I'm Crazy For You escrita por Maremaid


Capítulo 33
Entrando em uma fria


Notas iniciais do capítulo

Waaazzaa!

Então, duas semanas se passaram (de novo), mas eu voltei!
Gente, me desculpem mesmo. Mas eu estou sem tempo e para piorar sem inspiração #TristeVida

Ah, eu postei no blog uma pequena entrevista sobre ICFY e respondendo algumas perguntas. Quero agradecer de novo a Duda, Star Girl e Triz por terem me ajudado enviando as perguntas. (LINK: http://mari-fanfics.blogspot.com.br/2014/04/entrevista-im-crazy-for-you.html#more)

* Capítulo dedicado a MaahMaslow que recomendou a fic. Muito obrigada :3

* POV Hanna e Carlos

Boa leitura!



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POV HANNA:

Ajeitei a minha touca no reflexo do elevador, e suspirei me apoiando na parede. Meu coração batia mais rápido do que o normal e senti uma leve falta de ar. É claro que eu não tenho pavor de lugares fechados, afinal, ando de elevador a minha vida inteira já que moro no último andar. Eu estava nervosa. Tudo isso porque eu iria sair em um encontro com James.

Ok, não era assim tãããão simples afinal. Porque... EU IRIA SAIR COM JAMES DIAMOND!

Justo o garoto que no dia que eu conheci e esbarrou em mim, eu desejei nunca mais ver na vida. O garoto no qual eu encontrei novamente em um show, e o vi várias vezes depois disso também. O garoto que sempre flertava comigo e mesmo eu dando vários foras, não desistia. O garoto que eu percebi que se importava comigo e me defendeu no dia do baile. O garoto mais lindo, charmoso, cheiroso e que beija incrivelmente bem que eu já conheci em toda a minha vida. O garoto que eu não consigo tirar dos meus pensamentos nem quando estou dormindo, porque sempre resolve fazer uma “visitinha” nos meus sonhos.

O elevador parou, indicando que eu havia chegado ao térreo. Empurrei a porta pesada com força e sai. Acho que o meu prédio é o único da face da terra que ainda não tem uma porta automática.

Acenei para o porteiro, cujo nome eu não sabia, e sai do prédio. Estava ventando um pouco, e eu cruzei os braços na tentativa de esquentar. Ontem estava tão quente no casamento e hoje está esse frio. Argh.

Desci os poucos degraus que tinha na entrada, não precisei abri o portão com a minha chave, porque o porteiro já tinha destravado para mim.

Caminhei pela calçada, até encontrar o carro de James estacionado no outro lado da rua. Quando cheguei na frente dele, me inclinei sobre o vidro fumê e só consegui perceber que James estava sentado no banco no motorista com o assento inclinado para trás. Bati de leve no vidro. Alguns segundos depois, a janela abaixou.

— Oi, você — ele disse, sorrindo.

— O-oi — respondi, tentando manter a calma já que meu coração resolveu bater ainda mais rápido quando viu aquele sorriso maravilhoso.

James destravou a porta e saiu do carro, parando bem na minha frente. Eu sempre fui considerada alta, com meus 1,74cm... mas perto dele eu me sentia pequena. Meu irmão tinha 1,80cm e James é ainda maior que ele! Talvez... uns cinco centímetros a mais? Não é a toa que o Carlos o chama de “gigante”

— Você está linda — ele disse por fim, se inclinando para me dar um selinho.

— Obrigada — respondi, sentindo meu rosto corar. James e sua incrível habilidade de me deixar envergonhada em poucos segundos — Você também está.

— Eu sempre estou — ele se gabou dando uma piscadinha. Revirei os olhos, mas não disse nada. Porque afinal, ele sempre estava lindo mesmo.

Ele ofereceu o braço, e eu encaixei o meu. Demos a volta pela frente do carro e ele abriu a porta para mim.

— Você não precisa ficar abrindo a porta para mim — disse, e logo me arrependi quando vi sua expressão surpresa. Agora ele deve estar pensando que eu sou mal agradecida e que não gosta das pessoas fazendo gentilezas para mim. (O que era um pouco verdade, mas ok) Tentei me corrigir — Desculpa. Quis dizer que...

— Tudo bem Hanna — ele me interrompeu — Você só acha desnecessário que um garoto abra a porta do carro para você, porque isso é muito clichê. Acertei?

— Sim — respondi, aliviada. Era exatamente isso que eu pensava.

Entrei no carro, e fechei a porta. James deu a volta e entrou, colocando o cinto de segurança e em seguida girou a chave.

— Aonde vamos? — perguntei curiosa. Eu não fazia a mínima ideia onde nós iriamos. Ele olhou para mim e sorriu de lado, depois olhou para frente e deu partida no carro — James... estou falando com você.

— Eu ouvi — ele respondeu, tirando o carro do estacionamento e entrando na estrada — Mas não posso te contar. É surpresa.

— Não gosto de surpresas — murmurei, cruzando os braços e fiz bico.

— Mas essa você vai gostar.

[...]

— É sério? — disse quando ele parou o carro, após uns quinze minutos de viagem. Ele havia estacionado bem em frente a um rinque de patinação — Por favor, diga que você está brincando!

— Claro que não estou. James Diamond nunca brinca — ele falou na maior naturalidade, como se falar de si mesmo na terceira pessoa não fosse algo estranho — Você não gostou?

— Não é isso. Hm, é que... eu nunca patinei no gelo — disse por fim. Ok, eu já havia patinado antes, mas foi naqueles patins com rodinhas que você anda na rua. Agora patinar em algo que tem uma lâmina debaixo do seu pé, é outra história.

— Não tem problema, eu te ensino — ele disse.

— E desde quando você sabe patinar? — perguntei surpresa. Nós moramos em Los Angeles, e mesmo sendo inverno não é de nevar aqui. Então, como diabos ele sabia patinar!?

— Eu e os caras participávamos todo ano das Olimpíadas de Inverno do time de hóquei da escola. Tenho até troféu.

— Uau! — foi a única coisa que eu disse. Afinal, será que tem alguma coisa que esse garoto não saiba fazer? Eu estava achando que não.

Ele riu, abrindo a porta do carro e saiu. Resmunguei baixinho e permaneci sentada. Ele ficou fazendo sinal para eu sair, mas eu neguei com a cabeça. Então ele revirou os olhos e abriu a minha porta.

— Será que eu vou ter que te carregar até lá? — ele ergueu uma sobrancelha. Quando ele fez menção em realmente me pegar, levantei as mãos para cima em sinal de rendição e sai do carro.

— Só avisando... se eu me machucar, a culpa vai ser toda sua — avisei, enquanto andávamos lado a lado em direção ao rinque.

— Você não vai se machucar, porque eu sou um ótimo professor — ele respondeu.

Esqueceu de convencido — murmurei baixinho.

— Eu ouvi.

— Então — disse, mudando de assunto — Você sempre traz as garotas que você sai para patinar?

— Não. Só trouxe uma garota aqui antes de você — ele respondeu. Entramos no rinque.

— Hm, legal — respondi seca. Não que eu me importasse muito com isso. Qual é, eu sei que ele já deve ter saído com muitas garotas e... tá bom! Eu estou curiosa para saber quem foi essa tal garota importante que ele trouxe aqui!

— Foi a minha prima — ele respondeu como se estivesse lendo meus pensamentos — Mas eu não precisei ensiná-la. Afinal, ela é de Nova York e se duvidar patina melhor que eu. Ficou achando que era alguma garota que eu levei para um encontro, não é?

— Não — disse — Eu imaginei que era mesmo a Jade.

Mentira. Mentira. Mentira.

— Sei... — ele deu uma gargalhada. Quase perguntei o que era tão engraçado, mas ele segurou minha mão — Quanto você calça?

— O quê? — perguntei confusa.

— O número do seu pé — ele explicou — Tenho que pegar um patins para você.

— Aaah, sim. 38 — respondi. Duh, por que ele iria querer saber o número do meu pé a não ser para isso, né Hanna? Eu e a minha super inteligência. Ele sorriu e fez sinal para eu sentar em um banco que tinha próximo de onde estávamos, enquanto ele foi pegar os patins.

Após ele voltar com os patins, e eu coloca-los no pé. Ele levou nossos casacos e o sapatos até o guarda-volumes. Me segurei nele para poder ficar em pé.

Calma Hanna. Não deve ser tão difícil assim. Disse para mim mesma, tentando me concentrar. Pense que são rodinhas iguais os patins que você brincava quando era criança.

Levantei bem os pés, enquanto andava no piso e não escorreguei nem uma vez. Mas assim que coloquei o pé no gelo, me desequilibrei naquela maldita lâmina.

— Opa! — James me segurou pela cintura, me impedindo de cair de cara no chão — Você não pode beijar o gelo, ok? Se quiser um beijo, estou aqui para isso.

— Há-há. Idiota — disse. Eu bateria nele agora, se não tivesse certeza absoluta que iria me desequilibrar e cair.

Eu havia entrado em uma fria. Literalmente.

— Ah, como eu sentia falta de você me “elogiando” — ele disse ironicamente. Revirei os olhos, mas não disse nada. Ele pegou minhas mãos — Ok, é só você deslizar um pé de cada vez para frente, mas não muito rápido.

Depois de dar algumas voltas, com ele segurando minha mão, James achou que eu estava preparada para patinar sozinha. Ele me soltou e permaneci certo tempo parada, tentando me equilibrar por conta própria. Ok, tudo certo por enquanto.

Deslizei o pé direito para frente, depois o esquerdo e continuei nesse ritmo por cerca de dois metros até que... BOOM! Eu cai de bunda no chão. E doeu!

James começou a rir. E em seguida, patinou em um circulo de 360 graus, sem derrapar sequer uma vez. Exibido.

— Vai ficar aí rindo ou vai me ajudar a levantar? — perguntei, franzindo os olhos, tentando aparentar que estava com raiva.

— Desculpa — ele ofereceu a mão e me ajudou a levantar — Machucou?

— Não, imagina — falei ironicamente — Cair de bunda no gelo duro é algo incrivelmente bom. Estou até pensando em fazer isso de novo por diversão.

— Você fica tão sexy quando é irônica — ele deu um sorriso malicioso.

— Pare de flertar comigo Sr. Diamond. Eu sou sua aluna, e você pode ser preso por assédio — brinquei.

— Perdão Srta. Kennedy, mas a culpa é toda sua. Você que roubou meu coração!

— James! — dou uma tapa de leve no seu ombro e ele ri. Sinto meu rosto corar.

— O que eu fiz agora? — ele ergue uma sobrancelha, esperando que eu continue.

— Fica dizendo.... essas coisas — mal consegui formular a frase.

— Só falei a verdade — ele deu de ombros — Agora vamos continuar com a aula. Porque eu cobro por hora.

— Espero que suas aulas não sejam caras — disse, enquanto começamos a patinar, James segurando minha mão novamente, ficando ao meu lado — Você aceita passar no cartão em cinco vezes sem juros?

— E quem disse que o pagamento é com dinheiro, hein?

— Então é com o que? — perguntei. Ele parou de patinar e parou bem na minha frente.

— Uma coisa muito melhor: beijos.

— Desculpa, mas não posso pagar desse jeito. Sou sua aluna, lembra? — falei para provocar.

— Já assistiu Pretty Little Liars? — ele pergunta. Faço que sim. Afinal, Ashley é viciada nessa série e acabou convencendo eu e Sam a assistir também. Acabei gostando — Então, alunos e professores podem ter algo. Desde que ninguém saiba.

— Bom argumento Sr. Fitz. Ops... Diamond — brinquei. Ele riu novamente e eu acabei rindo também — Ok, vamos voltar a aula agora.

— Claro — ele respondeu. E voltamos a patinar.

[...]

Depois de não sei quanto tempo patinando, e de eu ter caído mais umas vinte vezes, resolvi fazer uma pausa. Eu me apoiei no pequeno murinho que ficava em volta do rinque. Inspirei e expirei com calma, quase pensando na possibilidade de ir pegar a minha bombinha no casaco. Mas estava tãão longe. E isso ainda iria render, eu explicando a James que tinha asma. Mesmo eu não tendo dito isso ontem, quando ele fez aquele monte de perguntas sobre a minha vida e perguntou se eu tinha “alergia, doença ou algo do tipo”. E eu tinha dito que não.

— Tudo bem? — ele perguntou, se apoiando no murinho ao meu lado.

— Sim, só estou cansada.... de cair. — falei.

— Ah, isso é normal no começo. Daqui a pouco você pega o jeito — Ele disse como se patinar fosse a mesma coisa que andar de bicicleta. Mas óbvio que não. Era cem vezes mais difícil e exigia muito mais equilíbrio. Algo que eu não tinha.

— Uhum — murmurei. Olhei para a pista e vi todas aquelas pessoas patinando perfeitamente, como se já tivessem nascido com esses malditos patins no pé. Parecia algo tão fácil. James fazia isso parecer fácil — Você pode patinar sem mim.

— Tem certeza? — ele perguntou. Fiz que sim — Tudo bem, vou dar só algumas voltas então — ele se desapoiou do muro.

— Okay — respondi. Em vez de ir direto para a pista, ele se virou na minha direção e passou a mão sobre o meu rosto. Fiquei encarando seus olhos castanho-esverdeados que conseguiam me hipnotizar em frações de segundos. Ele aproximou o rosto do meu, e tocou meus lábios com carinho.

Quando ele se afastou, senti uma vontade maluca de puxá-lo pelo casaco e beijá-lo novamente. Mas ele podia me achar atirada demais. Então tratei de tirar esse pensamento da minha cabeça.

— Já volto — ele disse dando uma piscadinha. Abri a boca, mas não consegui falar nada. Ele então, se distanciou de mim e começou a patinar.

Fiquei observando enquanto ele deslizava pelo rinque todo, com uma habilidade que eu jamais imaginaria que ele tinha. Realmente, há muitas coisas sobre ele que eu ainda não sabia. Mas, que eu não via a hora descobrir.

Uma garotinha loira, com duas tranças enormes, caiu no chão e fez uma careta como se fosse chorar. James chegou perto dela e se abaixou, perguntou algo, e a garotinha acenou com a cabeça. Ele ofereceu a mão e ajudou ela a levantar. Ela deu um grande sorriso, mostrando um dente faltando embaixo, e depois voltou a patinar. Sorri ao ver a cena. James conseguia conquistar até uma menina de – sei lá- sete anos.

Ele deu mais algumas voltas, e depois veio na minha direção, parando ao meu lado. Eu ainda estava apoiada no murinho.

— Está com fome? — ele perguntou. Fiz que sim.

Saímos da pista e eu sentei. Agradeci mentalmente quando James apareceu com os nossos casacos e sapatos. Tirei o patins e calcei a bota. Ah, agora sim eu consigo sentir meus pés novamente!

Comemos na lanchonete que tinha no rinque de patinação mesmo. Pedimos hambúrguer, batata-frita e dividimos um milk-shake (Sim, igual nos filmes). Quase discuti com James, pois ele não queria me deixar pagar a metade da conta. Mas depois dele fazer um discurso de como ele é um cavalheiro e que o cara sempre tem que pagar a conta no primeiro encontro – e blábláblá – eu acabei me dando por vencida e deixei-o pagar.

Quando passamos pela porta, deixando o rinque para trás, James entrelaçou nossas mãos. Dei um pequeno sorriso, enquanto eu festejava e soltava fogos de artificio por dentro. Caminhamos rapidamente pela calçada, até chegar ao carro, pois estava ventando, fazendo ficar ainda mais frio. Ele abriu a porta do carro para mim, mas dessa vez eu não disse nada. Sabe, estava começando a gostar desse cavalheirismo dele.

— Então, você se divertiu? — ele perguntou, quando já tínhamos saído do estacionamento.

— Sim, foi legal. Mas acho que eu vou ficar dolorida por um bom tempo — respondi. Ele deu uma gargalhada, mas continuou olhando para frente.

— Eu posso fazer uma massagem...

— Vou pensar no seu caso... — respondi

— Então pense bem. Porque modéstia parte, eu sou um ótimo massagista — ele respondeu, deixando escapar um sorriso de lado. Nem um pouco convencido, imagina.

— Claro — disse.

O resto do caminho, ficamos rindo e conversando e às vezes cantando quando tocava alguma música legal na rádio. James estacionou o carro na frente do meu prédio. Por que sempre que eu estou com ele o tempo passa tão rápido? Droga!

— Então — ele disse, após desligar o carro — Eu posso te ver amanhã?

— Acho que você vai cansar de mim, se me ver todo dia... — comentei

— Eu nunca vou cansar de te ver — ele sorriu — O que me diz?

— Eu adoraria, mas... preciso trabalhar.

— E terça? — ele insistiu.

— Vou trabalhar também. Assim como quarta, quinta e sexta — disse, antes que ele perguntasse todos os dias.

— Ah, claro... eu havia me esquecido do seu trabalho voluntário nas férias — ele disse, triste.

— Mas sábado que vem eu estou livre — Falei.

— Hm, é que eu não vou estar aqui no próximo fim de semana... Gustavo conseguiu apresentações no Arizona. Vamos abrir o show de outra banda.

— Nossa, isso é... incrível! — Disse. Eu estava feliz por ele e os meninos, afinal, estavam conseguindo realizar o grande sonho de serem famosos. Mas por outro lado, eu estava triste, pois não iria vê-lo.

— Mas você pode ir ao aeroporto... junto com as garotas. Vamos pegar o voo às sete da manhã — ele respondeu.

— Claro — forcei um sorriso — Estarei lá.

Ficamos em um silêncio constrangedor por alguns minutos. Fiquei encarando a rua, fingindo prestar atenção no movimento.

— Acho melhor eu entrar — disse por fim.

— Ah, sim. Eu te levo até lá.

Caminhamos em silêncio, até a portaria do meu prédio. De mãos dadas. Estou começando a gostar dessas coisas românticas.

— Eu adorei o nosso encontro. Espero que tenha muitos outros — ele falou, quando paramos.

— Se depender de mim, terá — disse. Ele sorriu e se aproximou mais de mim, e quando percebi já estávamos nos beijando.

— Hm, tchau Hanna — ele disse quando no separamos.

— Tchau James — respondi — Até sábado.

— Vou contar os dias — ele deu um sorriso. Deu-me um último beijo e se virou, começando a caminhar pela calçada com as mãos no bolso.

Entrei no prédio e fechei o portão. Vi quando ele entrou no carro e deu partida, sumindo na estrada. Virei-me e comecei a subir os degraus.

Seis. Faltam seis dias para ver James novamente.

Pois é, parece que ele não é o único que vai fazer contagem regressiva.

POV CARLOS:

— Pessoal! Chegamos! ­— disse, assim que eu e Jade entramos em casa.

Fui até a cozinha, mas ela estava vazia. Estranho.

Aproveitei e tomei um copo de água. Fui para a sala e encontrei Jade sentada no sofá.

— Acho que temos a casa só para nós — ela disse com um sorriso malicioso. Ela abriu o sobretudo, revelando a blusa justa e a saia que ela usava por baixo.

— Hm, acho que sim — disse tirando o casado desajeitadamente e joguei no chão. Sentei ao seu lado no sofá e ela agarrou meu pescoço me beijando. Ela se deitou e eu fiquei por cima dela, sem parar o beijo.

— Por favor, vão para o quarto!

Olhei assustado para cima. Kendall fez uma careta, e passou em direção à cozinha. Sai de cima de Jade, e ela ajeitou a roupa. Pronto, acabou o clima. Valeu mesmo, Knight.

— Você não deveria estar em casa a essa hora! — exclamei.

— Se eu soubesse que iria presenciar essa cena, com certeza teria ficado dando umas voltas de carro por aí mesmo — ele voltou para a sala, com um saco de salgadinhos e um refrigerante de latinha na mão — Mas não se preocupem comigo, já estou voltando para a minha caverna.

Ele deu um aceno e subiu as escadas.

— Pense no lado bom, poderia ter sido o James — Jade comentou.

— Ah, claro. Daí eu não estaria vivo nesse momento. Você tem razão — falei. Jade começou a rir.

— Não exagere — ela disse. Passou a mão pelo meu peito, por cima da camiseta — Então, que tal nós continuarmos de onde paramos?

— Eu acho uma excelente ideia — dei um sorriso torto.

Ela me empurrou, fazendo que eu deitasse e ficou por cima de mim. A beijei, enquanto passava a mão pelo seu corpo. Desculpa aí, mas minha namorada é MUITO GOSTOSA!

Um barulhinho indicando que eu havia recebido uma nova mensagem de texto, tocou. Ignorei e continuei beijando Jade.

— Você não vai ver quem é? — Jade perguntou, interrompendo o beijo.

— Não, depois eu olho — respondi, voltando a beijá-la.

— Mas pode ser algo importante — ela interrompeu o beijo novamente e se levantou.

Mas que droga! Primeiro o Kendall, agora esse maldito celular!

Jade pegou meu casaco no chão e revistou os bolsos, até achar o celular. Sentou-se ao meu lado, e o entregou para mim. Desbloqueei a tela e olhei a mensagem de um número desconhecido:

“Oi gatinho, adorei a nossa noite ontem. Quando vamos nos vemos de novo? Xoxo, Lexy”

Lexy? Eu não conheço nenhuma garota com esse nome! O que me leva a uma conclusão: Essa mensagem não era para mim.

— Quem é, Los? — Jade perguntou se inclinando um pouco na minha direção.

— Ah... — bloqueei a tela e guardei o celular no bolso da calça — Ninguém. Absolutamente ninguém.

— Então por que você ficou tão nervoso? — ela perguntou, erguendo uma sobrancelha.

Simplesmente porque se ela visse essa mensagem, iria achar que eu tenho algo com essa Lexy. Seja ela quem for.

— Eu não fiquei nervoso — Fiz um sinal com a mão, como se quisesse dizer “besteira”.

— Você está mentindo. Me deixa ver esse celular — ela estendeu a mão e fez uma cara séria.

— O quê? Eu não fico pedindo para ver o seu celular! Sabia que isso se chama “invasão de privacidade”? Além diss...

— Carlos Roberto Garcia Jr, dá a porcaria desse celular agora ou eu vou arrancar de você! — ela disse em tom de voz alto, me interrompendo.

Tirei o celular do bolso e entreguei para ela. A minha sorte é que a tela está bloqueada. Jade mexeu no celular e arregalou os olhos.

— QUEM É LEXY? — ela praticamente gritou, me lançando um olhar furioso. Fiquei com medo agora. Sério.

— C-como você desbloqueou o celular? ­— perguntei espantando. Ok, eu sei que essa deveria ser a última coisa que eu deveria me preocupar nesse momento. Afinal, eu deveria estar me defendendo.

— Não que isso venha ao caso, mas “CORNDOGS” não é bem uma senha — ela revirou os olhos — E você ainda não me respondeu!

— Amor, eu juro que não conheço nenhuma garota com esse nome. Acredite em mim! — me defendi. Juntei as mãos quase implorando.

— Oh, mas parece que ela te conhece! Escuta aqui... EU NÃO TENHO VOCAÇÃO PARA SER CORNA, CARLOS! — ela gritou a última parte. Sério, eu nunca vi a Jade assim.

— Essa mensagem não era para mim! Eu estava com você ontem, lembra?

— Lembro. Mas como eu vou saber que você não foi se encontrar com essa vadia depois de me deixar em casa? Hein, hein?

— Porque eu estou dizendo que não! Jade, você é a única garota na minha vida. Eu te amo!

— Eu não acredito em você!

— J, por favor!

— Não me chama assim! É Jadelyn para você! — ela exclamou, pegando o seu casaco no chão e colocando.

Ok, ela realmente está brava. Tipo, muito mesmo. Porque ela detesta quando alguém a chama de Jadelyn. E se ela pediu para eu chama-la assim, é porque eu realmente estou ferrado.

— Olha, vamos ligar para essa garota e ela vai dizer que foi um mal entendido. Talvez, tenha errado um número só e...

— CALA A PORCARIA DESSA BOCA AGORA!— ela me interrompeu e foi em direção as escadas que levavam ao segundo andar.

— Espera, onde você vai? — perguntei. Ela não me respondeu — O que você vai fazer?

— Não é da sua conta! ­— ela subiu as escadas correndo, mesmo estando de salto.

Me joguei no sofá e coloquei a mão no rosto. Puta que pariu! Que merda! Jade nunca mais vai me perdoar. E pior, eu nem tenho culpa!

Escutei batidas em uma porta e a voz de Jade. Ela estava falando alto, mas não alto o suficiente para eu entender. Depois de alguns segundos, escutei sapatos ecoando pelos degraus, e ela desceu novamente, mas sequer olhou para mim.

— Eu... — tentei falar, mas ela já tinha saído pela porta da frente — A culpa é toda sua! — joguei o celular no chão, indo bateria para um lado, capa para o outro. Foda-se essa merda também.

— Afinal, o que aconteceu aqui? A Terceira Guerra Mundial? — Kendall apareceu, arrumando a gola da jaqueta.

— Recebi uma mensagem por engano de uma garota e agora a Jade acha que eu estou a traindo.

— Tem certeza que você não conhece essa garota? — ele perguntou.

— Claro que não, Knight!

— Ok, ok, só quis ter certeza — ele ergueu as mãos para cima em sinal de rendição.

— Aonde você vai a essa hora? — perguntei, quando percebi que ele estava com a chave do seu carro na mão.

— Levar a Jade em casa — ele disse — Ela me ameaçou dizendo que ia quebrar a porta do meu quarto se eu não a levasse.

— Tenta acalmá-la, por favor. Diz que eu nunca faria isso com ela. Por favor!

— Tudo bem, vou tentar. Mas não posso prometer nada. Você vai ficar bem sozinho?

— Sim... acho que os caras já devem estar chegando.

— Certo. Eu já volto então — Kendall disse e saiu.

Recolhi o celular no chão, peguei o casaco e subi devagar as escadas, indo para o meu quarto. Coloquei tudo na cômoda e deitei na cama, colocando o travesseiro no rosto.

Pois é, eu havia entrado em uma fria.

E das grandes.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Me contem!

Gostaram do encontro do James e da Hanna? E dele tê-la levado para patinar? Haha.

Sobre a briga entre Jade e Carlos.... Eu sinceramente achei fraquinha. Por mais que eu adore uma treta, às vezes não consigo escrever uma que fique interessante (Então desculpa se não ficou boa).

P.S: Referência a Pretty Little Liars, porque eu AMO essa série!

P.S²: Sim, o nome verdadeiro da Jade é Jadelyn mesmo. Jade é apelido porque ela não gosta do nome haha.

*SPOILER* No capítulo 34...
>> Os meninos estarão indo para o Arizona, para abrir o show da tal banda.
>> Vai ter algumas cenas ainda no aeroporto, antes deles decolarem.
>> Provavelmente, Carlos e Jade já vão ter voltando (Não é de certeza)
>> Logan vai ver uma pessoa na rua, e vai achar que está ficando louco #Suspense
>> Ainda não sei de quem vai ser os POVs
>> É isso. Haha

Quem vai deixar um comentário para a Tia Mari levanta a mão! õ/ o/ ô/ ó/ #Parei

Ok, gente... é isso por hoje. Vou tentar não demorar para postar o próximo capítulo.

Big Time Kisses :*

Amo vocês S2



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