I'm Crazy For You escrita por Maremaid


Capítulo 36
Vamos falar sobre aquele assunto...


Notas iniciais do capítulo

Wazzzaaaaa!

Tudo bem meus amores? Estou bem, tirando esse maldito resfriado :/

Estava com saudades dos meus leitores amadinhos. Vocês sentiram a minha falta também? (Não!) E de ICFY? (Sim!) Hahauahuahaua, ok parei.

Eu sei que minhas desculpas - esfarrapadas - já está virando rotina. Mas... em minha defesa, a culpa dessa vez não foi inteiramente minha. Nyah ficou em manutenção por vários dias, minha internet não estava querendo colaborar, tirando o monte de coisa da faculdade que eu tinha para fazer.

Enfim, ICFY está de volta e isso que importa! (Vivaaaa)

* O começo do capítulo tem um pouco de Lash, mas o final está... hm, tenso. Não queiram me matar por causa disso, por favor. Obrigada, de nada u.u

P.S: Ah, estou postando agora, porque hoje não tive aula! #WooHoo

Então, boa leitura e nos vemos nas notas finais!



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POV LOGAN:

Acordei tarde no domingo. Havíamos chego do Arizona ontem a noite e eu estava bem cansado da viagem. Fiquei conversando só um pouco com os caras na sala, e depois que o Kendall foi na casa da Sam, resolvi subir e dormir. Só cai na cama e capotei. Acho que não tinha uma boa noite de sono como essa faz tempo. E isso foi ótimo, porque acordei renovado e decidi falar com o meu pai sobre a minha mãe.

Durante essa semana que estivemos no Arizona, eu sonhei várias vezes com aquela mulher que eu vi na rua, e também com a foto que eu achei no escrito do meu pai no dia do Natal. Estranhamente, os sonhos tinham uma certa conexão entre si, como se fossem um quebra-cabeça só esperando para ser montado. Mas essa noite, foi a única que eu não tinha tido nenhum sonho deste tipo, por isso dormi tão bem. Bom, pelo menos eu acho que foi por causa disso. Pode ter sido só o cansaço também.

Quando estava saindo de casa era 11 da manhã, e os caras estavam na cozinha decidindo aonde iam almoçar. Sim, no fim de semana nunca fizemos comida. Quer dizer, eles. Por que... como vou dizer? Hm, não sou o que se pode chamar de bom cozinheiro. Avisei que eles poderiam ir sem mim, porque iria na casa do meu pai e qualquer coisa almoçaria lá.

Como a casa não era muito longe da minha, alguns minutos depois eu já estava estacionando o carro na garagem. Abri a porta da frente com a chave que – por um milagre – meu pai ainda não tinha tirado de mim. Quando entrei, avistei uma cabecinha morena no sofá, que se virou assim que escutou o barulho na porta.

— Loggie! Oi!

Alice veio correndo na minha direção e pulou em cima de mim. A peguei no colo.

— Oi Ali! Como vai a minha princesinha? — perguntei dando um beijo em sua bochecha.

— Muito bem! E você? Como foi no Arizona? É verdade que você conheceu o Gray 101? Eles são legais? Vocês bateu foto com algum deles? Me conta, me conta!

— Nossa, quantas perguntas! — disse e ela riu — Foi muito legal no Arizona, o lugar é lindo. Eu conheci o Gray 101 sim, e eles são muito gente boa. Batemos foto com eles também, está no Twitter da banda. Pede para a Ash te mostrar depois.

— Que legal! Pode deixar, eu vou pedir sim — ela falou animada. A coloquei no chão, porque meu braços começaram a doer. O que foi? Não sou fraco não, Alice que está ficando pesada.

— Eu preciso falar com o papai. Ele está em casa? — perguntei.

— Não, tio Eric saiu bem cedo hoje. Disse que tinha resolver uma coisas, mas acho que daqui a pouco ele já chega.

Era estranho ouvir Alice se referindo ao meu pai como “tio Eric”. Às vezes parecia que ela era minha prima, e não minha meia-irmã. Mas acho que com o passar do tempo, ela vai acabar o chamando de pai.

— Ok então, eu espero — falei e me dirigi até o sofá, e me joguei no mesmo em seguida.

— Posso te fazer companhia Loggie? — Alice perguntou se sentando no outro sofá. Fiz que sim com a cabeça — Está passando Maratona de Fanboy & Chum Chum, você quer ver?

— Claro, adoro esse desenho.

— Oba! Eu também! — ela pegou o controle e aumentou o volume da TV.

Ficamos um tempo assistindo o desenho, rindo nas partes engraçadas. Até que escuto passos vindo da escada e viro a cabeça para ver quem era. Ashley olhou na nossa direção com as sobrancelhas arqueadas e cruzou os braços vindo na nossa direção.

— Ah, olha quem resolveu dar sinal de vida... — ela disse, mantendo a expressão séria. Ops, estou ferrado.

A última vez que eu havia falado com Ashley, foi ontem antes de sairmos do hotel e eu disse que ligaria quando chegasse. Mas adivinhem? Eu esqueci! Por sorte, Ash não é escandalosa igual a amiga dela. Senão, teria lotado o meu celular com mensagens de texto e chamadas.

— Oi, amor — tentei ser o mais carinhoso possível — Pensei que você ainda estava dormindo. Vem cá — Me ajeitei no sofá, e dei dois tapinhas para que ela se sentasse ao meu lado.

— Ao contrário de certas pessoas, eu não acordo tarde — Ela se sentou no outro sofá, ao lado da irmã.

Isto foi uma indireta para mim? Ok, vou fingir que não percebi.

— Hm, Ali... por que você não vai dar uma olhadinha no Toby? — disse, querendo ficar sozinho com a minha namorada.

— Não precisa. Tenho certeza que ele está ótimo — Ash se intrometeu e me encarou por alguns segundos, depois voltou a atenção para a TV. Pois é, ela está brava. Parabéns Logan, você é um excelente namorado! Só que não.

— Talvez ele queira brincar um pouco... — insisti.

— Tudo bem, eu vou lá — Alice ficou em pé em um pulo e foi saindo da sala — Hm, Loggie?

— Sim? — perguntei. Alice estava parada no meio do caminho.

— Se você queria ficar sozinho com a Ash, era só dizer ­— depois se virou e foi em direção a área de serviço. Que garota esperta!

— Amor... — me levantei e sentei ao seu lado no sofá. Tentei pegar na sua mão, mas ela não deixou.

— Não me venha com amor! Custava mandar uma mensagem dizendo que estava bem? Eu fiquei preocupada!

— Eu sei, eu sei. Me desculpa. Eu acabei me esquecendo. Juro que não fiz de propósito. Ashley, por favor.

— Não! Ainda estou chateada com você — ela cruzou os braços e ficou de costas para mim no sofá.

— Hm... tem certeza que você não quer reconsiderar? — dei um beijo no seu pescoço e senti ela se arrepiar — Hein?

— Isso é jogo sujo, não vale — ela disse baixinho.

— Claro que vale — distribui mais beijos pelo seu pescoço até chegar no seu ouvido. Mordi o lóbulo de sua orelha e sussurrei em seguida: — Eu senti muito a sua falta.

— Eu... também senti — ela se virou e me encarou por uns segundos, depois deu um suspiro como estivesse se rendendo — Droga, não consigo ficar brava com você por muito tempo.

— Eu sou muito irresistível, eu sei disso — me gabei, dando um sorrisinho de lado.

— Claro, igual uma pizza transbordando borda de catupiry — ela ironizou.

— Se você quer dizer que eu sou gostoso... concordo — falei.

— Não, não. Quis dizer que você é tão gordo, que chega a transbordar.

— Oxi, essa doeu! — fingi me sentir ofendido. Ela deu uma gargalhada — Perdoado então? — perguntei.

— Depende. Trouxe presente para mim? — Ela perguntou. Fiz que não — Acho que você tem que pedir uns conselhos para o Kendall de como conseguir o perdão de uma garota.

— Espera, você já está sabendo disso? — perguntei surpreso.

— Sim. A Sam me ligou ontem contando que ganhou um livro do Kendall. Detalhe: Já passava da meia-noite.

— Sua amiga não é certa da cabeça...

— É, eu sei. Mas eu amo aquela doidinha mesmo assim — ela respondeu.

— E eu? — perguntei.

— O que tem você?

— Você também me ama?

— Hm... deixa eu pensar — ela colocou a mão no queixo e fingiu pensar no assunto — Claro que sim, seu bobo! — ela sorriu.

— Não, quero ouvir você falando aquelas palavrinhas... — falei. Ela revirou os olhos.

— Tá bom — ela se aproximou mais de mim, deixando sua boca apenas alguns centímetros da minha — Eu te amo.

— Eu sei — respondi ainda perigosamente perto daquela boca deliciosa dela — Não tem como não se apaixonar por mim — completei. Ela ficou boquiaberta e levou a cabeça para trás, me segurei para não rir da cara de indignada dela.

— Idiota! — ela deu um tapa no meu braço.

Seu idiota — corrigi — Só seu e de mais ninguém.

— Meu idiota — ela sorriu.

Ah, aquele sorriso... era tão lindo, assim como ela. A puxei para mais perto, e ela se sentou no meu colo. Coloquei uma mecha do seu cabelo, que insistia em tapar seu rosto, para trás da orelha. Não consegui mais resistir e a beijei.

Passei minhas mãos pela sua perna, apertando suas coxas. Ela estava com as mãos no meu cabelo, o puxando com força. Céus, como eu estava com saudades de tocá-la, de sentir o seu cheiro, de beijá-la, de...

— Au!

Paramos de beijar na hora e Ash saiu do meu colo, ficando vermelha. Olhei na direção de onde o som havia vindo. Alice estava parada no meio da sala com Toby nos braços.

— Eu deixo vocês sozinhos por alguns minutinhos e acontece isso? Eca! — ela fez uma careta.

— Hm... é que... — Ash se enrolou toda para falar. Isso porque foi Alice que nos pegou, imagina então se tivesse sido meu pai ou a sua mãe vendo essa sessão de amassos. Acho que ela tinha um treco.

— Ali, nós somos namorados. E namorados fazem essas coisas — expliquei.

— Então eu nunca vou namorar! Isso é tão nojento! — ela fez cara de nojo. Olhei para Ash, ela olhou de volta para mim, e caímos na gargalhada — É sério! Não tem graça. Parem de rir de mim!

Não paramos. Isso só fez nós rirmos mais ainda.

— Olha, eu só vim aqui para avisar que o almoço já está pronto. Tchau — ela disse e saiu mantendo a expressão séria, quem nem combinava com o seu rostinho angelical.

Já havíamos parado de rir, mas Ashley anda estava com o rosto vermelho. Passei a mão na sua perna, por cima da maldita calça jeans e lhe dei um sorriso malicioso.

— Então, onde estávamos mesmo? — perguntei.

— Indo almoçar — ela retirou minha mão da sua perna, me deu um selinho e se levantou. Soltei um suspiro longo e me levantei, a acompanhando até a cozinha.

Encontramos Tereza colocando uma travessa na bancada de mármore, e Alice terminando de distribuir os talheres na mesa.

— Oh Logan, que bom revê-lo! — Tereza veio até mim e me abraçou forte — Como foi no Arizona?

— Muito legal — respondi sorrindo.

— Que ótimo! — ela se sentou, e apontou para a mesa — Vamos, sente-se.

— Obrigado Sra... — nem termino de falar e já vejo a sua cara de reprovação. Me corrijo — ...Tereza.

— Melhor assim — ela sorri e se senta na mesa.

Era estranho chamá-la pelo nome. Eu posso até reclamar que o meu pai não foi tão presente na minha infância como eu desejava, mas tenho que admitir que ele sempre me ensinou a ser bem educado com as pessoas mais velhas. Nunca chamei ninguém pelo nome, era sempre “Senhor” e “Senhora”, até mesmo pessoas da minha família, como o meu Tio Henry.

Mas com Tereza era diferente. Porque, um: ela mesma havia pedido para que eu a chamasse pelo nome. Dois: ela era agora minha madrasta, e se referir a ela como Sra. Mitchell seria um tanto quanto.... estranho. Três: Ela ainda é nova para ser considerada uma senhora, já que está na casa dos 30 e poucos anos.

Sentamos a mesa, e Alice fez questão que eu sentasse ao seu lado. Fui pego de surpresa pelo seu convite. Ashley riu.

— Você está querendo roubar meu namorado agora Srta. Alice? — Ash colocou as mãos na cintura e fingiu estar brava com a irmã.

— Não! — Alice se defendeu, arregalando seus olhos verdes — Eu só queria sentar ao lado do Loggie, porque gosto muito, muito dele. E só vejo ele como meu irmão. Sem falar, que ele é muito velho para mim.

— Eu não sei se me sinto ofendido ou não, depois dessa — digo e faço uma cara triste.

— Desculpa Loggie! Eu não quis dizer isso. Ai meu Deus, me desculpa! — Alice implorava.

Tento manter a expressão triste, mas não aguento e acabo deixando escapar um sorriso.

— Tudo bem Ali, está desculpada.

Ela solta um suspiro de alivio. Vejo Tereza se divertir com a nossa pequena brincadeira a mesa. Durante o almoço, conto mais a elas sobre a ida ao Arizona, e aproveito para contar sobre os shows na Califórnia. Alice fica empolgada e pergunta se pode ir ao show. Respondo que não, pois só podem entrar maiores de 14 anos. Ela faz uma carinha triste e diz entender. Então prometo que iria arrumar autógrafos com os caras do Gray 101 e vejo seu sorriso aparecer novamente.

Quando estamos terminando o almoço, meu pai chega na cozinha e sorri ao ver todos reunidos.

— Boa tarde família — ele diz animado.

— Boa tarde — respondemos todos juntos.

— Oh filho, não esperava ver você aqui. Que surpresa boa! — ele vem até a mim, e eu levanto para abraçá-lo.

— Loggie disse que queria falar com você Tio Eric — Alice diz, assim que meu pai já tomou o seu lugar na mesa.

— Ah, é mesmo? E o que seria? — ele pergunta descontraído, colocando um pouco de macarrão no seu prato.

Sinto os olhos de todos na mesa sobre de mim. Não quero falar que o assunto é sobre a minha mãe. Pois isso podia, de alguma forma, machucar Tereza. Sem falar que eu ainda não havia falado sobre aquela foto que achei para Ashley.

— Hm... não é nada demais — respondo, dando de ombros. Espero que eles não percebam que eu estou enrolando — É apenas sobre... sobre... umas coisas da faculdade. Sabe, apenas tirar algumas dúvidas.

— Claro filho! Terei o maior prazer em te ajudar — ele diz sorrindo e eu apenas aceno positivamente em resposta.

Quando todos já terminaram de comer, vamos para a sobremesa. Uma torta deliciosa de chocolate que Tereza havia feito.

Parecia que o tempo não passava nunca, e o nervosismo dentro de mim só aumentava. Todos as conversas com o meu pai que diziam respeito a minha mãe se tornavam tensas. Ele sempre acabava ficando nervoso do nada, e pedia para eu não tocar mais no assunto. Quando eu era pequeno, achava que ele não queria falar sobre mamãe por sentir muito a falta dela. Mas agora, eu acho que os motivos podem ser outros. Eu só não sabia quais eram, mas iria descobrir.

Meu pai se levantou e saiu da cozinha. Coloquei meu prato e os talheres de sobremesa dentro da pia e agradeci Tereza pelo almoço. Depois fui atrás do meu pai. O encontrei na sala, recolhendo sua pasta e o paletó que havia deixado sobre o sofá.

— Pai? — o chamo.

— Sim? — ele olha para mim por cima do ombro.

— Será que podemos conversar agora? — pergunto. Coloco as mãos no bolso da jaqueta, tentando esconder minha inquietação.

— Claro ­— ele faz menção em sentar no sofá.

— Hm, pode ser no seu escritório? — pergunto. Ele para e me olha por alguns segundos, mas depois assenti.

Vamos até o escritório, e eu tranco a porta. Não quero que ninguém interrompa nossa conversa, senão eu posso não ter mais coragem de falar sobre isso novamente.

— Então, quais são as suas dúvidas sobre a faculdade? — ele pergunta, já sentado em sua mesa.

Nesse momento, ele parece o advogado Eric Mitchell, com sua postura correta e as mãos sobre a mesa, aguardando o seu cliente falar. Mas eu precisava agora era do meu pai, e não do profissional exercendo um caso. Respirei fundo, e sentei na cadeira a sua frente. Ela era um pouco desconfortável, assim como a conversa que vamos ter.

— Na verdade... — comeco — O que eu tenho para falar não tem relação com a faculdade.

— Não? — ele pergunta confuso — E sobre o que seria então?

— Sobre... a minha mãe ­— respondo.

Fechei os olhos já prevendo o discurso que ele ia começar a fazer por eu ter tocado nesse assunto. Mas ele não falou nada, pelo contrário, o lugar estava em completo silêncio. Abri os olhos para certificar que meu pai ainda estava ali, e realmente estava.

— O senhor não vai falar nada? — pergunto.

— Enquanto eu não souber exatamente onde você quer chegar, não — ele responde calmamente, sem alterar o seu tom de voz.

— Ah... okay então — digo surpreso. Retiro a foto do meu bolso de trás da calça devagar, e a coloco com cuidado na sua mesa com o lado branco para cima — É sobre essa foto.

Ele pega a foto e a vira. Sua expressão muda drasticamente quando ele vê do que se trata.

— Onde você conseguiu isto?

— Aqui mesmo no seu escritório — respondo.

— Quantas vezes eu tenho que dizer que não é para entrar no escritório sem a minha permissão? Você não é mais uma criança Logan! — ele exclama.

— Isso não vem ao caso no momento — digo firme — Eu quero saber o por que de você nunca ter me mostrado esta foto.

— Oras, mas é claro que vem! — ele desconversa — Você sabe que eu não gosto que mexa nas minhas coisas, principalmente aqui no escritório, onde eu tenho documentos importantes do trabalho.

— E pelo jeito, segredos também — murmuro baixinho.

— O que você disse?

— Segredos, pai! Segredos! Olha, eu sei que fiz errado em pegar esta foto, mas isso não teria acontecido se o senhor não tivesse a escondido de mim! Você disse que não tinha fotos da minha mãe!

— E eu não tenho mesmo. Nossa, nem sei onde você achou essa foto e... — dava para ver claramente que ele estava tentando me enrolar, como se eu fosse um idiota.

— Chega! — o interrompi. Falei tão alto, que ele chegou a me olhar surpreso — Para de mentir para mim! Eu quero a verdade, pai!

— Tudo bem — ele suspirou e largou a foto na mesa. Sua expressão era de dor. Será que ele está se sentindo mal? — Você tem toda razão filho, está na hora de você saber a verdade.

Então ele pega o seu molho de chaves do bolso, e escolhe uma das chaves. Empurra a cadeira um pouco para trás, sem se levantar, e se inclina para baixo, onde estão as gavetas.

Espera... a gaveta com fechadura!

Me levanto e me inclino sobre a mesa, e vejo a hora que ele abre a gaveta e retira de dentro dela uma caixa de madeira que também está trancada, só que com um cadeado. Ele escolhe outra chave no seu molho, mas agora uma pequena e dourada e abre a caixa.

— Pronto — ele diz, empurrando a caixa na minha direção — Aqui dentro está o que eu escondi de você todos esses anos.

Pego a caixa na mão, e me sento novamente, a apoiando nas pernas. Dentro da caixa havia várias coisas, como fotos, cartas...

As fotos... são de minha mãe. Sim, tenho certeza que é ela. É a mesma garota que está abraçada ao meu pai naquela foto que eu tinha. Há fotos dela com um grupo de outros jovens, que deveriam ser os seus amigos de faculdade. Algumas dela sozinha, sentada na grama, estudando, de óculos escuro fazendo careta... E várias - várias fotos mesmo - dela com o meu pai. Em todas elas, eles estavam abraçados, sorrindo um para outro, os olhos brilhando, era visível como se amavam.

— Eu... eu... — nem sabia ao certo o que dizer. Eu estava surpreso demais com tudo isso. Eu só tinha visto uma foto da minha mãe em toda a minha vida, e de repente, tinha várias na minha frente.

— Me desculpe Logan. Eu sei que fiz errado em não te mostrar estas fotos antes. Mas você era tão novo para saber disso tudo. E agora, eu sei que você tem maturidade suficiente para entender.

— Eu não estou entendendo onde o senhor quer chegar, pai — disse confuso.

— Logan... — ele se levantou, deu a volta na mesa e parou na minha frente em pé – Há algo sobre a sua mãe que eu não te contei.

Eu estava até com medo de perguntar o que era. O rosto de meu pai estava tão sério, que eu já estava pensando nas piores hipóteses.

— Antes que eu te conte o que é... eu só quero que você saiba que só fiz isso para te proteger. Em nenhum momento, quis te privar da verdade. E por favor, por favor, não me odeie por isso.

— Pai, o senhor está me assustando...

— Logan, a sua mãe... — ele se interrompeu, talvez pensando nas palavras certas a serem ditas — Ela.... ela...

— O que tem ela? Fala logo! — eu não aguentava mais aquele suspense todo.

Ele olhou diretamente para mim, seus olhos estavam umedecidos como se fosse chorar a qualquer momento. Ele mordeu o lábio, uma mania que eu havia pego dele. Uma sensação ruim tomou conta de mim enquanto eu aguardava ele se pronunciar.

Então ele respirou fundo, e abriu a boca para falar:

— ...Sua mãe não morreu.

— O QUÊ!?

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

*tam tam tam tam*

AHÁ! Aposto que por essa vocês não esperavam, não é? u.u #Muahaha

*SPOILER* No próximo capítulo:
>> Eric vai contar para Logan o que aconteceu com a sua mãe.
>> Vai ter POV da Ashley e do Logan.
>> Hm, acho que só isso mesmo '-'

Então, o que vocês acham que aconteceu para o Eric ter escondido do Logan que a sua mãe não morreu? Palpites? Me digam!

Quem vai deixar um comentário super legal para a Tia Mari? ó/ õ/ o/ ô/ ò/

Se tudo der certo, no fim de semana eu já posto o próximo (Não é de certeza).

Big Time Kisses :*

Love vocês S2



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