Mansão dos Õ no, algum lugar do Japão, 14 dias antes de a guerra começar...

  Hokai andava apressadamente na grande mansão onde morava tanto seu interior e exterior era de madeira, fazendo realmente lembrar uma antiga construção japonesa. Quanto mais avançava na mansão Hokai observava a enorme quantidade de quartos que ela possuía... Quartos que já foram ocupados... Mas agora nem mesmo os empregados ousavam entrar como se tivessem medo de serem assombrados como se pessoas tivessem morrido lá, o que infelizmente era verdade.

  Chegou até o quarto de seu avô tentando parar de ter esses tipos de pensamentos tristes, ele bateu na porta calmamente e entrou no cômodo, sem esperar uma resposta, onde se encontrava seu avô um homem de mais ou menos 70 anos que estava sentado na cama com as pernas e os pés completamente cobertas de cristais. O senhor de idade olhou para Hokai e Hokai pergunta:

- O senhor me chamou vovô?- pergunta o jovem timidamente

-Sim, Hokai sente-se, por favor- disse o velho apontando para uma cadeira na frente da cama- Pois a conversa vai ser longa.

  Hokai sentou-se na cadeira e começou a olhar para o idoso que estava na sua frente esperando ansiosamente o que o ancião iria falar:

- Os õ no são uma família magica muito famosa e poderosa de linhagens muito antigas, mas, sempre ficamos na sombra dos Tohsaka, a nossa família rival, competíamos pelo controle magico do Japão. Os Tohsaka eram superiores em questões magicas então o meu bisavô fez um pacto com as divindades e obteve uma magia superior que fizeram eles quase vencerem a terceira guerra... Mas... A nossa  arrogância nós levou a queda...- diz o senhor para o mais novo

- Não se sabe ao certos porque, mas, os filhos do meu bisavô começaram a ter o corpo cristalizado, que tornava o corpo mais frágil, era como se fosse um câncer magico... E as gerações seguintes também até os tempos de hoje, a cristalização nós torna mais forte, mas também diminui bastante nosso tempo de existência, o cálice sagrado uma relíquia que pode realizar qualquer desejo é nossa única esperança- retruca o avô de Hokai.

- O cálice sagrado? Sempre achei que fosse uma lenda... - fala Hokai- como é que podemos consegui-lo vovô?

- Nossa família aliada à família Badlet’s e dos Hendric’s conseguimos copiar o sistema do graal com perfeição iniciando há dez anos na cidade dos E.U. A, Snow City, seu pai invocou Dario I como Archer e quando ele ia obter o graal... Seu pai veio a falecer devido a maldição- responde o idoso olhando diretamente para o neto- e o servo desapareceu sem conseguir ao menos tocar no cálice.

- Então meu pai desapareceu quando eu tinha cinco anos por causa da guerra... Mas, porque esta me dizendo essas coisas vô?- Perguntou Hokai

-Infelizmente você é o único que ainda tem condições de participar da guerra pelo graal... - fala o velho decepcionado

- Mas e os meus irmãos? Tenho três irmãos mais velhos nenhum pode ser o mestre na guerra?- fala Hokai esperançoso

-Tolo, tolo, tolo, falei para você quando era pequeno que eles haviam saído em viagem para aprimorar os poderes mágicos apenas para te enganar... Todos estão mortos... A maldição consumiu todos... - responde tristemente o avô

- O que?! Eu e a Hikari somos os únicos descendentes da família? Meus irmãos estão todos... TODOS morto?!- fala um pouco com raiva o mais novo

- Sim e você sabe muito bem como está o estado da sua irmã mais nova Hikari... - fala o ancião

  Hokai sabia muito bem... Sua irmã Hikari de cinco anos estava com mais de 70% do corpo cristalizado, em poucos dias a maldição chegará ao seu coração parando-o... O garoto levantou-se da cadeira e foi em direção ao velho e ajoelhou-se implorando:

-Por favor, me der o poder de conseguir o cálice sagrado!

- Então você aceita... De todos os irmãos você é o mais incompetente... Desastrado, tímido, antissocial e principalmente inútil... Mas, estou realmente desesperado... - fala o mais velho

  O avô de Hokai pega de uma gaveta uma pequena caixa de madeira e entrega para seu neto, Hokai abre com cuidado a caixa e lá está um pedaço de prata que não se dava para saber direito o que era...

- Vovô o que é isso?- pergunta o neto

- Depois de muita negociação e procura conseguimos a relíquia que tanto queria... É um pedaço da armadura de um famoso cavaleiro espanhol, quando iniciar seu processo de invocação invocará um poderoso Saber!- Fala o senhor- Conto com você, ou melhor, todas as gerações as passadas e as futuras da nossa família contam com você Hokai...

-Certo... Vou tentar vô- diz Hokai um pouco tenso por causa da pressão feita pelo avô

  O garoto está quase saindo do quarto, quando o avô o interrompe falando:

-Quando estiver na guerra tenha cuidado com as famílias Hendric e Badlet, elas são extremamente poderosas e provavelmente terão relíquias muito mais poderosas que a nossa.

-Ok, vovô- fala Hokai saindo logo em seguida do quarto.

  Hokai não viu, mas quando fechou a porta o idoso se pós a chorar, Õ no Hokai era a sua esperança e se ele não conseguisse o cálice o fracasso dele ceifaria a família. Enquanto Hokai preparava a cerimonia no quintal, ele olhou para sua mão esquerda... Na ponta de seu dedo mindinho já havia começado o processo de cristalização...

Mansão dos Hendric, Em algum lugar de Moscou, nove dias para guerra começar.

  A anciã dos Hendric’s estava no terraço da mansão quando um corvo negro surgiu e pousou em sua janela, ela se aproximou e pegou a carta que estava amarrada em um de seus pés. Ela leu com cuidado e depois queimou o papel usando uma chama negra que surgiu na mão que antes segurava a carta. Sorriu maldosamente enquanto via a carta ser consumida pelo fogo escuro.

  Caminhou até um quarto e lá se encontrava uma garota de lindos cabelos loiros e dolorosos olhos azul-safira, sua neta, Celestia Hendric. Ela estava acorrentada, sangrando muito e com vários hematomas no corpo inteiro, a magia negra era poderosa, mas tinha um grande preço para se obtê-la.  

  A idosa estalou nos dedos e as correntes desapareceram e Celes caiu no chão brutalmente. A velha a pegou pelo rosto e começou a falar:

- Neta desgraçada, a hora chegou, pare de ficar descansando aí e venha comigo!

  Celes conseguiu (com muita dificuldade) levantar e seguir a avó, ela odiava com toda fibra do seu corpo a velha, mas, ela daria o poder que necessitava tanto, quando ela parar de ser útil pensava Celes, mataria a idosa sem hesitar nenhum segundo.

  Chegaram à biblioteca da mansão, ela era velha, mal estruturada e cheirava muito mal, mas era o lugar mas simpático de toda a casa já que a idosa evitava ir para lá e Celes podia fugir para lá quando bem queria. O fato de a própria avó a levar até lá era bem estranho.

-Os Badlet’s e os Õ no’s já invocaram seus servos segundo meus espiões- começou a falar a idosa- Você deve invocar seu servo e partir para Snow City imediatamente e conseguir o cálice!...

- Como quiser velha, me dê o catalisador e eu faço o resto- fala Celes.

- Durante a primeira guerra, quando nossa família há dez anos aliada aos Badlet’s e Õ no’s conseguimos copiar o sistema do graal, fui a representante da família e invoquei um dos mais poderosos servos Morgana Le fay, a rainha da magia negra, como Caster!

- Se você e ela eram tão poderosas- retruca sarcasticamente Celes- Por que não conseguiram o graal?

-Pois havia um servo mais poderoso... Os õ no invocaram como Archer Dario I e com seus incríveis fantasmas nobres aniquilou facilmente quase todos os servo... Foi quando caster foi morta que prometi que se tivesse outra chance invocaria um servo mais de dez vezes mais poderoso que aquele Archer!

- E conseguiu alguma coisa útil?- perguntou Celes já aborrecida

- Sim, com base nas informações de guerras anteriores descobri um servo milhares de vezes mais poderoso que qualquer outro servo! Aqui pegue essa pequena chave mesopotâmica dourada- Responde a idosa entregando o catalisador para Celes

  Celes olhou a chave, tinha mais ou menos o tamanho de sua mão aberta, logo que pegou sentiu o grande poder magico que ela emanava, sua mão direita misteriosamente começou a sangrar e quando Celestia observou direito havia três estranhos selos na costa daquela mão. A avó estalou os dedos e um giz magico apareceu flutuando e fez um circulo de convocação no meio da biblioteca.

  Então Celes pegou um banco e usou como altar colocando cuidadosamente o catalisador e começou a clamar em voz alta e clara na frente do circulo:

“Eu o invoco, tu deves vir para o meu lado, a espada deverá controlar o meu destino, permanecendo junto ao refúgio do santo graal, se tu concordas com minha razão e vontade responda, ao juramento feito aqui por ti, eu sou a personificação do bem no mundo eterno, eu sou o mediador do mal do mundo eterno, vós os sete céus que sustentam a grande trindade, que vindes através do circulo de força... Ó guardião do equilíbrio!”

  A biblioteca inteira ficou em uma luz dourada e no circulo havia um jovem de cabelos loiros, olhos assustadoramente vermelhos e usando uma armadura de dourada.

- Sou o servo Archer, diga, qual de vocês lixos indignos de estarem na minha presença é o meu mestre?- fala a figura dourada

-Você então conseguiu Celestia, você praticamente já venceu a guerra... - fala a avó