She Wolf escrita por madu


Capítulo 25
Capítulo 25 Pra Sempre




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/41244/chapter/25

Cap. 25 Para sempre!

Bella

    Eu sentia náusea e uma impressão de vertigem, senti meu corpo voltando ao normal, mas eu não conseguia fazer nada, a cada espasmo de dor que tinha eu me contraia, na esperança de não perder meu bebê, mas era inútil. Edward me levava para a casa deles, eu falava pra ele ir mais rápido, mas era como se ele não me ouvisse, e tudo começou a girar a minha volta, minha vista escureceu novamente e meu cérebro parecia que tinha expandido, sendo comprimido na cabeça. Uma facada dentro de mim me avisou que era tarde demais, meu bebê estava morto.

    E eu já não estava mais ali, não com Edward não na casa deles. Era outro lugar um lugar escuro, eu me sentia perdida, e entrei em pânico por um instante, ai foi como se eu pudesse senti-lo ali comigo, mas não era mais ele, não de verdade, eu sabia que ali não era meu lugar, mas não conseguia evitar desejar estar ali com ele o meu bebe. Fracamente como se estivesse do lado de fora da casa dos Cullens eu escutava os gritos de Jake, focalizei minha atenção ao som, era como um apoio, no fundo da minha mente eu sabia que ele sofria, mas era uma dor física, nada comparado ao que eu sentia no momento, eu queria só mais uns momentos.

    Mas ele ia embora, e eu tinha que ir junto era a mãe dele e precisava cuidar do meu filho, a escuridão se tornou cinza e gradualmente irisdiscente, eu me movia mais rapidamente para uma luz forte e ardente como o sol, mas eu me sentia fria como o gelo. E senti a pior dor que já tinha sentido na vida, e o grito que dei não fez som nenhum, e eu estava num vazio profundo, frio e negro. O vazio negro era amedrontador, mas não era pior que a desolação que senti em meu ser. Ele tinha ido, para sempre.

    Tentei ouvir os gritos do Jake, mas eram como uma lembrança apagada, mas eu podia jurar que escutava meu nome, me concentrei nisso, e sim estava lá de novo meu nome sendo chamado, com insistência, com grande necessidade. Ouvi outro barulho um baque que me fez ser atraída para o som, eu estava próxima, e com clareza pude escutar meu nome sendo gritado com angustia e necessidade e amor esmagador. Eu era puxada, a força do chamado não podia ser negado. Era um chamado poderoso.

    Eu vi meu corpo imóvel, pálida quase cinza de costas um homem moreno me abraçava, me segurando, senti um empurrão. E eu era eu novamente, abri minhas pálpebras, o rosto de Jake a centímetros do meu inclinado em cima de mim, suas mãos apertando forte meus braços. Jake tinha nos olhos um medo intenso que se diluiu em alivio, eu tentei falar, mas minha língua estava uma pasta, eu sentia frio e estava gelada.

_ Nunca mais faça isso comigo, prometa que nunca vai me deixar novamente. – Jake disse numa ordem, eu via a sombra do medo que ele sentiu ainda nos olhos.

_ Eu prometo nunca mais fazer isso. – minhas palavras tinham duplo sentido, eu nunca mais queria ser um espírito, porque eu sabia bem o que tinha acontecido como as lendas, eu podia me separar e ficar em espírito, mas a dor e angustia disso não compensava. Carlisle por fim conseguiu separar Jake de mim, Edward nos olhava aliviado, e eu senti um calor e adormeci.

...

...

...

    Já faziam três dias desde a batalha, minha perna se recuperou rápido, dois dias no gesso e ela já estava boa, Jake ficaria mais dois dias em repouso, Alice deu alguma desculpa para meu pai, hoje era a primeira vez que dormia sozinha desde que eu e Jake ficamos juntos. Eu não falei com ninguém Billy tinha ido mais cedo buscá-lo na casa dos Cullens e olhar para qualquer um deles era doloroso, eu via a cara de choro de Rose e Esme, até Edward sofria, mas o pior era Jasper, ficar ao meu lado doía nele, eu via. Porque eu sofria calada, mas sofria, meu sonho foi tirado de mim, no fim Victoria conseguiu sua vingança, levando junto meu bem mais precioso.

    Agora no meu quarto eu podia sofrer sozinha e calada sem que minhas lágrimas ofendam o silêncio da casa, ou alguém me abraçar e dizer que passa logo, que eu teria outros, o único que sabia o que eu sentia era Jake, o único, ele sentiu dentro dele cada dor que eu senti, a dor do nosso bebê morrendo, ele sabe bem o que passei, mas como eu ele sofria calado.

    Não sei em que momento, mas depois de várias horas chorando no travesseiro eu dormi. Acabei sendo acordada por Alice no dia seguinte. Sentei-me na cama, eu não queria conversar com ninguém.

_ Bom dia, vamos descer eu fiz seu café da manhã. – Alice disse de uma maneira que não era dela, toda contida.

_ Vou me trocar e ir ao banheiro e já desço pode me esperar lá. – disse sem vontade. Ela saiu do quarto e eu fui me trocar, uma olhada no espelho, me fez ver algo que há muito tempo não via, a mesma Bella de meses atrás, destruída, olheiras, cabelo sem vida e pele pálida. Fui ao banheiro e desci.

_ Eu não te dei o seu presente de formatura, mas foi bom agora eu posso compensar. – Alice disse pegando um envelope. Meu desinteresse era tanto que nem protestei. Ela colocou na mesa o empurrando pra mim.

_ Não são as mesmas que Esme te deu, são novas pra você com o Jacob, eu já liguei pra sua mãe e ela esta esperando os dois, deixa que seu pai vai implicar, mas não vai proibir, e você volta uma semana antes de ir para a faculdade. Jake já sabe, e ele precisa dessas férias tanto quanto você, por favor, aceite. – ela disse me olhando com carinho. Suspirei e abri o envelope eram passagens, duas, uma pra mim e uma para o Jake. Ida e volta.

    A idéia era atraente, quase dois meses na Flórida com minha mãe, e Jake junto. Dei um sorriso leve para Alice. Ela pulou em mim me beijando. Depois foi embora.

    Falar com meu pai não foi difícil, ele ficou triste e temeroso, mas eu estaria na casa da minha mãe, e dois dias depois estávamos eu e Jake indo para Flórida. Eu e Jake estávamos numa distancia incomoda, eu não queria falar com ele nem ele comigo, e uma barreira enorme se formava entre nós. Quase não ficamos juntos ou conversamos...

    Fora no dia que tudo aconteceu, ele não saiu do meu lado, me embalando enquanto eu chorava. Depois disso, parecia que mais uma coisa iria ruir no meu mundo, eu não viveria sem ele, mas eu era uma tragédia não tive forças para gerar o herdeiro dele, ele provavelmente me acusava em pensamentos.

    Já na Florida no começo foi tranqüilo, mas minha perceptiva e amada mãe Renné notou algo errado e deu um jeito de Phil sair com Jake para ver um jogo e ficar sozinha comigo.

_ Bella, você ama esse rapaz não é? – minha mãe começou.

_ Mãe eu não viveria sem ele. – eu disse triste, estava cansada de fingir que tudo estava bem.

_ Eu noto, tanto seus sentimentos quanto os dele, mas tem algo errado acontecendo não é? – é claro que ela notou. E com toda força que eu tentava segurar o choro por esses dias, minhas lágrimas vieram numa torrente e molharam meu rosto. E soluços saindo rasgando minha garganta. Minha mãe me abraçou.

    Ela ficou ali me abraçando e me embalando forte até que eu me acalmasse, e percebi que eu precisava falar com ela, não tudo, mas isso, ela entenderia.

_ Eu não sei o que fazer, acho que Jake me odeia agora mamãe, eu não sou boa pra ele. – ela me olhou com carinho, mas curiosa.

_ Acho que está engana meu bem a única coisa que vejo e um garoto perdidamente apaixonado, tanto que fiquei preocupada, ele te segue com o olho o tempo todo, como que te vigiando esperando alguma coisa ruim acontecer, e você precisar dele, muito protetor. –

_ Eu... Eu... Sou uma mulher de nada, ele deve estar com remorso ou algo assim, você deve estar enganada. – disse chorando de novo.

_ Bells me conta o que aconteceu pra você pensar assim. – ela me pediu respirei fundo tomando coragem.

_ Mãe eu estava grávida, eu não consegui segurar e abortei. – disse esperando a reação dela.

    Minha mãe pegou minha mão e me olhou com carinho depois me deu um beijo na mão.

_ Filha porque não me contou que estava grávida? Quando aconteceu? Eu teria ido te ajudar. –

_ Eu ia contar depois da formatura, mas aconteceu tudo depois também. – disse olhando para o chão, me sentindo envergonhada.

_ Bella, isso é normal, pode acontecer com qualquer uma. Já aconteceu comigo. – eu levantei meu rosto olhando minha mãe espantada.

_ Foi o principal motivo da separação minha com seu pai, ele nunca me acusou, mas eu não suportava mais viver naquela casa cheia de lembranças, eu sei que você sempre imaginou que eu fui embora porque chovia demais, mas não, eu amava seu pai, mas não suportava mais viver ali, doía, peguei você e fui pra Phoenix. Não me arrependo, mas se você continuar assim é o que vai acontecer com seu relacionamento, seu namorado sofre também, e ele esta aqui com você e por você, supere isso, eu sei que nunca vai se esquecer dessa gravidez, você é nova, e vai se casar um dia e ter lindos bebes. Não se preocupe, o que importa agora, é não deixar o romance bonito que você tem morrer por causa de uma tragédia, não faça como sua mãe. –

_ Porque você nunca me contou? – perguntei não de forma acusatória.

_ Não era importante. Eu não gosto de te aborrecer com minhas tristezas, você já cuidou e mim por anos, e agora cuida do seu pai, esta na hora de cuidar de você meu bem, vá para a faculdade, curta a juventude ela acaba logo, namore e ame. – eu sorri para a minha mãe. Decidida a deixar esse capitulo da minha vida pra traz, nunca me esquecer, mas voltar a viver.

    Depois que Jake e Phil chegaram minha mãe nos disse que ela e Phil iriam jantar fora, e que demoraria pra voltar, eu achei bem suspeito, mas não reclamei.

    Jake desceu do banho e veio na sala assistir TV comigo, ele se sentou ao meu lado. O cheiro dele sempre me deixava zonza, principalmente depois que ele saia do banho. Como sempre a gente não tinha assunto. Mas hoje eu não queria conversar. Peguei o controle da TV que estava na mão dele, Jake me olhou, eu desliguei a TV e olhei-o, ele me devolvia o olhar, e rápido subi no colo dele, colando minha boca com necessidade na dele, Jake passou os braços em volta de mim, me apertando ao corpo dele, sua língua invadindo minha boca com a mesma necessidade e fúria. Ele apertava minha cintura fazendo meu quadril se movimentar em cima dele, eu sentia a vontade dele roçando em mim. Separei-me pra tirar a camiseta que ele estava e me colei nele de novo, sentindo e calor do corpo dele me aquecer. As mãos dele começaram a tirar a regata que eu estava e eu levantei meus braços facilitando, ele veio com a boca na minha novamente me comprimindo contra ele. Suas mãos ágeis me tocando e me dando arrepios, sua boca descendo pelo meu colo até chegar onde eu queria, Jake soltou um gemido e depois já estávamos na escada subindo para o meu quarto.

    Meu corpo pedia por ele, como nunca pediu. Ele percebeu minha urgência dele. Ele também se sentia assim. E ele me tomou sem preliminares, sem jogos de sedução, somente nossos corpos conectados e olhos nos olhos, pele na pele, boca na boca, fazendo amor e dando prazer a pessoa amada.

    E foi melhor que todas as outras vezes, eu amava ele muito e não poderia viver sem ele. Jake se separou de mim, ele não me deixou desviar o olhar por nenhum momento, ele me puxou para me levantar com ele. Eu fui, estávamos indo para o banheiro. Ele abriu a ducha e o vi tirando o preservativo, sim tínhamos que nos proteger novamente. Puxou-me para o Box e entrou junto, ele me deu banho devagar, a cada caricia eu fechava os olhos. Ele beijava cada pedaço de pele que lavava, mas com carinho e cuidado. Depois ele se lavou e nos secou. Ele me pegou no colo e voltou para o quarto, isso tudo só me olhando com paixão e amor. Deitou-me na cama e veio ficar do meu lado puxando minha cabeça para ficar no seu peito.

_ Você me perdoou? – disse a frase mais sem sentindo que eu já ouvi dele, levantei o rosto o olhando, ele estava sério.

_ Por quê? – perguntei confusa.

_ Por não ter te protegido, não estar lá pra salvar nosso filho, impedir que ela te machucasse, é esse meu dever, e eu falhei, você me perdoou. –

_ Jake não há o que perdoar esse tipo de acusação nunca me passou pela cabeça, eu sei que você teria estado comigo se pudesse, mas não foi possível, e a perda do nosso filho é minha culpa e não sua, eu que não fui forte o suficiente para protegê-lo. – Jake me olhava com descrença.

_ Bells você foi à pessoa mais forte nessa batalha. Nunca mais diga isso, não foi sua culpa. Se tem algum culpado sou eu que deveria ter ficado ao lado da minha mulher. – ele falava com um pouco de raiva.

_ Jake, esta vendo é isso que esta nos afastando, toda essa culpa tanto minha quanto sua, a culpa não é minha nem sua, e enquanto não nos perdoarmos não vamos voltar a ter o que tínhamos antes. – dizer essas palavras doeu, eu sabia que seria um trabalho árduo de ambas as partes.

_ Bells, eu te amo e nunca mais vou sair do seu lado, você pode estar certa, mas é difícil não me culpar. Você não tem raiva mesmo de mim? – ele tinha nos olhos uma tristeza.

_ Impossível ter raiva do amor da minha existência, da minha vida, do meu para sempre. Eu te amo Jake, eu preciso de você. – dei um selinho nele e ali estava quase o meu sorriso, aquele que me aquecia, ainda era cedo, mas a gente se entenderia.

...

...

...

_ Acorda dorminhoca, vamos. – eu me enrolei mais nos lençóis, ainda estava escuro, eu precisava de mais um pouco de sono.

    Jake puxou o lençol da minha cabeça e veio beijar meu pescoço, me cheirando depois seus braços me envolveram eu estava deitada de lado, ele se encostou atrás de mim. Sua boca subindo e descendo pelo meu pescoço.

_ Quando que a gente inverteu os papeis, era pra eu estar ai fazendo manha e você aqui tentando me acordar. – ele falou na minha orelha me arrepiando. Eu sorri e falei com a voz grossa de sono.

_ Há seis meses atrás, agora agüenta, to com sono. – disse e me aconcheguei no corpo dele, pronta pra dormir novamente.

_ Bells meu amor, vamos perder o vôo se você ficar assim toda manhosa. – ele passeava as mãos pela minha barriga. Ele ia é acordar os bebês.

_ Jake eles tão quietinhos ai, você vai acordá-los e ai eu vou ter que me levantar. – choraminguei.

_ Mas é essa a intenção, só assim pra você sair da cama. – ele continuava me acariciando quando senti um cutucão dentro da barriga ao lado direito. Jake sorriu no meu pescoço, ele sentiu também.

_ Satisfeito agora, você acordou ela, ela vai chutar o irmão e daqui a pouco vai ter samba dentro da minha barriga. – disse me virando espreguiçando e tentando me sentar, Jake me ajudou.

    Eu estava grávida de seis meses, mas parecia que estava de vinte porque eu estava enorme, mas estar grávida de gêmeos... Era isso mesmo, “só mais três meses” eu meditava isso todo dia.

_ Temos que decidir os nomes. – ele falou acariciando meu barrigão, Jake era um bobo, me olhava ainda com os mesmos olhos de sempre, como há oito anos. Ontem no ultrasom descobrimos que era uma menina e um menino, agora desde ontem eu pensava nos nomes, na verdade já tinha escolhido, mas não sabia se Jake gostaria.

    Levantei-me e fui para o banheiro, tomar um banho eu andava mesmo um pouco mais sonolenta. Arrumei-me e Jake preparou o café da manhã pra mim.

    Comemos e fomos para o aeroporto, eram férias, nós sempre passávamos em Forks, trinta dias de pura curtição com todos juntos. Menos os Cullens claro.

    Jake e eu nos casamos quando ele se formou isso foi há três anos, ele trabalhava na Boeing Commercial Airplaines trabalhando no setor de desenvolvimento de motores. Tudo que ele queria, e eu era editora Junior numa pequena editora, fazendo o que mais gostava: ler, e ganhava pra isso. Tínhamos uma pequena casa, que seria perfeita mesmo com a chegada dos gêmeos, nem preciso dizer que a decoração toda da casa foi Esme que fez com uns toques de Alice, e há seis meses quando descobrimos que estávamos grávidos novamente, as Cullens piraram novamente. Eu não tinha que comprar nada.

    Nas férias era a única época do ano que nos separávamos: os Blacks e os Cullens, como Seatle é grande os Cullens poderiam passar aqui mais tempo que o normal, porque já faziam 8 anos que estávamos aqui, desde que viemos para a faculdade, sabíamos que um dia eles iriam ter que mudar mas enquanto não chegava aproveitávamos. Alice e Rose disseram que iriam comprar agora as roupas nas cores certas e que em uma semana eles iriam ver Edward, nunca mais o vi, ele evitava tanto eu quanto Jake nunca mais visitou a família, a família é que o visitava, eu cogitei um dia ir falar com ele, mas Jasper me contou que era muito doloroso pra ele e eu não fui.

    No avião me irritei com a comissária de bordo, ciúmes é claro, sempre foi assim desde a faculdade, Jake era muito... Dado, ria abertamente pra todos e todas, fazia amizades facilmente o oposto de mim e eu sempre sentia um pouco de ciúmes. Agora a comissária depois de sentir a destruição que um sorriso Black causava, pediu a ajuda do meu marido para colocar uma mala no compartimento, eu ouvia o coração dela todo palpitante e pensei “nem vem que esse já tem dona”. Depois de ajudá-la ele se sentou do meu lado. Olhei pra ele séria.

_ Quer parar de dar o meu sorriso por ai! Ela ta ali no corredor passando mal. – ele sorriu e me beijou.

_ Absurda, completamente doida. – disse com os lábios nos meus. Me aconcheguei no ombro dele e dormi a viajem inteira ele me acordou quando o avião pousou em Port Angeles. Paul estava ali nos esperando.

   Paul e Rachel se casaram em três anos antes da gente e o bebê deles já tinha um ano John, homenagem ao pai do Paul. Eles moravam em Port Angeles, tinham uma loja no pequeno shopping da cidade. Mas iam bem.

_ Nossa está enorme. – ele disse ao contrario de um cumprimento pra mim, Paul e eu ainda nos alfinetávamos, era rotina, sem isso não nos divertíamos.

_ Sim são dois, Jake pode mais que você! – Jake ria abertamente e Paul bufou.

    Entramos no carro e fomos para Forks, iríamos ficar na casa de Billy, já que meu pai casou com Sue e ficar lá estava fora de questão.

    Leah que nos surpreendeu ficando com Embry, estavam agora com três anos de casados também, mas ela casou grávida e o pequeno Peter, estava com quase três anos. Leah e Embry tinham o relacionamento tipo o meu e do Jake uma ligação mais forte que o imprint, mais poderosa. Lobos e lobas quando juntos eram assim. Eles moravam na antiga casa dos Clearwater, Leah era quem tomava mesmo conta da reserva, ela era a beta do Jake. Enquanto Embry era um guarda florestal, perfeito com nossos sentidos ninguém se perdia na mata mais.

    Depois da ultima batalha quando eu fui pra faculdade Sam tomou a decisão e deixou o verdadeiro posto para Jake, foi melhor assim, porque depois da batalha o sangue do alfa praticamente berrava nas veias dele, o impelindo, Sam decidiu que era hora de envelhecer, ele e Emily já tinham três filhos. Marie de 6, Jullie de 4 e o pequeno Thomas de 2, Sam estava envelhecendo com Emily e os filhos.

    Todos pensaram na época que eu seria a beta, mas acabou ficando com Leah o que eu adorei, eu já tinha passado meu posto no conselho quileute para ela, como eu estava na faculdade não poderia ajudar como deveria. Agora eram Jake, Leah, Sam e Quil os “anciões” os três tomavam as decisões referentes à tribo, mesmo de longe Jake era ativo e participativo. Era nossa família.

    Seth e Anna estavam terminando a faculdade na Califórnia, insistência da Anna ela odiava o frio daqui, mesmo o Seth sendo o cobertor dela todos os dias, iriam se casar logo todos sabíamos, eles chegariam amanhã.

    Jared e Kim também se mudaram, mas estavam em Olympia a capital do estado, Kim ainda não tinha se animado em engravidar, Jared era a piada do bando.

    E Quil que ainda esperava Claire, ela estava com 10 anos agora. Collin e Bread estavam na faculdade eles ainda não tinham tido imprint. Então aproveitavam.

    Paul parou em frente à pequena casa, Billy estava ali na varanda esperando por incrível que pareça estava um dia de sol aqui. Sai e fui cumprimentar meu sogro.

_ Bella como pode esta cada dia mais linda. – disse enquanto eu me abaixava pra dar-lhe um abraço e um beijo.

_ Oi pai. Esta tudo bem? – Jake o perguntou, ele ainda se sentia um pouco culpado por deixar o pai sozinho, mas sabíamos que foi insistência do próprio Billy, ele viva dizendo que tinha meu pai e Sue, e sabíamos que Sam e Embry sempre vinham aqui ajudar se necessário e Rachel com Paul passavam todo fim de semana aqui também Billy nunca ficava sozinho.

_ Agora sim. – ele falou passando a mão na minha barriga.

_ Oi sogro, bom gente estão entregues eu vou que a patroa mandou eu voltar logo. Amanha estaremos ai para o churrasco. – Paul disse colocando as malas ao nosso lado. Billy odiava quando ele o chamava de sogro.

_ Vamos ficar apertados sua irmã vai vir também, chega amanha. – Billy disse sobre a Rebecca que fui conhecer mesmo só no casamento, mas nesses três anos fomos passar um dia de ação de graças na casa dela no Havaí, Paul e Rachel junto com Billy também.

_ Não, eles vão ficar lá em casa. Rachel insistiu e por eles tudo bem. – Paul falou.

_ Melhor então. – Billy disse.

_ Até amanha. – Paul me deu um abraço e apertou a mão do Jake e do Billy e se foi. Entramos Jake carregando as malas sozinho e eu empurrando o pai dele. Eu estava faminta e cansada da viajem.

_ Seu pai e Sue nos convidaram para jantar lá, Leah e Embry vão também, Bella porque não descansa um pouco. Vocês estão com fome? –

_ Sim. – eu tinha que comer por três.

    Comemos e conversamos contando as novidades, que não eram muitas já que mesmo longe vínhamos pra cá pelo menos uma vez por mês, Jake vinha mais, algumas vezes correndo, eu não me transformava há 12 meses desde que decidimos que iríamos tentar engravidar eu parei de me transformar.

    Depois eu tomei um banho, Billy tinha mandado reformar o quarto do Jake tínhamos um banheiro só nosso e uma cama de casal grande. Coloque uma roupa e me deitei. Escutava Jake e o pai conversando animados. Acabei pensando nos nomes de novo.

    Jake veio para o quarto uma hora depois. Foi tomar um banho e veio todo cheiroso deitar ao meu lado eu estava lendo um livro. Ele se aconchegou no meu ombro e começou a passar a mão na minha barriga e conversar, parecia uma criança, sempre que ele fazia isso ele acordava os dois, porque minha barriga começava a ter movimentos.

_ Deixa os dois quietinhos Jake eles estavam dormindo. Sabe, eles cansaram com a viagem também. – eu o repreendi, era como falar com a porta.

_ Sua mamãe esta mentindo, vamos mostrem para o papai que nem estão cansados. – e eu senti um movimento forte do lado direito.

_ Ela é mais esperta que o irmão. – eu disse. Jake me olhou serrando os olhos.

_ Não, é que ele não gosta de machucar a mamãe. – eu ri Jake era um bobo.

_ Agora vamos pensar nos nomes. – ele começou, eu suspirei.

_ Eu já pensei em nomes, estava querendo fazer uma homenagem para Alice e nossos pais. – e acrescentei mentalmente para Edward também que me salvou.

_ Alice e Charlie ou Alice e William? – ele confundiu as bolas.

_ Não você conhece um pouco de mitologia? – perguntei, ele me olhou intrigado.

_ Sabe a historia de Tróia? – comecei.

_ Sim, aquela que o cara pegou a bonitona da Grécia e os gregos não gostaram e ai tudo deu errado? – era um resumo engraçado eu acabei rindo.

_ Sim essa mesmo, Paris quando viu Helena não resistiu e a levou com ele para Tróia, ele tinha uma irmã gêmea Cassandra, ela era vidente e teve uma visão da destruição da cidade e foi dada como louca. Bom e Paris tem mais de um significado pra mim, seria uma homenagem a um amigo. Pensei em Cassandra Charlie Black e Paris William Black. – agora era a vez de ele reclamar. Mas esses nomes não me saiam da cabeça.

_ Paris seria uma homenagem a um amigo vampiro que você não vê há muito tempo? – disse de forma despreocupada beijando minha barriga.

_ Sim, antigamente eu sempre pensei que Edward fosse meu Romeu quando ele foi embora, eu acabei descobrindo que como Julieta eu ainda não tinha encontrado meu Romeu, Edward foi Paris, o primeiro e mais nada. – Jake abriu um sorriso e disse:

_ Bells você lê muito, mas eu gosto, e quem sabe ele não venha, eu sei que você sente falta do seu amigo e sei que é amizade o que sente por ele, eu também tenho minha cota de gratidão por ele, se ele não tivesse te levado aquela vez rápido e começado os primeiros socorros eu não estaria aqui conversando sobre nomes de bebes. Eu gosto dos nomes, mas já te aviso Cassandra será Cassie e Paris não será chamado assim será Will. – disse voltou a falar com a minha barriga.

_ Ta vendo Cassie mamãe escolheu um nome lindo pra você titia Alice vai adorar. E você Will gostou do seu? – agora o lado esquerdo mexeu e forte.

_ Viu ele gostou então esta decidido. – Jake me beijou com paixão, e eu o apertei em mim, estava necessitada dele. Diferente da primeira vez ele agora não se negava pra mim, mas é claro que eu mandei Carlisle falar com ele quando descobri que estava grávida, porque provavelmente Jake me deixaria sem sexo nove meses se possível.

   Estávamos indo para a casa do meu pai, Jake tinha comprado uma picape especial para o pai e Billy nos levava, a frente da casa estava mais bonita, tinha flores agora na entrada e a casa estava pintada, Sue tinha dado seu toque na casa, dentro também se via as mudanças. Estava mais aconchegante. Embry e Leah já estavam ali. Cumprimentei meu pai e Sue depois Leah e Embry e fui me sentar na sala. Conversando com Leah que estava com o Peter no colo, ele era maior que as outras crianças, genes de lobos, Carlisle tinha feito testes e acompanhado a gravidez de Leah como acompanha a minha, nossos filhos são diferentes, já os filhos dos outros meninos eram 100% humanos com genes lupinos, no nosso caso as mães eram lobas. Peter era mais esperto, inteligente e forte que as crianças da idade dele nada alarmante, mas tinha diferenças, Carlisle acha que ele seria lobo com certeza, era esperar pra ver.

    Ficamos conversando bastante e Peter era lindo, Leah me dava dicas, dizia que eu iria penar já que viriam dois. Mas eu não tinha medo. Estava era curiosa pra ver meus filhos logo.

    Depois do jantar os homens estavam na sala vendo jogo e eu com Sue e Leah fomos arrumar a cozinha, Peter dormia tranqüilo no meu antigo quarto. Leah e Sue não me deixaram arrumar nada, mas eu fiquei ali conversando com elas. E pude perceber que minha vida não podia ser mais perfeita, eu tinha tudo que nunca sonhei em pedir, um homem maravilhoso que me ama e cuida de mim, uma família grande cheia de irmãos e uma irmã, sobrinhos, e amigos que eram como parentes, perfeição seria a tradução da minha vida, só faltava Edward ser feliz também a ai tudo seria certo!

_____________________________________________________________________

N/A: Ah que ta acabando sim sim o próximo é o epilogo!!!

Sim Cassandra foi mesmo a Irmã de Paris em Tróia, filhos do rei Priamo e da rainha Hécuba e Cassandra era vidente e previu o fim da cidade e foi dada como louca!!!

Por isso os nomes Paris de Romeu e Julieta e Paris de Tróia

Cassandra em homenagem a Alice sendo uma vidende!!!

Espero que tenham gostado do fim do Jake com a Bells esta ai, no próximo cap o final feliz do Ed!!!!

Realmente espero que tenham gostado porque eu simplesmente amei digitar ele teve momentos tensos, momentos quentes, reconciliação, risadas, e final feliz pra todo mundo!!!

Eu quero reviews e aos montes porque se preparem que o epilogo vai ser grande já tenho parte digitado!

Cadê meu review???

XD


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!