Laços de Guerra - 1ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 16
Capítulo 14 - O Retorno das Trevas.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a minha falta de criatividade, mas esse capítulo não é muito estimulante :/ Tive que copiar vários trechos do livro, como os diálogos da enfermaria, mas tentei resumir algumas coisas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411811/chapter/16

24 de Junho de 1994

Amber demorou-se tempo demais no dormitório e correu para alcançar o Salão Principal ainda na hora do café da manhã.

– Quem diria! - disse Sarah sem desviar os olhos do prato - A possível futura monitora atrasada para o café da manhã

– Experimente ser irmã de um garoto que só se mete em confusão - resmungou Amber - Estou preocupada com a tarefa de hoje...

Sarah e os gêmeos trocaram um olhar.

– O que foi? - perguntou Amber

– Nada! - responderam sem serem muito convincentes.

Amber ouviu o pessoal da Slytherin gargalhando com o Daily Prophet na mão.

– Rita Skeeter de novo? - perguntou.

Sarah desviou o olhar.

– Me dá isso aqui! - insistiu Amber pegando o jornal da mão de Sarah.

Depois que leu o jornal, ela se levantou e se juntou aos amigos.

– Por que nunca me contou que falava Parselmouth? - perguntou Amber

– Porque não era importante - disse Harry desconfortável

– Eu, sinceramente, espero que você não tenha pensado que eu te trataria diferente por causa disso - murmurou Amber - Essa Skeeter é uma vadia! Não ligue para ela! Ela está fazendo isso para te distrair. Hoje é sua terceira e última tarefa. Depois de hoje acabou. Não importa se você não ganhar, apenas se mantenha vivo

– Respira, mulher! - disse Rony.

Hermione ofegou e tomou uma expressão sonhadora digna de Luna Lovegood, a amiga de Ginny. Amber a olhou franzindo o cenho, perguntando silenciosamente o por que daquela reação.

– Amber vem comigo! - disse Hermione puxando a amiga pelo braço

– Aonde vocês vão? - gritou Rony

– Biblioteca! - Hermione respondeu correndo

– O que houve, Hermione? - perguntou Amber confusa

– Acho que sei como Rita Skeeter anda escutando as coisas - disse Hermione.

Ao chegarem a biblioteca, levaram uma bronca de Madame Pince por entrarem correndo.

– Vocês me disseram que havia um besouro na moita, no dia em que Hagrid conversou com Madame Maxime... - sussurrou Amber

– E tinha - Hermione murmurou de volta, pegando alguns livros

– E tinha um na janela da torre de Divination, no dia em que Harry teve aquela dor na cicatriz... - continuou murmurando

Também tinha um no meu cabelo quando conversei com Krum no dia da segunda tarefa

– Malfoy estava falando com a mão quando estávamos treinando com o Harry na sala de Transfiguration...

– ...Mas walkie-talkies não são permitidos em Hogwarts, por ser tecnologia trouxa e eles explodiriam com a interferência mágica

Elas selecionaram alguns livros, deixaram em cima da mesa e foram prestar os exames do dia. Depois, voltaram para ler os livros.

– É claro! - murmurou Amber

– A resposta estava bem na nossa frente! Como não percebemos antes? - disse Hermione excitada

– Pegamos ela! - sorriu Amber.

Elas guardaram os livros nas estantes e correram para pegar o final do almoço.

Ao entrar no Salão Principal, Amber foi surpreendida por Sarah.

– O que você aprontou? - perguntou temerosa

– Só porque estou feliz, eu aprontei algo? - disse Sarah sorrindo - Apenas uma maluca que apareceu!

– Maluca é a sua mãe! - disse Marlene com um sorriso brincalhão no rosto, sentada na mesa da Gryffindor

– Que por acaso é você! - retrucou Sarah

– Não diga! - ironizou Amber

– Digo! - retrucou Sarah

– Nossa! Também senti muitas saudades de vocês! - disse Marlene

– Você sentiu foi saudade da comida de Hogwarts - murmurou Sarah, sentando-se ao lado da mãe

– Também... - respondeu Marlene fazendo pouco caso.

Sarah a olhou indignada.

– Nossa! Obrigada, mãe! Sério mesmo - ironizou Sarah

– Molly está nos olhando estranho... - murmurou Marlene.

Amber olhou discretamente para o lado e viu Harry, Rony, Hermione, Fred, George, Ginny com dois ruivos. A mulher deveria ser a mãe e o garoto deveria ser um dos irmãos deles.

– Talvez porque você seja esquisita - disse Sarah - Ou talvez porque você deveria estar morta

– Sarah 1, sensibilidade 0 - disse Amber levantando antes que a amiga conjurasse uma almofada.

Elas passaram o resto da tarde andando pelo castelo, sem nada para fazer.

– Eu adoraria explodir alguma coisa - murmurou Sarah

– Muita cara de pau você dizer isso na minha frente - disse Marlene

– Qual o problema? - perguntou Sarah - Você poderia me ajudar!

Mas, na hora do jantar, Amber jantou junto com o grupo de sempre. Certamente a Srª Weasley lia o Daily Prophet, pois não perguntou o seu nome.

– Harry, você precisa se alimentar! - disse Amber preocupada

– Eu estou bem - mentiu Harry

– Mal posso esperar para que isso acabe - murmurou Amber

– Aí Harry vai se meter em mais encrencas ano que vem - brincou Rony, o que Harry fuzila-lo com o olhar

– Obrigada, Rony - ironizou Amber - Me deixou muito tranquila!

Rony deu de ombros.

Dumbledore se levantou pedindo aos campeões seguirem o Sr. Bagman até o estádio.

– Fique vivo! - brincou Rony, levando um tapa tanto de Amber quanto de Hermione

– Isso não é hora para brincadeiras! - disse a Srª Weasley com um tom repreensor.

Três minutos depois, o resto da escola foi liberada para ir até as arquibancadas assistir o encerramento do torneio.

– O que fizeram com o campo de quidditch? - perguntou Sarah ao lado da mãe, ambas olhando chocadas

– Espero que desfaçam isso depois - disse Marlene indignada

– Provavelmente irão - disse Hermione olhando estranho para elas

– Ah! Essa é minha mãe! - disse Sarah

– Pensei que só a família dos campeões podia... - disse Hermione

– Minha mãe nunca seguiu as regras mesmo - disse Sarah

– Olha a imagem que você me coloca! - reclamou Marlene olhando para o ex-campo de quidditch - Oi, Molly!

A Srª Weasley a olhou chocada, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, o Sr. Bagman falou com a voz ampliada:

– Senhoras e senhores, a terceira e ultima tarefa do Triwizard Tournament está prestes a começar!

– Graças a Merlin! - murmurou Amber.

Bagman falou o placar e a última tarefa começou. No momento em que Bagman apitou, Harry e Cedric correram para dentro do labirinto. Logo depois, ele deu o segundo apito e Krum entrou no labirinto.

Fleur acenou para Sarah e Amber que sorriram tensas. Então, Bagman apitou pela terceira vez e ela desapareceu labirinto adentro.

De algum jeito, toda a plateia conseguia ver tudo o que acontecia lá dentro. Casualmente, Sarah e Amber soltavam alguns comentários para tentarem se distrair.

– O patrono do seu irmão é um veado - caçoou Sarah

– Cervo - disse Amber entredentes.

A discussão demorou alguns minutos, até que Marlene pôs um ponto final.

– Ele deve estar sob a maldição imperius - disse Marlene, assim que Krum atacou Cedric

– Ou ele é um maluco que quer ganhar essa taça a qualquer custo - disse Sarah.

Mas Amber estava preocupada com outra coisa “quem atacou Fleur?”. A pessoa que a atacou deveria estar sob um feitiço de ilusão ou fora do labirinto, pois só conseguiram ver o feitiço a atingindo e não o agressor. Então, Harry chegou próximo a Esfinge.

– Harry é inteligente, apenas não usa essa inteligência na hora das aulas - disse Amber

– E tem boa memória também - disse Hermione

– Eu disse! - falou Amber, quando Harry passou pela Esfinge

– Ninguém lhe contrariou - disse Sarah revirando os olhos

– O feitiço dos quatro pontos está sendo realmente muito útil - disse Hermione aliviada

– O que seria do Harry sem a Hermione? - brincou Fred na fileira de trás

– O que seria do Harry e do Rony sem a Hermione - corrigiu George

– Agora tem a Amber também - lembrou Sarah

– Ah! Cala a boca! - reclamou Amber corada.

Rony e Amber gritaram no momento que apareceu uma acromântula no labirinto, fazendo as pessoas ao redor olharem estranho para eles.

– Por Merlin! Se controlem! - disse Sarah

– Ela vai matar o meu irmão - murmurou Amber com as mãos cobrindo os rosto

– Ah! Fala sério! - reclamou Sarah

– O que aconteceu? - perguntou Amber com medo

– Ele e Cedric estão dando uma de heróis! Peguem logo a taça! - disse Sarah

– Sarah, eles não podem te ouvir - disse Fred

– Não mexe no meu cabelo! - disse Sarah.

Amber tirou as mãos do rosto.

– Ele está sangrando um bocado! - disse Sarah

– Você quer ser auror. Vai ter de aguentar sangue durante as batalhas - murmurou Amber.

Depois de mais um tempo de discussão entre Cedric e Harry, eles pareceram chegar a um acordo.

– Eles vão pegar a taça juntos? - perguntou George chocado

– Isso nunca deve ter acontecido no torneio - disse Fred

– Nunca aconteceu de ter quatro campeões - disse Sarah - Continua sendo vitória de Hogwarts.

Quando os dois colocaram as mãos na taça, eles desapareceram. Um alvoroço se iniciou. Dumbledore se levantou e conversou preocupado com os professores.

– Era uma armadilha! - disse Amber - Uma chave de portal!

Pareceram se passar horas, até que Harry e Cedric reapareceram. Mas Cedric parecia... morto.

– Precisaria ser alguém daqui para fazer isso - disse Marlene se levantando - Alguém infiltrado

– O professor Snape, uma vez, ameaçou Harry - lembrou-se Amber - Dizendo que ele havia roubado ingredientes que são usados para preparar uma poção Polyjuice.

Marlene travou.

– Onde está Harry? - perguntou Marlene.

Amber olhou em volta e percebeu que o irmão havia sumido. Ela desceu correndo as arquibancadas.

– Amber! - ela ouviu Sarah gritar

– Professor! - gritou Amber se aproximando de Dumbledore, que conversava com os Diggory - Harry sumiu!

Dumbledore olhou em volta, chamou Snape e a professora McGonagall e, juntos, entraram no castelo.

– É, mãe - disse Sarah - Você estava certa

– Estou sempre certa, mas posso saber no que estou certa agora? - perguntou Marlene

– É muito estranho ver um cachorro andando por Hogwarts.

Um grande cachorro preto andava em direção a casa de Hagrid.

– Qual é o problema dele? - perguntou Marlene chocada

– Eu vou atrás do Harry - disse Amber decidida, mas Hermione a impediu

– Vamos esperar mais um pouco! - disse Hermione - Depois vamos todos a ala hospitalar

– Já faz muito tempo desde que Harry sumiu! - protestou Amber

– Vamos logo! - disse a Srª Weasley seguindo para dentro do castelo.

Assim que chegaram a enfermaria, perguntaram a Madame Pomfrey onde Harry estava, mas ela não soube responder. Não foi necessário esperarem por muito tempo, pois Harry logo chegou com um cachorro preto e Dumbledore.

– Diretor - disse Madame Pomfrey, encarando Sirius (em forma de cachorro) - posso perguntar o que...

– Este cachorro vai ficar com Harry por algum tempo - disse Dumbledore - Posso lhe assegurar que ele é muitíssimo bem treinado. Harry, vou esperar até você se deitar.

Padfoot olhou um pouco irritado para Dumbledore, mas ninguém pareceu notar. Amber tossiu disfarçando o riso.

Quando Harry conseguiu dormir, Amber olhou para trás e percebeu Moody deitado em uma cama no fundo da enfermaria.

– O que aconteceu? - sussurrou para Hermione

– Sei tanto quanto você - Hermione sussurrou de volta.

A Srª Weasley olhou repreensora para as duas, mandando-as se calarem.

Eles ficaram mais algumas horas zelando pelo sono de Harry, até que escutou-se duas vozes discutindo em voz alta, do lado de fora da ala hospitalar.

– Ninguém mais tem respeito! - resmungou Amber sonolenta

– Vão acorda-lo se não calarem a boca! - reclamou a Srª Weasley

– Por que é que estão gritando? Não pode ter acontecido mais nada ou pode? - perguntou Hermione preocupada.

Harry se mexeu na cama, mas estavam todos preocupados em escutar o que estava acontecendo.

Quando Amber olhou em volta, percebeu que havia dormido por um tempo, o céu lá fora estava bem mais escuro e a Srª Weasley estava em pé ao lado da cama.

– É a voz de Fudge - sussurrou a Srª Weasley - E a outra é da Minerva McGonagall, não é? Mas por que estão discutindo?

– Deve ser algo sério, a professora McGonagall não perde a paciência tão fácil assim - murmurou Amber para Hermione que concordou com a cabeça.

Agora, dava para entender melhor o que eles diziam, já que se aproximavam cada vez mais da enfermaria.

– Lamentável, mas mesmo assim, Minerva... - dizia o ministro em voz alta

– O senhor nunca deveria tê-lo trazido para o interior do castelo! - gritou a professora - Quando Dumbledore descobrir...

As portas se escancararam e Gui afastou os biombos da cama, para observar melhor o que estava acontecendo.

Fudge entrou apressado com a professora McGonagall e Snape em seus calcanhares.

– Onde está Dumbledore? - perguntou para a Srª Weasley

– Não está aqui - respondeu a senhora zangada - Isto é uma enfermaria, ministro, o senhor não acha que faria melhor...

Nesse momento, Dumbledore entrou na enfermaria com Marlene McKinnon.

– Que aconteceu? - perguntou Dumbledore, olhando de Fudge para McGonagall - Por que estão incomodando estas pessoas? Minerva, você me surpreende, eu lhe pedi para ficar vigiando Bartô Crouch...

– Não há necessidade de vigia-lo mais, Dumbledore! - gritou McGonagall - O ministro já providenciou isso!

– Se acalme, Minerva! - disse Marlene abraçando a sua antiga professora.

Fudge pareceu chocado e confuso ao ver Marlene.

– Quando informei ao Sr. Fudge que tínhamos apanhado o Death Eater responsável pelos acontecimentos desta noite - disse Snape, em voz baixa - parece que ele achou que sua segurança pessoal estava ameaçada. Insistiu em chamar um dementor para acompanha-lo até o castelo. Levou-o para a sala em que Bartô Crouch...

Marlene soltou um riso de escárnio.

– Avisei a ele que você não concordaria, Dumbledore! - vociferou a professora McGonagall - Avisei a ele que você não permitiria que dementors entrassem no castelo, mas...

– Minha cara senhora! - rugiu Fudge que parecia ter se recuperado do fato de Marlene estar viva - Como Ministro da Magia, sou eu quem decide se quero trazer uma proteção pessoal quando vou entrevistar alguém possivelmente perigoso...

– Mas Dumbledore é o diretor! - protestou Marlene - E se os dementors atacassem um dos alunos?

– Bobagem! - disse Fudge - Eles obedecem as minhas ordens

– Mas não obedeciam quando Voldemort estava no poder - disse Marlene

– No momento em que aquela... aquela coisa entrou na sala - berrou a professora McGonagall, abafando a discussão do ministro e da ex-auror - o dementor avançou para Crouch e... e...

Marlene deu um sorriso irônico ao ministro.

– Estou vendo o quanto aquilo obedece suas ordens - ironizou

– Não me diga como fazer o meu trabalho, McKinnon! - berrou Fudge - Até onde sei você deveria estar a sete palmos da terra!

– Talvez se o ministério fosse eficiente eu não teria que fingir minha morte para parar com a perseguição de Lestrange - gritou Marlene furiosamente

– E pelo que dizem, não se perdeu nada! - vociferou Fudge retrucando o que McGonagall disse - Ele parece ter sido responsável por várias mortes!

– Me diga um Death Eater que nunca tenha matado! - disse Marlene olhando para Snape que retribuiu o olhar raivoso

– Mas ele agora não pode prestar depoimento, Cornelius - disse Dumbledore calmamente - Ele não pode testemunhar por que matou essas pessoas

– Por que ele as matou? Ora, isso não é mistério, é? - esbravejou o ministro - Ele é doido de pedra! Pelo que Severus e Minerva me disseram, ele parecia pensar que tinha feito tudo isso seguindo instruções de Você - Sabe - Quem!

– É, ele estava seguindo instruções de Lord Voldemort, Cornelius - respondeu Dumbledore - A morte dessas pessoas foi apenas um produto secundário do plano para restaurar as forças de Voldemort. O plano foi bem - sucedido. Voldemort recuperou seu corpo.

Seguiu-se um silêncio. Fudge olhou para Dumbledore como se não acreditasse no que acabara de ouvir.

– Você - Sabe - Quem... retornou? - balbuciou atordoado - Absurdo. Ora, vamos, Dumbledore...

Amber percebeu uma movimentação do seu lado, quando se virou viu Sarah sentando-se.

– Quando você chegou? - sussurrou

– Vocês estavam tão concentrados na discussão que nem notaram - disse Sarah dando de ombros

– Conforme Severus e Minerva sem dúvida lhe contaram, ouvimos Bartô Crouch confessar. Sob a influência do Veritaserum, ele nos disse como foi contrabandeado para fora de Azkaban e como Voldemort, tendo sabido por Bertha Jorkins que ele continuava vivo, foi liberta-lo da guarda do pai, e usou-o para capturar Harry. O plano funcionou, posso lhe garantir. Crouch ajudou Voldemort a retornar

– Olhe aqui, Dumbledore - disse Fudge com um sorrisinho desacreditado - você... você não acredita seriamente nisso. Você - Sabe - Quem voltou? Ora, vamos, ora, vamos... com certeza Crouch deve ter acreditado que estava agindo sob as ordens de Você - Sabe - Quem, mas aceitar a palavra de um doido daqueles, Dumbledore...

– Então, onde imagina que Harry foi parar quando tocou na taça Triwizard? - perguntou Marlene com um leve tom irônico - Para uma praia no Caribe? Ora, vamos! Todos vimos como ele desapareceu. A taça era uma chave de portal! E, quando ele voltou, Cedric Diggory estava morto. Certamente não foi Bartô Crouch quem o matou, já que ele estava aqui o tempo todo.

Fudge iria falar alguma coisa, mas Dumbledore interrompeu-o continuando do ponto em que Marlene parou.

– Quando Harry tocou na taça Triwizard esta noite, ele foi transportado diretamente até Voldemort. Ele presenciou o renascimento de Lord Voldemort. Explicarei tudo a você se quiser vir ao meu escritório - ele deu uma pausa - Receio que não possa permitir que você interrogue Harry hoje

– Você está... hum... disposto a aceitar a palavra de Harry neste caso, Dumbledore? - perguntou Fudge com o sorriso ainda no rosto

Sirius rosnou para Fudge com os pêlos do pescoço em pé e Amber fechou as mãos em punhos.

– Certamente que acredito em Harry - disse Dumbledore - Ouvi a confissão de Crouch e ouvi o relato de Harry sobre o que aconteceu quando ele tocou a taça Triwizard; as duas histórias fazem sentido, explicam tudo o que tem acontecido desde que Bertha Jorkins desapareceu no Verão passado

– Você está disposto a acreditar que Lord Voldemort voltou, porque assim dizem um assassino louco e um garoto que... bem...

– O senhor tem andado lendo Rita Skeeter, Sr. Fudge - disse Harry calmamente, assustando a todos que não tinham percebido que Harry estava acordado

– E se tiver? - perguntou Fudge desafiante - E se descobri que você me tem ocultado certos fatos sobre o garoto? Parselmouth, é? E tem desmaios esquisitos a toda hora?...

– Presumo que você esteja se referindo às dores que Harry tem sentido na cicatriz? - perguntou Dumbledore friamente.

– Você admite que ele tem tido dores, então? - perguntou Fudge depressa. - Dores de cabeça? Pesadelos? Possivelmente... alucinações?

– Escute aqui, Cornelius - disse Dumbledore dando um passo para perto de Fudge - Harry é tão mentalmente são quanto eu ou voce. Aquela cicatriz na testa não afetou o cérebro dele. Acredito que doa quando Lord Voldemort está por perto ou experimente sentimentos assassinos.

Fudge se afastou meio passo de Dumbledore, mas continuava decidido.

– Você vai me perdoar, Dumbledore, mas ouvi falar em uma cicatriz deixada por um feitiço funcionar como uma campainha de alarme antes...

– Talvez porque nunca ninguém sobreviveu a uma maldição da morte - resmungou Marlene

– Olhe, eu vi Voldemort ressurgir! - gritou Harry. Ele tentou novamente se levantar da cama, mas a Sra. Weasley forçou-o a deitar. - Eu vi os Death Eaters! Posso dar os nomes! Lucius Malfoy...

– Malfoy foi inocentado! - disse Fudge visivelmente afrontado. - Uma família muito antiga, doações para causas excelentes...

Marlene bufou.

“Incrível como o dinheiro e a sangue-pureza são as coisas mais importantes para o ministério” pensou Amber.

– Mcnair! - continuou Harry.

– Também inocentado! Agora trabalha para o Ministério!

– O que não é grande coisa - zombou Marlene, Fudge iria retrucar, mas Harry continuou:

– Avery, Nott, Crabbe, Goyle.

– Você está apenas repetindo os nomes dos que foram absolvidos da acusação de serem Death Eaters há treze anos! - disse Fudge zangado. - Poderia ter achado esses nomes em relatórios antigos sobre os julgamentos! Pelo amor de Deus, Dumbledore, o garoto esteve com a cabeça cheia de histórias malucas no fim do ano passado, também, as invencionices dele estão cada vez mais mirabolantes, e você continua a engoli-las, o garoto é capaz de falar com cobras, Dumbledore, e você ainda acha que ele merece confiança?

– Só por que o garoto é parselmouth ele não é uma pessoa boa? - disse Marlene - Ele sequer é da Slytherin!

Snape olhou mal humorado para Marlene e Dumbledore olhou-a repreensor.

– Seu tolo! - exclamou a professora McGonagall. - Cedric Diggory! O Sr. Crouch! Estas mortes não foram o trabalho aleatório de um doido!

– Não vejo nenhuma evidência do contrário! - gritou Fudge - Parece-me que vocês estão decididos a começar uma onda de pânico que irá desestabilizar tudo pelo que trabalhamos nesses últimos treze anos!

Marlene o olhou desacreditada.

– Voldemort retornou - repetiu Dumbledore. - Se você aceitar imediatamente este fato, Fudge, e tomar as medidas necessárias, talvez ainda possamos salvar a situação. O primeiro passo, e o mais essencial, é retirar Azkaban do controle dos dementors...

Dumbledore continuou discutindo com Fudge medidas para se tomar, mas Fudge discordava de todas, decidido de que Voldemort não retornara, que Dumbledore havia ficado maluca e que Harry estava mentindo.

– Agora, escute aqui, Dumbledore - disse sacudindo o dedo na cara do diretor. - Eu sempre o deixei agir livremente. Tenho muito respeito por você. Posso não ter concordado com algumas de suas decisões, mas fiquei calado. Não existe muita gente que deixaria você contratar lobisomens ou manter Hagrid ou decidir o que ensinar aos seus alunos, sem consultar o Ministério. Mas se você vai trabalhar contra mim...

Marlene iria se manifestar, mas Dumbledore a lançou um olhar pedindo para que se calasse.

Fudge teimou por mais um tempo, Snape entrou na discussão mostrando a marca negra. Por fim, Fudge deu um basta:

– Não sei do que você e seus professores estão brincando, Dumbledore, mas já ouvi o bastante. Não tenho nada a acrescentar. Entro em contato com você amanhã para discutirmos a administração da escola. Preciso voltar ao Ministério.

Já chegara quase à porta quando parou. Virou-se, voltou para a enfermaria e se deteve junto à cama de Harry.

– Seu prêmio - disse brevemente, tirando uma grande bolsa de ouro do bolso e largando-a na mesa-de-cabeceira do garoto. - Mil galeões. Deveria ter havido uma cerimônia de premiação, mas nas circunstâncias...

E colocando seu chapéu na cabeça, ele saiu da enfermaria, batendo a porta ao passar. No instante em que desapareceu, Dumbledore se voltou para o grupo ao redor da cama de Harry.

– Como assim administração da escola? - perguntou Marlene olhando para a porta

– Em um momento desses e ele pensa em dinheiro - resmungou Sarah - Eu sabia que ele era imbecil, mas nem tanto

– Temos trabalho a fazer - disse Dumbledore - Molly... estou certo em pensar que posso contar com você e Arthur?

– Claro que pode - disse a Srª Weasley, que estava pálida, olhando de soslaio para Marlene - Ele sabe quem Fudge é. É a afeição de Arthur por trouxas que o tem mantido no Ministério todos esses anos. O ministro acha que falta a ele o orgulho que espera de um bruxo

– Esses idiotas com mania de sangue - pureza - resmungou Marlene de braços cruzados

– Então preciso mandar uma mensagem a ele - disse Dumbledore - Todos os que pudermos persuadir da verdade devem ser avisados imediatamente e Arthur será bem colocado para entrar em contato com as pessoas no Ministério que não sejam tão míopes quanto o Cornelius

– Ninguém é tão míope quanto Fudge - disse Marlene.

Dumbledore deu a Gui a tarefa de contactar Arthur; a McGonagall de levar Hagrid e Madame Maxime até o seu escritório e a Madame Pomfrey de levar um elfo doméstico (Winky) para a cozinha.

– Por que tenho a mínima sensação de que essa tarefa que deu a Madame Pomfrey era para fazê-la sair? - perguntou Marlene quando Dumbledore trancou a porta, após a saída da enfermeira

– Está na hora de duas pessoas deste grupo se reconhecerem pelo que são - disse Dumbledore

– Isso. Ignorem a Marlene - resmungou

– Sirius... Se puder retomar sua forma habitual - continuou Dumbledore.

Quando Sirius se transformou, a Srª Weasley gritou, Rony tentou acalma-la e Snape olhou furioso para Sirius.

– Vai dar treta! - murmurou Sarah.

Dumbledore pediu que os dois suspendessem as ofensas, já que estavam do mesmo lado agora e para que apertassem as mãos. Marlene mordeu o lábio para não falar nada.

“Ah tá que eles farão isso” pensou.

Os dois apertaram as mãos rapidamente.

– Você também, Marlene - disse Dumbledore, fazendo-a arregalar os olhos

– Eu também o que? - perguntou

– Aperte a mão de Severus - insistiu

Por que?

– Estão do mesmo lado agora

– E por isso eu tenho que apertar a mão dele? Só pode estar de brincadeira!

– Se eu fosse você, trataria o professor Dumbledore de melhor maneira - disse Snape sorrindo debochadamente

– E se eu fosse você, lavaria os cabelos - retrucou Marlene.

Dumbledore a olhou repreensor e ela bufou, mas apertou a mão de Snape.

– Me lembre de lavar as mãos depois - murmurou baixinho, sentindo necessidade de deixar claro o quanto aquilo a irritava.

Um tempo depois, Sirius e Snape saíram para cumprir as tarefas que Dumbledore lhes concedeu, Dumbledore e Marlene foram logo depois. Marlene sobre o pretexto de “falar com Andrômeda”.

– Vamos, Harry - disse Amber finalmente - Você teve um dia cansativo hoje.

A ficha de Harry pareceu finalmente cair, pois parecia prestes a chorar. Sarah se levantou distraída.

– Vou atrás de Fred e George - murmurou antes de sair da enfermaria.

Hermione foi direto para a janela da enfermaria e apertou uma coisa com a mão, fazendo um barulho.

– Desculpem - sussurrou Hermione.

A Srª Weasley deu o resto da poção para Harry.

***

– Mamãe até tentou fazer com que Harry fosse diretamente lá para casa - dizia Ginny enquanto assistia Amber e Sarah arrumarem seus malões - Mas Dumbledore disse que ele teria que ficar pelo menos metade das férias na casa dos tios dele

– Isso não é justo! - protestou Amber - Eu dou minha palavra que ainda farei uma “visitinha” aos Dursley.

As três ouviram passos na escadaria e, logo depois, a porta se abriu revelando Hermione.

– Vão demorar muito? - perguntou - A Festa de Despedida já vai começar!

– Era isso que eu temia! - reclamou Sarah pulando em cima do malão para tentar fazê-lo fechar

– O que você colocou nesse seu malão para ele não querer fechar? - perguntou Amber desconfiada, fechando o seu

– Acha mesmo que eu teria a cara de pau de traficar produtos da Zonko’s para casa? - perguntou Sarah com uma cara indignada

– Acho que é a sua cara! - riu Ginny

– Vamos, deixe-me ver isso! - disse Amber empurrando-a de cima do malão, fazendo-a cair na cama - Não me surpreende que não está querendo fechar! Você nem dobrou suas roupas direito!

Sarah bateu o pé impacientemente.

– Vamos logo! Estou morrendo de fome! - reclamou.

Hermione revirou os olhos e entrou completamente no quarto, fechando a porta por trás de si. Puxou a varinha do interior das vestes e apontou para o malão fazendo o feitiço indetectável de expansão.

– Depois nós arrumamos isso! - disse Amber fechando o malão - Agora vamos porque estamos atrasadas!

As quatro foram correndo para o Salão Principal.

Ginny e Sarah foram se sentar com os gêmeos. Amber hesitou olhando para a mesa.

– Vai se despedir dele - sussurrou Hermione indo sentar-se com Harry e Rony

– Nunca o Salão Principal ficou tão silencioso durante a Festa de Despedida - murmurou Oliver, quando Amber sentou-se ao seu lado

– Mas é claro! - murmurou Amber - Um aluno morreu!

Depois de um tempo, Dumbledore se levantou e fez seu usual discurso. Fez um brinde a Cedric Diggory, disse da volta de Voldemort e fez um brinde a Harry.

“Definitivamente, as coisas não serão mais como antes” pensou Amber preocupada.

***

– Durante as férias, quem sabe, vocês poderiam ir lá para casa - sugeriu Ginny enquanto elas saiam do trem

– Seria legal! - sorriu Amber puxando o malão

– Mas a senhorita também vai na nossa casa! - disse Sarah abraçando as duas de lado

– Amber! - gritou Hermione se aproximando - Eu esqueci de te falar uma coisa!

– O que? - perguntou Amber

– Eu peguei ela! - disse levantando um frasco de vidro

– Bom trabalho - Amber sorriu, sem se dar ao trabalho de explicar a Ginny e Sarah que as olhavam confusas.

Sarah soltou o malão no meio do caminho e saiu correndo para abraçar a mãe que as esperava próxima a barreira. Halo piou protestando.

– Nos vimos faz poucos dias! - riu Marlene

– Você saiu sem se despedir! - reclamou Sarah

– Me desculpe, querida.

Elas se afastaram e Sarah voltou para pegar o malão.

Os gêmeos se aproximaram e os três cochicharam sobre alguma coisa.

– Se não me mandarem notícias... - ameaçou Sarah

– Não se preocupe - responderam juntos

– Acho bom! - sorriu.

Os gêmeos correram e atravessaram a barreira, depois foram Marlene e Sarah.

– Espere! - disse Oliver

– Vai lá! - Amber disse para Ginny, que atravessou a barreira logo depois - Boa sorte com o quidditch - disse para Oliver

– Boa sorte com mais 3 anos na escola - brincou Oliver - Eu vou querer notícias

– Eu também.

Oliver posicionou o carrinho em direção a barreira, deu um beijo na bochecha de Amber e atravessou-a.

Levou alguns minutos para Amber perceber que estava paralisada. Balançando a cabeça para organizar os pensamentos, segurou o carrinho e atravessou a barreira apressadamente.

– Que demora! - disse Sarah.

Mas Amber se apressou em abraçar Harry, pois os seus tios já reclamavam da demora do garoto.

– Boa sorte, Harry! - sussurrou, antes de lançar um olhar ameaçador aos tios - Se eles lhe maltratarem, trate de me contar!

– Tenho esperanças de não passar as férias inteiras com eles - disse Harry.

“Tomara” pensou Amber.

Vernon Dursley resmungou audivelmente e os quatro saíram andando.

– Nos vemos, companheiros - Sarah disse para os gêmeos

– Até breve, senhorita - disse George fazendo uma reverência

– Ainda está de pé o que conversamos mais cedo! - disse Ginny abraçando Amber

– Você também me escreva! - cobrou Amber

– Pode deixar!

– Você também! - disse para Hermione

– Tudo bem! Nos falamos por carta. Até mais! - disse Hermione saindo apressada com os pais

– Tchau!

Marlene, o Sr e a Srª Weasley cochichavam em um canto, provavelmente sobre as ordens de Dumbledore.

– Parece que a Order voltou - murmurou Sarah, apoiando a mão do lado da gaiola de Halo - Ai! - gritou logo em seguida

– O que foi? - perguntou Ginny

– Ela me bicou! - disse Sarah indignada, segurando o dedo ensanguentado

– Claro! Você a largou daquele jeito no meio da estação! - disse Amber

– Coruja temperamental - Sarah bufou, cruzando os braços.

As três se despediram dos Weasley e saíram andando pela estação.

Amber suspirou, pensando que, dali para a frente, as coisas iriam mudar. Mas ela sabia disso quando veio para a Inglaterra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Link da 2ªtemporada: http://fanfiction.com.br/historia/435738/Lacos_de_Guerra_-_2_Temporada/