Fate/Another Tears- Interativa escrita por Gabriel21


Capítulo 33
True End- O céu de Charlotte parte 1 : Asas caídas


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco por causa do Enem, mas está aqui... Enfim... Fiquem com um dos melhores capítulos escritos por minhas mãos (Na minha opinião o melhor final pra fic, exatamente por isso o true, não tem melhor jeito de terminar a fic...). Já vou logo avisando que está estilo Bad End. Bem quanto a parte dois vou postar só depois de atualizar o nosso querido F/D , coitadinho tmb está muito parado ;---;



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Sexto e ultimo dia da guerra, mansão dos Le fannus, 22:14.

– A rendição de uma pessoa só pode alcançada não através do arrependimento... Apenas através de lágrimas e sangue... Foi isso que você me disse há muito tempo atrás não foi...?- Charlotte se aproximou da janela observando a neve cair lentamente, pegou um pequeno alfinete e fez um furo bem pequeno no polegar fazendo uma pequena gota de sangue cair no carpete da casa correndo-o formando um pequeno buraco no chão-... Primo... Até agora eu não sei o que isso quer dizer...

A menina deu um longo suspiro e regenerou a ferida usando a magia curativa cicatrizando e desaparecendo qualquer sinal do machucado. Observou seu selo de comando, “ Um já foi usado... Será que Berserker vai hesitar em machucar seu amigo ou vai se exaltar além da conta? Se isso acontecer terei que usar outro...” cerrou o punho “ Talvez essa seja a ultima noite talvez não... Poderei correr vários riscos se confiar demais no Enkidu... Se bem quando se trata de um combate ele tem mais experiência que eu... Vou esperar, dependendo dos oponentes que iremos enfrentar e da situação eu vou dar um veredito...” pensou a mestra.

Charlotte caminhou para fora devidamente agasalhada, adentrando mais e mais Snow city. “ Porque cada rua dessa cidade me passa uma estranha sensação?... Ela é de certa forma agradável... Cada habitante nas ruas se movendo, coisas do dia-dia ao me redor... Coisas pequenas assim me passam uma boa atmosfera... Se bem que...” a menina pensou até reparar que estava entrando em uma parte deserta da cidade, a neve caía mais forte, parou e deu mais um longo suspiro que por causa do clima frio que fez um pequeno rastro de névoa surgir de sua boca.

“Se bem que... Ainda me sinto sozinha... Não... Não é isso... É que mesmo eu estando aqui, perto de cada um... Eu ainda estou longe... Presa... Como se ainda estivesse presa em casa... Mesmo eu estando aqui... Aqui e agora... Não é diferente de estar confinada em casa... Será que quando eu conseguir o graal... Vou finalmente ter uma sensação de liberdade? Será que minha prisão é a impureza do graal e o cálice é a chave que vai me permitir escapar por fim?”.

– Não é bem assim... No fundo... No fundo você sabe que é você que se prende... Para você não há diferença entre estar confinada na casa de seus pais sem conexão com o mundo exterior e aqui... Bem pense... Você já parou para apreciar ao seu redor sem ficar se excluindo dele? Você não se vê como parte dele... No final depois de tudo sua visão de mundo continua a mesma... Tudo isso não passa de imagens que você está vendo pela janela aprisionada na sua casa ?- Enkidu surgiu ao seu lado olhando para cima.

– Enkidu... – Falou Charlotte, enquanto o servo a encarava. Ela cerrou os punhos, mas antes que pudesse falar, algo mais o vento ao redor começou a ficar mais violento fazendo os cabelos de chocolate dela balancearem fortemente com a rajada de ar. Ela começou a sentir frio mesmo estando com casaco.

– Olhe Charlotte... Aquilo... Aquilo com toda certeza não é obra da mãe natureza... - Berserker apontou para um lugar acima- Consigo sentir uma quantidade absurda de mana...

– Do que está falan...- Antes que pudesse completar sua frase observou o lugar apontado por seu servo, acima de uma quantidade de casas localizada no bairro de classe média em Snow City se formava uma espécie de tornado brilhante que alcançava até os céus- O que... O que diabos é aquilo?! Um mago com esse poder... Só pode ser um monstro...

– Como se a natureza humana... Não fosse monstruosa... – Berserker completou o pensamento da mestra- Qual a sua ordem?

– Não vamos encarar diretamente a origem, apenas ficaremos observando ao redor... Qualquer pisada em falso pode ser completamente fatal...- Ordenou a mestra. “ Será obra do mestre de Rider? Ou é outra armadilha do Badlet?” pensou ela perfurando o polegar com um pequeno alfinete que fez um filete de sangue surgir da ponta e que começou a se moldar em forma de um chicote “Isso não importa, do mesmo jeito tenho que me preparar para o pior!”.

Sexto e ultimo dia da guerra, Casa de classe média alta, 22:37.

O cavaleiro fez um rápido movimento manejando a espada em direção ao albino. Tentou dar um corte ágil e letal com a Tizona para acabar com ele de forma há não prejudicar seu coração, esse órgão devia ficar intacto para servir como catalisador para dar forma ao graal. O cálice para permanecer no mundo exige um sacrifício de uma pessoa com circuitos mágicos, um homúnculo como Lyonisviel era perfeito, não passava de circuitos mágicos que se tornaram um humano. Exatamente por isso que Dante ordenou Saber fazer tal ação tão hedionda como matar um garotinho dessa forma.

Rider tentou defender o pequeno, mas fora muito lento. A espada dilacerou o ombro do garotinho até a lamina alcançar parte do tórax, uma quantidade enorme saiu de Lyon jorrando batendo um pouco na face de Kazuma. Antes que qualquer um ali processasse o cavaleiro pegou o coração do homúnculo com as mãos nuas, um grito estridente pode ser ouvido, mas não havia vindo da vitimas, havia vindo do mago dos ventos.

El Cid em um movimento veloz saiu da casa com o decepado coração que ainda batia. Ninguém tentou impedir, por alguns segundos apenas ficaram paralisados de mais para fazer algo. Kazuma se aproximou pouco a pouco do corpo de Lyon, surpreendentemente ele estava vivo, com um olhar de puro medo, tremendo muito, sentia muito frio e a visão pouco a pouco se embaçando. A face estava encharcada de lagrimas e sangue, principalmente de sangue. Lyon começou a falar vagorosamente em um tom muito baixo quase se esvaindo.

– Pai... Eu... Eu... Eu vou morrer né? É o fim da linha né? Mas... Mas... Mas... – A voz de Lyon estava rouca e baixa, Kazuma se abaixou perto dele e segurou a mão do pequeno- Tinha... Tinha tanta coisa que eu queria fazer...

– Que é isso Lyon... Você aguenta... Não é o fim Lyon- Kazuma falava, não tentando consolar o pequeno, estava tentando fazer isso com ele mesmo- Vamos sair dessa... Você não é humano eu posso... Eu posso fazer cara aguenta... Por favor... Por favor, não me abandona... Você e a Caster foram à única coisa boa nessa droga de guerra... Não vai embora...

– Kazuma... – Hokai falou pensando em palavras para consolar o amigo ou ajudar Lyon, cerrou os punhos a magia enoquiana seria inútil naquele momento. Rider fechou os olhos, conviveu muito tempo com a morte, mas não significava que estava acostumado com ela.

– Eu queria... Eu queria... Eu queria ter ficado mais tempo com você e com a mãe... Brincado mais... Queria... Queria ter visto mais o mundo... Eu... Eu... Eu amo voc... – Antes que pudesse falar mais uma coisa o pulso começou a para e os olhos escarlates ficaram sem vida, uma lágrima escorreu pelo rosto de Kazuma, ele apertou o punho do falecido e fechou os olhos do mesmo. Ele levantou devagar, não se dava para ver seus olhos, cerrou os punhos e uma enorme e furiosa rajada de vento começou a se formar ao seu redor.

Um tornado se formava em volta da casa, tudo estava virando de cabeça pra baixo, os objetos estavam flutuando seguindo a raivosa corrente de ar rodopiante, Hokai e Atila tiveram que se segurar para aguentar a enorme ventania que era tão iracunda que impossibilitava até a visão do formador daquele tufão. Por um milagre conseguiram ouvir a voz do ex-mestre de Caster e de mestre atual de Rider.

DANTE! ESTEJA PREPARADO PARA CONHECER A MORTE! Não... Eu não vou apenas te matar... Antes vou te torturar tanto que se arrependa do dia em que nasceu... Seu miserável... – Kazuma sorriu- Afinal... Não importa o que faça... Quando uma tempestade se forma... Ela é impossível de ser contida...

Sexto e ultimo dia da guerra, caminho para a igreja , 22:57.

Rider e Hokai caminhavam velozmente, mas Kazuma foi mais rápido, seguia furiosamente pelas ruas. Sorte que os moradores e alguns jornais televisionados começaram a indicar como uma tempestade de neve esperada. Por fim Rider suspirou.

– A fúria é um sentimento que é enraizado profundamente quando alimentado, vai ser dificl se continuarmos assim... Bem... – O rei dos bárbaros fez-se surgir sua montaria imponente e montou-a – Com esse ciclone se formando é um pouco difícil de pilotar, mas posso contornar e tentar chegar a tempo de o Kazuma fazer alguma besteira... Você irá comigo?

– Seria uma boa ideia... Mas quero tomar um pouco de folego... Além disso você tem chegar que chegar lá o mais rápido possível! Só irei lhe atrapalhar, considere meu atraso como algo para ser um elemento surpresa ou para eu ficar cobrindo os dois de outro ponto de visão, não podemos ser atacados por trás depois de tudo que fizemos...

– Tudo bem... Você que decide- Átila deu de ombros e partiu com seu cavalo de batalha rodeando o poderoso tornado formado pela raiva de Kazuma. Hokai ficou sozinho e olhou para o céu.

– Francamente... Foi muita emoção para uma semana só... – Parou e suspirou coçando os olhos.

– Certamente, mas, tem que admitir que foi muito tolo da sua parte deixar o servo escapar daquela forma... – Charlotte surgi na companhia de Enkidu ao lado de Hokai. Enkidu moldou suas mãos em forma de laminas, mas a mestra fez um gesto para que ele parasse a ação.

– Mas... – Enkidu indagou.

– Ele não é um mestre, mesmo que seja um mago sem servo a esse ponto da guerra não nos trará nada se matarmos ele agora... Entretanto... – Charlotte preparou seu chicote de sangue que respingava no chão causando pequenos buracos- Berserker vá atrás do outro servo... Vou cuidar dele por uma questão de honra...

– Charlotte... Você... Você ainda está ressentida por aquilo...?!- Hokai cerrou os punhos. “Não esperava por essa... Não tenho tempo para um duelo contra ela... Mas acho que não tenho escolha...Vou acabar com isso o mais rápido possível...” pensou aquele que falava a língua dos anjos.

Sexto e ultimo dia da guerra, Igreja , 23:12.

Um cavaleiro sem honra corria as pressas até chegar ao seu destino. Consigo um olhar vazio estava estampado na face. Com a armadura completamente suja de sangue, com o orgulho completamente manchado. Lágrimas? Elas já secaram a muito tempo, assim como seu espírito. Assim como sua vontade. Com o coração retirado do albino adentrou a igreja onde seu mestre o esperava com um sorriso estampado na face e ao seu lado Celestia que apenas o encarava, não havia evidencias claras da presença de Gilgamesh.

– Aqui está o coração de Lyonisviel como foi ordenado por você- Saber fez uma reverencia se abaixando, é claro que não estava fazendo isso por querer, foi algo também ordenado por Dante para humilha-lo ainda mais. Entregou o órgão nas mãos do loiro que sorriu, mas logo o sorriso sumiu e de lugar a um ranger de dentes. Em um piscar de olhos Dante chutou a cara de Saber que caiu derrotado no chão sem entender nada, Celestia em um primeiro momento ficou surpresa, mas depois compreendeu. O coração tinha parado de se movimentar, era inútil para usar como núcleo do graal. Dante se aproximou de El Cid e começou a pressionar sua cara com o pé.

– Como ousa... Era uma missão tão simples e você me decepcionou desse jeito... – Dante falava pisando na cara do servo com ainda mais força- Da para ver porque seu rei morreu... Você é um imprestável! Escuta aqui... Eu até estava começando a ficar com pena de você... Mas parece que você está de brincadeira comigo... Por sua sorte eu tenho... Um núcleo... Digamos... Reserva...

– Nem pense nisso...- Celestia ergueu uma barreira escura vinda da sua habilidade de magia das trevas. Bem nesse momento Gilgamesh apareceu no seu lado- Se tentar alguma gracinha... Não terei piedade...

– Bem estou preparado, minha cara, claro que cogitei usar você, não mentirei, todavia... – Dante foi até o fundo da igreja onde tirou do armário uma garota presa em cordas, se trava de Brianna, a ex-mestra de Lancer, que havia permanecido dentro da igreja mesmo após a morte de Ruler (Nota do autor: Sério que ninguém ligou que sumiu nos dois finais? Vou logo acelerando a explicação, ela só está presa pelo Dante nesse final, nos outros dois ela não está, na parte dois vou explicar mais e.e). – Tenho uma alternativa melhor...

– Lancer... Me ajuda... Por favor... – Ela murmurava baixinho e roucamente com lágrimas na face.

– Não se preocupe logo estará no mesmo lugar que ele... – Dante estendeu a adaga Azoth que carregava consigo para atingir Brianna quando de repente a porta foi arrombada por uma ventania sobrenatural, Kazuma apareceu diante de todos não hesitando em atingir Dante com uma rajada de ar. Dante não teve tempo em raciocinar direito, foi capaz de desviar, mas um raspão causou um corte profundo, porem pequeno , em sua bochecha e foi capaz de cortar uma mecha de seu longo cabelo loiro.

– Isso... Está começando a ficar interessante... – Gilgamesh sorriu ao ver Dante, Saber e Celestia pasmos.

Sexto e ultimo dia da guerra, caminho para a igreja , 23:02.

Hokai não teve para processar nada. Charlotte avançou chicoteando com seu sangue, o mago então estendeu a mão rapidamente fazendo aparecer uma barreira redonda azulada do poder enoquiano que cobria toda sua parte da frente. O chicote se espatifou no escudo e molhando toda a superfície. Hokai tomava cuidado, uma gota podia corroer sua pele até os ossos ficarem a mostra. “Cuidei dela da ultima vez, posso com ela dessa vez, só tenho que atacar de uma distancia segura e evitar qualquer ataque... Espere aí...” pensou o ex-mestre de Saber ao notar um pequeno sorriso escapar dos lábios de Charlotte “... Tem algo errado... Ela... Ela está sorrindo... Além disso, ela passa outra aura... Diferente da batalha anterior...”.

– Pense que vou cair no mesmo truque de empurrar a barreira na minha direção, está enganado... Eu estudei cada movimento enoquiano para nossa revanche... – Charlotte estalou os dedos e as gotas espalhadas no escudo começaram a se mover, subindo e ultrapassando a barreira indo em direção a Hokai. O usuário da magia divina desfez a barreira rapidamente, a fim de escapar das gotas, mas no ar elas se transformaram em agulhas indo a sua direção.

Não tinha como escapar, Hokai rapidamente fez uma mão enoquiana no lugar da sua decepada com o intuito de proteger-se e não ser afetado pela acidez do sangue. Mesmo tendo molhado toda a sua mão falsa com o sangue, uma parte dele deslizou da mão e acertou seu ombro, correndo-o. Hokai gemeu sentindo uma dor imensa, Charlotte aproveitou a deixa dada por ele e partiu fazendo duas espadas de sangue.

Por poucos segundos Hokai não é atingido. Rangeu os dentes pela dor, mas conseguiu projetar em sua outra mão Tizona feito enoquialmente. As lâminas se chocaram, ambos sabiam que um corte da arma do oponente seria fatal. Após inúmeras colisões ambos se afastaram. Estavam respirando pesadamente, foi à vez de Hokai avançar com a sua espada enoquiana, mas a jovem a partir de uma das espadas criou uma barreira feita de sangue. A corrosão não afetava a língua dos anjos, mesmo assim não havia um modo para contra-ataca-la.

– Sabe de uma coisa Hokai... A magia de sangue é de certa forma o oposto da enoquiana... – Comentou a menina- A magia dos Õ no’s, a magia dada pelo divino, à magia dos céus... Enquanto a magia dos LeFannus é a magia do sangue amaldiçoado, alguns dizem ter sido criada por demônio... Uma bênção e um pecado estão se enfrentando aqui...

– Errado... Você está errada... - Charlotte percebeu que os golpes contra o escudo haviam parado, desfez o escudo e encarou com cuidado o que Hokai começou a dizer, ele olhava fixamente para os cristais espalhados pelo seu corpo e chorava- A... A magia enoquiana não é um presente... É um peso... Um delito... Algo que os homens não deviam ter... E por isso tiveram que pagar por toda a eternidade... A magia enoquiana tornou a linha que separa a vida e a morte de um Õ no mais fino que seda... Uma culpa... Uma culpa que está nas veias, magia pode ser poderosa, mas, mas não é o bastante para pagar a nossa dor...

Ela o encarou por alguns segundos. “ É a hora perfeita para mim atacar... Por que eu estou aqui parada? Posso acabar com ele aqui e agora e provar a supremacia da magia de sangue... Mas... Será que é isso que realmente quero?” Charlotte suspirou, cerrou os punhos e por fim virou de costas. Uma lembrança atingiu sua mente. Sempre, sempre, sempre desejou ver o mundo, de vez em quando seu primo a visitava e lhe dava relatos de suas inúmeras viagens, até... Até por fim fazer uma viagem em que nunca mais retornou. Depois de tanto insistir, meus pais cederam, mas, mas o que eu vi marcou minha vida. Um mundo cheio de miséria, um mundo cheio de morte, desespero, um mundo... Um mundo impuro. Uma criança desnutrida chorava diante da morte da mãe, aquelas lágrimas... Foi a partir daí então que resolveu criar um mundo para que ninguém mais chorasse daquele jeito então... O que ela estava fazendo não é oposto do que ela desejava? Qual a diferença entre as lágrimas de Hokai e daquela criança? “No final meus ideais... Não justificam minhas ações...”.

– Pode... Pode ir...

– Charlotte...

– Não é o que você queria? Não queria ir mais rápido para ajudar seu amigo? Pode ir... – Charlotte encarou séria ainda de costas para Hokai- Não me entenda errado... Já consegui o que eu queria...

–Charlotte... Você... Você é uma boa pessoa sabia?- Hokai sorriu seguindo em direção a igreja.

– Como... Como eu queria que isso fosse verdade... – Falou ela encarando a neve caindo vagarosamente e cerrando os punhos- Bem posso ter deixado essa escapar... Mas não vou perder outra oportunidade... Vou seguir também em direção a igreja... E conseguir o graal... Custe... Custe o que custar!

Sexto e ultimo dia da guerra, Igreja , 23:26.

– Ora, ora... Olha só quem resolveu aparecer de uma forma tão imprudente... – Dante tirou a cara de espanto e disfarçou com um sorriso na face. Pegou o coração de Lyon no chão onde havia jogado e mostrou para ele- É por causa disso que está todo estressadinho? Pode ficar com essa coisa imprestável

– Seu... – Kazuma avançou cercado de uma onde de vento e correu em direção a Dante, mas de repente aparece atrás dele Rider que o empurra para longe. Nessa mesma hora uma rajada de fantasma nobre foi refletida pela lâmina de Marte do rei dos bárbaros. Gilgamesh mostrou seu portão da babilônia ativado.

– Tolo, a raiva não leva a nenhum lugar! Não aprendeu a lição com o que aconteceu com o Hokai e comigo? – Rider deu um tapa na face de Kazuma- Se liga essa batalha não é só sua... Você mesmo não disse isso? E se você morrer? Tudo que a Caster e o Lyon fizeram por você foi em vão? É melhor escutar quem derramou muito sangue por causa da ira e se arrepende amargamente depois de tudo...

– Rider...

– Falou alguém que matou o próprio irmão para obter o trono... – Retrucou Dante- Garanto que isso é nada mais que um caso de faça o que mando não faço o que faço... Bem digamos que... As ações tolas já foram realizadas, tarde demais para voltarem atrás... Você pode dizer que a fúria e a raiva nos cegam, mas eu digo o contrario, ela nos faz enxergar melhor que nunca... A verdadeira natureza do ser humano... A bondade e a inocência nos cega, já... Já aprendi isso há muito tempo...

Aproveitando a deixa, Brianna começou a rastejar devagarinho, mesmo impedida por estar amarrada. “Eu... Eu sempre quis que as mulheres tivessem um destaque no mundo da magia... Na torre... Não... Não posso morrer aqui... Eu prometi para o Diarmiud... Eu prometi que ia realizar meu sonho...” pensou a maga. Antes que pudesse fazer mais alguma coisa Celestia bloqueou seu caminho.

– Nem pense em fazer mais alguma coisa... – Celestia sorriu com uma esfera negra apontando em direção a Brianna- Não se preocupe Dante, eu fico de olho nela...

– Rider... O que vai ser agora? Alguma sugestão?- Cochichou Kazuma.

– Bem... Você fica com o Dante... E eu pego Saber e Archer... Tsc... - Rider mordeu o polegar- Se ao menos o Hokai tivesse aqui... O que diabos ele está fazendo agora? Ele disse que viria logo atrás de mim...

De repente um grito. Todos olharam em direção de onde o som vinha. Um corpo moribundo cai. Uma cabeça decepada rolando no chão. Charlotte aparece usando uma espada ensanguentada que decapita Celestia. Enkidu estava ao seu lado, mas nenhum sinal de Hokai. Uma mescla de sentimentos invade Gilgamesh, prazer? Ódio? Indiferença? Não se sabia muito bem. Charlotte parecia cansada, respirava pesadamente, suava bastante. “ Perdi muito sangue... Abusei do poder... Agora... Agora deixo por sua conta Berserker” pensou ela. Saber levantou a espada, ainda meio debilitado pela punição do mestre em direção a Rider e Archer encarava seu irmão de alma.

O fantasma de Saber começou a brilhar intensamente. Ofuscando a vista e começando a aumentar o tamanho. O rei dos bárbaros estava preparado para o pior, enquanto isso Gilgamesh se preparava com o portão da babilônia em direção ao seu companheiro, ambos sabiam que seria o momento definitivo, a conclusão do épico. Porém, algo inesperado aconteceu, após carregar a poderosa Tizona, preparado para acertar Kazuma e Rider, El Cid direcionou a espada sagrada em direção a ao rei dos heróis e cortou o mesmo ao meio. Enkidu arregalou os olhos e parte do sangue do servo manchou sua túnica branca que usava como roupa.

– Seu... Seu impuro imundo!- Gilgamesh gritou se desfazendo em uma rajada de luz. Dante estava pasmo.

– Miserável! Eu não te ordenei fazer nada do tipo! Como bloqueou meu selo de comando?!- Exclamou Dante raivosamente.

– Você não me ordenou que não podia atacar Archer... Além disso, mesmo eu não podendo fazer ações voluntariamente... O ultimo selo de comando de Hokai foi me ordenando que atacasse Gilgamesh com todas as minhas forças... Foi o que fiz, não?- Respondeu Saber sorrindo. Um segundo se passou. De repente outra morte. A poderosa lança de Enkidu estava atravessada no peito de El Cid.

– Tenho certeza que se fosse seu rei você teria feito o mesmo... – Enkidu retrucou friamente ativando as chamas começaram a se projetar do fantasma nobre que incinerou Saber fazendo-o sumir consumido pelo fogo divino. Mesmo assim El Cid estava sorrindo ao ver a morte, aquela era a sua liberdade. Dante rangeu os dentes “Não... NÃO! Todo o meu plano... Eu só... Eu só queria a felicidade de uma pessoa importante para mim... Então porque... Então porque sempre a oportunidade sempre escapa diante dos meus olhos...”. Brianna continuava rastejando de fininho para fora do estabelecimento, mas Dante a pegou e estava pronto acerta-la com a adaga Azoth novamente, “não importa se estou servo ou não sou que verá heaven’s feel!” pensou, mas o ataque fora bloqueado. Adaga atravessava a mão enoquiana de Hokai.

– Desculpa pela demora... Eu nunca fui bom em corrida... Mas parece que... Parece que finalmente vamos resolver nossas diferenças... Não é mesmo... Dante... – Hokai falou para o amigo de infância. Dante recuou para trás tirando a adaga da mão falsa- Isso é o fim Dante, são três contra um, você não tem a menor chance...

– Dois contra um... – Berserker moldou suas mãos em forma de foice- Eu e a minha mestra não temos nada haver com isso, não muda nada, somos inimigos e como está nas regras da guerra, nada me impede de atacar um de você e tomar meu próprio veredito, vou lutar contra Rider, vocês que lutem sua própria batalha...

– Então vai ser assim... Beleza, é melhor assim... – Rider concordou- Deixo o Dante com vocês, , vou lutar contra Berserker...Servo contra servo... Mago contra mago...

Hokai e Kazuma ficaram encarando Dante. Rider e Berserker fizeram o mesmo. Primeiro movimento foi do rei dos bárbaros ele atacou com a espada de Marte em direção do homem criado por animais, este facilmente desviou, mas já era esperado, Atila aproveitou com a aproximação do inimigo e levou-o para dentro de sua realidade alternativa. Hokai e Kazuma avançaram ao mesmo tempo em direção a Dante “aceleração temporal... Nível cinco”. Ambos os magos tentaram acertar um gancho de direita no loiro, mas este desviou facilmente e conseguiu ficar atrás dois e bateu a cabeça deles uma contra a outra. Eles ficaram tontos por alguns segundos e nessa oportunidade Dante fez vários cortes na barriga de Kazuma e logo depois socou a barriga de Hokai com muita força. Dante riu sarcasticamente

– Podem vir com tudo que tem posso dar conta dos dois... O que eu tive que encarar para chegar até aqui não é nada em comparação ao que vocês viveram... – Kazuma arremessou uma rajada de vento cortante em sua direção enquanto falava, mas este desvia facilmente, aproveitando a oportunidade Hokai tenta avançar com duas espadas enoquianas, mas também não obteve êxito. Com apenas uma mão, Dante pega a cabeça de Hokai e joga contra seu joelho e ao mesmo tempo intercepta outro ataque de vento de Kazuma.

Charlotte e Briannna encaravam tudo pasmas. Hokai cambaleou novamente tonto, sua cabeça latejava, mas Dante não o considerou uma ameaça seguiu em direção a Kazuma em uma velocidade incrível. “Ele é... Ele é mais rápido que o meu vento?” pensou ele surpreso. Mais duas facadas profundas no tronco, depois uma rasteira que derrubou o mago dos ventos. Hokai teve de se recuperar e partiu para o ataque arremessando vários orbes luminosos em direção ao Badlet que desviou e perfurou a faca na ferida que antes Charlotte havia feito com sua magia de sangue. Hokai gemeu de dor novamente. Kazuma se levantou e correu até Dante lançando uma onda cortante de ventania em direção a Dante. O oponente desfez toda rajada de vento com um estalar de dedos.

– Como... Como... Como você consegue sempre estar um passo a frente da minha magia de vento?!- Exclamou furiosamente Kazuma.

– Ora... Raven não falou para você? Eu já fui pupilo dele... Durante a época em que ele lutou na primeira guerra... Ele sabia demais... Por isso que eu mandei para torre novamente e... E aí o assassinei...

– Você... Você fez o que?!- Exclamou Kazuma furiosamente. “Ele... Ele assassinou o professor...” pensou Brianna com lágrimas nos olhos. Kazuma mudou a postura e avançou corpo e corpo fazendo o vento acelerar e aumentar a quantidade de movimentos executados. “O estilo de combate dele mudou... Porém...” pensou Dante, depois de vários socos desviados por Dante, este se direcionou para costa do ex-mestre de Caster e apunhalou atrás de seu pescoço fazendo o mago cair brutalmente no chão vomitando sangue. Havia acertado um ponto vital. “É tudo um esforço inútil... Ele daria trabalho, admito, mas graças ao treinamento para lidar com esse tipo de magia consegui lidar com isso...”. Hokai encarava tudo perplexo. Tremendo. Hokai se aproximou do corpo de Kazuma, Dante permitiu isso, achou que talvez isso resultasse em coisas interessantes.

– Hokai... – Kazuma começou a falar roucamente com lágrimas na face, mas sorrindo- Lutamos muito bem juntos, não é parceiro? Não se sinta ressentido... Tenho certeza que a Caster perdoaria a morte dela... Nada... Nada... Nada foi culpa sua... Às vezes... Às vezes simplesmente agimos imprudentemente devido ao mal estar de nossos entes queridos... Mas é natural... É algo que acontece com todo mundo... Agora... Agora... Eu vou poder descansar ao lado de Caster, Lyon e meu pai... Hokai... Adeus...

– Kazuma... KAZUMA!!!– De repente uma fúria invadiu Hokai, suas asas celestiais começaram a brilhar mais intensamente. - Dante... Eu... Eu não vou te perdoar!

Hokai gritou fazendo surgir uma onde enorme de energia que balançou toda a igreja. Dante, porém sorriu.

– Como eu disse antes... A fúria nos faz abrir os olhos... Nos liberta...


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Notas finais do capítulo

e.e Desculpa por esse final. Será que o Kazuma e todo resto vai no fim morrer e pronto? Será isso o fim mesmo? O que acontecerá? Quem verá o heaven's feel? Qual o segredo por trás do graal? Vou postar mais rápido? Não percam na parte dois! Bem...Pessoal agora tenho que comentar algo importante sobre o futuro da fic. Estou querendo continuar ela, sim algo além dos três finais. Eu sei, eu sei, tem Fate/Disillusion, mas com toda essa parada de Fate Stay Night 2014 realmente me inspirou em algumas ideias para uma especie de remake de F/AT. Remodelar toda a fic em uma nova, como assim? Quero fazer algo como rota 2º da fic, colocando mais detalhes, algo bem caprichado e elaborado, ligando mais com os eventos de F/D, etc.
Seria uma realidade alternativa criada por uma das personagens de F/D (Kana Kamiya), na verdade é a história da primeira viagem temporal que resultaria na primeira realidade alternativa (das muitas) que ela criou. Nessa fic o Dante não mata o padre, resultando com que a Ruler nunca tivesse aparecido, sendo assim o Hokai nunca teria encontrado ela e ficado louco e matado a caster, nem a Assassin teria morrido, etc, etc.
Seria centrado na Assassin, uma personagem de pouco destaque na série e estou pensando seriamente em botar ela como um par romântico para o Hokai para substituir a Ruler, mas ainda vou ver isso mais tarde (seria algo interessante na minha opinião), veríamos batalhas que infelizmente não deu para botar na fic (que no planejamento inicial eram para ocorrer) como Caster vs Saber, Assassin vs Berserker e Lancer vs Rider. Bem, quero que digam a suas opiniões sobre o assunto, pois eu também pretendia fazer Fate/Lost tears...
Então vocês preferem essa nova rota ou saber sobre a guerra de dez anos atrás?