I'm Crazy For You escrita por Maremaid


Capítulo 30
Apostando no amor


Notas iniciais do capítulo

Waaazzaaa!

Tudo bem meus amores? Eu estou bem, obrigada por perguntarem u.u #Parei

Então, eu deixei alguns spoilers desse capítulo lá no blog? Vocês viram? Espero que sim.

Ok.... boa leitura e nos vemos nas notas finais! õ/



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POV JAMES:


O ano finalmente havia acabado. Já estávamos na primeira semana de janeiro e em breve estaríamos indo para a faculdade. Por causa do nosso contrato com a Rocque Records, não podíamos sair de Los Angeles, então iríamos fazer faculdade aqui mesmo. Cada um em uma faculdade diferente, porque não passamos nas mesmas. Exceto o Logan que passou em todas que havia se inscrito. Nerd.


Eu havia passado o natal e o ano novo em Nova York, onde minha família mora. Jade foi junto, porque os pais dela também moram lá e convidou o Carlos, que acabou indo junto. Foi divertido. Mas ver o meu tio chamando meu amigo de "genrinho" foi um tanto... Estranho. Mas ok, eu me acostumo. Afinal, ele vai acabar entrando para a família mesmo.


A mãe e a irmã do Kendall, passaram as festas junto com a família da Sam (Foi ideia do pai dela) e ele disse que foi muito legal. Ah, e que o irmãozinho da Sam se apaixonou pela Katie, mas ela não deu bola para ele. A baixinha realmente não é fácil.


Logan e Ashley também passaram juntos, afinal, são quase uma família agora. Não do jeito que eles queriam, mas... são. Falando nisso, o casamento está se aproximando. Prevejo um clima tenso daqui para frente.


E Hanna ficou em casa porque o irmão iria visitá-los. E eu achando que ela iria para Nova York também e "acidentalmente" me encontraria na rua. Sem sucesso.


Falando na Hanna, estamos mais... próximos. Ainda não é do jeito que eu queria, mas isso é só uma questão de tempo. Não brigamos mais como antigamente. Ela deixou de ser tão sarcástica comigo. E até falou que somos amigos. UAU! Grande progresso, não é?


Mesmo eu não tendo perguntado nada sobre esse assunto, suponho que eu já devo ter passado de uma nota seis para um... Oito. Ou talvez eu esteja sonhando alto demais. Sei lá.


Assim que todos nós estávamos de volta em Los Angeles, combinamos de nos encontrar. O lugar escolhido foi uma pista de boliche.


Fomos os primeiros a chegar. Claro, porque eu fiquei apressando os caras, principalmente o lerdo do Logan (Aquele ali é mais demorado que uma noiva, nunca vi) e Jade também havia ido conosco. Já tínhamos pegados os sapatos de boliche no balcão e quando terminamos de colocá-los, as três chegaram.


Fazia o que... duas semanas que eu não via Hanna? Mais ou menos isso. E ela parecia ainda mais linda do que eu me lembrava. E acredite, eu me lembrei muito dela nesses dias. Para ser sincero, não teve um dia que eu não pensei nela.


Hanna usava um sobretudo azul marinho que ia até o seu joelho, calça jeans escuras, uma bota de couro cano-alto nos pés, carregava um cachecol xadrez enrolado no pescoço, e na cabeça um gorro de lã preto. Vestida assim ela até parecia mais nova, como se tivesse uns quinze anos em vez de dezessete. Quem olhasse para ela agora, poderia muito bem dizer que Hanna era uma garota meiga, doce e querida. Mas eu a conhecia tempo suficiente para dizer que ela era totalmente o oposto disso. E era isso, que eu mais adorava nela. Hanna não se fingia de boazinha para agradar as pessoas, os outros tinham que gostar dela do jeito que ela era... Assim mandona, grossa, sarcástica, nervosinha, mesmo.


As meninas foram pegar os sapatos e logo já estavam de volta. Resolvemos jogar individualmente, porque em equipe sempre dava confusão para dividir os grupos.


Enquanto Kendall colocava os nossos nomes no painel para que a disputa finalmente pudesse começar, resolvi pegar uma bola para treinar. Me posicionei, joguei e ela foi em linha reta até acertar todos os pinos.


Stike! — gritei, animado. Olhei para eles e sorri de lado — Preparem-se para perder!


— Você só teve sorte com a primeira jogada, e ainda nem estava valendo. Pare de se achar, James. Porque se o seu ego aumentar só mais um pouquinho... BOOM! — Sam mexeu as mãos imitando uma explosão.


— Há-há. É isso que vamos ver, Evans — falei. Peguei uma bola e apontei na direção dela — Faça melhor.


Ela pegou a bola e jogou, deixando quatro pinos em pé.


Ops — falei contendo um sorrisinho.


— Calado James, calado! — ela disse brava, passou por mim e se sentou ao lado de Kendall. Nervosinha.


Então começamos a jogar de verdade. Jade até que jogava bem. Quem será que a ensinou jogar mesmo? Ah, espera... Eu! Ashley era péssima, a maioria das suas bolas iam tortas e caiam direto na canaleta*. Os meninos jogavam bem, porque sempre íamos ali jogar. Sam e Hanna eram razoáveis.


Fiquei olhando Hanna enquanto ela se preparava para lançar, jogou duas vezes a bola, até conseguir derrubar todos os pinos. Ela fez uma careta e se sentou.


Hm, tive uma ideia. Me levantei e sentei ao lado dela, que estava no outro banco.


— Nada mal Hanna. Mas... — disse — Se você quiser, posso te dar umas aulinhas... — dei um sorriso galanteador.


— Não, valeu — ela disse com um sorrisinho de quem estava prestes a aprontar — Só estou me aquecendo.


— Ok, então... se você diz — levantei as mãos em sinal de rendição.


— Você acha que estou blefando, não é? — ela perguntou, seria. Apenas dei de ombros — Então, que tal uma pequena aposta?


— Conte-me mais.


— Quem fizer mais pontos, vence. O perdedor, paga o lanche do outro — ela propôs — Que tal?


— Fechado — respondi e estendi a mão para concretizar a aposta, ela apertou minha mão, mas logo a soltou — Espero que tenha trazido bastante dinheiro Srta. Kennedy, porque eu costumo fazer um pedido grande.


— Você está muito confiante que vai ganhar, não é? Sabe... quanto mais alto, pior a queda — ela respondeu contendo um sorrisinho malvado.


— Hanna, sua vez!


Foi Carlos que disse, ele havia acabado de jogar e ela era a próxima. Hanna se levantou e pegou uma bola, olhou por cima do ombro e me deu um sorriso. Depois olhou para frente novamente e jogou a bola, acertando todos os pinos de uma vez só. Fiquei de boca aberta.


MAS.QUE.PORRA.É.ESSA!? Até agora ela não havia feito nenhum strike, e só foi nós dois apostarmos para ela fazer um? Assim de primeira? Isso é inacreditável! Ou foi sorte, ou ela me enganou. Espera....


DROGA! DROGA! Ela me enganou!


Ela parou bem na minha frente, onde eu estava sentado e cruzou os braços, um sorriso satisfeito brotando em seus lábios.


— Espero que não tenha esquecido a carteira em casa, Diamond — ela disse e se sentou novamente.


[...]


Ficamos a tarde toda jogando. E o placar acabou ficando assim:


8º Ashley
7º Samantha
6º Jade
5º Logan
4º Carlos
3º Eu
2º Hanna
1º Kendall


Além de eu ter ficado em terceiro lugar, - que para mim era uma colocação horrível - Hanna havia ficado na minha frente, e acabou ganhando a aposta. É, agora eu iria pagar o lanche dela. Mas claro, que isso era o de menos. Eu só não queria ter perdido. Porque eu ODEIO perder.


Para piorar ainda mais a minha situação, Sam ficou rindo da minha cara e falando "Bem feito!". Só porque eu tinha ficado em terceiro lugar e o namorado dela em primeiro. Ótimo, gozação para o resto da vida.


Depois de sair do boliche, fomos todos para uma lanchonete que tinha bem em frente. Como as mesas só tinham quatro lugares cada, nos dividimos. Ficamos eu, Hanna, Jade e Carlos em uma e Kendall, Sam, Logan e Ash na outra.


Fizemos o nosso pedido e enquanto esperávamos chegar, ficamos conversando e rindo. Em um momento, Carlos pegou o celular no bolso, olhou algo, depois guardou e fez uma cara estranha.


— Ah, droga... preciso ir — ele falou, desapontado.


— O que houve? — perguntou Hanna.


— Nada que precise se preocupar. Só esqueci de pegar uns papeis da faculdade — ele se levantou — Vem comigo, J?


— Claro, amor. Vamos pedir o lanche para a viagem — ela se levantou e nos mandou beijos no ar — Tchau primo, tchau Han.


— Tchau, J — Hanna respondeu.


— Tchau — disse — Cuida bem dela, nanico.


— Pode deixar, gigante — Carlos revirou o olhos, mas depois sorriu e acenou para nós — Tchau para vocês.


Eles foram até o balcão, pegaram o lanche e depois avisaram para o pessoal que estavam indo. Eles saíram, e pela janela de vidro pude ver os dois no outro lado da rua, na frente do carro. Carlos olhou na minha direção e piscou para mim. Acenei de leve com a cabeça. Hanna estava distraída olhando o cardápio que nem percebeu.


O bom do Carlos é que ele sempre sabe arrumar uma desculpa para sair e nos deixar sozinho com alguma garota. Um verdadeiro cupido. E não era a primeira a vez que ele fazia isso para mim quando eu estava com Hanna.


O nosso pedido chegou e comemos enquanto conversamos sobre coisas aleatórias. Hanna tinha uma risada tão contagiante, que dava vontade de rir junto. Mas eu não fiz isso. Senão era capaz dela pensar que eu estava rindo da cara dela. E eu nunca faria isso. Nunca mesmo.


— Então, se divertiu hoje? — perguntei depois de dar um gole no meu refrigerante.


— Sim. Principalmente quando eu ganhei de você — ela deu um sorriso satisfeito — E você?


— Tirando a parte que eu perdi para você, foi legal — respondo, dando de ombros.


— Claro, porque... "James Diamond não gosta de perder" — ela fez uma voz grossa, tentando me imitar.


— Exato — respondo, ignorando totalmente a sua mal imitação.


Terminamos de comer, e eu coloquei o dinheiro dentro da conta. Nós levantamos para sair, e vi que o pessoal também estava indo embora. Fui me despedir deles e quando olhei, Hanna já estava no lado de fora da lanchonete, parada na calçada. Fui até lá.


— O que você está fazendo ai? — pergunto. Estava ventando um pouco, fazendo meus cabelos ficarem bagunçados. Ótimo.


— O que você acha? Esperando um táxi — ela respondeu como se aquilo fosse a coisa mais óbvia da face da Terra. Mas não era. Porque eu não sou vidente. E se pelo menos eu soubesse ler mentes, poderia descobrir o que se passa nessa cabeçinha desmiolada dela.


— Eu te levo em casa — disse. Ela abriu a boca para falar alguma coisa, mas eu a interrompi: — Não aceito "não" como resposta. Considere como um bônus da aposta.


— Ok, então. Assim eu economizo mais dinheiro... ainda — ela sorri. Certo, ela não precisa ficar se vangloriando só porque ganhou de mim. Isso é passado, totalmente passado.


Nem respondi, apenas forcei um sorriso. Fomos para o meu carro e ela sentou no banco do carona, colocando o cinto de segurança. Me sentei, coloquei o cinto também, liguei o carro e dei partida.


— Você tem algum compromisso agora? — perguntei, assim do nada. Olhei de relance para ela.


— Por quê? — ela quis saber — Vai me sequestrar e quer saber se alguém vai me procurar? — ela me responde com outra pergunta. Adoro quando ela faz isso. Só que não.


— Há-há — digo sem humor — Só iria te convidar para tomar uma vitamina. Eu pago.


— Ah, tipo um bônus do bônus? — ela pergunta.


— Mais ou menos isso — respondo. Mesmo não olhando para ela, sei que está com aquele sorrisinho torto no rosto — Então?


— Eu topo.


Estaciono em um parque que fica algumas quadras de onde estávamos. Já está escurecendo. Resolvo pegar o meu casaco, que eu havia tirado durante a partida, porque está bem frio a essa hora. Hanna ajeitou o gorro na cabeça. Seu piercing de bolinha, se destacava na sua roupa escura. Aquele maldito piercing que conseguia deixar ela ainda mais sexy do que normalmente já era.


Caminhamos pela calçada até chegar na barraquinha que vende bebidas, peço duas vitaminas de morango. Pago e depois sentamos em um banco de madeira. Olho em volta. Há poucas pessoas no parque no momento. Alguns sentados na grama lendo um livro ou ouvindo música, crianças andando de bicicleta, babás conversando enquanto empurram os carrinhos de bebês, um casal de namorados dividindo uma barrinha de chocolate - em um banco mais distante.


Olho para Hanna, e percebo que ela também está observando o movimento no parque.


— Hanna — a chamo. Ela vira a cabeça em minha direção, ainda um pouco distraída — Posso te fazer uma pergunta?


— Acabou de fazer — ela responde e dá aquele sorrisinho torto. Reviro os olhos — Desculpa, força do hábito. Pode falar.


— Será que... — começo — ... Posso considerar isso como um encontro? — pergunto. Ela fica me analisando por um certo tempo.


Ok, eu sei que estava tentando ser o cara legal, sem cantadas, sem flertes. Mas eu não aguento mais isso. Ficar apenas na "Zona da Amizade" não dá certo comigo. Principalmente quando o assunto é ser apenas o amigo de Hanna, quando eu queria muito mais do que isso.


— E que fatores te levaram a crer que isso poderia ser um encontro? — ela finalmente pergunta.


— Bem... — falo — Eu paguei o seu lanche.


— Era uma aposta — ela responde automaticamente.


— Sim. Mas também teve o lance de eu não deixar você ir de táxi e ainda te convidar para tomar uma vitamina — continuei.


— Você disse que era um bônus — ela responde e toma sua vitamina, voltando a olhar para frente — Ou seja, não é um encontro.


Certo. Acabei de perceber, que eu não sou bom com improvisos. Então, não me restava outra coisa, além de contar a verdade.


— É, eu sei que disse que era apenas um bônus. Mas... eu menti.


— Como assim? — ela me olha alarmada, e pousa o copo de vitamina no colo. Querendo ganhar tempo, lanço distraidamente o meu copo de vitamina em direção ao lixeiro, que está apenas alguns metros de mim e acerto dentro da lata. Cesta de dois pontos. Ok, foco. Volto a olhar para ela, e respiro fundo.


— Hanna, eu não sei se você percebeu ou apenas está fingindo que não, mas... eu não quero ser apenas seu amigo.


— Por favor... Pare — ela suspira.


— Não, Hanna — digo, firme — Não me peça para parar. Não sei quanto tempo eu ainda vou agüentar. Ficar tão perto de você e não poder...


— Não! Não! — ela exclamou me interrompendo. Olhei para ela com os olhos arregalados.


Depois ela se levantou e andou até o lixeiro, jogando o seu copo dentro - que ainda tinha vitamina dentro. Ela passou a mão no rosto, e respirou fundo. Outra garota no lugar dela, ficaria branca feito papel, ou vermelha igual tomate. Mas Hanna continuava do mesmo jeito.


Ela se sentou de novo, mas depois mudou de ideia e se levantou. Ficando na minha frente. Cruzou os braços, como eu já havia visto ela fazer em diversas situações diferentes. Ela abriu a boca para falar. Enquanto eu fiquei imóvel, apenas esperando.


— James, eu... — ela começou e olhou para o chão, sem conseguir me encarar nos olhos — ... Eu não posso.


— Por que não? — insisto — Você gosta de outro garoto? É isso? — Pergunto. Ela nega e faz uma careta.


— É que... eu não consigo acreditar que você possa mesmo sentir algo por mim — ela fala.


— E por quê não? Há algo de errado comigo? — perguntei, ficando preocupado.


— Não há nada de errado com você. Esse é o problema.


— Não estou entendo onde você quer chegar — digo, confuso.


— Eu quis dizer que... Você é o tipo de cara que consegue tudo que quer. Qualquer garota, inclusive. Não tem sentido ficar perdendo seu tempo comigo, logo eu que sou tão sem graça.


— Eu poderia ter a garotas que eu quisesse sim. Mas, do que tudo isso adiantaria? Nenhuma delas seria você! — respiro fundo — E nunca mais diga que você é sem graça. Porque você é a garota mais incrível que eu conheço. E se algum cara te dizer o contrário, é porque ele é um idiota.


Ela não fala nada, apenas encara os próprios pés. Então me levanto, ficando bem a sua frente.


— Hanna... — toco o seu ombro. Ela dá um passo para trás, como se o meu toque a incomodasse de algum jeito.


— Quero ir para casa. Por favor — ela responde e se encolhe mais, como se estivesse com frio.


— Tudo bem — respondo me rendendo.


Ela começa a andar na minha frente, sem olhar para trás sequer uma vez. Assim que eu aperto o alarme do carro, ela abre a porta e entra. Não escuto sua voz em nenhum momento durante todo o trajeto até sua casa. Quando chegamos, ela abre a porta e sai sem nem ao menos dizer "Obrigada pela carona" ou um simples "Tchau". Saio rapidamente do carro, e dou a volta pela frente. Corro até alcançá-la, que já está caminhando pela calçada.


— Por que você é assim? — pergunto, apressando o passo para acompanhá-la. Ela me olha por um breve segundo, como se não entendesse o que eu estava querendo dizer — Por que você sempre fica me distanciando desse jeito? Por quê!?


— Porque eu tenho medo — ela responde olhando para frente.


— Medo? De que? — pergunto. Ela olha para mim. Seus olhos parecem estar em um tom de castanho, em vez de quase pretos, como normalmente eram. Ela parecia tão vulnerável agora.


— De deixar você se aproximar de mim e eu não conseguir resistir. De me apaixonar por você — ela responde e solta um suspiro. Abro a boca, mas não consigo falar nada, estou literalmente sem palavras. Então ela conclui: — É disso que eu tenho medo.


— Eu... hm... não imaginava — digo ainda um pouco confuso, tentando absorver o que acabei de ouvir — Você sempre pareceu tão imune a mim. Sempre com uma resposta na ponta da língua para tudo que eu dizia.


— Apenas uma armadura que eu montei, para me proteger. Só que você, aos poucos, está conseguindo me desarmar. Não sei como, mas está.


— Hanna, eu gosto de você... de verdade — seguro sua mão. Penso que ela vai se afastar, como sempre, mas - felizmente - ela não faz isso — Eu estou sendo sincero quando digo que nunca senti isso antes, por nenhuma garota. Sempre que penso em você, fico com um sorriso idiota no rosto.


— Não. Isso não pode ser verdade. Não — ela olha para os lados, como se tivesse pedindo ajudar a alguém para entender. E puxa sua mão, colocando no bolso do sobretudo.


— É a mais pura verdade — confesso — Por favor, me dê uma chance. Só uma. Se eu te decepcionar, prometo que paro.


— Não prometa algo que você não tenha certeza que possa cumprir. As pessoas decepcionam as outras sem ao menos perceber — ela falou isso, com muita certeza na voz. Como se... já tivesse passado por isso antes. E talvez, realmente tenha passado.


— Mas eu não faria isso com você. Nunca. Porque.... — digo, fechando os olhos por uma fração de segundos para tomar coragem — Eu estou apaixonado por você.


Ela me olha assustada, os olhos arregalados de surpresa. Como se tivesse brotando um terceiro olho no meu rosto. Hanna não responde, apenas dá as costas para mim e dá alguns passos em direção a portaria do seu prédio.


Não, eu não vou deixar ela fugir de novo.


Seguro seu braço, a girando até ficar de frente para mim. Ela fica me encarando, a boca aberta em surpresa. O rosto havia ficado pálido de repente, e as bochechas ganharam um leve toque de vermelho.


Antes que ela pensasse em falar algo, resolvo tomar uma atitude que deveria ter tomado muito antes. Me inclino para frente e toco seus lábios. Ela não se afasta, apenas fica alguns segundos imóvel. Mas logo depois, ela corresponde o beijo. Sua boca é tão doce, quanto seu cheiro. E nos beijamos calmamente, sem pressa alguma. Quebro o beijo, por mais que a minha vontade fosse nunca mais desgrudar de sua boca. Afasto o meu rosto um pouco do seu, apenas o suficiente para encarar seu rosto.


— Me desculpa — digo — Pode me xingar e me bater o quanto quiser. Mas eu realmente precisava fazer isso, e...


Ela me interrompeu, colocando a mão no meu rosto e me beijando. REPITO: ELA QUE ME BEIJOU! Passei minhas mãos pela sua cintura, colando nosso corpos. Ela puxava o meu cabelo de uma forma que eu sabia que ele ficaria todo bagunçado depois, mas nem me importei. Não foi um beijo calmo, como o outro, pelo contrário. Parecia que ela ansiava por aquilo, tanto quanto eu.


Hanna parou o beijo, do nada. Seus olhos estavam arregalados, como se acabasse de perceber o erro que havia cometido. Ela deu alguns passo para trás, deixando uma certa distancia entre nós. Ela estava ofegante, respirando com dificuldade, assim como eu.


— Hanna... — falei, ainda com a respiração irregular.


— Preciso entrar — ela respondeu com a voz firme e se virou, colocando a chave no portão. A mão tremula fazia o molho de chaves na sua mão balançar.


— Hanna — a chamei de novo. Nada — Hanna — ela finalmente olhou para mim, por cima do ombro — Por favor, me diga que isso significou algo para você.


Ela não respondeu de imediato. Girou a chave e abriu o portão, sem desviar os olhos de mim. Ela suspirou e fechou os olhos por uns cinco segundos.


— Eu estaria mentindo se dissesse que não.


Então ela entrou e fechou o portão com força. Subiu as escadas correndo, quase tropeçando em um dos degraus. E desapareceu logo em seguida.


Me virei em direção a calçada. Andei lentamente até chegar no meu carro. Sentei e coloquei o cinto de segurança. Toquei meus lábios, e sorri feito um idiota.


Eu havia beijado Hanna. Ela correspondeu. E ainda me beijou por uma segunda vez.


Girei a chave e liguei o carro, saindo de lá. Liguei o som e coloquei em uma estação de radio qualquer, que eu nem prestei muita atenção. Durante o caminho de volta para casa pensei em uma nova aposta. Calma. Era uma aposta totalmente diferente do que eu estava acostumado a fazer. Sem partidas de vídeo-game, boliche ou de qualquer outro tipo de esporte ou jogo envolvido.


Dessa vez eu apostaria no amor. Apostaria em mim e Hanna.


Jogaria todas as fichas nisso. Porque quando o assunto é amor, só há um caminho: Ou os dois ganham, ou os dois perdem.


E eu faria o possível - e o impossível - para ganharmos. Para eu e Hanna ganharmos.


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Notas finais do capítulo

* Caneleta: Espaço nas laterais da pista de boliche.

Então, então!? *------*

Gostaram? Ah, eu acho que sim, afinal... TEVE BEIJO ENTRE HAMES! Quer dizer... DOIS! #WooHoo

Spoilers do próximo capítulo? Ah, claro!
>> Vai ser o casamento do Eric e da Tereza (Todos dizem: "Até que enfim!")
>> POV da Ashley
>> POV da Hanna (Sim, vocês leram certo. DA HANNA, MEU POVO!). Finalmente vocês vão saber o que ela sente pelo James! *o*
>> Só vou falar isso :X MUAAAHAHA #SouMá #Brinks

Hm, mereço um monte de reviews? Espero que a resposta seja SIM u.u

Até semana que vem! õ/

Big Time Kisses :*

Love vocês S2