Fate/Another Tears- Interativa escrita por Gabriel21


Capítulo 31
Bad End - Laços rompidos Versão completa


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora pessoal, mas eu estava de ferias precisava descansar tmb u_u , além disso meu computador pifou e tive que manda-lo pro concerto até finalmente chegar semana passada. Bom está aqui, recomendo que preparem-se para a caixa de lenços, não por que é triste e sim por que é cheio de sangue e desespero >:D. Ah, FELIZ DIA DO AMIGO o/ (que irônico considerando o que vai acontecer...)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412222/chapter/31

“A neve é sempre pura, se fazendo de inocente... Escondendo a realidade em seu branco eterno, pois ela não é nada mais que uma coisa que só traz sofrimento, solidão e principalmente dor... Mas ela continua bela em todo seu pecado...”.

Sexto e ultimo dia da guerra, Mansão dos Hendrics, 22:20.

– Mãe... Você pode ler uma história para eu dormir?- Perguntou à pequena Celestia preparada para dormir, mas como qualquer criança enrolando para tal ato.

– Claro... Vejamos só o que tem aqui... - A mulher mais velha sorriu amavelmente para a filha e começou a procurar um livro na estante.

– Mas eu quero uma história diferente!- Exclamou a pequena.

– Uma história diferente... O que você quer dizer com isso? Não gosta mais das histórias que a mamãe conta pra você?- Retrucou a mulher curiosa.

– Não é exatamente isso é só que... Só que... Sempre é a mesma coisa... – Falou a menina hesitante um pouco- O protagonista é um herói bonzinho que vence sempre enquanto o vilão malvado sempre perde... Isso chegou a ser tão repetitivo que se tornou algo claramente irritante...

– Então... – A mãe começou a sorrir de forma diferente para a filha, sorrindo de uma forma um tanto quanto maliciosa o que deixou a pequena bem confusa e mais hesitante- Você queria que o vilão vencesse no final? É isso que procura...?

– Não... Não é exatamente isso é que... É que... – A versão mais nova de Celestia tentou procurar as palavras certas, mas com a forma diferente que a mãe estava agindo ficou com certo receio, mas antes que abrisse a boca para uma resposta definitiva a mãe a interrompe.

É melhor continuar ouvindo histórias com final feliz minha querida filha... Caia eternamente nesse mundo de fantasia... – Então a mãe começou a brincar com as mechas loiras da menor, aproximou a boca do ouvido dela e por fim sussurrou de um jeito sombrio que fez a criança sentir um calafrio percorrer todo o corpo–... Por que na vida real, quase sempre ambos o vilão e o herói tem um final bastante trágico...

Celestia acordou de uma vez da sua cama respirando pesadamente e com o coração acelerado. “Isso... Isso foi apenas um sonho...” pensou a mestra de Archer massageando as têmporas tentando afastar uma possível dor de cabeça que estava começando a se aflorar. Tomou um banho para esfriar um pouco o corpo e despertar melhor, se vestiu apropriadamente e preparou-se para sair. Já do lado de fora da mansão e seguindo em direção à igreja onde seu aliado Dante Badlet se encontrava, a jovem olhou para a neve caindo aos montes do céu e avistou mais a frente o rei dos heróis se materializando em uma luz dourada.

Tanto o mestre quanto o servo não expressaram nada ao encontrar um ao outro, apenas seguiam silenciosamente para a igreja. Celestia continuava tensa, mas demonstrava calma por fora enquanto o Gilgamesh continuava com um sorriso claramente arrogante estampado em sua face. E a neve continuava a cair na imensidão da noite.

Sexto e ultimo dia da guerra, Casa de classe média alta, 22:37.

O cavaleiro fez um rápido movimento manejando a espada em direção ao albino. Tentou dar um corte ágil e letal com a Tizona para acabar com ele de forma há não prejudicar seu coração, esse órgão devia ficar intacto para servir como catalisador para dar forma ao graal. O cálice para permanecer no mundo exige um sacrifício de uma pessoa com circuitos mágicos, um homúnculo como Lyonisviel era perfeito, não passava de circuitos mágicos que se tornaram um humano. Exatamente por isso que Dante ordenou Saber fazer tal ação tão hedionda como matar um garotinho dessa forma.

Rider tentou defender o pequeno, mas fora muito lento. Porém Õ no Hokai consegue chegar bem a tempo abraçando Lyon e utilizando seu próprio corpo como escudo fazendo assim um corte extremamente profundo nas costas do ex-mestre de El Cid. Hokai gemeu de dor e caiu no chão vomitando muito sangue, sentia uma dor extremamente intensa não só pelo ferimento, mas pela espada também ter atingindo sua coluna. Saber ficou pasmo com a ação que o mesmo fizera, acaba de ferir aquele a quem jurou lealdade eterna através do pacto da convocação de servo. “ Do que vale a minha vida agora... Do que vale a minha oração... Do que vale tudo que eu lutei até agora...? Por que motivos eu ainda brando minha espada... Agora suja de sangue de inocentes e de pecados... ” pensou o servo da classe dos espadachins.

Rider logo notou o olhar vazio do oponente, ele parecia fora de si. Mesmo assim o campeador espanhol desembainhou Tizona mais uma vez, o rei dos bárbaros concluiu que ele iria tentar atacar o albino novamente então logo se preparou para revidar o golpe, mas o que ele fez foi uma atitude totalmente inesperada. Saber acertou sua espada em seu próprio peito. Uma enorme poça de sangue surgiu em seus pés, ele tremeu um pouco até finalmente se esparramar no chão da casa.

– Saber! Por que... Por que...POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?! – Hokai gritou desesperado ainda gemendo de dor no chão devido ao corte nas costas, mas ainda com lágrimas na face tanto pelo ferimento quanto pela atitude do amigo.

– Este mundo está condenado... Onde está a honra? Onde está a justiça? Será que o graal é algo tão bom assim? Obrigando a atrocidades desse tipo acontecer... Ressuscitar espíritos de antigos guerreiros só para depois morrerem novamente por um bem egoísta do próprio invocador... Isso é um poder que é feito para o bem de alguém? É feito para a felicidade? - Falou El Cid ainda com o olhar totalmente vazio no rosto e vomitando muito sangue desaparecendo pouco a pouco em uma sequencia de luzes- Não vale a apenas lutar por nada mais... O que a minha gloria e honra me levou até agora? Quantos jovens morreram tentando defender isso... Não há mais salvação para nada... Para nada... Nem para mim... Adeus Hokai... Eu realmente acreditei ao conhecer você... Que a inocência... Ainda existia no mundo...

SABER! SABER! SAAABERR!- Gritou Hokai desesperado chorando, mas fora em vão ele já havia deixado esse mundo, Kazuma apenas assistia a cena cerrando os punhos e até mesmo Rider estava tocado com o que havia acabado de ocorrer- É... Tudo culpa minha... Quando a Ruler morreu eu... Eu não segui a razão... Eu... Eu despedacei os sonhos de Saber... As esperanças dele... De certa forma o monstro não é o Dante... Sou... Sou eu... É tudo minha culpa... Acho que as palavras dele no final não são de certa forma totalmente mentira...

– Hokai... – Kazuma falou, tentou confortar Hokai, tentou negar as palavras dele, mas simplesmente o som não saía... Estava sem voz para qualquer tentativa de conforto...

– Kazuma... Pode me ajudar?

– Claro- Kazuma respondeu indo ajudar o aliado, curou de forma superficial o ferimento com certa dificuldade, mas simplesmente quando o mestre de Rider reerguia Hokai as pernas dele vacilavam e o herdeiro dos Õ no’s não conseguia ficar em pé- Não vai me dizer que... Não pode ser o ferimento de Saber...

– Parece que sim... O meu pecado agora faz parte de mim... Uma ultima lembrança... Eu não sinto minhas pernas... – Hokai falava sem nenhuma raiva em sua fala, de certa forma tranquilamente, mas evidentemente de maneira vazia, do que valia agora sua vida? Provavelmente se não fosse o desejo de curar sua família ele cometeria a mesma coisa que Saber. Destruído pelas cicatrizes físicas e psicológicas da guerra, o corpo cercado por cristais e agora paraplégico. Tudo que impedia de tirar sua própria vida, de seguir em frente era o graal. Sim, ele ainda estava determinado em consegui-lo, ele com toda certeza limparia todos os seus pecados.

O albino fingia não entender o que estava ocorrendo. Fingir que era inocente. Ele entendia bem que os eventos que se seguiram era em parte sua culpa, sua culpa era sua existência. Ele daria a forma para o cálice sagrado se materializar. Porém resolveu não falar mais nada sobre sua total compreensão dos acontecimentos, ele concluiu que não era uma boa hora de revelar tudo principalmente pelo estado mental daquele que se sacrificou pelo seu bem estar. Rider agora também ajudava Hokai a se mover, o que paralítico então estalou os dedos, falou algumas palavras incompreensíveis para meros mortais e materializou uma cadeira de rodas transparente, mas concreta, usando o poder da magia enoquiana. Começou então a se mover para a porta.

– Você... Você ainda vai lutar?- Kazuma perguntou preocupado.

– Sim... Eu vou conseguir o cálice... Para a morte daqueles que se perderam valerem a pena... Custe o que custar...

– Pode contar comigo!- Kazuma respondeu indo em direção à cadeira de rodas- Mas você não está em condições de lutar...

– ENTÃO O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA?! TUDO QUE ME RESTOU É LUTAR... SEM ISSO EU NÃO SEREI NADA...

– Então... Então deposite as suas esperanças em mim! Você não está em condições se continuar assim... Você perderá! Se liga, desse jeito mesmo que a morte de cada um nessa guerra que será em vão... – Kazuma responde agora ele empurrando a cadeiras de rodas de Hokai- Então... Eu lutarei por você! Pode confiar em mim! Combinado?

– Combinado!- O mago dos ventos então estendeu a mão ao falante enoquiano e eles deram um aperto de mão firme- Eu... Eu deposito minhas esperanças em você, Kazuma Yagami!

– Pode deixar comigo... Não irá se arrepender- Responde o mestre enquanto o servo e o homúnculo sorriem com a cena.

Sexto e ultimo dia da guerra, Igreja , 23:01.

Dante cerrou os punhos. Não sentia mais a ligação de mana com o servo e o selo de comando tinha desaparecido. “Maldito Saber... Tão inútil... A parte principal do meu plano... Estragada... Não... Não vou deixar as esperanças de Alice terem sido em vão... Eu vou salvá-la... Com toda certeza... Eu vou cura-la de uma vez por todas com a ajuda do santo graal... Afinal, estou disposto a qualquer coisa e ainda tenho o plano B...” pensou o rapaz loiro que logo a faceta séria e preocupada deu lugar a um sorriso confiante e cheio de si.

Ouviu passos entrando na igreja, “ Certo... Que maravilha... O plano B acaba de chegar” pensou Dante se virando para receber a visita, mas tudo foi tão rápido que não conseguiu reagir diretamente. Quando percebeu já havia acontecido e não podia fazer mais nada. Inúmeras esferas negras atingiram todo seu tronco, algumas foram certeiras na barriga e outras passaram raspando na costela. Os ferimentos formados eram extremamente graves e profundos, Dante cambaleou um pouco vendo o sorriso satisfeito de Celestia até finalmente cair de uma vez no chão. A mestra de Archer se aproximou do amigo de infância caído enquanto o servo exclamou.

– Finalmente quis se livrar desse pedaço de lixo, Celestia, mais demorou de mais! Se eu não me importasse de sujar os meus preciosos tesouros com sangue de verme eu mesmo tinha feito isso... – Exclamou Archer sorrindo, mas com certa raiva. Celestia, porém ignorou o que o rei dos heróis falou e se voltou para Dante com um sorriso ainda mais destaco diante do sofrimento que fez o loiro passar.

– Então... É essa a lei do mais forte meu caro Dante... Gilgamesh tem certa razão no que diz... Desde que perdeu Assassin eu devia ter me livrado de você, mas acho que pelos velhos tempos não cometi tal ato... Eu sei muito bem que agora que Saber morreu você pretendia roubar meu servo não é? É uma peninha... Mais o cálice é meu e já vou avisando que no novo mundo perfeito que vou criar com ele não terá espaço para felicidade de mais ninguém além da minha e da minha irmã Rin... – Celestia então começou a se afastar rindo de forma maligna e se afastando do quase morto Dante- Tenha uma boa viagem para o inferno...

– Só... Só estou me perguntando por que minha morte não te trás felicidade?- Perguntou Dante quase fechando os olhos se entregando para o gélido abraço da morte.

– Como assim? NÃO VIU MEU SORRISO? NÃO VIU MINHA RISADAS? ESTOU MUITO FELIZ COM SUA MORTE... SEU... SEU MALDITO INÚTIL!- Celes exclamou vorazmente voltando-se novamente a Dante.

– Mentira... Isso é mentira... Eu percebi há muito tempo... Eu percebi há muito tempo Celestia, que na verdade nunca vi um sorriso verdadeiro vindo de você... Nem mesmo quando éramos criança... Realmente... Realmente é isso que você quer?... - Antes que Dante completasse sua fala Celestia pegou a cabeça do mesmo pelos cabelos e a fez bater com uma absurda velocidade e força no chão causando uma hemorragia enorme e levando o homem ao fim.

CALA A BOCA, CALA A BOCA CALA A BOCA, CALA A BOCA CALA A BOCA, CALA A BOCA!!!– Falou Celestia repetindo o movimento de jogar a cabeça de Dante no chão continuamente mesmo o rapaz tendo uma condição deveras critica- VOCÊ E O HOKAI NUNCA ME ENTENDERAM! NUNCA! Nem ao menos tentaram... Eu sempre... Sempre tive um ódio mortal por vocês... Meu desejo no fundo da minha alma desde que vi vocês pela primeira vez era tirar com as minhas próprias mãos àqueles sorrisos alegres estampados em suas faces! POR QUE VOCÊS CONSEGUIAM SORRIR DE FORMA TÃO INOCENTE NAQUELA ÉPOCA? ONDE VOCÊS ACHAVAM A FELICIDADE PARA ISSO? AONDE? SEUS DESGRAÇADOS!!!

– Então era só uma questão de inveja... Você sempre sorriu falsamente por que nunca encontrou a plena felicidade... Todos aqueles sorrisos vazios a faziam sofrer por dentro?- Resmungou o jovem. A face de Dante estava bastante deformada de machucados e hematomas causada pelos impactos das batidas de Celes, ele fechou os olhos com dificuldade por fim falou pausadamente antes se entregar por completo-... Mas saiba que é melhor nunca ter tido inocência... Do que um dia... Do que um dia perder ela brutalmente...

A mestra de Archer encarou o corpo moribundo de seu amigo. Havia se formado uma pequena poça de sangue que sujava seu vestido longo e seus pés. Encarou também as mãos, sujas de sangue, sujas de pecado. “ Pai... Eu me tornei um monstro?... Desde que o senhor morreu minha vida tem sido um inferno sem fim... Desde que eu matei a mamãe quando ela tentou matar Rin em um surto psicótico... Esqueça isso Celestia... Você não é um monstro... O monstro é esse mundo... Que a fez se tornar um...” pensou a jovem, mas logo afastando pensamentos semelhantes enquanto massageava as têmporas novamente tentando controlar sua dor de cabeça. Gilgamesh encarou toda a cena com um brilhante sorriso “Ela está começando a se tornar alguém realmente interessante...” pensou o rei dos heróis.

– Celestia... Então não conhece a felicidade? Parece que a morte daquele verme não lhe agrada tanto assim... Você inutilmente tenta se agarrar a um sentimento de desejo e acha cegamente que quando conseguir o que quer vai estar feliz... Que coisa ridícula... Tão ridícula que chega a ser engraçado... – Archer ri sarcasticamente “Que tragédia mais engraçada” pensa o mesmo- Essa maldita sociedade capitalista implementou isso, o consumo fará você feliz, mas que coisa mais deformada, é por isso que o mundo está tão podre como hoje, não confunda as coisas minha cara “mestra” , o que você realmente deseja no fundo do seu coração? O cálice é a materialização do desejo das pessoas... Mais mesmo sendo assim se você desejar um mundo onde todos possam ser felizes será uma felicidade falsa, oca... Artificial... Então você simplesmente terá falhado...

– Isso... Isso é melhor que nada... – A jovem cerrou os punhos se voltando para fora da igreja- Já rompi os laços com um... Agora só falta cortar meus laços com aquele que fala com os anjos... O que vai fazer agora rei dos heróis? Qual sua decisão em relação a Berserker?

– Vamos deixa-lo se divertir um pouquinho com aquele rei fajuto para finalmente encerrar a guerra com o espetáculo final que será a nossa maravilhosa luta final- Sorriu arrogantemente o rei dourado.

Sexto e ultimo dia da guerra, frente da igreja, 23:21.

A lua resplandecia na noite, mesmo esta não sendo a atriz principal. A neve que caia vagarosamente se destacava tanto que até ofuscava as brilhantes estrelas escondidas pelas nuvens nubladas. Kazuma e Rider caminhavam em direção a igreja enquanto mais atrás Õ no Hokai de cadeira de rodas mantinha a guarda enquanto protegia Lyon de qualquer ameaça eminente, ele está com certas limitações, mas não era nenhum fraco.

O mestre de Rider parou bruscamente, fechou os olhos e começou a sentir a brisa fresca. “O vento está em condições favoráveis para mim... Perfeito...” pensou Kazuma cerrando os punhos “... Você me deu uma nova oportunidade para viver meu velho... Se eu sobrevivi tudo que eu passei então significa que tenho um papel maior a cumprir não é? É por isso que eu estou ajudando quem tirou minha amada de mim... A causa dele é justa, tenho certeza que Caster faria o mesmo... Ou será que todo sofrimento que eu passei... Será que o destino apenas gosta de me ver sofrer? Pare de pensar nessas coisas, se liga Kazuma, foco na guerra agora, você prometeu, não tem mais volta!”.

Kazuma parou bruscamente novamente, mas agora por outro motivo. “ O vento mudou de direção de repente...” pensou o mesmo. Olhou de canto para o bosque do lado da igreja, mirou discretamente em uma árvore e se virou lançando uma rajada grande de vento. De cima dela saltou um servo de cabelos longos esverdeados carregando uma garota com cabelos como chocolate. Lyon se escondeu atrás de Hokai, o jovem paralítico se preparou para qualquer ataque surpresa, Kazuma ficou em guarda enquanto Rider sorriu invocando sua lamina de Marte.

– Finalmente, terei meu acerto de contas com você, verdinho- Falou o rei dos bárbaros rindo e apontando o fantasma nobre para o herói da babilônia antiga- Depois que eu acabar com você eu vou atrás de seu reizinho dourado...

– Sinto muito, mas... – Falou Enkidu moldando sua mão esquerda em algo semelhante a um serrote e colocando cuidadosamente Charlotte no chão. Olhou para o oponente com uma expressão séria mais com um evidente ar de raiva- Isso eu não posso permitir em hipótese alguma, meu rei não deve perder o seu precioso tempo como um rato como você que nem é digno de olha-lo em toda a sua gloria...

– Você cuida deles, eu vou atrás de Dante na igreja!- Gritou Kazuma em direção a seu servo e usando o vento para dar um enorme salto para desviar de Berserker e Charlotte, e continuou seguindo em direção para a igreja.

“Vejo que Õ no Hokai não está em condições de lutar... Droga... ” pensou Charlotte decepcionada cerrando os punhos. Ela clamava por uma revanche depois da humilhação do ultimo encontro dos dois. Os dois servos primeiramente não fizeram nenhum movimento brusco, demorou um tempo antes de finalmente ambos avançarem ao mesmo tempo. As armas colidiram produzindo um som estridente e os dois acabaram indo para longe após o impacto. “Vou ter que deixar meu mais poderoso fantasma nobre para aquele loirinho convencido... Não posso me precipitar” pensou Átila invocando seu cavalo de guerra e subindo no mesmo.

“Então ele invocou a besta mágica para igualar as velocidades? Isso é bom, posso finalmente parar de me movimentar tão lentamente para não humilha-lo tanto” sorriu o herói da classe dos insanos. Quando Átila deu por si, Enkidu estava do seu lado em um piscar de olhos, ele nem teve tempo de reagir antes do oponente moldar sua mão direita em uma foice e fazer um grande corte em seu braço esquerdo. O bárbaro gemeu de dor e de cima do cavalo tentou infringir um corte no selvagem, mas foi em vão, este desviou com bastante facilidade do ataque e fez outro corte com a mão foice, dessa vez na costela do inimigo. Átila logo concluiu que a montaria estava mais atrapalhando a movimentação que o ajudando, ela era perfeita para vários oponente ao mesmo tempo, mas naquelas condições ele estava destinado a perder.

Rider sorriu, armou um plano que tinha uma pequena chance de funcionar, mas era o bastante para tentar. Puxou as rédeas e levou o cavalo para longe do herói antigo e começou a andar em círculos, em uma tentativa de cerca-lo. Hokai compreendia a tentativa do rei dos bárbaros, estava tentando limitar o espaço de Berserker, ele concluiu que seria um bom plano. Charlotte sorriu “Como se uma tentativa idiota dessas fosse intimidar Enkidu...”. “ Ele me ganhou daquela vez graças ao grande espaço disponível para ele correr, agora ele está limitado como um carro estaria em uma sala de estar” pensou Rider, mas nesse momento Enkidu normalizou suas mãos e invocou sua lança. Cravou a arma no chão e fez uma rajada de fogo que atingiu Rider brutalmente.

Sexto e ultimo dia da guerra, Igreja , 23:37.

O ambiente estava muito silencioso dentro da igreja, mas Kazuma sentia o ar pesado e com um cheiro intenso de sangue. Andou um pouco e viu o corpo de Dante esparramado no chão, ele estava com o rosto de certa forma pouco reconhecível. “Que mostro que fez isso...” pensou ele se aproximando do cadáver, mas foi surpreendido por uma chuva de espadas em sua direção. Por pouco não era completamente retalhado, graças a sua velocidade usando o vento conseguiu escapar, mas foi por muito pouco. Várias armas passaram raspando causando vários cortes no seu corpo não eram tão graves assim, mas ardiam e incomodavam muito. Na sua frente se deparou com Archer encostado em um canto com seu portão da babilônia preparado e Celestia com um sorriso estampado no rosto.

– Foi... Foi você que fez isso com o Dante?!- Perguntou Kazuma sério.

– Não é da sua conta... Mas se não se comportar terá um destino ainda pior que o dele... – Sorriu Celes e preparando esferas de energia negras- Agora... Hora de brincar um pouco com você...

A mestra de Archer arremessou várias ondas de sombra em direção a Kazuma que conseguia desviar com imensa dificuldade. Quase todos os golpes da maga passavam raspando, Kazuma sentia uma imensa energia de pura tristeza que parecia ser capaz de ferir até mesmo sua alma. Uma das várias esferas atingiu seu joelho direito causando uma imensa dor, o mestre de Rider caiu no chão de uma vez e Celestia se aproximou do oponente com um sorriso cruel. O ferimento parecia estar se alastrando por toda a sua perna, como se fosse infeccioso ou coisa desse tipo. A menina pegou o queixo de Kazuma e aproximou os rostos um do outro.

– Mas... Mas que desgraça de magia negra é essa?!- Falou Kazuma gemendo de dor.

– Pobrezinho... Tão fraco... Tão cheio de esperança... Que tolice... – Falou Celestia que ignorou primeiramente a pergunta, dando um sorriso mais largo ainda chegando até ser forçado para finalmente responder- Essa magia é meu pecado, meu sofrimento e ao mesmo tempo meu prazer e minha força... A família Hendric está com os circuitos tão frágeis a ponto de se quebrarem por causa dela... Nós somos os detentores dos feitiços mais terríveis que só são capazes de se realizar se o usuário converter sua própria dor em magia... Por isso que fui torturada de todas as formas possíveis todos esses anos... Não é algo que pode ser facilmente anulado...

– Uma magia que converte sofrimento em maldições... Que coisa... Que coisa mais repulsiva... – Antes que Celestia reagisse, Kazuma esperou a aproximação da menina e acertou nela uma lamina de vento que acertou o rosto dela. A mestra de Archer gemeu de fúria, um enorme corte estava em seu rosto agora e sangrava bastante impossibilitando muito a visão. Celestia gritava, enquanto Kazuma se levantou e se mantinha em pé com certa dificuldade com um evidente sorriso estampado no rosto- Lição número um, nunca se considere vitorioso antes mesmo da batalha ter terminado!

– Desgraçado! Vá para o inferno seu maldito, vá de uma vez por todas, junto com esse maldito sorriso!- Celestia levantou as mãos e fez uma enorme esfera negra. Ela gemeu um pouco e vomitou sangue no movimento, não só pelo corte profundo na face, mas por que isso exigia bastante dos seus circuitos- VOU DESTRUIR SUAS ESPERANÇAS AGORA!

Kazuma fechou os olhos esperando o pior, mas nada aconteceu. Tudo que viu foi Celestia de olhos arregalados hesitante e tremendo e a esfera enorme de sombras desapareceu de suas mãos, depois ela caiu bruscamente no chão se formando uma enorme poça de sangue. Kazuma logo entendeu o porquê, Dante havia esfaqueado Celestia por trás com sua adaga Azoth.

– Kazuma Yagami está certo... Não é nada bom cantar vitória antes do previsto... – Exclamou Dante com o rosto bastante deformado sorrindo com dificuldade, mas ainda sim ferido gravemente.

Sexto e ultimo dia da guerra, frente da igreja, 00:09.

Os pelos da nuca de Hokai se arrepiaram. Não foi só pelo desenrolar da batalha e sim por ouvir um grito bastante conhecido do interior da igreja. “A Celestia... A Celestia está gritando de dor... Será que o Dante a machucou?... A Celestia é minha amiga, ela pode ter tentando me machucar mais sempre estarei ao lado dela... É isso que amigos fazem não é?” pensou Hokai. Enquanto isso Rider caiu bruscamente do cavalo com o corpo cheio de queimaduras. Ele vomitou muito sangue, mas ainda estava com o sorriso estampado na face. O cavalo estava coberto por chamas e relinchou de dor até finalmente desaparecer.

– Maldito... Aquele cavalo... Aquele cavalo era parte de mim!- Rider levantou-se com dificuldade com a ajuda da lâmina de Marte. “Droga... Terei que usar aquilo mesmo, é o único jeito...”. Então por fim gritou- REUNAM-SE MEUS COMPANHEIROS FIÉIS! MOSTREM PARA UM DOS MAIS ANTIGOS HERÓIS DA HUMANIDADE QUE NÃO MORREMOS EM VÃO E QUE NOSSO LEGADO DE TERROR E GLORIA VAI SE ESTENDER POR SÉCULOS E SÉCULOS!

Átilahavia puxado Enkidu para sua realidade alternativa. Não estava em condições de uma luta um a um, era o melhor plano. Quando os dois servos haviam sumido, Õ no Hokai aproveitou a chance para ir em direção a igreja rapidamente com Lyon logo atrás de si, porém foi parado por Charlotte que não o deixou passar.

– Aonde você pensa que vai?

– Por favor! Charlotte... Eu preciso ir em direção a igreja! Se não me matou até agora então realmente é uma pessoa bondosa, aquele grito... Aquele grito era de uma amiga minha... Eu preciso ver o que aconteceu com ela... Eu... Eu... EU NÃO QUERO PERDER MAIS NINGUEM! – Hokai gritou desesperadamente. A mestra de Berserker pareceu pensar até finalmente falar.

– Certo... Certo... – Charlotte saiu do caminho e Hokai junto com Lyon correram até a igreja.

Sexto e ultimo dia da guerra, Igreja , 00:17.

A risada de Dante ecoou pela igreja. Celestia estava caída no chão impune respirando com extrema dificuldade enquanto Kazuma estava chocado com a cena. “Agora posso finalmente completar o plano B... E obter o cálice sagrado usando o mais poderoso dos heróis !!!” pensou Dante enquanto estava prestes a cortar a mão com os selos de comando quando é interrompido por uma espada quase atravessando-o, apenas conseguiu desviar graças a sua aceleração temporal.

– Odeio... Mais odeio mesmo ser ignorado em toda a minha divindade- Esbravejou Gilgamesh em um ato de total fúria invocando seu portão da babilônia- Só por que a mulher que me sustentava com mana não está em condições você tem a burrice de querer ser meu mestre em toda a sua idiotice e impuridade?!

– Alteração de tempo... Aceleração quíntupla... - Dante falou enquanto tentava desviar das imensas chuvas de fantasmas nobres. Finalmente conseguiu cortar a mão dos selos de comando de Celes, sorriu vitorioso enquanto Gilgamesh arremessava mais várias espadas enquanto o oponente desviava ainda com dificuldade até finalmente falar-... PELO MEU SELO DE COMANDO EU ORDENO O REI DOS HERÓIS A...

COMO SE EU FOSSE DEIXAR!– Gritou Kazuma usando o poder do vento para saltar até Dante, mesmo com a perna ferida conseguiu acertar um poderoso gancho de direita no rosto do ex-mestre de Saber e pegou os selos de comando- ARCHER, POR ESTE SELO DE COMANDO EU ORDENO QUE SE MATE!!! Desculpa... Mas é melhor que servir a esse cara, vai por mim...

Gilgamesh estremeceu de raiva, pela ordem acabou pegando uma das suas espadas no portão da babilônia e se matando por fim acertando-a no peito. Ele vomitou litros de sangue falando xingamentos até finalmente virar poeira luminosa. Dante estremeceu de raiva e desferiu um corte no peito de Kazuma.

MALDITO SEJA VOCÊ! Era meu passo de entrada para a felicidade de Alice! E VOCÊ ESTRAGOU TUDO SEU DESGRAÇADO! Agora o que me resta é roubar os selos de você...- Dante exclamou de raiva, Kazuma invés de responder jogou uma rajada de vento em Dante, mas este parecia ser imune ao vento de alguma forma o que fez Kazuma ficar chocado- Mas admito que Raven o treinou muito bem...

– Como... Como... COMO SABE O NOME DO MEU PAI E COMO CONSEGUIU ANULAR O FEITIÇO?!– Perguntou Kazuma raivosamente.

– Então ele não te contou... Então nem sabe a origem dessa adaga Azoth também não é mesmo?- Perguntou Dante apontando claramente para a faca e mostrando-a sem medo de esconder nada, quase como se estivesse se vangloriando.

– O que que tem haver essa adaga estúpida com o assunto e... – Kazuma ficou chocado quando percebeu uma característica única da arma- Esse brasão... É o brasão dos Yagamis... Mas como... Mas como você tem isso? Isso devia ser o tesouro que só os herdeiros dos Yagamis deviam ter!

– Sabe... Na primeira guerra aqui em Snow City seu pai participou dela como mestre do servo da classe Lancer, um dia ele encontrou um garoto desorientado no meio de uma batalha... Ele o salvou e ficou com ele até o ultimo dia da guerra... Esse jovem era eu... – Dante falou com um claro sorriso prazeroso no rosto- Ele decidiu já que eu não tinha para onde ir, já que eu fui abandonado por meu tio o mestre de Saber, que ia cuidar de mim e me fazer o herdeiro dele... Mas que pensamento egoísta da parte dele... Eu tinha outros planos é claro, não pretendia ficar então fugi dois dias depois dele me dar essa adaga de presente e me ensinar um ou dois truques sobre manipular o vento... Ai ele achou você e se refugiou novamente na cidade da guerra? Você nunca se perguntou por que ele quis voltar para essa cidade e não para uma no Japão onde é seu local de origem? ELE QUERIA PARTICIPAR NOVAMENTE DA GUERRA PARA RESSUSCITAR SUA AMADA LANCER NOVAMENTE, eu simplesmente estraguei seus planos quando fiz anuncio falso da torre do relógio... Acabei assim fazendo uma reação em cadeia que trouxe dois novos mestres para cá, mas não poderia correr risco de lutar contra o dragão de vento da torre não é mesmo? Resumindo ele sempre priorizou a sua felicidade, do que a de sua própria família...

– Isso... Isso pode ser até uma história real... Mas saiba... QUE MEU VELHO NÃO É DO JEITO QUE VOCÊ PENSA! Ele sempre me disse que só vale a pena chorar pelos outros e não pelo seu próprio sofrimento!- Kazuma esbravejou raivosamente- ELE NÃO ESTAVA PENSANDO EGOISTICAMENTE SÓ NELE!

– Está errado, ele só falou isso para te iludir a confiar mais simplesmente salvou sua vida para ter um herdeiro... Não foi por pena nem nada... – Falou Dante.

CALE SUA MALDITA BOCA!- Gritou Kazuma disparando uma enorme rajada de vento em Dante que apenas anulou a magia, acelerou o tempo e partiu para cravar a adaga no peito de Kazuma, mas nesse momento uma enorme barreira protegeu o mago do ar. Hokai havia protegido o mestre de Rider usando sua magia enoquiana.

– Dante... Você está horrível... E não estou falando só fisicamente... – Falou Hokai sério, olhando-o com raiva e depois olhando para o corpo esparramado de Celes- Olhe para você... Olha só que fez com nossa amiga!

– Acredita Hokai... Ela iria fazer pior comigo e com você... – Dante falou e logo avistou Lyon. Sorriu satisfeito. Usou sua aceleração temporal, foi até Hokai e empurrou para longe fazendo sair da cadeira de rodas e bater na parede vomitando mais sangue e a dor do ferimento das costas ter piorado.

Kazuma tentou impedir mais o vento simplesmente não fazia efeito em Dante, ele usou sua velocidade, mas não conseguiu alcançar Lyon a tempo. Dante havia arrancado o coração do albino com as próprias mãos fazendo uma enorme poça de sangue no chão. Lyon nem chegou a gritar e pior nem sequer conseguiu se despedir de Kazuma. O mestre de Rider gritou em fúria. Socando várias vezes a face já meio deformada de Dante, fazendo o mesmo soltar por acidente o coração do homúnculo. Kazuma pegou Dante pela gola da camisa e o pressionou na parede.

– Seu desgraçado! FALOU MAL DO MEU PAI, FEZ UM PLANO PARA FAZER HOKAI MATAR MINHA SERVA, MATOU MEU FILHO... EU VOU TE MATAR SEU DESGRAÇADO!!!- Falou Kazuma preparando-se para machucar mais o homem loiro, porem esse a adaga Azoth e acertou na barriga do mago dos ventos que vomitou muito sangue e soltou Dante. Kazuma cambaleou até finalmente cair no chão e perdendo muito sangue.

– Desgraçado é você... Fez-me perder o núcleo do santo graal... Porém por sorte eu tenho outro... – Dante então olhou para Celestia caída. Checou seu batimento cardíaco, “ótimo, ela ainda está viva... Perfeito...”. O ex-mestre de Assassin então colocou a desmaiada que estava em um estado bem critico delicadamente no altar dourado da igreja e começou a enforca-la fazendo-a acordar de repente.

– Por favor... Por favor... Eu... Eu não quero perder mais ninguém... Por favor, Dante pare com isso!- Clamava Hokai implorando e rastejando pateticamente com lágrimas cobrindo sua face coberta de cristais. Mas Dante não parou, continuou a fazer o movimento até com certa felicidade. “Finalmente... Aguarde Alice... Eu vou... Eu vou te curar pode esperar!” pensou Dante sorrindo degolando a amiga de infância.

– Seu maldito... Dante... Que meu sangue manche seus sonhos... Que o graal seja amaldiçoado... QUE OS DESEJOS GARANTIDOS POR ELE SEJAM DESASTROSOS! E QUANDO... E QUANDO VOCÊ DESCER PARA AS PROFUNDEZAS DO INFERNO... Lembre-se... LEMBRE SE DA MINHA FÚRIA! SEU VERME MALDITO!- Falou Celestia antes de por fim se entregar ao gélido abraço da morte. Dante apenas olhou o cadáver, inexpressivo, sem se importar com o que ela disse antes de morrer. “Pensando bem... Ela nunca alcançou a felicidade como queria...” pensou o loiro.

– Ele que repara a minha alma... Ele que me guia pelo caminho da justiça em Seu nome... Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte... Não temerei mal nenhum... Porque Tu estás comigo... A tua vara e o teu cajado me confortam... Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos... – Começou a entoar Dante enquanto o corpo de Celestia começou a pegar fogo dando forma a taça da gloriosa discórdia- Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo... E fazendo... E fazendo transbordar o meu cálice... Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida... Só assim meu cálice transbordará...

Sexto e ultimo dia da guerra, frente da igreja, 00:42.

A batalha dentro da realidade alternativa se seguia, o exercito do rei dos bárbaros havia conseguido fazer o incrível e poderoso império romano praticamente se encolher de medo, mas não parecia páreo para o amigo fiel de Gilgamesh. O selvagem aniquilava qualquer um que se aproximassem em segundos com sua lança, arcos pareciam inúteis e cavalos não eram rápidos o bastante para igualar as velocidades. Um enorme exército que parecia sem fim e vinha aos montes por todos os campos esverdeados do império de Átila foi reduzido em minutos em apenas cinquenta mortalmente feridos, incluindo o próprio Rider que estava cheio de queimaduras e incrivelmente cansado.

A realidade desabou o rei dos bárbaros não conseguia mais sustenta-la. Ambos estavam de volta a parte da frente da igreja, Berserker apontou sua lança para a cabeça de Átila, preparando-se para o golpe final. Mesmo assim o rei continuava a sorrir, preparando-se e admitindo o eminente fim. Porém quando Enkidu ia golpeá-lo, hesitou, o que fez Charlotte estranhar. “Onde... Onde... Onde...ONDE ESTÁ A PRESENÇA DE MEU IRMÃO DE ALMA? Não consigo... NÃO CONSIGO MAIS SENTI-LA!!!pensou Berserker desesperado até que algo veio da igreja acertando todos. Era o fim. Mas, a neve continuou a cair no céu, zombando da desgraça.

INTERLÚDIO

Celestia se encontrava em um lugar estranho. Era escuro, muito escuro, frio. “ Eu... Eu morri...?” pensou ela. Lágrimas encharcaram sua face delicada, “Eu queria ter encontrado a felicidade... Pelo menos... Pelo menos que queria ter sido feliz... Uma vez... Pelo menos uma única vez... Queria ter sorriso verdadeiramente” . “Vou sofrer... Vou sofrer aqui por toda a eternidade é isso? É o inferno aqui?” pensou ela tristemente.

– Errado... Aqui não é o inferno, muito pelo contrario minha cara, aqui é o paraíso, aqui é Heaven’s feel– Exclamou uma voz do seu lado como se lesse seus pensamentos, aquela voz não era a voz de mais ninguém ao não ser a dela. Celestia se assustou e se virou para de onde vinha. Quem estava ali era ninguém menos que ela mesma, com um sorriso estampado no rosto. Um sorriso verdadeiro.

– Quem... Quem é você?- Falou Celestia se afastando da sua outra “eu”.

– Eu sou você... E ao mesmo tempo a vontade do graal... Vamos realizar seu desejo... E ao mesmo tempo não... – Exclamou a sua outra versão.

– O que... O que quer dizer com isso?- Perguntou Celestia confusa e assustada.

– Não vamos realizar aquele desejo de fazer todos felizes... Veja o que eles fizeram com você... Eles não merecem a felicidade... – A sua outra eu se aproximou e tocou o corte feito por Kazuma na face da verdadeira Celes-... Só você merece a felicidade...

– Só eu... Só que mereço a felicidade... – Repetiu Celestia, ela começou a perder a sanidade, os sentimentos, começou a desaparecer nas trevas, mas entrou em um estado quase vegetativo e apenas não ligou- Aqueles desgraçados merecem sofrer... Só eu mereço a felicidade... É o que eu quero... Quero felicidade a partir do sofrimento deles... Esse é o meu desejo...

– Perfeito... – A outra Celestia sorriu enquanto a verdadeira Celes desapareceu-... Vou conceder seu desejo...

EPÍLOGO

O graal começou a balançar de forma estranha. Rachaduras enorme começaram a se formar nele. Ele de repente começou a se encher com um liquido negro estranho. Dante ficou confuso. “ Mais o que isso?! Droga... DROGA... DROGA.... Isso é uma reação de rejeição do cálice para o corpo da Celestia com circuitos mágicos extremamente desgastados...” pensou assustado. A taça começou a se encher com o liquido misterioso até transbordar de uma vez. Era como um ácido corrosivo que destruía tudo que tocava.

Dante chorava “ Essa então é a sua maldição... Esse então é meu pecado por tentar trazer a felicidade de uma pessoa amada de forma tão pura... Espero... Que tenha encontrado seu céu e a felicidade plena onde estiver agora Celes...” pensou Dante antes de uma enorme onde de liquido negro o atingir de uma vez. Hokai tremia diante de tudo, era muita coisa para absorver de uma vez que a única coisa que conseguiu pensar antes de ter o mesmo destino de Dante foi “ Desculpa vovô... Parece que eu não vou levar o graal para casa... Parece que eu não fui feito para ser um herói no final das contas” .

Com Kazuma não foi diferente “ O destino no final das contas gosta de me fazer sofrer...”. A igreja ficou completamente inundada com aquele liquido até finalmente transbordar para fora do papel indo em direção a Berserker, Átila e Charlotte que nem puderam reagir antes da inevitável morte pela fúria de Celestia. A enchente de destruição se espalhou não só pela cidade, por quase toda metade do país ceifando a vida de milhares, nenhum sobrevivente e enquanto isso a neve caía sem perdão. No meio daquele cenário de destruição, logo quando cessou o liquido, apenas sobraram restos e com o cheiro de mortos impregnando o ar uma garotinha loirinha dançava balé. Ela olhou para aquela destruição com imensa felicidade enquanto seu mordomo olhava o cenário inexpressivo.

– Se divertiu com isso minha senhorita?- Perguntou Hiyuu, o mordomo para a garotinha.

– Sim, sim! Essa realidade temporal é magnifica quem diria que mexer uns pauzinhos na verdadeira linha temporal daria algo belíssimo como esse- Exclamou Kana Kamiya- Snow City nunca me deixa entediada... Mais isso só foi uma tentativa de provar o limite dos meus poderoso sobre o tempo e espaço... Consegui criar duas linhas paralelas uma com um final incrivelmente bom que chega a dar nojo e essa lindíssima! Poderei sem problemas criar a minha própria e roubar o santo graal de Fuyuki sem problemas...

– Minha senhorita desculpe a intromissão... Mas o que era para ter realmente acontecido?- Perguntou o mordomo com certa curiosidade, mas tentando não demonstrar.

– A verdadeira linha temporal é de dar nó de cabeça até em mim... – Kana então olhou para a neve caindo no rastro de destruição formado pelo liquido. Pegou um floco até finalmente falar- Digamos que uma garota de cabelos cor de chocolate fez o que devia ser feito no final... Bem já estou satisfeita vamos para casa.

No final... No final aquelas outras lágrimas que ficavam no final do destino não existiram... Por que não havia mais ninguém para chora-las

Fate/Another tears ~ Bad End


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Kana Kamiya e seu mordomo Hyuu são de Fate/Disillusion , para entender um pouco melhor deem uma olhada por favor ^0^. Vai demorar para lançar o true end, pretendo lançar outro cáp de F/D antes disso e atualizar minhas outras fics. Então o que acharam comentem por favor olha hora que eu postei isso, eu estava morrendo de sono ;---;