I'm Crazy For You escrita por Maremaid


Capítulo 25
Apenas mais um final de semana comum... só que não


Notas iniciais do capítulo

Waaazzaaa! Beleza, rushers? Estou bem!

Viu, eu não me atrasei para postar o capítulo dessa vez! Viva Eu! #SQN

Bom, vocês vão descobrir algo sobre a Hanna nesse capítulo.... ~mistério mode on~

* Capítulo pelo ponto de vista da Ashley.

P.S: O título do capítulo ficou muito bléh, mas ok...

Boa leitura!



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ASHLEY ON:


Esse fim de semana está sendo completamente tedioso. Enquanto os meninos estão na glamorosa Hollywood gravando a demo, eu estou na cozinha da minha casa repleta de comida na minha frente.


Eu deveria estar feliz, não é? Errado! E duas palavrinhas podem resumir isso: Casamento e Preparativos.


Com a proximidade do casamento, minha mãe está toda atarefada provando as comidas, pensando na decoração, na música e - principalmente - no vestido. Não só o dela, mas de Alice também, que vai levar as alianças (Minha irmã vai ser uma daminha linda!).


— Querida, prove esse recheio de nozes. É uma delicia! — disse minha mãe colocando outro pedaço de bolo na minha frente.


— Desculpa, mãe... Mas já estou satisfeita — respondi fazendo uma careta para o prato. Eu já tinha perdido as contas de quantos pedaços de bolo eu tinha comido só essa tarde.


— Então deixa que eu como! — Alice se inclinou em cima da mesa e pegou o meu prato e - literalmente - lambeu os lábios olhando para o bolo. Sério, como essa menina é tão magra? Ela come muito mais que eu!


— Alice, não exagere por favor. Se você passar mal depois, não diga que eu não avisei — minha mãe alertou, mas Ali só deu de ombros com a boca cheia.


Pedi licença para a minha mãe e fui para o meu quarto. Me joguei na cama e fiquei encarando o teto branco.


Dois meses. Era o tempo que faltava para o casamento. Daqui a dois meses eu estaria deixando essa casa, onde eu vivi a minha vida toda. E estaria indo morar em um bairro elegante de Los Angeles, na casa - quase mansão - do Eric. Seriamos uma família. E Logan seria meu meio-irmão “barra” namorado.


Balancei a cabeça. Eu não precisava pensar nisso justo agora. Peguei meu celular e os fones e coloquei no modo aleatório. Fechei os olhos e deixei a música me levar para onde ela quisesse.


[...]


Acordei um pouco atordoada e tirei os fones do ouvido. Pela janela, dava para ver que já tinha escurecido. Olhei para o relógio na parede e vi que já era quase oito da noite. Nossa, eu dormi bastante. Parece que não é só a mamãe que está ficando exausta com essa maratona dos preparativos...


Peguei meu pijama no guarda-roupa e fui tomar um banho. Deixei a água escorrer pelo corpo enquanto desejava que ela pudesse levar todas as minha preocupações junto. Depois de longos minuto debaixo do chuveiro, terminei o meu banho e enrolei uma toalha na cabeça. Quando estava saindo do banheiro, escutei o celular tocando. Sai correndo e quase tropecei no tapete. (Parabéns, Ashley! Isso mesmo, cai no chão e se arrebenta!) Chegando no quarto, peguei o celular na mão e sorri quando vi a foto dele na tela. Deslizei o dedo para atender.


~LIGAÇÃO ON~
— Oi, amor — disse — Estou com saudades de você.
— Oi, linda. Também estou. Então, como o foi seu dia?
— Enjoativo... Experimentei um monte de recheio diferentes para o bolo. E o seu?
— Cansativo. O Gustavo pega pesado com a gente. Ah, e ele ADORA gritar.
— Haha, ele tem cara de nervosinho mesmo. Mas, espera... Gustavo? Pensei que vocês só chamavam ele de Sr. Rocque.
— E chamávamos. Mas ele pediu para pararmos, porque achava formal demais. Em troca, nos deu um “apelido” SUPER carinhoso.
— E qual seria? — perguntei curiosa.
— Cães.
— Sério? — comecei a rir.
Para de rir, não tem graça. E sim, eu estou falando sério — quase podia ver ele revirando os olhos.
Ok, desculpa. Mudando de assunto, o que vocês fizeram hoje além de gravar?
— Nada, nós ficamos o dia todo na gravadora! Eu sei, parece inacreditável.. Mas é a verdade. Primeiro o Gustavo ficou horas falando sobre como funcionava as coisas na gravadora e só depois fomos gravar. Mas ele sempre acabava interrompendo, alegando um problema. Como estar fora do tom, fora de sincronia, etc...
— Nossa, ele é mesmo exigente. E pelo menos vocês terminaram de gravar?
— Infelizmente não. Amanhã vai ser um loooongo dia!
— Nossa! Boa sorte, amor.
— Obrigado, gata. Vou precisar de muita sorte mesmo. Ah, o jantar acabou de chegar aqui no quarto — dava para escutar a voz dos meninos gritando ao fundo.
Ah claro, esqueci que Logan Mitchell agora é uma celebridade que se hospeda em hotel cinco estrelas — brinquei.
Há-há... engraçadinha. Não sou uma celebridade, ainda. E o hotel está mais para três estrelas.
— Ok, ok. Então vai jantar e mande um beijo para os garotos.
— Eu não vou dizer isso! Você é minha namorada, e não deles.
Não interessa. Fale, porque eu estou mandando! Entendeu, Logan Phillip Mitchell?
Ok, entendi Srta. Collins. E você pedindo assim com tanto “carinho” .... Não tem como dizer não. Preciso desligar, estou com fome. Um beijo na boca, gostosa.
Seu safado! — sorte que ele não podia me ver corando — Um beijo para você também.
— Ashley....
— Sim?
—Te amo.
— Também te amo. E vai comer, seu gordo!
— Sou o seu gordinho sexy, eu sei disso. Tchau!
— Convencido! Tchau!
~ LIGAÇÃO OFF~

Coloquei o telefone sobre o criado mudo e me joguei na cama de novo.


Caramba, parece que a ficha ainda na caiu. Quando Logan me contou sobre a demo no domingo passado, eu fiquei feliz por ele e pelos meninos. Mas tudo parecia um sonho. Agora que eu estou vendo que é real.


Eu não sei como vai ser as coisas daqui para frente. E se ele ficar muito famoso e acabar se apaixonando por uma cantora linda e siliconada, e resolver me deixar? Eu não poderia fingir que ele não existe, porque teria os jantares e festas de família. E só de pensar em vê-lo com outra garota, eu já sinto vontade de chorar.


Não Ashley, pare de pensar besteira. Ele te ama, nunca faria isso com você.


Eu preciso ter pensamento positivo. Ele ainda nem é famoso... Vai dar tudo certo. Tem que dar.


[...]


No domingo, fui ao shopping junto com Sam, Hanna e Ben. Afinal, eu não queria passar o dia dentro de casa olhando revistas de noivas com a minha mãe. Além disso, os meninos estariam voltando para L.A ainda hoje e iríamos lá fazer uma espécie de “festa de boas vindas”, mas seria uma surpresa. Tudo ideia da Jade.


Ficamos vendo vitrines enquanto conversávamos sobre assuntos aleatórios e de vez em quando Sam nos empurrava para dentro de alguma loja para provar alguma roupa. Acabei comprando algumas peças de roupas que gostei também. Ben carregava nossas sacolas todo contente, fingindo que era o nosso motorista particular.


Parecia uma tarde de domingo qualquer, com quatro amigos rindo e se divertindo enquanto passeavam pelo shopping, mas não era. Hanna estava estranha hoje. Muito estranha. Ela parecia estar no mundo do lua e mal tínhamos escutado a voz dela durante o dia todo.


Fazia muito tempo que não a via desse jeito, porque Hanna era o tipo de garota alegre que vivia fazendo piadinhas e gostava de deixar os amigos constrangidos. Mas agora, parecíamos que tínhamos voltado no tempo. Porque ela estava agindo igual um ano atrás, sempre desligada de tudo e nunca sabia do que estavam falando ao seu redor. E eu estava muito preocupada com ela.


Fomos para a praça de alimentação, e resolvemos comer no Subway. Fiquei analisando Hanna discretamente, ela mastigava seu sanduíche calmamente sem piscar. Seu corpo estava ali bem na minha frente, mas a mente parecia que estava viajando pelo espaço. Sam e Ben não paravam de falar sobre um Reality Show de TV - que eu não prestei atenção no nome - e nem perceberam nada.


— Tudo bem, Hanna? — perguntei. Ela piscou várias vezes seguidas como se tivesse voltando a realidade e finalmente olhou para mim.


— Sim. Hmmm, já volto — ela se levantou e começou a andar em direção aos banheiros e nem sequer esperou uma resposta de nós.


— Vocês notaram algo de diferente na Hanna hoje? — perguntei quando ela já estava longe o suficiente para não ouvir nossa conversa.


— Não — os dois responderam juntos.


— Pois eu percebi. Ela está desligada — disse.


— Relaxa Ashy, isso é coisa de adolescente. Você deveria saber disso, porque... Também é uma — Ben deu de ombros.


— Eu sei — suspirei — Mas hoje Hanna está muito estranha mesmo. Igual ela estava....


— ... Um ano atrás? — Sam completou. Fiz que sim — Talvez seja o mesmo problema que ela teve antes. Seja ele qual for...


— Acho que deveríamos tentar ajudá-la — falei.


— Espera... Vocês estão sugerindo que perguntamos o porque dela estar agindo estranho? — Ben perguntou, fizemos que sim — Vocês bateram com a cabeça no chão, foi? Ela não vai nos contar. É a Hanna! Ela não gostar de falar de si mesma, vocês sabem muitoooo bem disso.


— Poderíamos tentar. Não custa nada — disse por fim.


— Ok, ok — ele levantou ao mãos como se estivesse se rendendo — Mas eu vou ficar quieto.


— SHHH! Ela está voltando — disse Sam e rapidamente pegou o seu refrigerante tentando disfarçar.


Hanna se sentou novamente. Ela apenas deu um sorriso, mas não disse absolutamente nada. Depois voltou a atenção para o seu sanduíche que ainda estava na metade.


Troquei olhares suspeitos com Sam e Ben e achei que seria melhor se eu começasse.


— Han, tem certeza que você está bem? — perguntei. Ela parecia surpresa com a pergunta.


— Claro que estou. Por que não estaria? — ela sorriu fraco. Ela estava escondendo algo.


— Porque você está estranha hoje e ficamos preocupados com você. Olha, somos seus amigos... Você pode desabafar conosco se quiser — respondi.


— Obrigada, mas não quero falar sobre isso. Quer dizer... Não tenho nada para falar — ela se corrigiu.


— Tem certeza absoluta? — Sam perguntou — Somos seus amigos, você sabe que pode confiar na gente.


Hanna respirou fundo, e achei que ela iria brigar conosco por ficar insistindo no assunto. Mas pelo contrário, ela encolheu os ombros e olhou para cada um de nós com uma carinha triste.


— Tudo bem, eu vou falar — ela se deu por vencida — Mas... Vocês tem que prometer que não vão contar isso a ninguém. Ninguém mesmo.


— Certo. Eu prometo — foi a vez de Ben se pronunciar e estendeu a mão fechada com apenas o mindinho para cima na sua direção — ... De mindinho.


Hanna sorriu fraco e fez o gesto com ele. Eu e Sam também prometemos e repetimos o gesto.


— Agora fale — Sam apoiou os cotovelos sobre a mesa e ficou olhando para Hanna como uma cara de executiva chique.


— Eu... Estou com algumas problemas em casa — Hanna confessou parecendo envergonhada.


— Seus pais vão se separar? É isso? — perguntei. Me lembro que um dia ela havia dito que os pais estavam brigando muito ultimamente.


— Não, não é isso — ela respondeu encolhendo os ombros — .... Nem sei como contar isso. Tenho medo de como vocês vão reagir depois que souberem.


— Fala logo Hanna, por favor. Eu estou ficando preocupado! — Ben exclamou.


— É que... A algum tempo atrás. Mas especificamente, um ano. Eu escutei uma conversa entre os meus pais que mudou toda a minha vida.


— Você é... Adotada!? — Sam opinou. Pisei no pé dela por debaixo da mesa — AI!


— Não — Hanna continuou, sem parecer chateada com a pergunta — Mas se fosse isso, acho que seria muito melhor.


Eu não estava entendo nada. E pela cara de Sam e Ben, eles estavam ainda mais confusos do que eu.


— Eu escutei o meu pai dizendo que.... Tudo seria mais fácil se a minha mãe tivesse me abortado. Nessa hora eu fiquei tão nervosa que sai do meu esconderijo e entrei na sala gritando. Então o meu pai fez questão de despejar toda a verdade. Eles queriam apenas um filho, um homem que pudesse seguir com a empresa. No caso, o meu irmão. Mas então, quando Ethan tinha quatro anos, minha mãe ficou grávida de mim. Parece que ela esqueceu de tomar um anticoncepcional, sei lá. Então meu pai não gostou da novidade, mas não disse nada no momento, até que soube que eu era uma menina. E ele não queria uma filha mulher — ela já estava chorando.


— Hanna.... — tentei falar.


— Espera, eu ainda não terminei — ela me interrompeu — Então depois daquilo nós começamos a brigar muito. Para tentar resolver isso, ele me trocou de escola e me colocou naquela particular que eu odeio. Disse que eu teria que ser uma boa filha daqui por diante, senão ele realmente ia esquecer que era meu pai e me expulsaria de casa. Minha mãe tentou me defender, mas isso só causou ainda mais brigas entre eles. E desde então eu faço tudo para enlouquecer ele, coloquei esse piercing no nariz, disse que colocaria outros e até faria algumas tatuagens. É claro que eu não vou fazer isso, só falei para enfrentá-lo. Eu tento não pensar sobre isso. Mas é tão difícil imaginar que o seu pai não gosta de você, que te acha um filha indesejada...


— Hanna... Eu sinto muito. Nossa, nem sei o que te dizer — Sam falou lentamente como se assim pudesse amenizar o clima tenso.


— Apenas não sintam pena de mim. É só isso que eu peço — ela respondeu enxugando os olhos.


— Ethan sabe disso? — Ben perguntou.


— Não. Eu queria contar muito a ele. Afinal, ele é meu irmão. Mas ele está lá em Nova York, terminando a faculdade. E sempre quando ele vem nos visitar, meu pai fica fazendo uma encenação como se fossemos uma família perfeita que não tem problemas. Mas eu sei que uma hora ou outra, ele vai acabar descobrindo. E quando isso acontecer, sei que vai brigar muito com o meu pai por ter escondido isso. E quer saber? Eu não vejo a hora disso acontecer. Talvez ele escute o “filhinho de ouro” dele e veja que está errado.


Nós três levantamos juntos e fomos até Hanna, e a abraçamos forte. Sei que um abraço em grupo e palavras de conforto não iam amenizar o que ela estava sentindo agora. Mas eu queria fazer que ela se sentisse melhor, nem que fosse pelo menos um pouquinho.


— Não se preocupe, estamos aqui com você — Ben disse quando nos separamos.


— É Han, você tem a nós — Sam continuou e passou a mão no rosto da amiga, enxugando uma lágrima.


— Vamos fazer de tudo para que você se sinta melhor — falei por fim.


— Obrigada, gente. Vocês são... os melhores amigos do mundo! — ela deixou escapar um sorriso e nos abraçou novamente.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam?

E o problema da Hanna? Tenso, não é? Bom, ela revelou o problema familiar, mas ainda falta o amoroso. (Por que será que ela não dá uma chance para o James? Hein hein?). Esse vocês vão descobrir muito em breve u.u

*SPOILER* No próximo capítulo...
>> Os meninos voltam de Hollywood e ganham uma festinha surpresa de boas vindas. (Não me diga? Sério? Tá escrito isso no capítulo! #Dã)
>> Vai ter POV do James (Só posso dizer isso por enquanto. #SouMá).

#RecomendaçãoDeFic. Hoje eu indico "He's My Dream" da AnnyAlmeida. Essa fic é ótima, principalmente para quem gosta de... cenas mais picantes (Se é que vocês me entendem... hehe). O principal é o James. LINK: http://fanfiction.com.br/historia/450005/Hes_My_Dream/

Bom, acho que por hoje é isso mesmo. Até o próximo capítulos meus amores.

Big Time Kisses :*

Love vocês S2



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