Fate/Another Tears- Interativa escrita por Gabriel21


Capítulo 20
Noite de neve e tristeza


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA A DEMORA, é que todo sábado na minha escola ou tem prova ou tem aula (obcecados pelo ENEM), bem aqui estar desculpa de novo!



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Quarto dia da guerra, centro da cidade, 22:52.

– Você poderia ter simplesmente acabado com o Berserker, ele estava fraco pela batalha contra Lancer, o que te impediu de derrota-lo?- Questiona Hokai- Mesmo se fosse contra seu código de honra nem sua esgrima estava lá essas coisas Saber... O que ocorreu?

– Tenho de confessar uma coisa, meu rei- El Cid mostra para ele que parte de cotovelo direito está cristalizado- Os cristais se manifestam através da ligação de mana, seus circuitos mágicos estão me fazendo ter a maldição enoquiana também... Desculpe por manter isso em segredo de você...

– Não... Não pode ser... – Retruca Hokai pasmo- Esse era para ser meu peso, o meu pecado, algo que eu devia carregar sozinho... EU NÃO QUERIA DIVIDIR MEU SOFRIMENTO COM MAIS NINGUEM... EU NÃO MAIS VER NINGUEM SOFRER...

– Ruler me contou algo em segredo... Parece que o Archer de seu pai morreu também cristalizado como o mestre... Além disso não é apenas eu que estou sendo cristalizado... Há outro servo que está sofrendo e não quer te falar...

– Não pode ser... Não pode... Por favor que não seja quem eu estou pensando...

– Desculpa, mas, é definitivamente ela meu rei...

Quarto dia da guerra, igreja de Snow City, 21:05.

A santa movia sua espada com tamanha maestria e velocidade que Assassin quase não conseguiu escapar de suas investidas. Todos eram iguais perante a Deus , Ruler não se cansava de repetir essa frase quando era viva, então... Então por que atacava com tamanha ferocidade a serva a sua frente? Ela não sabia o que pensar agora, apenas agia institivamente.

“Talvez... Talvez a guerra dos cem anos tenha me mudado... Ou talvez eu tenha mudado enquanto eu era devorada pelas chamas... Afinal qual é o motivo de eu lutar ainda? Será que voltei à vida como juíza para desempenhar um papel maior? Será que é uma benção divina? Ou simplesmente uma brincadeira de mau gosto do destino? Sou uma mera marionete? Qual é o motivo e o que ainda que me faz ainda brandir a espada mais uma vez?”. Pensa a donzela de Orléans.

A bela assassina lutava disparando kunais e movendo sua pequena adaga de forma bem mortal. Sua agilidade permitia se mover rapidamente pelos cômodos e pelas paredes e sua destreza fazia seus saltos serem duas vezes maior a que de pessoas comuns. A primeira kunoichi lutava de igual para igual com a santa padroeira da França. Duas jovens que foram obrigadas a se tornar espíritos heroicos por causa de guerra e que agora travam novamente uma. O quão doentio é a guerra pelo santo graal?

– Me desculpe por isso... Mas... Mas, agora será o fim... Tomara que seu coração de santa me perdoe por tamanho pecado ... – Fala Assassin.

– Antes de acabar com tudo... Como conseguiu se infiltrar aqui? A igreja é um espaço sagrado que nenhum servo tem permissão de entrar, uma área neutra- pergunta Ruler.

– Aqui deixou de ser sagrado há muito tempo, aqui foi onde o cálice tomou forma e foi... E foi onde Õ no Henkai morreu cristalizado agonizando até a morte, o sangue e o desespero mancharam a terra sagrada- responde a serva de Dante Badlet III.

– Entendo...

– Agora se prepare apenas uma de nós vai ver a luz do dia de amanhã... Ou talvez nenhuma de nós... – Mochizuki Chiyome fincou sua adaga no chão surgindo de uma estranha luz negra um ambiente escuro como a noite e cheio de nevoa onde até mesmo a luz da lua não entrava-Kurai mugen no yoru bem vinda Ruler a minha reality marble.

A voz de Assassin saia do além, de todas as direções, como se fosse parte da própria realidade. Joanna D’arc sentia sua força sendo sugada a cada movimento, sua mana derivava de todos os mestres da guerra, eles estavam fora do fantasma nobre da oponente e a prana necessária para a sobrevivência da cavaleira seria reposta assim que fosse sugada. Kunais começaram a surgir da própria nevoa e acertar a donzela. Ruler não sabia de onde o próximo ataque viria, após ser acertada inúmeras vezes ela resolve acabar logo de uma vez com aquilo.

A velocidade dos dardos lançados pela inimiga eram superiores a sua defesa e sua locomoção. Ela olhou para a coxa da perna da esquerda... Estava cristalizada, em parte isso favoreceu a estar perdendo. “ Õ no Hokai querendo ou não fornece mana para mim, os cristais se manifestam através dos circuitos mágicos do infectado, esse tempo todo o pecado dos seus antepassados eu o ajudava a carregar , devia ter contado para ele... Agora... É tarde demais... Saber também deve estar um pouco cristalizado, mas se nega a contar ao seu “rei” por ser uma verdadeira desonra...” Pensa a juíza da guerra. A loira olha para o horizonte da realidade criada pela oponente e lagrimas encharcam seus olhos e sua bela face. Ela estende sua espada para cima se preparando para ativar um fantasma nobre que jurou usar apenas quando necessário.

– Desculpa Hokai... Eu queria... Eu queria que tivéssemos tido mais tempo juntos... Mais momento juntos... Eu apenas te iludi, eu queria... Eu queria falar para você o que eu sinto... Queria ter te contado a verdade... Ter te agradecido pelo lindo vestido e pelo maravilhoso encontro que tive com você... - Fala Joanna para si mesma chorando- Perdoa-me... Perdoa-me por nunca ter me despedido de você e pelo que eu vou fazer agora...Ó SENHOR, CONFIO ESTE CORPO PARA VOCÊ... LA PUCCELE: O CARMESIN DA SANTISSIMA VIRGEM!

A espada de Ruler estava em chamas, uma espécie de sub-reality marble que manifesta o final da sua história em um único golpe de espada. Joanna sentia o desespero de estar sendo queimada pelas chamas de sua fogueira, mas uma vez... Mas, dessa vez era diferente, levaria consigo o peso da culpa levaria consigo o arrependimento. A santa fincou a espada e a realidade feita de escuridão começou a ser consumida inteiramente pelas chamas.

Quando percebeu-se ambas as servas estavam novamente na igreja. O corpo de Assassin estava inteiramente coberto de chamas e pouco a pouco Ruler também sentia seu corpo ser consumida por elas. Ouviu-se o bater de palmas as duas se viraram e deram de cara com Dante Badlet.

– Parabéns Ruler parece que conseguiu matar a minha serva e para compensar está tirando a sua também que tamanha felicidade- Retruca o mestre- Pois saiba que Assassin estava em uma missão suicida, era uma verdadeira “kamikaze”, mas admito que você serviu bem Mochizuki Chiyome...

– Eu... Eu prefiro arder nas chamas até a morte do que servir a alguém como você seu doente eu te amaldiçoou, arda para sempre nas chamas do inferno seu miserável- Responde Assassin raivosa queimando e depois desaparecendo completamente engolida pelo fogo. Logo os selos de comando do ex-mestre da ninja desparecem junto com a serva.

– Me diga... Me diga... Me diga logo por que você quer tanto matar os juízes da guerra? Qual é o seu proposito?!- Grita Joanna com muita raiva ardendo pouco a pouco nas chamas.

– Isso é uma guerra... Regras não devem existir em guerras, guerras são nada mais que um banho de sangue sem sentido, então por que ainda existe pessoas que insistem em se chamar de juízes? Desespero em um campo de batalha é a única coisa que existe junto com o crime chamado de vitória, essa chamada regras de nada valem, desde quando matar e morrer podem ser encaixado em padrões de leis?- Afirma Dante enojado- Quem concorda em administrar um massacre desse jeito é mais ignorante e nojento que um mestre que faz de um herói um escravo e obriga a lutar até a morte pelo bem de seu “mestre”.

– Assassin estava certa... Você... Você é doente... – Fala Joanna ardendo em chamas e caindo de fraqueza, mas ainda sim consciente- O que te faz achar que seu desejo é um bem maior que de qualquer participante? O que te fez tirar a vida de sua própria serva?

– Tudo absolutamente tudo... Hum veja parece que meu amiguinho está chegando, é melhor eu deixar vocês á sós- Responde Dante se retirando pelas portas dos fundo enquanto Hokai entra na igreja presenciando Ruler queimando até a morte.

– Ruler!- Grita Hokai indo em direção á amada.

Quarto dia da guerra, construção de metrô abandonada, 21:44.

O desespero no olhar do mestre, da serva e do pequeno homúnculo enchia Celes completamente de prazer, uma luxuria viciante que a cada momento aumenta cada vez mais, uma verdadeira alegria incontrolável pelo sofrimento dos outros. Um grande sorriso estava esbouçado na sua face enquanto a mestra de Archer estava observando cada movimento da batalha, Celestia Hendric estava escondida nas sombras de um beco escuro perto das ruinas da estação.

– Isso meu caro rei dos heróis, o derramamento de sangue é a resposta para tudo, o sangue lavará completamente esse mundo cheio de impurezas e que mais tarde renascerá das cinzas do sofrimento para um mundo perfeito, o meu mundo perfeito... – Fala a mestra de tocaia, mas de repente uma tímida lagrima sai de seu olho esquerdo- Isso... Isso no fundo me incomoda...? Será que nasci com todo esse rancor? Será que o mundo me corrompeu e me fez ser esse monstro que eu sou agora... O cálice resolverá todos os meus problemas?

Uma lembrança invadiu sua mente, algo que tinha certeza que havia se perdido completamente, um pequeno fato que ocorreu há 10 anos. Em um dos dias em que Hokai e Dante foram visita-la enquanto seus responsáveis estavam discutindo sobre a guerra que mais tarde seria travada por eles. Depois de brincarem a tarde inteira resolveram se sentar para discutir e começaram a conversar tranquilamente.

– Dante-onii-san você quer o ser quando crescer?- pergunta o pequenino Õ no Hokai com apenas cinco anos.

– Bem, acho que depois de curar minha irmã... Eu pretendo ser um herói!- responde o loiro de dez anos.

– Um herói? Que tipo de herói?- Indaga a Celestia de oito anos.

– Alguém corajoso que luta pelos inocentes! Que só faz o que é certo e justo!

– Trilhar o caminho de um herói é algo além de bobo deverás perigoso- Indaga Celes- Nunca se pode alcançar justiça de verdade, salvar todos e tudo é impossível, um caminho tortuoso que levará sempre e sempre a morte.

– Muito espertinho da sua parte ressaltar isso, sua chata- Exclama Dante- O que a senhorita sabe-tudo vai querer quando crescer?

– Huumm, pensando bem nunca parei para pensar sobre o futuro... Sinceramente não sei o que quero trilhar quando crescer- Afirma Celestia.

– O que? Não sabe o que fazer quando crescer? Você não deseja nada no fundo do seu coração?- Retruca Hokai.

– Pensando bem... Acho que quando eu crescer eu vou tentar fazer um mundo melhor, um mundo sem violência, um mundo sem tristeza, simplesmente um mundo onde todo mundo é feliz- Fala Celestia.

– E ainda reclama do que eu quero fazer, acho mais fácil o Hokai se tornar rei do que fazer esse mundo mudar de uma hora para outra- Exclama Dante- O ser humano é algo corrupto e cheio de sede por poder, acho bem difícil uma única pessoa criar esse seu mundo perfeito imaginário... E você Hokai o que quer ser quando crescer?

– Bem... Eu não exatamente o que me aguarda no futuro, não sei o que vai me aguardar amanhã muito menos o que estarei fazendo daqui a dez anos ou quando me tornar adulto, só desejo uma coisa para esse tão sonhado futuro...

– E o que é?- Pergunta curiosamente Celestia.

– Quero... Quero que nós três sejamos amigos para sempre- Responde o pequeno com um sorriso extremamente inocente e cheio de pureza.

Celestia volta a realidade percebendo que a neve caia suavemente naquela noite. A neve que demorará tanto para cair na noite vazia e nublada finalmente deu as caras. A mestra de Gilgamesh estendeu as mãos e um floco caiu sobre elas.

– Sinto... Sinto que o Hokai está triste agora... - Celes fala para o horizonte.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam, eu sei que tem muito leitor fantasma aqui u-u, o próximo deve sair domingo o/ (desculpa pelos erros eu meio que fiz na pressa)