I'm Crazy For You escrita por Maremaid


Capítulo 44
Correndo riscos


Notas iniciais do capítulo

Waaazzzaaa!

Gente, eu planejava postar este capítulo no domingo devido o aniversário do Kendall, mas acabei ficando tempo demais no twitter ajudando a subir a tag, em vez de escrever haha.

Mas enfim, o capítulo está pronto e isso que importa!

Espero que vocês gostem. Boa leitura!

* Capítulo pelo ponto de vista do Carlos e do Logan



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POV CARLOS:

— Por que estamos em pleno domingo na gravadora? — perguntei, enquanto passávamos pelo corredor que continha os posters das bandas que Gustavo já produziu.

Fala sério, essas bandas não fazem sucesso desde a década de 90. Uma gravadora tão boa como a Rocque Records merece algo deste século nas paredes, como por exemplo, um poster nosso.

— Porque quando Gustavo manda, os cãezinhos tem que obedecer — Kendall revirou os olhos.

— Espero que seja algo realmente importante. Eu tive que desmarcar o meu encontro com a Ash para poder vir para cá — Logan disse de mau humor.

— Caso você não se lembre, Logan... você não é o único que tem um relacionamento por aqui ­— James apontou para ele mesmo depois para eu e Kendall também. — Todos nós tivemos que deixar de ver nossas belas namoradas para ver a cara feio do Gustavo.

Antes que Logan pudesse se defender, avistamos Kelly nos esperando na frente da porta da sala de reuniões com a sua fiel prancheta nos braços.

— Boa tarde, meninos — ela disse sorridente.

— Boa tarde, Kelly — respondemos juntos.

— O que o Gustavo quer conosco? — perguntei.

Os caras olharam para mim surpresos. Logan fazia careta, nem um pouco contente pela forma como eu fui direto ao assunto, mas eu apenas o ignorei e dei de ombros.

Qual é, eu fiquei curioso para saber o motivo de estarmos aqui!

— Na verdade, foi o Griffin que convocou a reunião. Nem o Gustavo sabe do que se trata.

— Ah, ótimo! O que será que ele está inventando agora? — James jogou as mãos para cima, como se estivesse indignado.

­— Vamos descobrir — Kelly respondeu abrindo a porta e todos nós entramos.

Gustavo estava sentado à mesa, com uma expressão impaciente no rosto e não estava na sua habitual cadeira de “chefão”. Quem estava a ocupando era Griffin que mantinha as mãos sobre a mesa e um sorriso presunçoso nos lábios. Seu assistente — Obdul — estava em pé ao lado da mesa, segurando uma maleta.

— Ah, os meninos em que eu mando! ­— Griffin exclamou ao nos ver. — Vamos, sentem-se.

Demos um sorriso em resposta e nos sentamos do outro lado da mesa, ficando de frente a eles. Kelly se sentou ao lado de Gustavo.

— Agora que estão todos aqui, eu já posso começar. Segundo a nova pesquisa da RCM CBT Globalnet Sanyoid, as boy bands não estão mortas — Grifin disse e fez um sinal para Obdul. Ele jogou a tal pesquisa em cima de Gustavo, que quase caiu da cadeira. — O Big Time Rush cresceu e ganhou muito reconhecimento nos últimos meses. O que me rendeu muito dinheiro. E eu adoro dinheiro.

— Claro... e o que isso tem a ver com a reunião? — Gustavo perguntou.

— Eu já vou chegar lá, Gustavo. Tenha paciência — Griffin respondeu, se ajeitando na cadeira. — E eu tenho uma ótima notícia, pessoal! O Big Time Rush vai cantar no evento de caridade 4th Annual Teens Can Change the World Event!

— Mas o evento é no próximo fim de semana! Como você conseguiu isso? — Gustavo perguntou, surpreso.

— Uma das atrações acabou cancelando em cima da hora e eu os convenci que o Big Time Rush poderia substitui-los e seria o maior sucesso! — Griffin respondeu sorridente.

Pelo que eu conhecia Griffin, sabia que o seu “convencer” era na verdade “subornar”.

— Mas isso é realmente uma ótima notícia! — Kelly exclamou.

— É claro que é — Griffin nem hesitou ao responder. — Podem comemorar, meninos! — ele olhou para nós.

— Woo hoo! — exclamei, levantando da mesa. Os caras também levantaram e começamos a falar todos ao mesmo tempo.

Mal posso acreditar que nós vamos cantar em um evento de caridade! Estamos mesmo ficando famosos!

— Ah, antes que eu esqueça: disse para os organizadores do evento que vocês iam cantar o single novo no evento — Griffin falou, se levantando da mesa e ajeitando o terno. Paramos no mesmo instante e olhamos para ele.

— Mas nós não temos single novo, Griffin — Logan respondeu.

— Eu sei — Griffin sorriu. — É por isso que quero um single novo.

— Espera... você quer que eu escreva uma música nova para o próximo sábado? — Gustavo se levantou rapidamente.

— Não seja bobo, Gustavo — Griffin disse como se fosse óbvio e deu uma tapinha no rosto dele. — Quero para hoje.

— O quê!? — Gustavo exclamou.

— O quê!? — nós quatro falamos juntos.

— O quê? É isso mesmo que vocês ouviram! Passarei aqui no final da tarde para ouvir a música — ele começou a andar em direção a porta.

— Mas Griffin... — Kelly tentou argumentar indo atrás de Griffin. Obdul parou na sua frente, interrompendo sua passagem.

— Não tem nada de “mas”. Sem música nova, sem Big Time Rush cantando no evento de caridade. Vocês que decidem. Agora se vocês me dão licença, tenho que ir para a minha mansão não fazer nada — Griffin deu um sorrisinho e saiu da sala de reuniões, como Obdul logo atrás.

Olhei para Gustavo, ele parecia que ia ter um ataque cardíaco a qualquer momento. Kelly se aproximou dele e os dois começaram a conversar baixinho.

— Acho que essa é a hora que saímos de fininho, antes que o Gustavo grite conosco — James sussurrou.

Concordamos e fomos andando devagar em direção à saída.

— Onde os cãezinhos pensam que vão? ­ — Gustavo disse quando estávamos prestes a passar pela porta.

Droga! — murmurei.

— Gustavo! — Kendall se virou e deu um sorriso para ele. — Nós sabemos que você tem muito trabalho pela frente, então resolver ir embora e deixar você trabalhar em paz. Então... tchau!

— Nada disso! — ele exclamou. — Vocês vão me ajudar. Ninguém sai daqui até essa música estar pronta.

— Pensei que você gostasse de compor sozinho... — James comentou.

— Sim, mas às vezes é bom ter uma ajuda. Principalmente quando se tem menos de um dia para compor um single novo! — Ele gritou a última parte. — Além do mais, vocês escreveram a maior parte das músicas do primeiro álbum. Já tem uma certa prática em compor músicas.

— Tudo bem... então vamos escrever! — Logan respondeu e nós concordamos.

— Ótimo! Todo mundo para a sala de ensaio! — Gustavo exclamou, fazendo sinal para que o seguíssemos.

POV LOGAN:

Depois de passarmos a tarde nos dedicando para escrever a música, e de quase ficarmos surdos devido aos gritos do Gustavo, finalmente conseguimos terminar Windows Down alguns minutos antes de Griffin chegar.

Ele ouviu a música, sorriu e disse um de seus típicos “Eu adorei!” e que tinha certeza que seria um sucesso. Depois foi embora. Tudo isso em menos de dez minutos.

Pois é, o nosso trabalho de uma tarde inteira, para o Griffin custou apenas alguns minutos do seu precioso tempo. Pelo menos ele gostou da música. E o Gustavo ficou tão feliz que até parou de gritar.

— Certo, cães. Você já podem ir — Gustavo fez um sinal para sairmos da sala.

— Você não está esquecendo de nada? — perguntei.

— Hm... — ele colocou a mão no queixo. — Não.

— Que tal um “obrigado”? — James sugeriu.

— E por que eu agradeceria os cãezinhos? Vocês não fizeram mais nada que a obrigação de vocês! — Gustavo exclamou. Kelly o cutucou e lhe lançou um olhar ameaçador. — Tudo bem! Obrigado pela ajuda, cães.

­— E... ? — Kelly o incentivou a continuar. Gustavo bufou.

— ... E eu não teria conseguido terminar a tempo sem a ajuda de vocês — Gustavo respondeu, depois olhou para Kelly. — Satisfeita?

Kelly assentiu.

— De nada, Gustavo — Kendall sorriu. — Foi uma honra trabalhar junto com um produtor tão genial quanto você.

— Ok, chega de bajulação. Agora vocês podem ir. — Gustavo respondeu, dando de ombros. — Kelly, minhas chaves.

— Estão aqui, Gustavo — ela colocou um chaveiro em sua mão.

— Tchau, cães — Gustavo acenou e saiu da sala.

— Finalmente podemos ir embora! Estou com fome — Carlos passou a mão na barriga.

— Que tal nós comermos naquela lanchonete que tem aqui perto? — James sugeriu.

— Ótima ideia! — Kendall assentiu.

Saímos da sala juntos, mas eu parei e olhei para o escritório de Gustavo.

— Logan? — Kendall me chamou. — Você não vem?

— Ah... vou depois — respondi. — Preciso falar com o Gustavo primeiro. Encontro vocês lá.

— Tudo bem — Kendall assentiu e andou mais rápido para acalçar Carlos e James, que já estavam mais na frente.

Fui em direção ao escritório de Gustavo. Dei duas batidinhas na porta antes de abri-la.

— Com licença, Gustavo — disse. — Posso falar com você?

— Você não teve a tarde toda para fazer isso não, Logan? — respondeu.

— Gustavo! Seja agradável — Kelly o repreendeu. — Vou deixar vocês conversando.

Ela sorriu e saiu da sala.

— O que você quer? — Gustavo perguntou, impaciente.

— Você já conseguiu me arrumar um apartamento novo? ­— Perguntei, indo direto ao assunto que me interessava.

— Você acha que achar um apartamento disponível perto da sua faculdade é assim fácil? ­ — ele perguntou, mas não esperou eu responder. — Não é!

— Ah... ok.

— Mas eu consegui achar outro. Sua sorte é que eu sou incrível e tenho muitos contatos em L.A — ele respondeu.

E esqueceu de convencido.

— Sério? — perguntei. Ele assentiu. — Que ótimo, Gustavo! E quando eu posso me mudar? Essa semana já?

— Calma, calma. Ainda preciso resolver umas papeladas de burocracia devido ao aluguel. Acho que na semana que vem, vai estar tudo certo.

— Nossa... nem sei como te agradecer, Gustavo! Muito obrigado, mesmo — respondi animado.

— De nada, Logan. Mas não invente defeitos para esse apartamento, porque eu não vou te arrumar outro.

— Pode deixar. Gustavo — disse. — Tenho certeza que vou adorar ele!

— Espero que sim. Mais alguma coisa? — perguntou.

— Não, era só isso mesmo.

— Ok, então você poder ir — ele balançou a mão na direção da porta, enquanto olhava para alguns papeis em sua mesa. — Ainda tenho que resolver umas coisas antes de ir embora. Ah, e chame a Kelly para mim.

— Tudo bem — ­ respondi. — Tchau, Gustavo.

Ele murmurou um “tchau” e eu sai da sala. Avisei para Kelly que Gustavo estava lhe chamando e depois fui embora.

Pronto, agora que eu vou me mudar de apartamento posso finalmente dizer ao Joey que eu não preciso mais dos “serviços” dele para encontrar minha mãe.

Resolvi não procurá-la mais. Ashley tinha razão, não vale a pena ir atrás de uma mulher que me abandonou e nunca mais se interessou em me ver novamente.

[...]

Na segunda-feira, esperei Joey sair de casa para ir à faculdade e desci junto com ele. Aproveitei e falei que não iria precisar mais da ajuda dele.

Ele concordou sem fazer perguntas do motivo da minha desistência. O que me deixou um pouco surpreso. Mas acho que ele percebeu que essa história de encontrar minha mãe também não chegaria em nada.

Não comentei com ele que iria me mudar. Se por acaso ele me visse com alguma caixa e descobrisse que eu estava empacotando as coisas, eu diria a mesma coisa que falei para Gustavo: O apartamento estava com problemas.

O que não era bem uma mentira. Tinha várias rachaduras e infiltrações na parede. Mas é claro que eu não iria me mudar só por causa disso. Joey não precisa saber que o motivo da minha mudança, na verdade, era ele.

Passei a terça-feira inteira pensando na tal pasta com informações sobre mim, que eu havia encontrado no apartamento de Joey no dia da festa. Ele ainda poderia fazer alguma coisa com aquele maldita pasta em mãos. Eu precisava pegá-la e dar um fim nela.

Mas... como?

Foi então que eu pensei em algo: a chave debaixo do tapete.

Na quarta-feira, como eu não tive as duas últimas aulas, porque um dos meus professores estava em um Congresso, resolvi colocar meu plano em ação.

Joey ainda estava na aula nesse horário. Eu entraria, pegaria a pasta e sairia, sem deixar nenhuma pista da minha presença ali.

Olhei para os lados, para me certificar que não tinha ninguém no corredor, e me abaixei para pegar a chave debaixo do tapete. Felizmente, ela ainda estava lá.

Para um nerd, até que o Joey não é lá tão inteligente. Eu nunca deixaria a chave do meu apartamento em um lugar de tão fácil acesso.

Abri a porta devagar e entrei no apartamento. Estava um pouco escuro, pelo jeito Joey não gosta de abrir as cortinas. Por sorte, dessa vez lembrei de trazer uma lanterna.

A liguei e apontei para a mesinha de centro da sala. Ela estava arrumada, sem nem um papel ou pasta em cima. Apenas um pequeno vaso de flores no centro.

Resolvi ir até o quarto de Joey para ver se estava lá. Sabia que estava correndo um risco enorme em vasculhar as coisas assim no apartamento dele, mas eu precisava muito pegar aquela pasta a qualquer custo.

Ao contrário da sala, o seu quarto estava uma zona. O que eu não me surpreendi, porque eu já tinha percebido que Joey não era a pessoa mais organizada do mundo. Havia uma série de papéis e pastas em cima da escrivaninha. Sentei na cadeira giratória vermelha dele, e comecei a procurar. Segurei a lanterna com a mão esquerda, enquanto procurava com a direita, tomando cuidado para colocar as coisas no mesmo lugar onde estavam antes.

Olhei tudo mais de uma vez, e nenhum sinal da tal pasta. Olhei até as pastas que tinham outros nomes na frente, só para ter certeza que ele não havia trocado. Mas não estava lá.

Bufei, não acreditando que eu havia perdido um tempão e acabei não achando o que realmente me interessava.

Me levantei e coloquei a cadeira novamente no lugar. Sai do quarto. Andei em direção a porta de entrada e então percebi que a chave não estava mais na maçaneta. Eu tinha certeza que havia deixado ela ali.

Foi então que eu percebi que havia algo errado. Eu precisava ir embora agora mesmo.

Coloquei a mão na maçaneta e a girei, mas ela não abriu. A porta estava fechada.

De repente, a luz da sala se acendeu. Eu me virei devagar, avistando Joey parado ao lado do interruptor do outro lado da sala.

Abri a boca, mas não consegui falar nada. Que desculpa eu daria para ter “invadido” o seu apartamento? Certamente nenhuma em que ele acreditasse.

— Oras, oras... se não é o Logan, o meu querido vizinho do outro lado do corredor — ele sorriu, parecendo contente ao me ver. — Procurando por algo, amigo?

— Ah... — tentei pensar em algo inteligente para falar. Mas parecia que do nada, meu cérebro havia se esvaziado.

— Bom, deixe eu adivinhar... — Joey colocou a mão no queixo por um momento, como se estivesse pensando. Depois pegou sua mochila em cima da bancada de granito da cozinha, retirando algo de dentro. — Por acaso seria isso?

Ele segurou uma pasta na altura do rosto, e pude ver que havia um “Mitchell” escrito na frente.

Puta que pariu! Parece que o meu futuro está nas mãos de Joey.

Literalmente falando.

Continua...


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Notas finais do capítulo

BOO! E aí, o que acharam?

No próximo capítulo vocês vão descobrir quem realmente é Joey Levesque. Preparados para isso? Não? Então... pre-pa-ra! HAHA #parei

P.S: Ah, vocês deram parabéns para o Kendall no twitter? Eu sim! Meu Deus, ainda não estou acreditando que ele tem 24 anos! *o*

Ok, é isso. Espero vocês nos comentários. Até o próximo! õ/

Big Time Kisses :*

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