Quinto dia da guerra, centro comercial de Snow City, 19:31.

A técnica ilusória fazia as pessoas com circuitos mágicos não desenvolvidos não notassem as partes de raposa de Tamamo-no-mae, isso fez Kazuma ficar aliviado, de alguma forma fazia parte do charme dela. Ele logo notou que a cauda fofa e macia de Caster estava arrepiada. Por mais que o rapaz achasse aquilo engraçado por ela agora estar parecendo um gato, sentia que não era um bom sinal, principalmente quando ela ficou seis horas inteiras apenas entrando e saindo de lojas de roupas e calçados e não pareceu se acalmar um segundo sequer.

Sua face tinha algumas rugas de expressão de estresse como se a feiticeira estivesse sendo obrigada a se divertir ou coisa assim. O mestre logo estranhou geralmente as meninas ficavam mais calmas e alegres após algumas horas de compras e de garotas o mago dos ventos entedia bem. Na parte central de Snow City se localizava a maior parte do comercio, as principais lojas, shoppings e atrações da cidade estavam lá. Era como o coração da cidade. A igreja também ficava na região e não era permitida a entrada nessa área neutra, mas agora que a guerra estava sem juiz várias regras podiam ser quebradas. Kazuma adorava quebrar regras, deixava a vida mais emocionante.

– Caster o que aconteceu? Está preocupada com o Lyon ou coisa assim? Ele está seguro em casa, coloquei milhares de barreira magicas... Eu te levei aqui para se divertir e ficar mais relaxada... – Perguntou o mestre- Não está gostando do encontro?

– Não é que eu não esteja gostando do encontro... É que... É que simplesmente não consigo ficar solta simplesmente assim... - Responde a raposa- Eu... Eu ainda estou perturbada com o que aconteceu ontem anoite...

– Aquela sua versão sombria? Não se preocupe, eu sei que não era você, Caster... Ás vezes você é tão meiga, carinhosa, às vezes assustadora... Mas eu sei bem que aquela não era você!- Retruca Kazuma- Eu sei quem é você de verdade!

– É essa a questão! Eu sou a farsa e ela a verdadeira!- Responde Caster quase chorando.

– Do que está falando?- Retruca o mago.

– Não estou no trono dos heróis por causas das coisas boas que fiz, não sou conhecida por feitos valorosos e honrosos... Sou uma anti-herói, se você tivesse coração maligno eu poderia sempre ficar naquela forma! Minha versão despertada... Enquanto o que você vê aqui é simplesmente... É simplesmente minha forma adormecida... - Fala Caster com lagrimas cobrindo a face.

– Caster... Você... Você realmente acredita que você é uma farsa?- Pergunta Kazuma.

– Sim... É isso que eu sou... Uma simples farsa... – Responde a concubina do imperador.

O mestre estava determinado a consola-la, iria fazer ela se sentir a verdadeira, ele estava decidido, finalmente ele revelaria o que sentia por ela. Todo aquele tempo deles juntos foram os mais alegres de sua vida, finalmente ele entendeu o amor de verdade. Ele queria que ela sentisse amor por si próprio, queria vê-la sorrir, ele adorava quando ela sorria. Finalmente quando ele ia dizer uma palavra de consolação um tiro foi escutado bem perto o interrompendo e fazendo os pelos de sua nuca se arrepiarem.

Quinto dia da guerra, Algum lugar da parte central da cidade, 19:43.

Celestia caminhava apressadamente. Tinha que correr até o prédio base dos Badlets, sim, para o desgosto dela aquela era única forma de escapar de seu perseguidor. Um rapaz encapuzado estava na sua cola com o rosto escondido por uma mascara prateada que mostrava um rosto risonho semelhante à face de representação da comedia do teatro grego. Ele perseguia a moça praticamente desde que ela saiu de casa, certamente não era um assaltante nem nada do gênero. O principal detalhe é que ninguém sequer olhava para o desconhecido, a mestra de Archer logo constatou que era algum tipo de feitiço de disfarce bem poderoso. “ Se é assim... Vou seguir esse seu joguinho de bandido e vitima... Pelo menos por enquanto...” pensou Celes.

Ela estava irritada além de não poder usar magia em publico por que nem pode contra-atacar a batalha contra Caster na noite anterior fez os seus circuitos ficarem em um estado muito sensível, ela estava encurralada. Quando estava a apenas a alguns passos do prédio, o perseguidor colocou a mão na sua boca para ela não gritar e a empurrou para dentro de um beco. Ele apertava-a bem forte. Ela tentou empurrar ele para escapar, mas ele acabou apontando uma pistola bem em sua cabeça. Celestia logo se acalmou, não podia correr risco de morrer, não naquela situação. A mestra logo percebeu que a pistola que ele usava era transparente.

– Magia... Magia enoquiana... Hokai... É... É você?- pergunta Celes surpresa e chocada. O perseguidor tirou a mascara prateada e se revelou Õ no Hokai, mas um Õ Hokai bem diferente do que ela conhecia. Cristais pequenos cresciam sob sua face e seus olhos transmitiam puro ódio. Ele continuou apontando a arma para a cabeça sem hesitar nenhum instante e até mesmo sentia até uma certa tentação em puxar o gatilho.

– Bem... Isso não é de seus feitos... Ser não tão impuro a si... – Gilgamesh logo aparece se revelando a partir de um rastro de luz dourada em cima do poste de luz- Também não é algo que esperaria ver você pedaço de lixo...

– Por mais que eu não goste de você rei dos heróis- El Cid aparece deixando sua forma espiritual ao lado do seu mestre e brandindo Tizona juntamente com seu escudo dourado- Devo concordar com você, as ações de meu rei estão um pouco inadequadas...

– Archer... Não tente nada precipitado... Ainda estamos em um período onde há muitas testemunhas, a principal regra da guerra é não deixar nenhum não mago testemunha-la- Ordena a mestra.

– Eu faço as regras desse mundo! Pois ele é meu jardim! Além disso é esses aí que você chama de testemunhas- Gilgamesh então apontou para o resto da cidade que se revelou completamente adormecida . Hokai começou a se agachar gemendo de dor e derramando sangue pela boca, mesmo assim continuava apontando a arma na cabeça de Celes.

– Meu rei... Você que fez isso?- Pergunta Saber.

– Sim, é uma magia simples geralmente ignorada por outros magos e eu então peguei aperfeiçoei em grande escala, agora vá! Saber ataque Archer com toda a sua força!- Ordenou Hokai gritando de raiva.

– Mas... Mas... Mas meu rei eu imploro não faça isso! Se eu usar toda a minha força vai comprometer mais ainda sua saúde, lembra-se do que Ruler falou? Os cristais se manifestam através da mana do usuário quanto mais poder eu usar mais a maldição vai corrompê-lo!

– Eu não estou nem aí! Quem se importa com que a Ruler fala? Ela ficou no passado e nunca mais vai voltar! É pelo bem da minha irmã, do meu avô, pelo que meu pai morreu lutando... Só o cálice vai limpar a minha lama o resto nada importa!

– Por favor meu rei... Eu tenho certeza que a Ruler, a sua irmã, seu avô e até mesmo seu pai não iriam querer que você esforçasse tanto desse jeito! Isso é suicídio! Os poderes imposta na minha classe forçaram demais seu corpo! Desista desse plano insano é o melhor para você... – Saber reconfortou o mestre.

– Você não sabe o que é bom para mim! E nunca vai saber! Quem é você para ter algum julgamento? Você não conhece absolutamente nada sobre mim!- Gritou Hokai furioso.

– Errado! Você está errado! Eu sei tudo sobre você... No começo eu achei que você era um fraco insignificante, claro que eu não demonstrava isso para você, eu tinha raiva de ganhar um novo mestre, um novo rei, mas conseguia esconder isso muito bem- Gritou El Cid- Eu odiava o fato de ser ordenado por algum que não fosse meu rei Sancho desde que ele foi traído morto e eu fui obrigado a seguir um novo odioso rei... Eu comparei essa situação com a nossa... Mas... Mas eu percebi quanto você era bondoso e inocente, ver você é algo que faz bem á alma... Você... Você é uma das únicas pessoas que posso realmente chamar de amigo, mestre...

– Saber...

– Por favor, esqueça isso... Vamos fazer como antes também? Patrulhando a cidade esperar alguém atacar...- Por um momento as palavras de Saber alcançaram o coração frio de Õ no Hokai, mas logo se dissipou. El Cid cumprimentou com a mão direita e acabou recebendo um tapa nela por Hokai.

– Tolo, acha mesmo que poderia convencer com essas palavras idiotas! Servo desobediente! Sonhadores uma hora devem acordar para dura realidade! Aprenda a obedecer a seu mestre! Pelo meu nome Õ no Hokai, herdeiro da magia enoquiana, eu ordeno o lobo branco de Castelha, El Cid á atacar o rei dos heróis com toda a sua força.

– Meu... Meu rei... - Uma lagrima caiu na face de Saber e ele empunhou a espada tremendo resistindo à ordem e olhou sem emoção para Archer que riu do ocorrido.

– Então essa é a verdadeira natureza daquele que você chama de “rei” hein Saber... Sua tão sonhada utopia o levou ao fundo do poço como ocorreu com o tolo do Lancer... Acha mesmo que é digno de me enfrentar- Ele riu maquiavelicamente- Faz tempo que não riu como um bobo, mas que palhaçada... Pois bem... Vou mostrar toda a minha realeza para aprender aonde lixo como vocês devem ficar!

O corpo de Saber moveu rapidamente em direção ao poste, a mente de El Cid começou a lutar contra isso, mas logo desistiu, ele concluiu que era inútil lutar contra um selo de comando. Ele cortou o poste ao meio com a Tizona, Gilgamesh não caiu ele pulou bem na hora caindo no chão em pé. Olhou para o oponente claramente irritado. O portão da babilônia foi ativado arremessando diversas armas em direção á Saber.

– Meu lugar pertence aos céus, estou me rebaixando em tocar no mesmo chão que um imundo como você pisa!- Retrucou Archer- Morra verme! Morra pela divina gloria.

Os inúmeros fantasmas nobres foram velozmente em direção ao alvo que foi salvo graças as propriedades misteriosas de seu escudo abençoado. As rachaduras que foram causadas pela batalha contra Berserker tornaram a defesa bem difícil, principalmente porque o corpo se movia sozinho, Saber desejava era morrer, não fazia mais sentido viver ou guerrear. Depois de resistir bastante o escudo simplesmente se partiu completamente em pequenos fragmentos. Gilgamesh riu da situação.

– É parece que seu brinquedinho quebrou- Mas logo o sorriso se desfez pois a segunda espada de El Cid apareceu em sua mão esquerda e ele começou em uma velocidade incrível a brandir as duas em perfeita sincronia rebatendo todas as espada que vinham até ele- Seu verme! Estou perdendo a paciência, você não é digno nem ao menos de me ver quanto mais sobreviver aos meus ataques e ter uma revanche comigo!

Hokai começou a gemer mais de dor. Os cristais começaram a crescer mais em sua face e cobriu todo seu braço esquerdo junto com uma parte da costela. O corpo de Saber com a mente apagada se moveu diante da chuva de espadas e lanças em direção ao rei dos heróis rebatendo as armas divinas. Chegou perto dele e desferiu um golpe bem forte em sua direção com, por pouco Gilgamesh não desviava , mas uma pontinha da lamina riscou sua face o que fez o servo de Celestia ficar bastante irritado.

– Se quer logo acabar com esse show, então eu porei um final! Vou mostrar toda a minha realeza! Contemplais tolos vermes impuros! A real arma única- O rei dourado pegou uma arma do portão da babilônia que irradiava uma aura extremamente poderosa, algo assustador que parecia sugar a própria energia do ambiente. Uma espada dourada, com uma forma um tanto estranha parecia uma broca ou coisa desse tipo.

– Uma espada? Não a reconheço de nenhuma lenda... O que... O que diabos é isso... Sinto uma energia capaz de destruir planetas... - Indagou Hokai realmente assustado.

– Tolo, isso não é uma espada nem um fantasma nobre qualquer! É uma arma criada antes mesmo de o conceito de espada existir! Algo até mais antigo que o chão que pisamos! Um tesouro que só pode ser brandido por único rei, o mais poderoso de todas as armas... Algo possui o poder da divina criação... Mas... ANTES DA CRIAÇÃO SEMPRE HÁ DESTRUIÇÃO! O SIMPLES NOME DA ARMA FAZ OS OPONENTES TREMEREM DIANTE DA GLORIOSA...

– EA! VAMOS LIMPAR ESSE PALCO IMUNDO E MOSTRAR QUEM É O VERDADEIRO E ÚNICO REI! ENUMA ELISH!

Quinto dia da guerra, Mansão dos Lefannus, 20:12.

– Sinto uma energia familiar... O que... O que você está fazendo Gil?- Berserker indaga olhando para o horizonte.