I'm Crazy For You escrita por Maremaid


Capítulo 40
Nunca subestime um nerd


Notas iniciais do capítulo

Waazzzaaa!

Viu, eu nem demorei dessa vez! õ/

Ah, umas das leitoras me perguntou como o Joey era, dai eu me toquei que não tinha dito isso no outro capítulo que ele apareceu. Bom, imaginem ele ruivo e com algumas sardinhas, mas um ruivo bonitinho, ok? Haha.

* Capítulo pelo ponto de vista do Logan.

Boa leitura!

P.S: Os comentários dos capítulos 38 e 39, que estavam atrasados, eu já respondi todos.



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POV LOGAN:

Quando Joey disse que queria a minha ajuda para a festa, eu pensei que ele apenas queria mais algumas dicas. Só que eu estava errado. Ele queria que eu fosse junto com ele também.

Se eu queria ir? Absolutamente não. Mas como tínhamos um trato e porque sou um cara muito legal, eu fui com ele até essa tal festa.

Só que assim que chegamos lá, eu me arrependi profundamente de ter aceitado.

Não que a festa fosse uma droga, – porque não era – mas eu havia contado umas pequenas mentiras para poder estar ali nesse momento. Disse que precisava ficar na universidade em uma plena sexta a noite, porque precisava terminar um trabalho e entregar até meio dia de sábado.

E quem ficou furioso quando soube disso? Exatamente, Gustavo. Ele gritou comigo por telefone e disse que teria de remarcar o ensaio para sábado a tarde e que isso lhe provocaria prejuízos e blá, blá, blá...

Eu não sou o tipo de cara que gosta de mentir, principalmente para os meus amigos. Sim, eu tive que avisar para eles sobre o meu “trabalho” e foi por isso que Gustavo ligou para mim irritado. Como eu sabia que eles poderiam desconfiar de algo, resolvi apenas mandar uma mensagem de texto avisando. Às vezes eu me enrolo todo enquanto conto uma mentira, e se eu tivesse ligado, provavelmente isso teria acontecido.

Só que nesse exato momento eu tenho uma outra coisa para me preocupar: Joey. Como é que eu vou ajudar esse cara a conquistar uma garota? Céus, eu não deveria estar em sã consciência quando propus isso a ele. O cara é um verdadeiro desastre com o sexo oposto. Estávamos na festa apenas uns vinte minutos e eu já perdi a conta de quantas foras ele já levou. Eu realmente vou ter muito trabalho pela frente para fazer esse garoto se tornar um conquistador.

A festa estava sendo realizada em uma dessas irmandades que tem na universidade, então o lugar era bem espaçoso. Até agora não sei como Joey foi convidado para uma festa dessas que reúne só os mais populares do campus. Bom, ele deve ter os seus truques.

Estou encostado em uma parede tomando a minha bebida quando vejo Joey, do outro lado da sala, levando mais um de seus foras. Reviro os olhos e vou até ele, que está de costas.

— Estou começando a achar que minha dicas não estão surtindo efeito — disse. Ele se virou e quando percebeu que era eu, deixou escapar um suspiro.

— Suas dicas são ótimas, o problema sou eu. Não consigo falar com uma garota sem começar a gaguejar. Sou um verdadeiro desastre ambulante — respondeu.

— Olha, acho que você está tenso demais. Hm... — pensei um pouco. — Tome uma bebida, isto vai deixar você mais relaxado.

— Não sei se é uma boa ideia... — Joey coçou a cabeça. — Não estou acostumado a ingerir bebida alcoólica.

— Qual é, pare de frescura Levesque! Um pouco de álcool não vai te matar. Só não exagere.

— Certo — ele se deu por vencido. — Vou tomar então. Mas só um copo.

— Como você preferir — respondi.

Fomos até uma das mesas onde estavam as bebidas e Joey encheu um copo. Aproveitei e coloquei um pouco no meu copo que já estava acabando. Depois, ele fechou os olhos e levou o copo até a boca, tomando o liquido todo de uma vez.

— Minha garganta parece que está queimando... — ele colocou o copo na mesa e levou a mão até o pescoço, fazendo uma careta.

—Não é para menos. Você não deveria ter tomado tudo de uma vez só, agora é capaz de passar mal — falei.

— Você deveria ter falado isso, sei lá... antes de eu tomar tudo!

— Pensei que você fosse inteligente o suficiente para saber que isso não era uma boa ideia — dei de ombros. — Espero que agora você tenha aprendido a lição.

— Aprendi sim, mas não de uma forma agradável.

— Ótimo. Eu vou deixar você sozinho para tentar falar com outra garota novamente. Apenas lembre-se: não beba demais — avisei.

— Entendido, Mitchell — ele fez um gesto de continência.

Revirei os olhos e me afastei dele, sentando em um dos sofás que estavam vazios. De onde eu estava, dava para ter uma vista privilegiada de toda a festa. Avistei Joey se aproximar de uma garota de cabelo preto. Depois de alguns instantes de conversa, ela já estava rindo de algo que ele havia contado e que parecia interessante. Ele falou algo e ela concordou, e os dois saíram do meu campo de visão.

Uau! Pelo jeito, a bebida foi uma ótima ideia. Se eu soubesse que daria certo, já teria sugerido isso antes.

Sorri satisfeito sabendo que a minha ajuda estava – finalmente – surtindo algum efeito e dei outro gole na minha bebida.

[...]

Já passava da meia-noite e eu não aguentava mais ficar naquela festa. Eu não conhecia aquelas pessoas. Quer dizer, alguns eu até via pelos corredores da universidade, mas nem sequer sabia seus nomes.

Decidi falar com Joey e ver se ele queria ir embora. Mas aconteceu um pequeno problema: eu não sabia onde ele estava!

Procurei por ele na cozinha, na sala de estar e na sala de jantar. Nada do nerd.

Resolvi ir no segundo andar procurá-lo, mas também não o encontrei. Era só o que me faltava, onde esse garoto foi parar?

Desci as escadas e optei por dar uma olhada no lado de fora da casa. Quando eu estava quase na porta, uma garota parou na minha frente interrompendo a minha saída.

— Oi gatinho — ela deu um sorriso malicioso para mim.

Dei uma rápida analisada nela de cima abaixo. A garota tinha os cabelos de um tom de loiro escuro e lisos. Estava usando uma saia curta e seus peitos pareciam que iam saltar da sua blusa apertada a qualquer momento. É, ela era muito gostosa.

Em outros tempos, eu não pensaria duas vezes em agarrar essa garota aqui mesmo. Mas hoje em dia, as coisas estão bem diferentes. Eu não sou mais aquele cara pegador que ficava com qualquer uma que desse chance. Porque a única garota que eu queria estar nesse momento, era Ashley.

E bom, se ela soubesse que eu estou nessa festa rodeada de garotas que querem um pedaço do Mitchell aqui, ela ficaria furiosa. Com certeza. Por mais que ela viva dizendo que não faz o tipo “ciumenta”, eu não acredito muito nisso.

— Oi — respondi educadamente e tentei passar, mas ela não deixou e segurou meu braço.

— Uh, você é forte — ela apertou um pouco meu braço e sorriu. — Aposto que faz academia.

— É, faço — respondi.

Depois de James tanto insistir eu finalmente resolvi ir a academia com ele. O lado bom é que depois que eu comecei a malhar, o Carlos parou de me chamar de gordo.

—Uh, legal! Então... — ela começou. — Não quer lá em cima e me mostrar melhor os seus músculos? — Deu um passo para frente e tentou passar os braços por volta do meu pescoço, mas eu a impedi.

— Eu tenho namorada — levantei a mão direita e mostrei a aliança de namoro.

— Não tem problema, eu não sou ciumenta.

— Escuta... por que você não vai dar em cima de outro cara, hein? — disse.

— Simples: porque eu gostei de você — ela mordeu o lábio de uma forma sexy.

Eu precisava sair de perto dela o mais rápido possível. É claro que eu não trairia Ashley com uma garota que eu mal conheço. E nem com qualquer outra, só para deixar claro. Mas eu tinha que acho logo o Joey.

Então tratei de pensar em uma boa resposta para dar a garota e conseguir escapar.

— Pena que o sentimento não é reciproco — falei. — Ah, e caras não curtem tanto assim garotas atiradas. Sabe, são fáceis demais e logo perdemos o interesse. Fica a dica — dei uma piscadinha.

Ela ficou boquiaberta, sem saber o que responder. Mas quando eu fiz menção em passar, ela abriu caminho.

Finalmente consegui chegar na rua. Havia vários jovens no quintal da casa. Comecei a andar pelo meio deles a procura de Joey. Até que vejo ao longe um garoto deitado de bruços na grama, ele parece estar podre de bêbado. Espera um pouco... eu conheço esse cabelo cor de fogo.

Vou até lá, me abaixo e viro o garoto. Então minhas suspeitas se confirmam.

— Droga Joey! — disse. — O que aconteceu?

— Logan? É você? — ele perguntou meio grogue.

— Sim, sou eu — falei. Depois, o ajudei a se sentar na grama.

— Cara, é tão booooooom te ver! — ele falou animado. — Espera, por que eu estou vendo dois de você? — ele fala confuso e aponta para mim e depois para algo na minha esquerda. Certamente, o meu “segundo eu”.

— Só existe um de mim — respondi, revirando os olhos. — Cadê aquela garota que estava com você?

— Que garota?

— Uma de que cabelo preto, vi vocês dois conversando.

Ahhh! — ele pareceu se lembrar de quem eu estava me referindo. — Não sei para onde ela foi.

Ótimo — ironizei. — Joey, quero que você seja sincero comigo: quantos copos você bebeu?

— Hm, deixa eu ver... um, dois, três... — ele começou a contar nos dedos. — Acho que uns cinco. Ah, e aquela bebida azul. Seis então. Uau, é meu número da sorte! — ele deu uma gargalhada. É, acho que está mais para número do azar.

Ele deve ter misturado bebidas diferentes, porque não é possível que alguém fique bêbado tão rápido desse jeito.

— Que merda! Eu disse para você não exagerar! — exclamei. Me levantei e ofereci a mão para ele. — Vamos, melhor irmos embora.

— Ah, não! Eu quero ficar mais um pouco! — ele cruzou os braços e fez bico igual uma criança mimada. Céus, eu não mereço isso.

Mas se ele queria se comportar feito criança... então eu teria que ser o adulto aqui.

— Joseph Levesque, vamos embora. Agora. Eu não estou pedindo — falei o mais autoritário que pude.

— Okay, okay. Já estou indo... seu chato — ele resmungou, mas me deixou ajudá-lo a levantar.

Por sorte, o local onde estava ocorrendo a festa não era muito longe do prédio onde morávamos. Então eu só tive que segurar Joey pelo braço, para que ele não caísse no chão. Mas é claro que isso não impediu que ele tropeçasse algumas vezes nos próprios pés.

Como já era de se prever vindo de uma pessoa bêbada, ele começou a falar besteiras durante o trajeto. Ou no caso do Joey: nerdices. Se ele falou algo sobre tecnologia para aquela garota no qual eu havia o visto conversando, provavelmente ela resolveu ir embora quando sua consciência avisou: “alerta de nerd, fuja enquanto a tempo”.

Mas como eu já estive na pele dele, sei que não está fazendo tudo isso de propósito. É o álcool em seu sangue que está falando por si. Então achei melhor deixar quieto.

Me lembro de uma vez, quando sai com Kendall, Carlos e James e bebi demais. Foi logo depois de começarmos a morarmos juntos. Eles me alertaram para não exagerar, mas eu não os escutei. Resultado: Eu fiquei igual Joey está agora. Sim, eu também fiquei falando nerdices. Depois disso, os caras ficaram semanas me chamando de “Loganerd”. E adivinha quem arrumou esse apelido para mim? Sim, o Carlos. Okay... eu bem que mereci, admito.

Morávamos no segundo andar, mas optei por irmos de elevador. Eu não queria arriscar que ele caísse nos degraus e acabasse rolando escada a baixo. Era capaz de quebrar um braço ou uma perna. Então eu ia acabar me sentir culpado, óbvio, porque a culpa realmente teria sido minha.

Finalmente chegamos no nosso andar. Levei Joey até a frente da porta do seu apartamento.

— Cadê sua chave? — perguntei.

— Debaixo do tapete — ele respondeu. — Mas... shhhh! É segredo!

— Claro — respondi.

Nossa, belo esconderijo para colocar uma chave. Lembrei de meu pai que colocava a chave dentro do vaso de flores, sorte que ele parou com isso.

Me abaixei, peguei a chave e em seguida abri a porta. Levei Joey até o seu quarto e ele se jogou na cama.

— Ok, acho que você deveria tomar um banho, vai te ajudar e... — parei de falar.

Adivinha? Sim, ele havia apagado. E estava babando no travesseiro. Que nojo!

Deixei ele do jeito que estava mesmo e sai do quarto, encostando a porta em seguida. Fui até a cozinha e peguei água na geladeira, enchendo um copo. Quando terminei, coloquei o copo no escorredor de louça e sai do cômodo.

Como eu havia esquecido de ligar o interruptor quando chegamos, a sala estava praticamente escura. O pouco de iluminação que tinha, vinha de uma fresta da cortina que não estava totalmente fechada.

Então acabei batendo com a canela no pé da mesinha de centro e algo caiu no chão. É eu havia me esquecido que a infeliz estava ali.

Puta que pariu! Doeu para caralho! Me aguentei para não xingar alto.

Me abaixei e vi que tinha deixado cair uma pastas. Peguei tudo e coloquei de volta na mesinha, mas algo acabou chamando minha atenção. Havia um “Mitchell” escrito na frente de uma das pastas.

Devia ser a pasta de informações que Joey estava coletando sobre a minha mãe. Não resisti e resolvi abrir, afinal, não fazia mal eu dar uma olhadinha né? Eu que havia pedido mesmo.

Peguei o celular no bolso e apertei em um dos botões, iluminando um pouco para que eu pudesse ler. Olhei a primeira folha e mal pude acreditar no que havia acabado de ler.

Não. Isso deve ser um engano.

Folheei as outras páginas e percebi que não havia lido errado.

Não era o que eu estava pensando. Não mesmo.

Não havia nada naquelas folhas a respeito de minha mãe. Mas sim de outra pessoa: eu.

Aquela pasta era praticamente um dossiê sobre a minha vida. Meus históricos de aula, certificados de cursos, fotos de premiações do time de Hóquei, e até mesmo as minhas cartas de aceitação nas faculdades que havia passado.

Mas... como ele teve acesso a essas informações? E o mais importante: Por que ele procurou tudo isso?

A primeira pergunta era fácil de responder: Ele era um hacker. Ter acesso a esses arquivos deve ter sido moleza para ele. Mas sobre a segunda pergunta, eu não tinha uma resposta concreta.

Joey deveria estar pesquisando sobre a minha mãe, foi isso que eu pedi a ele.

Percebi que eu deveria sair do seu apartamento o mais rápido possível. Joey não podia nem sonhar que eu havia visto essa pasta.

Então a guardei de volta no lugar e sai do apartamento, colocando sua chave debaixo no tapete como estava antes. Atravessei o corredor e peguei minhas chaves no bolso, abri a porta e entrei. Joguei a chave, carteira e o celular no balcão da cozinha e fui para o meu quarto, deitando na cama em seguida.

Fechei os olhos e tentei dormir, mas não consegui. Só conseguia pensar naquela pasta e no seu conteúdo sobre mim.

Abri os olhos e encarei o teto branco do quarto.

Joey não era um simples nerd ingênuo que tinha problemas para falar com garotas. Pelo contrário. Ele era muito mais inteligente e ardiloso do que eu pensava.

Eu havia subestimado Joey.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Qual será o motivo do Joey ter aquela pasta com informações do Logan? Hmmmm, é o que vamos descobrir nos próximos capítulos. TAM TAM TAM TAM. ~música de suspense~

E viram? O Logan não cedeu aos encantos da "peituda gostosona"! Acho que deu para ter certeza agora, que ele realmente ama a Ashley (AWN).

* Ainda não terminei de planejar o próximo capítulo, mas posso dizer que vai ter POV da Ashley.

Gente, não esqueçam de deixar os seus comentários. Pode ser pequeno, sem problemas, não ligo para o tamanho. Digam o que vocês mais gostaram, o que não gostaram e se tiverem alguma pergunta... podem fazer!

Ok, era isso. Até o próximo capítulo amores õ/

Big Time Kisses.
Love vocês S2



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