Laços de Guerra - 1ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 9
Capítulo 8 - A Tarefa Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Capítulo betado em 23/08/2015.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411811/chapter/9

24 de Novembro de 1994

Sarah desceu as escadas do dormitório feminino gargalhando enquanto uma Amber raivosa andava atrás dela.

— Isso não tem nada a ver! — protestou Amber.

— Sei...— disse Sarah — Para que toda essa comida?

— Acorda, Black! — disse Fred — A festa surpresa para comemorarmos a sobrev... Digo, vitória de Harry

— Não a chame desse jeito no meio do Salão Comunal — bronqueou Amber lhe dando um tapa na parte de trás da cabeça — E se alguém escutar?

— Por um momento pensei que iriam se abastecer para a 2ª Guerra Bruxa — brincou Sarah.

— Não brinque com uma coisa dessas, Sarah! — disse Amber.

— Ah! Para de ser chata, Amber — disse Sarah jogando uma almofada nas costas da amiga que, em troca, lhe mostrou a língua.

— Afinal onde foram aqueles três? — perguntou Amber.

— Não tenho ideia, mas isso é bom! Estão nos dando tempo para organizar tudo — disse George.

— Onde estavam durante a tarefa?

— Estávamos um pouquinho mais afastados de vocês... — disse Fred.

— ...E mesmo assim vimos alguém de mãos dadas — completou George com um sorriso maroto enfeitando o rosto

— Eu me assustei, caramba! — disse Amber nervosa — Meu irmão...

Ela parou de falar no meio da frase quando viu Ginny descer a escada dos dormitórios.

— Você tem um irmão? — perguntou — Por que nunca me contou?

— Eu não tenho um irmão — disse Amber passando as mãos no cabelo, sinal de que estava nervosa — Me acostumei com o linguajar da Sarah, entende? Chamar uma pessoa de irmão...

— Ah, tá! — disse Ginny, desconfiada.

George se inclinou para a frente.

— Não é melhor falar logo para a Ginny? — perguntou não muito alto, nem muito baixo.

— Falar o que? — perguntou Ginny.

“Parece que ela tem bons ouvidos” pensou Amber.

— Eu não sei... — disse Sarah, hesitante.

— Sabe, Gininha ficou com ciúmes do Harry — disse Fred, bagunçando o cabelo da irmã.

— Isso não é verdade! — gritou Ginny, vermelha.

— E vocês são amigas... — disse George.

— E ela é nossa irmã... — disse Fred — Vai acabar descobrindo uma hora ou outra.

— Assim como todos... — resmungou Amber.

— Vem ao dormitório comigo, Ginny — pediu Sarah puxando uma Ginny, já irritada pelo mistério que os irmãos faziam, pelo braço.

— Nossa! Nem mandou agora — ironizou Fred — Amber, me ajuda aqui!

— Sabe... Harry não gosta de chamar a atenção — disse Amber se referindo a festa.

— Acho que ele vai gostar mesmo assim... — disse Fred dando de ombros.

— É! Ouvi falar que ele e o cabeça dura do nosso irmão fizeram as pazes — disse George.

— É verdade! Ainda bem, pois estava quase estrangulando o Rony.

Os gêmeos riram.

Já havia vários Gryffindors no Salão Comunal ajudando na organização da festa surpresa. Sarah e os gêmeos, assim que acabou a tarefa, foram para a cozinha (ou sabe-se lá onde) e voltaram minutos depois com tudo para a festa.

Dean Thomas pendurava milhares de desenhos que havia feito. A maioria mostrava Harry voando na Firebolt em volta da cabeça do Hungarian Horntail, mas tinham outros dois que mostravam Cedric com os cabelos pegando fogo.

Amber não aprovou muito esse preconceito entre as casas que eram sempre muito amigas, mas andavam brigando desde o início do torneio.

Lee estava preparando os Fogos Filibusteiros para soltar assim que Harry entrasse no Salão Comunal.

Ouviram um grito abafado na direção do dormitório feminino. Amber e os gêmeos se entreolharam.

— Ela surtou! — disse George balançando a cabeça em negação.

Amber deu um sorriso amarelo e voltou a ajudar na decoração. Depois de uns dez minutos, Ginny e Sarah desceram.

— Caramba! — exclamou Fred olhando para a porta do Salão Comunal — Rony nos deu tempo até demais para organizar tudo...

— Claro! Ele conhece os irmãos que tem! — retrucou Amber.

— Sempre organizamos essas festas de comemoração no final de cada jogo de quidditch — disse George.

Ginny olhava de Sarah para Amber extremamente silenciosa. Sarah de repente ficou séria, olhando para Amber.

— Você não escreveu para Marlene, não é? — perguntou Sarah.

— Er... — disse Amber desviando o olhar e passando a mão no cabelo, nervosamente.

— Gred! Elas inverteram os papéis! — brincou George e Fred riu.

— Você parece o Harry passando a mão no cabelo quando fica nervoso — murmurou Ginny, se sentando no sofá.

— Andou notando demais o Harry, hein? — brincou Fred.

Em resposta, Ginny jogou uma almofada nele que continuou a rir com George.

— Conte-me como é ter seis irmãos e nenhuma irmã — disse Sarah.

— Dá vontade de mandar todos eles para aquele lugar - respondeu Ginny — Eles não me deixam em paz e ficam me protegendo!

— Eu acho isso fofo! — disse Amber.

— Mas é claro! O seu irmão é o... — começou Ginny, mas foi interrompida pela algazarra que se instaurou pelo Salão Comunal.

O Trio havia acabado de entrar. Lee soltou os Fogos Filibusteiros e todos se acomodaram.

— Agora é que começou a festa! — disse George animado com uma caneca de butterbeer na mão.

Amber revirou os olhos, embora sorrisse. Quando passou os olhos pelo Salão, viu Oliver conversando com Katie e Angelina, suas companheiras de quidditch.

— Huuuuuuuum... — fez Sarah, bebendo um pouco de sua butterbeer.

— O que quis dizer com isso? — perguntou Amber.

— Naaaada — disse Sarah, levantando uma sobrancelha.

— Você está arrastando as sílabas.

— Estoooou?

— Irritante!

Sarah deu um sorriso maroto para Amber.

— Putz, isso é pesado! — comentou Lee, levantando o ovo dourado, que Harry deixara em cima de uma mesa, e pesando-o nas mãos — Abra, Harry, vamos! Vamos ver o que tem dentro!

Hermione protestou que Harry tinha que decifrar a pista sozinho, mas Harry fez uma observação que fez Hermione dar um sorriso culpado. Amber sabia que era sobre Hermione ter o ajudado na tarefa daquela tarde. Todos insistiram para que Harry abrisse e ele abriu. Quando Harry abriu, um som terrível, alto e agudo com um agouro, encheu a sala.

Amber e Sarah tamparam os ouvidos, assim como todos.

— Fecha isso! — berrou Fred.

Harry fechou o ovo enquanto todos se olhavam chocados e sem entender.

— Que é isso? — perguntou Seamus — Parecia um espírito agourento... Quem sabe você vai ter que passar por um deles da próxima vez, Harry!

— Não diga uma coisa dessas! — disse Amber, assustada.

— Era alguém sendo torturado — arriscou Neville — Você vai ter que enfrentar a Maldição Cruciatus.

— Deixa de ser babaca, Neville, isso é ilegal! — disse George, o que fez com que Amber o fuzilasse com o olhar e ele se encolhesse — N-não usariam a Maldição Cruciatus contra os campeões. Achei que lembrava um pouco o Percy cantando... quem sabe você vai ter que atacar ele quando estiver debaixo do chuveiro, Harry.

Amber e Sarah gargalharam.

Então, Hermione tentou convencer Fred a lhe contar como se entrava na cozinha. Algumas pessoas riram quando Fred perguntou se ela pretendia liderar uma greve de elfos domésticos.

A outra “diversão” foi quando Neville transformou-se em um grande canário quando comeu os cremes de caramelo.

Amber nunca ficou acordada por tanto tempo. Quando olhou para o relógio, já era quase uma hora da manhã.

— Por Merlin! — disse desesperada, se levantando do sofá — Amanhã temos aula! Desse jeito não me aguentarei em pé...

Despediu-se de todos que ainda estavam lá, incluindo Sarah. Ginny também decidiu que era hora de subir e acompanhou Amber até as escadas que davam para o dormitório do 3º ano, daí Amber seguiu sozinha.

O começo de Dezembro trouxe chuva e neve granulada a Hogwarts. O tempo perfeito para uma calorenta como Amber.

Em CMC, Hagrid continuava dando Explosivins. Ele pediu que todos os colocassem dentro de caixas forradas com almofadas com uma tampa por cima, para ver se eles hibernavam.

A maioria da turma fugiu para a cabana de Hagrid quando os Explosivins surtaram. Apenas alguns alunos permaneceram para ajudar Hagrid. Entre eles, Harry, Rony, Hermione e Amber. A custo de muitos cortes e queimaduras. Quando sobrava apenas um, Rita Skeeter apareceu para infernizar. Hagrid acabou caindo na armação da jornalista e combinaram de se encontrar no Three Broomsticks para uma entrevista, no fim de semana.

A aula de Divination recuperara a antiga graça para Harry que recuperara a amizade de Rony. Amber estava começando a ficar entediada com as aulas e, mesmo sendo a melhor aluna do 4º ano, não conseguia prestar atenção em nada que Trelawney dizia. Na verdade, nem se esforçava para ser a melhor nessa matéria. Achava tudo uma grande tolice!

Hermione não apareceu para jantar, nem estava na biblioteca quando Harry e Rony foram procura-la. Amber estava saindo do Salão Comunal no exato momento em que Harry e Rony disseram a senha para a Fat Lady e Hermione veio correndo.

— Harry! — ofegou ela, derrapando até parar ao lado dele — Harry, você tem de vir comigo... Tem de vir, aconteceu a coisa mais fantástica... Por favor...

Ela agarrou o braço de Harry e começou a arrastar o garoto de volta ao corredor.

— Que é que aconteceu? — perguntou Harry.

— Eu mostro a você quando a gente chegar lá, ah, anda logo, depressa...

Harry e Rony se olharam intrigados.

— Ok — disse Harry sem opção, sendo puxado por Hermione e seguido por Rony.

Amber teve de admitir que ficou curiosa, mas se conteve. Quando ela ouviu a Fat Lady gritando irritada para os garotos, balançou a cabeça como se estivesse repreendendo os meninos, mesmo que eles estivessem longe demais para ver.

— Desculpe por eles — disse Amber a Fat Lady.

— Ah, tudo bem! — disse Fat Lady a contragosto — Estou acostumada...

Amber chegou a conversar um pouco com a Fat Lady, esperando alguma coisa para fazer. Vinte minutos depois, Sarah apareceu e as duas entraram no Salão Comunal, sem nada para fazer.

— Os pesadelos não voltaram, certo? — perguntou Sarah.

— Não, não voltaram — respondeu Amber — Acho que foi só por causa da primeira tarefa.

— Então se prepare: há mais duas tarefas! E uma delas programada para daqui a 2 meses — disse Sarah.

— Obrigada... Você me acalmou muito.

— É para isso que servem os amigos.

Naquela noite, assim que todas foram dormir, Hermione fechou o dossel da cama, silenciosamente. Sem se importar de ser pega em flagrante, pegou a varinha de cima da cabeceira e o livro que tinha escondido debaixo do travesseiro.

— Lumus — sussurrou Hermione.

Logo, a varinha se acendeu com uma luz controlada e ela abriu o livro. O livro não era grosso, mas tampouco fino. As primeiras páginas falavam sobre o termo “sangue-puro”, de como esse termo se relacionava a Salazar Slytherin, os casamentos entre bruxos e muggles... Lá no meio do livro, encontrou o que procurava e começou a sussurrar, lendo para si mesma:

— “No início dos anos 1930, um "Diretório de Puros-Sangue" foi publicado em anônimo na Grã-Bretanha, listando as vinte e nove famílias verdadeiramente puro-sangue, conforme julgado pela autoridade desconhecida que escrevera o livro, com "o objetivo de ajudar tais famílias a manter a pureza de suas linhas sanguíneas". O chamado "Sagrados vinte e nove" é constituído pelas famílias: Abbott, Avery, Black, Bulstrode, Burke, Carrow, Crouch, Fawley, Flint, Gaunt, Greengrass, Lestrange, Longbottom, Macmillan, Malfoy, McKinnon, Nott, Ollivander” - Hermione parou de ler e voltou para dois nomes a cima — “McKinnon”.

“Eu sabia!” pensou Hermione “Mas isso não me ajuda muito”.

Por fim, Hermione fechou o livro, colocando-o de novo embaixo do travesseiro e sussurrou:

— Nox.

A luz sumiu da ponta de sua varinha e Hermione demorou alguns minutos para se acostumar, de novo, com a falta de claridade. Deitou sua cabeça no travesseiro e começou a pensar. Das milhares de vezes que foi à biblioteca viu uma cesta atrás do balcão em que ficava a Madame Pince e havia muitos jornais dentro da cesta, como se fosse um tipo de Hemeroteca. Provavelmente com um feitiço ilusório para que todos pensassem que só havia aqueles jornais postos ali por cima.

“Madame Pince vai querer saber porque eu vou pesquisar sobre a primeira guerra bruxa” pensou Hermione “Preciso de uma boa desculpa! Sei que já ouvi esse sobrenome de algum lugar, eu preciso me lembrar de onde!”

Com esses pensamentos, adormeceu.

O Natal se aproximava cada vez mais e, no dia 10 de Dezembro, durante a aula de Transfiguration veio a “bomba”, de acordo com Amber.

— Potter! Weasley! Querem prestar atenção? — disse a profª McGonagall irritada.

Amber olhou para trás e viu Harry e Rony brincando com as varinhas falsas que Fred e George criaram. Revirou os olhos e voltou a olhar para a professora.

“Homens” pensou.

— Agora que Potter e Weasley tiveram a bondade de parar com as criancices — disse a professora lançando um olhar feio aos dois — tenho um aviso para dar a todos. O Yule Ball está próximo, é uma tradição do Triwizard Tournament e uma oportunidade para convivermos socialmente com os nossos hóspedes estrangeiros. Agora, o baile só será franqueado aos alunos do quarto ano em diante, embora vocês possam convidar um aluno mais novo, se quiserem... O traje é a rigor e o baile, no Salão Principal, começará às oito horas e terminará a meia-noite, no dia de Natal. Então...

A professora McGonagall olhou contrariada para a turma.

— O Yule Ball naturalmente é uma oportunidade para todos nós... Hum... Para nos soltarmos

Lilá tampou a boca para abafar as risadas. Harry concordou, silenciosamente, que a professora McGonagall não tinha jeito de que algum dia fosse se soltar em nenhum sentido. Já Amber se perguntava se o professor Dumbledore ou alguém obrigara a professora a dizer aquilo.

— Mas isto não significa que vamos relaxar os padrões de comportamento que se espera dos alunos de Hogwarts. Ficarei seriamente aborrecida se, de alguma maneira, um aluno da Gryffindor envergonhar a escola.

A sineta tocou e ouviu-se o costumeiro ruído de fim de aula. A professora McGonagall logo chamou Harry, sobrepondo-se ao barulho geral. Amber e Hermione lhe lançaram um olhar repreensor pensando, assim como o garoto, que se tratava da brincadeira dele e de Rony em sala de aula.

— Se fosse sobre o hadoque de borracha decapitado ela teria me chamado também — disse Rony.

Quando Harry saiu da sala da professora, com o rosto corado, explicou aos amigos sobre o baile e as entranhas de Amber pareceram criar vida própria.

— Então era disso que mamãe estava falando — disse Rony — Quando disse que, provavelmente, não iríamos para casa no Natal.

— Acho que vou para casa no Natal... — murmurou Amber.

— Por que? — perguntou Hermione.

— Se eu já sou um desastre ambulante andando imagine dançando — respondeu Amber.

— Então como consegue jogar quidditch? — perguntou Rony.

— Como você...?

— Fred me contou.

— Aquele fofoqueiro! Isso não tem nada a ver! É coisa de família...

— Como assim?

— Meu pai era jogador de quidditch, naturalmente. Acho que é a única coisa que herdei dele... O resto é tudo da minha mãe. De qualquer forma: quem é que ia me convidar para um baile?

Rony mordeu o lábio para segurar o riso.

— Do que você está...? — Amber parou a frase e arregalou os olhos — Eu vou matar o Fred — repetiu, andando mais a frente.

Alguns minutos depois, Sarah esbarrou nela.

— Ouviu falar sobre o baile? — perguntou ela, passando os braços no ombro da amiga.

— Nem vem! — Amber disse rapidamente.

— Oras, pare de reclamar! Eu sou do 3º ano e não vou poder ir a não ser que alguém me convide... Você quem pode ir, não quer... Sem falar que duvido que a mamãe vá deixar você perder essa oportunidade.

— Eu já disse o quanto te odeio?

— Nós duas sabemos que isso é mentira. Já assinei nossos nomes para ficar no Natal.

Amber avistou Fred que, assim que a avistou, se escondeu atrás de George. Ela suspirou pesadamente e resolveu deixar para lá. Sabia que não seria a primeira vez que eles implicariam com ela. Só esperava que Rony não acabasse abrindo a boca perto do Harry.

Quando Sarah ouviu o boato de que as Weird Sisters iriam tocar no Yule Ball, ficou com mais raiva ainda por não poder ir. Elas começaram a conversar depois da aula de Flitwick, que havia desistido de dar aula já que ninguém prestava atenção.

— Não se preocupe! — disse Amber — Ficarei com você enquanto o baile rola.

— Nada disso! — interrompeu Sarah — Você vai e depois me contará tudo!

— Mas... Sarah! Eu não tenho nenhum par!

— Não me interessa! Você vai!

A última coisa que Amber esperava era que Sarah a forçasse a ir.

Quando a aula de Potions acabou, com a bomba de que Snape daria um teste sobre antídotos e venenos na última aula do trimestre, Amber nem esperou os amigos e já saiu olhando em volta, sabendo quem procurar.

Desde que Snape tratou Hermione mal, Amber entendeu exatamente o porquê seu pai o odiava.

— Pela varinha de Morgana, me salvem! — implorou Amber para Fred e George.

— Calma! — George riu — O que houve?

— Sarah está me obrigando a ir ao baile já que ela não pode! Eu não quero ir!

George e Amber trocaram um olhar de entendimento.

— Ah, não! — disse Fred, percebendo.

— Por favor, Fred! — disse Amber.

— Vai indo, Amber. Eu falo com o Frederick aqui — disse George, abraçando Fred de lado.

Sem opções, foi para o Salão Comunal. Quando entrou na sala, ouviu Hermione e Harry discutindo sobre o ovo.

— Eu não sei de que lado fico... — disse se sentando ao lado de Rony.

— Do nosso, ora essa! - disse Rony indignado.

— Hermione está certa quando diz que pode levar semanas - disse Amber, fazendo Hermione olhar com um olhar vitorioso para Rony — Mas, em compensação, o Harry tem direito de descansar um pouco.

Rony retribuiu o olhar vitorioso.

— Vai ao baile? — perguntou Harry.

— Ocupada demais me livrando da Sarah — disse Amber.

— Por que? — perguntou Hermione.

— Ela está querendo me arrastar para isso só porque ela não pode ir por ser do 3º ano.

O Exploding Snap explodiu, chamuscando as sobrancelhas de Rony.

— Ficou legal, Rony... vai combinar bem com as suas vestes a rigor. Ah! Isso vai — disse George, se sentando na mesa junto de Fred — Rony, podemos pedir Pigwidgeon emprestado?

— Não, ele está fora entregando uma carta. Por que? — respondeu Rony.

— Porque George quer convidar sua coruja para ir ao baile — disse Fred, sarcasticamente.

— Pigwidgeon? Coitada da coruja! — disse Sarah se sentando ao lado de Amber — Quem deu esse nome a ela?

— Ginny - respondeu Rony — Eu quis mudar, mas a coruja só respondia por esse nome. Por isso, o apelidamos de Pig

— Tá, né — disse Sarah.

— Gostaríamos de mandar uma carta, seu panacão — disse George, voltando ao assunto anterior.

— Para quem é que você tanto escreve, hein? — perguntou Rony.

— Não mete o nariz, Rony, ou vou queimar ele para você, também — disse Fred, acenando a varinha num gesto de ameaça — Então... vocês já arranjaram par para o baile?

— Não — respondeu Rony.

— Então é melhor andarem depressa, companheiros, ou todas as garotas legais vão estar ocupadas — disse Fred.

— Com quem é que vocês vão, então?

— Sarah — respondeu Fred, com naturalidade.

A mencionada engasgou-se.

— É o que? — perguntou desacreditada.

Os outros tiveram de segurar o riso. Fred se levantou e Sarah o seguiu.

— Eu vou com a Angelina — disse George, retomando a conversa, antes de dar uma piscadela para Amber que sorriu agradecida.

— Já a convidou? — perguntou Rony, ainda chocado pelo acontecimento anterior.

— Bem lembrado... — disse George. Virou o rosto e, quando localizou Angelina, do outro lado do Salão Comunal, gritou — Oi, Angelina!

Angelina, que estava conversando perante lareira com Alicia Spinnet, olhou para o garoto.

— Que foi? — respondeu.

— Quer ir ao baile comigo?

Angelina olhou para George como se avaliando se não era mais uma peça pregada por ele.

— Tudo bem — respondeu, virando-se para retomar a conversa com Alicia.

— Pronto — disse George para Rony, se exibindo — Moleza.

Levantou, espreguiçando-se e disse:

— É melhor usar uma coruja da escola, então... Vou procurar o Fred.

George se afastou.

— Confesse, você convenceu Fred a convidar a Sarah — disse Hermione.

— Sim, mas ele poderia concordar ou não. A escolha foi completamente dele — disse Amber com um sorrisinho de canto.

Rony e Harry começaram a conversar sobre quem iriam convidar e Hermione se meteu, indignada, quando Rony chamou algumas meninas de “trasgo”. Sarah apareceu nesse ponto da conversa e puxou Amber pelo braço, as duas andando até o dormitório do 3º ano.

Amber percebeu que era a primeira vez que entrava no dormitório da amiga e não se surpreendeu ao ver os pôsteres de quidditch colados nas paredes, não só dela, mas também de Ginny, que já estava lá.

— Ah! Olá! — cumprimentou Ginny assim que elas entraram.

— Oi, Ginny! — respondeu Amber enquanto uma Sarah muda se jogava na cama.

— O que aconteceu? — perguntou Ginny, estranhando o silêncio da amiga.

— Fecha a porta — pediu Sarah.

Ginny olhou-a estranho, mas obedeceu.

— Oseuirmãomeconvidouparaobaile! — Sarah disse rapidamente.

— O que? Eu não entendi! — disse Ginny.

— O seu irmão... me convidou para o baile — murmurou Sarah.

— Qual deles?

— Fred

– É o que?

Ginny olhou para Sarah chocada.

— É, eu vi tudo! — disse Amber — Estávamos conversando quem iria para o baile com quem e o Fred disse que ia com a Sarah, sem nem a convidar antes.

— Caramba! — disse Ginny se sentando do lado de Sarah.

— E o que você respondeu? — perguntou Amber.

— Eu ainda não sou idiota! — disse Sarah.

— O que significa que...

— Aceitei — disse Sarah envergonhada.

Ginny jogou um travesseiro em cima de Sarah.

— Sortuda! — disse rindo — Acho que ia ser estranho se eu fosse ao baile com um dos meus irmãos, não?

— Seria muito estranho! — concordou Amber feliz pela amiga.

“Sabia que tinha feito a coisa certa” pensou.

Os funcionários de Hogwarts decoraram o castelo da melhor forma possível, decididos a impressionar os alunos de Beauxbatons e Durmstrang.

— Vai ser impossível colocar na cabeça de Fleur que Hogwarts é a melhor — disse Sarah.

Peeves, aproveitando a oportunidade de que os funcionários haviam enfeitiçado as armaduras para cantarem músicas natalinas, se escondeu milhares de vezes dentro de uma, que só sabia a metade da letra, e preenchido as lacunas com palavras grosseiras. Mais de uma vez, Filch teve que tira-lo lá de dentro.

“Fat Friar tem muita paciência para insistir, todos os anos, que os fantasmas dêem mais uma chance a Peeves” pensou Amber.

Ela tinha a ligeira impressão de que Hermione queria que Rony a convidasse para o baile, mas ele era muito lerdo para entender o recado.

“Assim como Harry” pensou Amber, lembrando-se de Ginny.

Ao que descobriu, Harry gostava de uma garota da Ravenclaw chamada Cho Chang. Assim que pôs seus olhos na oriental, não gostou dela. Não sabia o por quê, mas Chang lhe lembrava muito as garotas de Beauxbatons que não viam o coração e, sim, o dinheiro.

Não queria que Harry tivesse uma queda por uma garota desse tipo. Ok, estava com ciúmes. Mas isso era completamente normal! Assim como os gêmeos e Rony tinham ciúmes de Ginny. Ela não estava errada e provaria isso.

Dia 18, Harry tomou a coragem para convidar Chang. Amber soube disso no momento que Harry disse que os encontraria na hora do jantar. Mas houve um imprevisto no meio do caminho... Eles esbarraram com Fleur e Rony convidou-a para o baile aos berros. Quando percebeu o que tinha feito, saiu correndo, seguido por Ginny. Antes que Amber os seguisse, Fleur lançou-lhe um olhar de “eu mereço?”. Ela acenou sem graça e seguiu os dois.

Rony estava sentado na poltrona do Salão Comunal com uma expressão de horror no rosto. Ginny estava ao seu lado, consolando-o em voz baixa.

Harry entrou no Salão Comunal decepcionado, mas sua expressão mudou quando viu Rony e ele se aproximou.

— Que aconteceu, Rony? — perguntou Harry.

Rony ergueu os olhos para Harry.

— Por que fiz aquilo? — perguntou enlouquecido — Não sei o que me obrigou a fazer aquilo!

— O que? — perguntou Harry.

— Ele... Hum... Convidou Fleur Delacour para ir ao baile — disse Ginny, se segurando para não rir.

— E a Fleur sendo do jeito que é... — disse Amber, deixando no ar enquanto Harry mostrava sua perplexidade.

— Quem é que eu estava fingindo que era? — se perguntou Rony — Havia gente, a toda volta, fiquei maluco, todo mundo olhando! Eu estava passando por ela no saguão de entrada, Fleur estava parada conversando com Diggory, uma coisa parece que se apoderou de mim e convidei!

Rony enterrou o rosto nas mãos, tagarelando inaudivelmente.

— A garota olhou para mim como se eu fosse um verme ou coisa parecida — disse Rony confirmando o que Amber disse anteriormente — Nem me respondeu. E então... Não sei... Parece que recuperei o juízo e me mandei dali.

— Ela é parte veela — disse Harry consolando Rony — Você tinha razão, a avó dela era veela. Não foi sua culpa, aposto como você passou na hora em que ela estava jogando charme para Diggory e você foi atingido, mas ela está perdendo tempo. Ele vai levar Cho.

Rony levantou a cabeça.

— Eu acabei de convida-la para ir comigo e ela me contou — disse Harry sem emoção.

“Desconfiei” pensou Amber e olhou para Ginny, que parara de sorrir, preocupada “Harry não tem noção?”

— Isso é uma piração — disse Rony — Somos os únicos que não tem ninguém, bem, tirando o Neville. Ei, adivinha quem ele convidou? Mione!

— Que? — exclamou Harry surpreso.

— É, eu sei — Rony começou a rir — Neville me contou depois da aula de Potions! Disse que ela sempre foi muito legal, que o ajudava nos estudos, mas Mione falou que já estava indo com alguém. Ha! Como se fosse! Ela só não queria ir com o Neville... Quero dizer, quem iria querer?

— Não! — disse Ginny, aborrecida — Não ria...

Amber cruzou os braços com raiva, mas quando ia falar alguma coisa, Hermione se aproximou.

— Por que vocês dois não foram jantar? — perguntou ela.

— Porque... Ah! Parem de rir, vocês dois... — disse Ginny.

— Porque as garotas que eles convidaram acabaram de recusar o convite! — completou Amber.

Os dois pararam de rir no ato.

— Obrigado, Ginny e Amber — disse Rony azedo.

— Todas as garotas bonitas já estão ocupadas, Rony? - perguntou Hermione com um ar superior — A Heloisa Midgen está começando a parecer bem bonita, agora, não está não? Bem, tenho certeza de que vocês vão encontrar em algum lugar alguém que queira vocês.

Amber ficou revoltada.

— Disseram isso? — perguntou para Harry que parecia envergonhado.

— Eu não! Rony! — disse Harry se defendendo.

Mas Rony estava encarando Hermione como se nunca a tivesse visto na vida.

— Hermione, Neville tem razão, você é uma garota...

— Bem observado — respondeu ela com azedume.

— Então... Você poderia acompanhar um de nós!

— Não, não poderia — retorquiu Hermione.

— Ah, vai! — disse ele impaciente — Precisamos de pares, vamos fazer um papel realmente idiota se não tivermos nenhum, todos os outros tem...

Amber se mexeu desconfortavelmente, mas só Ginny percebeu.

— Não posso ir com vocês — disse Hermione corada — porque já estou indo com uma pessoa.

— Não, não está! — disse Rony - Você só disse isso para se livrar de Neville!

— Acha mesmo que Hermione teria coragem de fazer uma coisa dessas? — exclamou Amber indignada e Hermione a olhou em agradecimento — O que? Acham que ela não é bonita o bastante para despertar a atenção de alguém? Não é só porque você só notou que ela é uma menina agora que ninguém já tenha notado.

Rony e Hermione a olharam chocados por motivos diferentes. Mas Hermione se recuperou rapidamente.

“Tirou as palavras da minha boca” pensou Hermione.

— Ok, ok! Já notamos que você é uma garota. Agora vai com um de nós? — disse Rony para Hermione.

— Já disse! Estou indo com alguém! — disse Hermione furiosa, subindo as escadas do dormitório.

Rony olhou para Amber.

— Eu não vou ao baile, então nem tente. De qualquer forma não iria com você depois de tudo o que disse!

Amber subiu as escadas, seguindo Hermione, mas ouviu Rony exclamar:

— O que deu nelas?

Quando chegou ao quarto, Hermione tentava se acalmar.

— Como conseguem ser amigos se sempre brigam? — perguntou Amber sentando-se em sua cama.

— Eu não tenho ideia! — confessou Hermione.

“Está tudo indo contra meus planos” pensou Hermione “Terei que esperar mais uma confusão passar para poder ir à Hemeroteca. Bem, pelo menos até lá arranjarei uma desculpa para dar a Madame Pince”

O trimestre terminou e passou a semana que antecedeu o Natal. Todos divertindo-se o máximo possível. A Torre da Gryffindor estava lotada já que as aulas acabaram. Harry e Rony finalmente pareceram notar que os dentes de Hermione estavam menores do que eram antes.

“Meninos são tão distraídos” pensou Amber, revirando os olhos.

Eles e Hermione tinham acabado de sair do Salão Principal, rindo de uma peça que pregaram em Malfoy. Amber e Sarah estavam andando nos corredores, sem nada para fazer.

— Eu achei bem feito! — disse Sarah com um tom de aprovação.

— Amber!

Amber se virou e viu Oliver.

— Vou lá — disse Sarah com o sorriso maroto que fazia Amber ficar com vontade de lhe dar um tapa.

— Hey! — cumprimentou Amber.

— Desculpe, não pudemos nos falar muito. É o ano dos meus NEWT’s, então... — disse Oliver.

— Não, tudo bem! Você está certo! Tem que estudar muito! — disse Amber — Já tem ideia de que carreira quer seguir depois do colégio?

— Continuarei jogando quidditch, mas como jogador profissional

— Eu tenho certeza de que se dará muito bem! Fred e George disseram que você é um ótimo jogador...

— Sem me zoar?

— ...Depois comentaram o quanto você deve ter tentado se afogar ano passado após perderem para a Hufflepuff.

Oliver ficou um pouco envergonhado.

— É esse o motivo da rixa entre vocês e Cedric Diggory? — perguntou Amber.

— Bom... Cedric é o seeker da Hufflepuff. E ano passado teve toda aquela confusão por causa de Sirius Black que com certeza você sabe...

— Sim, eu sei.

— Então, o Ministério convenceu Dumbledore a colocar dementors no castelo.

— O que? Ele ficou maluco? Aquelas criaturas são horríveis!

— Dumbledore não teve muitas opções... Sabe-se lá por que, no jogo de quidditch, os dementors resolveram avançar no Harry. Ele perdeu a consciência e caiu da vassoura. Nesse meio tempo, Cedric pegou o Golden Snitch. Dumbledore ficou furioso, com toda a razão. Os dementors não tinham permissão para irem até lá, no meio de um jogo de quidditch

— Mas por que o Harry?

— Não tenho ideia... Enfim, Cedric ainda tentou anular o jogo porque não tinha visto que Harry havia caído, mas foi considerada vitória da Hufflepuff.

— As duas casas são tão amigas! Não deviam ficar brigando... Primeiro por causa do quidditch e agora por causa do Triwizard

Amber escutou um colega chamando por Oliver.

— Por que tenho a sensação de que você quer me dizer alguma coisa? — ela perguntou.

— Perguntar, na verdade — disse Oliver olhando meio irritado para o colega — Queria saber se você queria ir ao baile comigo.

Amber parou, surpresa pelo convite.

— Tudo bem — respondeu meio envergonhada

O colega chamou Oliver de novo.

— Ok, então. Tenho que ir. Até mais! — Oliver se despediu meio sem graça.

— Tchau... — Amber respondeu antes que ele começasse a andar na direção do colega.

Ela ficou um tempo paralisada. Sarah se aproximou silenciosamente.

— Que é que você está fazendo? — gritou Sarah colocando as mãos no ombro de Amber, de repente

Obviamente, Amber se assustou.

— Filha da mãe! — gritou Amber — Que susto!

— Vem, vamos para o Salão Comunal — disse Sarah abraçando-a de lado.

Assim que entraram, presenciaram mais uma discussão entre o Trio. Dessa vez o assunto era o ovo que Harry deveria desvendar.

— Só não adie por muito tempo, Harry — disse Amber sendo arrastada por Sarah.

— Não se preocupe! Eu não deixarei... — disse Hermione.

Sarah obrigou Amber a sentar-se em uma poltrona nem muito perto e nem muito longe do Trio.

— O que aconteceu? — perguntou Sarah.

— Do que está falando? — retrucou Amber confusa.

— Você parece estar em estado de choque.

— Eu apenas não esperava...

— O que? O que você não esperava?

Amber ficou em silêncio e sentiu o seu rosto corar, sem entender direito o porquê.

— Amber... — ameaçou Sarah.

— Ai, tá bom! Ele me convidou para o baile! — ela disse, se levantando e indo para o dormitório feminino.

Minutos depois, Sarah entrou no dormitório do 4º ano e se sentou do lado de Amber.

— Quem diria — disse Sarah contendo um sorriso maroto - Pensei que alguém não ia para o baile.

Sarah olhou acusadoramente para Amber.

— Eu não tinha par — disse Amber dando de ombros.

Quando deu o horário, Amber expulsou Sarah deliberadamente e se aprontou para dormir.

— Se você contar com quem vai, eu conto com quem vou — disse Hermione, aproveitando a oportunidade de que as outras duas colegas de quarto não estavam

— Você primeiro — disse Amber.

Hermione hesitou.

— Está bem... Mas, você vai pensar que estou mentindo — cedeu;

— Não me chamo Rony Weasley.

— Viktor Krum

Amber sorriu.

— As vezes em que ele estava na biblioteca era...

— É, ele estava tentando me convidar!

— Mas isso é ótimo!

— Agora é a sua vez!

— Oliver

— Wood?

— É... E você não contará nada a ninguém!

— Pode deixar!

As duas colegas de quarto delas chegaram e elas se calaram imediatamente, recebendo um olhar desconfiado e curioso das fofoqueiras.

Era tão surreal tudo o que estava acontecendo e os dias passavam cada vez mais rápido... Amber gostaria que Dezembro se estendesse por mais tempo, assim não teria que voltar a pensar no Triwizard.

Não esperava que pudesse guardar o seu segredo para sempre, mas queria reunir coragem para contar a Harry. Ele poderia ficar com raiva o que seria completamente justo. Mas Amber não poderia simplesmente ter chegado e dito: “olá, sou sua irmã”, como já explicara para alguém anteriormente.

Pensou em como Ginny aceitou a situação bem e também pensou em o que teria dito Sarah depois que Ginny gritou. Pensou que escreveria uma carta à Marlene, sabia que ela tinha ficado chateada quando soube que as duas não voltariam para casa no Natal. Por outro lado, não permitiria que a filha e a afilhada perdessem a oportunidade de irem ao Yule Ball.

Antes ela pensou que o baile era uma “bomba”. Agora, não pensava mais tanto assim. Afinal, poderia ser legal! E teve a sensação de que apartir de 25 de Dezembro as coisas mudariam, de alguma forma. Se a mudança seria inclinada para o lado bom ou ruim, Amber não saberia dizer.

Como todas as noites, com os pensamentos rondando a sua mente, seus olhos pesaram e ela dormiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Laços de Guerra - 1ª Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.