primos se pegam. É quase uma lei — respondeu automaticamente.

Tirei sua mão da minha cintura e olhei incrédula para ele.

Como ele poderia pensar assim?

É claro que eu nunca beijei o James. Na verdade, essa possibilidade nem passou pela minha cabeça durante todos esses anos. E garanto, que muito menos na de James.

— Ah, então você está dizendo que já beijou algumas das suas primas? — quis saber. Ele não respondeu. — Foi a Marie, né? Nunca gostei dela mesmo!

— Ô, meu pai! Por que eu fui falar desse assunto mesmo? — ele passou a mão na cabeça parecendo estar arrependido.

— Você não respondeu a minha pergunta... — cruzei os braços, aguardando que ele falasse.

Ele suspirou, não gostando do rumo que essa conversa estava tomando.

­— Não, eu não fiquei com ela. Satisfeita? — ele quis saber.

Dei de ombros, como se não me importasse muito.

— Então deve ter sido outra prima... — murmurei mais para mim mesmo. Porém, ele ouviu.

— Meu Deus, Jade! Estava só brincando! Vamos esquecer esse assunto? Por favor — pediu.

— Ah, você insinua que eu já tive algo com o meu primo, mas não quer que eu ache que você também já teve algo com algumas das suas primas?

— Eu não insinuei nada! Só disse que às vezes primos ficam. Não disse que você beijou o James. Além do mais, ele te trata igual uma irmã.

— Trata mesmo! Ele nunca faltou com respeito comigo, é o irmão que eu nunca tive.

— Eu sei, eu sei — ele se aproximou de mim e tocou meu braço. Virei o rosto para não olhá-lo. — Desculpa, J.

— Desculpa o caramba! É tão fácil falar tudo que vem na cabeça e depois querer ser perdoado assim tão facilmente!

— Certo. Eu sei que às vezes eu falo sem pensar. Mas você me conhece a anos, sabe que é o meu jeito.

Sim, eu o conhecia a bastante tempo. James ficou amigo dos garotos quando começaram a estudar junto. Acho que eles tinham uns 11 ou 12 anos naquela época. Logo, eu tinha uns 9 ou 10. E eu os conheci logo depois, nas férias, quando eles foram passar uns dias em Nova York.

E desde aquela época eu já sabia que Carlos agia e falava sem pensar em muitas ocasiões. Como no dia que estávamos na piscina da casa de James, ele resolveu pular com tudo na água e molhou meu tio, que estava na cadeira lendo o seu jornal. Era um momento sagrado, ele não gostava que ninguém o incomodasse enquanto ele lia as notícias diárias. Aquele dia foi a primeira vez que vi meu tio bravo na vida, ele era bem calmo. No mesmo momento, ele mandou todo mundo sair da piscina, alegando que já estávamos tempo demais.

Vale lembrar, que James havia avisado antes de entrarmos na piscina, que ninguém deveria pular, para não molhar ninguém que estivesse eventualmente no lado de fora.

Balancei a cabeça, me libertando dos pensamentos do passado. Carlos me olhava, certamente esperando uma resposta. Mas eu permaneci quieta.

— Jade... — ele começou.

— Preciso ir ao banheiro — informei. Dei alguns passos na sua direção e lhe estendi o Minion. — Segure para mim, por favor.

— Ah, claro — ele respondeu, o pegando.

Forcei um sorriso e girei nos calcanhares, me distanciando dele. Eu precisava de um tempo sozinha, para pensar. Apenas isso.

Eu e Carlos tínhamos uma relação boa. Não éramos um daqueles típicos casais que brigavam todo tempo. Mas, é claro, que tínhamos os nosso momentos ruins.

Como naquela vez que eu vi uma mensagem de uma garota no seu celular, dizendo que havia “gostado da noite que eles tiveram juntos”. Eu lembro como fiquei com raiva de Carlos só de pensar na possibilidade dele estar me traindo. De como eu fiquei imaginando como a garota poderia ser, e na minha cabeça, ela era mil vezes mais bonita do que eu.

Eu nunca me achei uma pessoa ciumenta. Mas naquele momento, percebi que eu era. Também me lembro de como Kendall disse, ao me levar em casa, que confiava plenamente em Carlos, que ele nunca me trairia. E eu achei que ele estava falando isso apenas para defender o amigo.

E só depois, quando eu descobri que a mensagem realmente havia sido um engano, que Carlos não estava me traindo, eu me senti um lixo por dentro. Eu havia duvidado da sua fidelidade.

Só que agora, a situação era diferente. Parecia que ele estava duvidando de mim. E eu não me sentia confortável com isso.

Entrei em um dos banheiros, e joguei água no rosto. Quando sai de lá, percebi que eu estava exagerando um pouco com toda essa historia.

As pessoas erram, é da natureza humana. Ninguém é perfeito e fala só o que é certo. Às vezes falamos, pensamos e agimos de um modo errado. Mas isso não significa que sejamos pessoas ruins por dentro. Significa apenas que somos humanos, que temos defeitos.

Andei em direção de onde eu o havia deixado plantado. Temi que ele não estivesse mais lá, que tivesse indo embora. Meu coração começou a bater mais forte e comecei a ficar nervosa com a possibilidade que havia estragado tudo. Felizmente, encontrei Carlos sentado no meio fio, apenas alguns metros de distância onde estávamos antes. Ele estava com a cabeça abaixada, olhando para o Minion de pelúcia em sua mão.

Me sentei ao seu lado, e ele olhou de relance para mim.

— Oi — falei.

— Oi — respondeu.

Ele não disse mais nada. Respirei fundo, preparada para dizer aquela palavrinha que eu não gostava de dizer, por achar que estava sempre certa. Só que agora, eu sabia que não estava.

Desculpe... — murmurei, encolhendo os ombros.

— Nossa, você realmente deve estar se sentindo culpada... você não costuma falar essa palavra com muita frequência — respondeu.

— Tem razão. Mas, sei lá, acho que agi sem pensar — confessei.

— Pensei que eu era o único que cometia esse erro — comentou.

— Pelo jeito, não — suspirei.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Não sei dizer o quanto, mas isso já estava me torturando.

— Está perdoada — ele finalmente falou.

Deixei escapar um pequeno sorriso.

— Sério?

— Claro — ele girou o corpo e olhou para mim. — Afinal, eu meio que mereci sua ira e, eu também te devo desculpas. Eu não deveria ter falado nada daquilo. Foi sem querer.

— Eu sei que foi — respondi. — E... desculpas aceitas.

— Aliás, eu não consigo ficar bravo com você por muito tempo — ele sorriu sem jeito.

— Fico feliz em saber disso — respondi.

— Sua sorte é que eu te amo muito.

Abaixei a cabeça por um momento, tentando conter o sorriso enorme que se formava em meu rosto.

— É, acho que tenho sorte mesmo. Não é todo dia que se encontra um cara como você.

— E nem é possível mesmo. Eu sou único — ele disse, mas não de uma forma como estivesse se gabando.

Ele estava certo. Ele era único. Eu sou única. Todos nós somos.

— Sim, você é mesmo — levantei a cabeça. — E é por isso que eu te amo tanto.

Ele deu um sorriso lindo. Dessa vez, não consegui conter o grande sorriso em meu rosto. Mordi o lábio, esperando seu próximo passo.

Ele olhou para o Minion que estava em seu colo, e depois lhe estendeu na minha direção. Nossos dedos se tocaram quando fui pegá-lo, e nem um dos dois afastou a mão. Pelo contrário, nos inclinamos para frente quase que ao mesmo tempo. Fechei os olhos e senti seus lábios nos meus. Abri um pouco a boca, dando permissão para que ele aprofundasse o beijo.

— Eu sou mesmo um cara de sorte por ter te encontrado — ele disse, após quebrar o beijo.

— Posso dizer o mesmo de mim — respondi.

— Bem, então que a sorte esteja sempre ao nosso favor.

— Acho que já ouvi essa frase antes... — torci a boca para o lado, pensando.

Eu tinha certeza que havia ouvido isso em algum lugar, só não me lembrava onde. Ele riu do meu jeito.

— Eu aposto que sim — respondeu se inclinando na minha direção e me beijou novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

BOO! E aí, o que vocês acharam? Me contem!

*SPOILER* No próximo capítulo...
* James vai finalmente na casa de Hanna conhecer sua família
* Talvez as coisas não saiam como James havia previsto.

Pessoal, tem post novo no blog. E é sobre a fic nova. Caso vocês fiquem interessados em saber mais sobre EBWY: http://mari-fanfics.blogspot.com.br/2014/12/everythings-better-with-you-saiba-mais.html

Ok, era isso. Aguardo vocês nos comentários.

Big Time Kisses :*

GRUPO NO FACEBOOK: https://www.facebook.com/groups/MariFanfics/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I'm Crazy For You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.