I'm Crazy For You escrita por Maremaid


Capítulo 45
O verdadeiro Joey


Notas iniciais do capítulo

Waaazzaaaa!

Sei que vocês devem estar curiosos para saber quem é o Joey, então não vou me alongar muito aqui.

Mas leiam as notas finais que tenho algumas coisas importantes para dizer.

P.S: O capítulo ficou pequeno. Sorry :/

Boa leitura!



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POV LOGAN:

E agora, o que eu faço? Você é um cara inteligente, Logan. Vai conseguir sair ileso dessa. Pensa, pensa! Minha consciência me incentivou.

Certo, eu posso fazer isso.

— Joey, oi! Ah, você não deveria estar na aula? — cocei a nuca, tentando não aparentar estar nervoso.

— E você não deveria estar em qualquer outro lugar que não fosse o meu apartamento? Porque pelo que eu me lembro, somos vizinhos e não colegas de quarto — rebateu.

­— Eu posso explicar.

— Na verdade, você não precisa — Joey respondeu.

— Não? — perguntei, olhando de relance para a pasta que ele ainda tinha em mãos.

­— Claro que não, Logan. Porque você está exatamente onde eu queria que você estivesse.

— Eu não estou entendendo...

— A chave debaixo do tapete — explicou. — Eu a deixei lá de propósito, para que você pudesse entrar. Ou você acha que eu seria burro o bastante para deixá-la em um lugar de tão fácil acesso? Eu tenho coisas muito importantes neste apartamento.

Para ser bem sincero, eu achei que ele era burro sim por deixar a chave debaixo do tapete. Mas pelo jeito, eu que fui o burro da história.

— Mas por que você fez isso? Por que você queria que eu entrasse no seu apartamento? — perguntei.

— Porque eu sabia que você viria atrás da pasta — ele andou alguns passos e a jogou em cima da mesinha de centro da sala. — Eu posso não ser uma pessoa organizada, mas quando alguém mexe na minha bagunça, eu percebo. E você começou a agir estranho perto de mim depois daquela noite da festa. E na segunda, você veio dizer que não precisava mais da minha ajuda. E foi então que eu percebi que era só uma questão de tempo para você tentar entrar aqui e pegar a pasta. E eu apenas lhe dei um forcinha, deixando a chave debaixo do tapete.

Eu precisava fazer algo. A pasta estava ali, apenas alguns metros de distância de mim.

Eu podia pegar Joey de surpresa lhe dando um soco, ele desmaiaria, e eu poderia pegar a pasta. Seria um bom plano se a porta não estivesse trancada e eu não fizesse a mínima ideia de onde ele havia guardado a chave. Sem falar que ele poderia ter outras cópias dos arquivos. Então tudo seria em vão.

— Mas por que você tem uma pasta com informações sobre o meu respeito? — perguntei.

Joey sorriu. Um sorriso um tão malicioso.

Talvez Ashley tivesse razão. E se Joey estivesse mesmo disposto a vender informações sobre a minha vida para uma revista de fofoca? Eu poderia até ver a manchete: “Logan Mitchell, integrante da banda Big Time Rush, descobre que sua mãe está viva!”

Ok, talvez a matéria tivesse uma manchete com algo mais bombástico. Mas foi só um exemplo.

— A pergunta é: por que eu não pesquisaria sobre você? — Joey disse, me dispersando dos meus pensamentos. — Um garoto que eu só conhecia de vista, vem me pedir ajuda para encontrar a sua mãe. E você acha que eu não iria obter informações primeiro para saber onde eu estava me metendo? Você é um só nerd da matemática, com uma boyband e que é muito bom em Hóquei. Mas poderia ser um assassino também.

Pensando bem, até que a argumentação de Joey fazia algum sentido. Afinal, eu também cheguei a desconfiar que ele poderia ser um maníaco da tesoura ou um foragido da lei, como Ash havia sugerido.

O ser humano tem essa capacidade de julgar as pessoas antes mesmo de conhecê-las direito. E na minha idade, ainda mais. Acho que os hormônios adolescentes tem um pouco de culpa nisso tudo.

— Tudo bem, você tem razão.

— É claro que tenho — disse como se fosse óbvio. — Mas o que me surpreendeu foi você não ter feito o mesmo em relação a mim. Eu pensei que você fosse tentar descobrir quem era eu.

— E quem disse que eu não fiz? — menti.

Droga, eu deveria ter feito isso mesmo! Joey sabia muitas coisas ao meu respeito, enquanto eu só sabia seu nome, que veio da Filadélfia e tinha 19 anos.

Eu estava em desvantagem.

— Não, você não fez. Porque se tivesse feito, saberia o motivo de eu ter te ajudado.

— Certo, eu não fiz — me dei por vencido. — Por que você me ajudou então?

— Eu nunca tive tudo que eu quis, Logan. Até os meus 9 anos eu vivi em um orfanato na Filadélfia. E não era fácil ser o garoto ruivo cheio de sardas. As outras crianças nunca queriam brincar comigo, eu andava sozinho pelos cantos. A mesma coisa acontecia com os adultos em relação a mim. Ninguém queria adotar o garotinho ruivo. As pessoas sempre preferiam os bebês recém-nascidos, sem sardas, normalmente meninas. Aos poucos, eu fui vendo todo mundo sendo adotado, inclusive as crianças que haviam chegado muito depois de mim. E a cada dia que passava, eu sabia que as chances de algum casal querer me adotar só diminuíam. E quando eu já tinha perdido as esperanças, um casal apareceu e gostou de mim. E foi quando as coisas começaram a melhorar na minha vida. Eles me tratavam como se eu fosse filho biológico deles, me deram amor, uma boa educação, um lugar para chamar de casa. Enfim, tudo que uma criança órfã poderia sonhar. E se hoje eu estou aqui em Los Angeles realizando mais um sonho, devo tudo a eles.

— Eu... eu não fazia ideia.

— É claro que não. Você pode ter vivido achando que sua mãe estava morta, mas nunca lhe faltou nada. Você sempre teve o seu pai, um lar, comida, amigos, dinheiro. Tudo que eu sempre quis.

— Foi por isso que você fez tudo isso? Tinha inveja da minha vida?

— Não seja idiota, Logan. Eu nunca tive inveja de você. Queria te ajudar.

— Não entendo como você queria me ajudar.

— Eu queria que você encontrasse a sua mãe, porque eu não pude fazer isso. Quando eu finalmente descobri quem era ela, já era tarde demais.

— Como assim?

— Eu fui deixado no orfanato com apenas alguns meses de vida, não sabia nada sobre os meus pais. E quando eu fui adotado, resolvi que queria encontrá-los, saber porque haviam me abandonado. Confesso que não foi fácil, invadi vários sistemas de computadores para obter as informações que precisava, infligi leis que poderiam me deixar com sérios problemas, mas eu não me importei. E quando eu completei 17 anos, eu finalmente descobri quem era minha mãe. Fui para Bucks atrás dela, só que eu havia chegado tarde. Ela havia morrido cerca de um ano atrás, atropelada por um carro em uma avenida movimentada da cidade — explicou. — Ela tinha apenas 15 anos quando engravidou de mim, era só uma adolescente, me abandonou para que ela pudesse ter uma chance melhor na vida, e para que eu pudesse ter também.

— Eu sinto muito, Joey — falei.

— Tudo bem, eu já superei isso — ele deu um grande suspiro e eu percebi que ele não havia superado completamente.

— Mas... e o seu pai? Você não o encontrou?

— Não, e nem quero. Ele abandonou a minha mãe quando descobriu que ela estava grávida — respondeu. — E ainda por cima me deixou como presente a genética ruiva. Valeu mesmo, papai — ironizou, revirando os olhos.

— Eu nunca pude ver minha mãe pessoalmente, lhe dar um abraço — continuou —, mas você ainda pode, Logan. Foi por isso que te ajudei.

— Eu agradeço a sua ajuda, Joey. Mas eu não quero mais encontrá-la — respondi.

— Eu sei, mas é que ontem chegou algumas informações que eu estava procurando sobre sua mãe — Joey pegou a pasta em cima da mesinha e andou na minha direção. — Estão aqui — Ele parou na minha frente e a estendeu para mim.

— Eu não quero saber — respondi, rejeitando a pasta.

— Mas eu a encontrei, eu sei onde a sua mãe está — ele insistiu.

— Então não me conte. Porque ao contrário da sua mãe, a minha não foi abandonada pelo seu parceiro. Ela foi embora porque quis e nunca mais voltou para me ver. Então eu também não quero mais vê-la.

— Você tem certeza disso? — Joey perguntou.

— Absoluta — respondi firme.

— Tudo bem, a decisão é sua. Mas se você mudar de ideia...

— Eu não vou mudar — o interrompi. — Faça o que você quiser com isso. Corte, queime, jogue no lixo, recicle... sei lá. Eu não me importo.

— Certo. Eu vou pagar a cópia que eu tenho no notebook também.

— Valeu — agradeci.

— Não precisa agradecer. Bem, acho que agora eu já posso abrir a porta. Você não vai mais fugir correndo, não é? — perguntou, erguendo uma das sobrancelhas e tirou um molho de chaves do bolso. Ri de leve e fiz que não ­— Que bom, porque eu ainda preciso te contar outra coisa sobre mim que você não sabe.

— Okay — respondi.

Joey destrancou a porta, deixando o chaveiro na maçaneta. Depois fez sinal para que sentássemos no sofá.

— Então... você já deve ter percebido que eu não levo muito jeito com as garotas.

— Ah, não me diga? — ironizei.

— Deixe o seu sarcasmo de lado, Mitchell — ele revirou os olhos. — Mas você não sabe o porquê.

— É o que eu ainda estou tentando entender — respondi.

Eu já conheci alguns caras que eram um desastre no quesito “garotas”. O Carlos, por exemplo, sempre conseguia estragar tudo. Ele falava coisas que não devia, se comportava igual um ogro e ainda por cima era sincero até demais nos seus encontros. Realmente, não sei como que ele conseguiu namorar a Jade sem precisar da ajuda de ninguém.

Mas Joey conseguia ser 10 vezes pior que o “Antigo Carlos”.

— A verdade é que... eu não gosto de garotas.

— Espera, você é gay? — perguntei.

— Eu prefiro o termo homossexual, mas sim — respondeu.

Okay, acho que agora tudo faz sentido.

— Mas se você é ga... homossexual — me corrigi —, então por que aceitou as minhas dicas de como falar com as garotas?

— Achei que se eu dissesse a verdade, você não ia querer mais os meus serviços. Eu te ajudaria sem receber nada em troca, mas você insistiu em pagar de algum jeito. Então acabei aceitando. E na verdade, as dicas não foram totalmente um desperdício, algumas até funcionaram com garotos. Claro, com algumas pequenas modificações.

— Fico feliz em saber que as minhas dicas não foram em vão. Mas só por curiosidade... por acaso, você ficou a fim de mim? — cocei a nuca, para disfarçar.

— Admito que você é muito bonito, Logan. Mas não. De nerd, já basta eu.

— Tudo bem... — respondi, um pouco ofendido.

— E eu sei que você é hetero, e tem uma namorada. Mas não se preocupe, aposto que você já foi, e ainda será, cantado por muitos garotos. Você faz o tipo de muitos.

Tudo bem, não estou mais gostando desse assunto. Está na hora de tirar o foco de mim...

— Mas e aquela garota que eu te vi conversando no dia da festa? Uma de cabelo preto. As coisas pareciam estar indo bem entre vocês.

— Ah, sim. Eu elogiei o sapato dela e depois começamos a conversar sobre a faculdade. Mas ela teve que ir ao banheiro e eu resolvi beber mais um pouco, porque estava começando a gostar de álcool, só que acabei exagerando. Fui para a rua ver se encontrava a garota e acabei apagando na grama, e então você me achou.

— Entendi — respondi. — Mas então, você não está saindo com... ninguém?

O que foi? Ele disse que minhas dicas ajudaram, só queria saber se foram o suficiente para ele encontrar alguém.

— Sai com alguns caras, mas nenhum que realmente valesse a pena. Então ainda estou a procura. Por quê?

Eu poderia simplesmente dizer que era apenas por curiosidade que eu havia perguntado. Mas eu precisava retribuir a ajuda de Joey de alguma forma. E se ele gostava de garotos... bem, eu conhecia um cara que também gostava.

— Acho que sei como te ajudar...

— Como? — ele perguntou, confuso.

— Você gosta de caras loiros e de olhos claros, Joey? — quis saber.

— Claro! — Ele nem hesitou ao responder.

— Então eu tenho um amigo para te apresentar.


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Notas finais do capítulo

Boo!

Então, o que vocês acharam? Muitas pessoas estavam achando que o Joey era um cara ruim, mas na realidade, ele não era. Ahá! Peguei vocês! u.u

Ah, nem preciso dizer quem é o tal amigo do Logan que ele vai apresentar para o Joey, né? HAHAHA.

* Tenho duas notícias para vocês, uma boa e uma ruim...
A ruim é que ICFY está terminando :/ (Todo dizem "Aaah!"). Mas ainda vai ter alguns capítulos pela frente.
E a boa é que vem fic nova por aí! Sim, em dezembro eu vou postar o prólogo de "Everything's Better With You" que também é do BTR. Coloquei até um banner da fic como a header do meu perfil aqui do Nyah e no grupo do Facebook também. #Merchandise. Espero que vocês gostem dela!

* Ainda não terminei de planejar o próximo capítulo, mas os meninos vão estar naquele evento de caridade mencionado no capítulo anterior (44). E vai ter Carde (Jade e Carlos).

P.S: Filadélfia e Bucks são cidades do estado da Pensilvânia.

Ok, por hoje era isso. Vejo vocês em breve!

Ah, estarei esperando vocês nos comentários!

Big Time Kisses :*

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