Positivo escrita por Black Butterfly


Capítulo 32
Capítulo 32 - Trabalho de parto


Notas iniciais do capítulo

Finalmente consegui postar. Já estava quase arrancarndo meus cabelos aqui. = (



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Capítulo 32 – Trabalho de parto

 

 

Já fazia uns bons 20 minutos que eu estava gritando como uma condenada. A senhora Margaret tentava ligar para Edward ou alguém da família, mas só dava fora de área. Agora eu me pergunto. ISSO LÁ É HORA DOS TELEFONES FICAREM FORA DE ÁREA?! Assim que terminei esse pensamento mais um relâmpago estalou no céu.

 

-Por favor, Maggie, você tem que conseguir falar com... Ah, sei lá! Meus pais, uma ambulância, o Papa, o presidente se for preciso, mas arranje um jeito de me tirar daqui!

 

-Está doendo muito, querida? - Ah não, imagina! Só estou gritando que nem uma bezerra, pois acho a melhor maneira de passar um dia de tempestade – Por que não tenta fazer respiração cachorrinho? - Comecei a respirar de modo histérico – Ok, acho que não vai dar certo. Já sei! Ganso, querido, que tal cantar uma música para Bella e os bebês se acalmarem?!

 

Assim que ela falou, fiquei com os olhos mega esbugalhados. O pato começou a cantar! Bom, na verdade era um monte de “qua-qua-qua”, mas era até bem ritmado. Para finalizar a situação Margaret começou a mexer e “cantarolar” com o pato. E sinceramente não sei o que era pior. Estar sozinha com Maggie e Ganso, o pato; isso tudo quando eu estava em trabalho de parto ou ouvir aquilo...enquanto estava em trabalho de parto. Acho que a parte mas difícil era o trabalho de parto. Pelo menos eles não estavam desafinados.

 

-Ihhhh! Eu quero a minha mãe! - Comecei a chorar desesperada.

 

-A chuva deve ter afetado a linha telefone. Às vezes acontece. O único jeito é eu mesma leva-la a maternidade – É meus filhos, as opções que deram a mamãe são ótimas. Ou vocês nascem aqui sem segurança nenhuma com auxilio de um pato. Ooouuu lá fora dentro da minha Chevy enferrujada. Opss. Depois me desculpo com Belatriz. O melhor de tudo é que também vamos ter o auxilio do pato lá fora! Aeeee. Ganhei na Mega Sena. Hunf! Ainda se fosse o pato Donald.

 

-Aiiii! Ok, ok, ok! É melhor irmos logo para o hospital. Talvez tenhamos alguma chance. Uma pequenina chance, mas temos. Pelo menos nã vão dizer que não tentamos, né!

 

-Ah, vou pegar as coisas e já volto. Vigie ela Ganso.

 

Margaret subiu as escadas rapidamente, enquanto o pato não tirava os olhos de mim. Como se eu fosse fugir, né?! Alguns minuto depois Maggie apareceu com minha mala, as coisas do bebê e as chaves do carro na mão. Seu rosto estava muito pálido. Acho que agora ela tinha realmente percebido a situação em que nos encontravámos.

 

Peguei meu celular e tentei me levantar. Que droga! Por que quando comecei a sentir um pouco de dor pela manhã não falei com Edward? Ah, sim! Com a barriga desse tamanho levantar já era doloroso. Com muito esforço e com ajuda de Maggie e do Ganso – não me perguntem como – me levantei. Fui praticamente me arrastando até a porta, que assim que foi aberta deu vontade de desistir do plano.

 

A tempestade estava pior do que imagina. Ventava muito lá fora, e em vez da chuva cortar a chuva, grassas gotas de água caia do céu de Forks. Hoje definitivamente era um daqueles dias para se ficar em casa. Como é que os meteorologistas não previram isso? Edward e os outros deviam estar presos nas salas impossibilitados de saírem.

 

-Vamos ter que andar rápido. Não há risco de do pato fugir com medo da chuva? - Perguntei olhando para Ganso. Apesar de tudo eu gostava dele.

 

-Não se preocupe com ele agora. Ganso é o pato mais fiel do mundo. Alias, acho ele é bem mais amigo que os cachorros – Margaret disse demostrando grande orgulho pelo amigo animal.

 

-Tudo bem! Então vamos.

 

Tentamos correr até o carro, mas no meu estado não estava dando certo. Já estava tudo tão molhado que eu também tinha medo de escorregar. Se bem que devia ser impossível a situação ficar pior. Nós três adentramos meu carro e jogamos as coisas no chão do carro. Assim que Margaret colocou a chave na ignição percebi que podia ficar pior sim.

 

-Ah, não! Belatriz vamos lá. Me ajude pelo menos hoje que eu nunca mais vou reclamar quando você der esses seus pitis – Ralhei com minha caminhonete que não estava querendo pegar.

 

-Calma, Isabella. Ela vai pegar daqui a pouquinho – Maggie disse dando um sorrisinho amarelo. Daqui a pouquinho eu já vou estar tendo os bebês, isso sim! Maggie tentou de novo e o carro fez um barulho estranho, mas pegou – Viu só?! Eu falei que ele iria pegar.

 

Estava me controlando para não gritar: “Então, me tira daqui!”, Maggie apesar de um pouco lerdinha, era uma ótima pessoa e estava me ajudando muito nesses últimos dias. PENA QUE NÃO MUITO NOS ÚLTIMOS MINUTOS! Pelo jeito que Margaret dirigia, já estava quase pedindo ao pato para pegar o volante. Ela dirigia um pedaço e freava, dirigi mais um pouco e freava. Acho que estamos mais para trás do caminho do que para frente.

 

-Maggie, querida, quando foi a ultima vez que dirigiu? - perguntou amavelmente.

 

-Sabe, que eu não lembro. Acho que foi a uns três meses...

 

-Ah, só isso?!

 

-Três meses depois que conheci Frank.

 

-Ah, a uns 40 anos?! - Estamos ferrados!

 

-Aiai! Saudade do Frank – Maggie suspirou – Ele que dirigia para mim. Vivia dizendo que “mulher no volante, perigo constante”. Ele não queria que nenhum mal acontecesse a mim. Estranho é que ele não se importava nem um pouco quando era a mãe ou as irmã dele.

 

-...-Ahh, que lindo! Em vez dele dizer “Maggie no volante, perigo constante” ele preferiu dizer que não gostava do perigo de todas as mulheres. Isso que é amor – A senhora deve sentir muita falta dele, não! - Falei segurando a dor.

 

-Ah, sim muitíssimo. Você adoraria conhece-lo. Era o meu homem dos sonhos – Ok, péssima ideia ter perguntado isso para ela. Por que? Só por que ela parou o carro de vez.

 

-Maggie, é melhor trocarmos de lugar. Acho que consigo dirigir. Afinal, estamos no meio de um tempestade e não é muito bom ficarmos dentro do carro em uma hora dessas.

 

-Ahn, tudo bem então. Se você acha – Não acho. Tenho certeza!

 

Trocamos de lugar sem sair do carro. O que foi meio difícil graças ao tamanho da minha barriga e o fato de termos um pato no carro. Mas como Maggie era daquelas senhoras mega magras e esqueléticas, conseguimos trocar. Assim que coloquei o cinto, pisei forte no acelerador.

 

A chuva dificultava dirigir pelas estradas de Forks. Tentei esquecer a dor e focar minha atenção no caminho. Até o hospital de era mais ou menos meia hora. Isso se não tivesse essa chuva absurda. Peguei o celular, coisa que eu nunca faria no meio de uma tempestade, e disquei o número de Jake.

 

Carlisle havia conseguido permissão para Jake fazer meu parto aqui. Mas como meu parto estava previsto só para daqui a um mês, ele só viria em duas semanas. Mas eu precisava de Jake aqui. Não confiava em ninguém mais para fazer meu parto. O telefone começou a tocar. Graças a Deus. Pelo menos deu linha.

 

-Jacob Black falando.

 

-Ah, Jake, sou eu, Bella! Preciso de você aqui agora!

 

-Bella, o que houve?

 

-A bolsa estourou. Estou em trabalho de parto, dentro do carro com uma tempestade horrível na cidade, não consigo falar com Edward nem ninguém da família e meus únicos acompanhantes são a senhora Margaret e Ganso.

 

-Ganso? Quem é Ganso?

 

-O pato dela!

 

-Pato Ganso?! Ahn..

 

-Jacob por favor, me ajude!

 

-Eu vou sair daqui agora. Talvez de tempo de chegar ai para fazer o parto. Mas tome cuidado. Nascer prematuro de 8 meses, pode ser mais perigoso do que de 7 meses. Respire fundo e força garota!

 

-Aham! Jake, por favor, tente ligar para Edward para mim por favor!

 

-Ok, vou tentar!

 

Desliguei o telefone e respirei fundo, assim como Jacob falou. Eu teria força. Meus filhos nasceriam fortes e saudáveis em um hospital. Tudo ocorreria bem. Eu já conseguia até imaginar o choro dos meus bebês.

 

-Se segurem ai, queridos, que logo nós estaremos nos vendo.

 

Gostaria de dizer que a viagem seguiu calmamente, mas não. Era difícil dirigir com aquela barriga. Ainda mais sentido aquela dor. Maggie estava do meu lado com Ganso no seu colo. Agora que estávamos chegando mais perto do hospital seu nervosismo havia aumentado. Ou ela estava tremendo de medo ou minha cabeça já não estava muito boa. Há, e isso era só o que faltava. Antes dos meus filhos nasceram já estou doida?

 

-Maggie, está tudo bem?

 

-Ah, claro! É que... - ela respirou e fundo e disse – Foi nesse mesmo hospital que Frank morreu a alguns meses. Eu-eu...

 

-Ah, Maggie, Maggie – Era só o que faltava a mulher tinha que começar uma crise de choro agora?! - Ok, Margaret! Eu sei o quanto Frank lhe faz falta. Eu sentiria a mesma coisa se Edward sairia a minha vida assim. Mas precisamos continuar a viver. E eu preciso que você me ajude a por duas vidas nesse mundo, então por favor... Você vai me ajudar ou vai ficar chorando com Ganso como consolo?

 

-Snif... - Ela enjugou as lágrimas e me abriu um discreto sorriso – Vamos logo colocar essas lindas crianças para o mundo ver.

 

-Obrigado.

 

Assim que terminamos nossa pequena “conversa”, chegamos no hospital. Maggie saiu correndo para dentro para pedir ajuda. De repente minhas forças estavam indo embora e eu não conseguia mais segurar a dor. Sentia as pálpebras dos meus olhos pesadas, mas a dor que sentia agora era tão intensa que não conseguia fechar meus olhos e simplesmente dormir.

 

Enfermeiros me tiraram do carro e me colocaram em uma maca. Só conseguia ver a cabeça das pessoas e as luzes que ficavam no teto. Isso parecia estranhamente com aquelas cenas de filmes que eu assistia quando era pequena, em que as pessoas que estavam em estado terminal passavam vendo sua ultima luz. Lembrança estranha para se ter em um momento como esse? Sim. Mas eu nem ligava mais.

 

Ouvi alguns murmúrios atrás e alguém falando de Ganso não poder entrar. Levantei minha mãe para poder chamar a atenção deles e pedir para ele me acompanhar. Depois de tanta confusão para vir até aqui, pato Ganso tinha que entrar.

 

-Por favor, deixem ele entrar. Sabe, ele faz parte da família – Uma voz familiar disse isso fazendo os outros permitirem a entrada de Ganso – Bella, querida, como está?

 

-Bem, na medida do possível. Carlisle, pedi para Jacob tentar entrar em contato com Edward, será que ele...

 

-Shiii. Pode deixar que ele já sabe. Todos estão vindo para cá. Pode deixar. Jacob me ligou agora a pouco e disse que já está a caminho. Liguei para Esme e seus pais e também já vindo. Bem, aflitos por sinal.

 

-Você vai ficar comigo até eles chegarem?

 

-Claro, querida. Maggie e Ganso também – Se não estivesse sentindo tanta dor teria rido por lembrar quando os Cullen conheceram Ganso.

 

-Obrigado. Fico mais aliviada em saber.

 

Os enfermeiros me levaram até um quarto e me colocaram na cama. Assim que senti o colchão rolei para o lado. Era mesmo necessário toda essa dor? Cólica comparado a isso é maria mole¹! A única coisa que vinha na minha mente agora era dor. Dor, dor dor! E mais um pouquinho de dor! Isso era injusto. Por que tudo tinha que ser as mulheres?! TPM, menstruação, cólica quase todos os meses, filhos, e por ai vai. O homem não podia levar um pouco de dor consigo?!

 

Um médico começou a docar minha barriga. Ele verificava como estavam as contrações e as dilatações. Ouvi ele dizendo algo sobre onde estavam meus bebês. Depois de alguns minutos ele saiu, dizendo que ainda não estava na hora.

 

Para mim já haviam se passado horas e horas, mas na verdade só haviam se passado 30 minutos. Comecei a ouvir um barulho vindo do corredor. Carlisle, Maggie e Ganso foram para a porta ver o que aconteceram, mas a mesma foi aberta com força, entrando por ela minha grande e imensa família. Sendo que Edward estava na frente com cara de desesperado.

 

-Bella, meu amor, você está bem? - Ele perguntou vindo para o meu lado.

 

-Edward, daqui a pouco ela vai expelir dois seres para fora dela. Você acha mesmo que ela está bem? - Emmett disse se sentando no sofá.

 

-Oh, minha filha, não se preocupe que vai dar tudo bem – Minha mãe disse me dando um beijo na testa.

 

-Ai, meu Deus! Eu nem acredito que dentre poucas horas Bella e Edward vão finalmente ver seus filhotes.

 

-Filhotes, Alice?! Eu não sei se percebe a situação, mas estamos falando de duas crianças. Dois bebezinhos – Rose disse com um olhar sonhador.

 

-Espera! Espera! Meu raciocínio está meio lento agora. Como assim dentre poucas horas? Eu não aguento isso nem mais um minuto – Exclamei cheia de dor.

 

-Calma, Bella. Estamos aqui. Vai dar tudo certo. Jake ligou e falou que está correndo para chegar logo.

 

-Olha, gente! É melhor não ficarmos todos aqui. Vamos lá pra fora esperar. Vai ser melhor – Esme disse – Podemos fazer um rodizio.

 

-Esme tem razão – Meu pai se pronunciou – É melhor ficar apenas mais dois aqui de cada vez. Além do Edward é claro.

 

-Renée, Charlie, fiquem vocês agora, depois trocamos. Afinal, é a sua filha.

 

-Muito obrigado, Carlisle – Charlie falou.

 

Escutei a porta sendo aberta e meus amigos saindo e dizendo: “Boa sorte, Bella!”, “Força, garota!” e mais algumas coisas. Edward se sentou do meu lado na cama e começou a alisar meu cabelo. Aquilo era reconfortador. Não fazia a dor sumir, mas acalmava meu coração. Pois agora eu saiba que ele estava do meu lado.

 

-Vai dar tudo certo, meu amor. Tudo vai acabar bem – Edward dizia aquelas palavras em meu ouvido. Ele parecia querer convenser a si mesmo por isso sussurrei.

 

-Vai dar tudo certo, pois agora você está aqui. Comigo e com os bebês.

 

 

 

EMMETT POV

 

 

Já estávamos sentados aqui já fazia uma hora. Estava muito entediado de ficar sentado esperando. Por que Bella tinha que demorar tanto para ter dois filhos. Dois filhos. Ahh! Fala sério! Se bem que...

 

-OMG! Bella não vai ter que por duas cabeças pela.... OMG! - Falei indignado.

 

-O que tem, Emmett?! Tem muitas mulheres que tem gêmeos que nascem de parto normal – Rosalie me disse.

 

-Não acho que vai ser esse o caso – Jasper falou – Muitas adolescentes não conseguem ter os filhos por parto normal. Sendo gêmeos então. Bella não conseguiria.

 

-Jasper está certo – Meu pai disse – O médico que a examinou disse que vão esperar para ver a posição dos bebês. Logo, logo o doutor Black vai estar ai. Mas ele acha que vai demorar para os bebês nascerem. E que o mais provável seja cesariana.

 

-Espero que de tudo certo – Alice disse cabisbaixa.

 

-Pode ter certeza que vai dar, querida – Carlisle lhe sorriu – Agora podem me fazer um favor? Podem sair dessas cadeiras de rodas?! Alguns pacientes devem estar precisando.

 

Rose, Jazz, Lice e eu olhamos para onde estávamos sentados. Também era o único jeito de ficamos na porta do quarto de Bella. Era isso ou sentarmos no chão. Coisa que Alice se negou a fazer. Bom, nem deveríamos já que aqui é um hospital e não um jardim de infância. Hihi. Bons tempos. Mas lá não tinha cadeiras de roda mega legais.

 

-Ah, pai! Não vimos ninguém reclamar até agora e isso aqui é mô legal! - Falei empurrando a cadeira de rodas para frente e para trás – Pai, me da um de presente?!

 

-Emmett, vão acabar expulsando você daqui – Minha mãe disse me repreendendo com os olhos. E quando dona Esma manda, eu somente obedeço de cabeça baixa.

 

-Sim, senhora minha mãe.

 

-Sério, me diz que ele é adotado! - Alice disse se levantando.

 

-Ah, olha ela mãe! - Falei levando minha cadeira até ela. Nessa hora a porta se abriu e a senhora Renée saiu de lá seguida do chefe Swan.

 

-Esme, se você já quiser entrar. Vou lá fora respirar um pouco de ar não hospitalar.

 

-Ué, mas está chovendo! - Falei coçando a cabeça. Será que agora que ela vai ser finalmente vovó ficou doida?!

 

-Fiquem aqui e se comportem, ouviram bem – Nossa mãe disse se virando para Alice e eu – Ah, pensando bem. Por que você não ficam na sala de espera com os outros? Vai ser mais seguro.

 

Ela disse isso e entrou acompanhada do papai. Hunf. Como se fossemos ir para sala. E se acontecesse alguma coisa? Tudo bem que esse lugar era mega calme e que se alguem gritasse daria para ouvir de longe, mas a preguiça de correr isso tudo de vota seria grande. Muuuuito grande.

 

 

 

 

RENÉE POV (Um pouco antes de sair da sala)

 

 

Eu nem acredito que minha filha finalmente entrou em trabalho de parto. Não posso dizer que é um sonho se realizando, mas... É um momento único. Apesar de só ter tido a Bella, sinto que é diferente o nascimento de cada filho em sua vida. Os filhos nos mudam. Assim como Bella mudou a mim e a Charlie, e como esses bebês vão mudar ela e Edward.

Apesar de tudo o que está acontecendo. Sinto orgulho deles. Orgulho por terem enfrentado a todos. Sinto orgulho até por terem mentido e depois de terem conseguido dizer a verdade. Sei o quanto é difícil enfrentar sua família por causa de algo tão intenso. Quando me apaixonei por Charlie minha família colocou todo o empecilho para ficarmos juntos. Naquela época ele não era tão responsável quanto agora. Na verdade, o que o fez mudar foi Isabella. O nosso pequeno bebê.

-Não vai chorar agora, vai Renée? – Charlie sussurrou em meu ouvido.

-Ora, Charlie, nossa menininha finalmente vai ser mãe. Esperava que eu não fosse chorar?!

-Podia pelo menos esperar as crianças nascerem, né! Rsrsrs. Isso me lembra quando ela nasceu. Você não parava de chorar. Mesmo depois dela nascer. Acho que você ficou uma semana chorando.

-Não exagere!

-Mãe?!

-Sim, querida?

-Está chorando?

-Parece que sim, filha.

-Hihihi. Os bebês nem nasceram ainda.

-Vem cá! Você e seu pai tiraram o dia para tirarem um sarro da minha cara.

-Haha. Sabe que te amamos mãe.

-Eu sei querida! Ahn, já passou uma hora. Acho que Esme quer vim aqui. Charlie?

-Claro, querida – Charlie se levantou e vou até Bella – Boa sorte, Bells. Eu sei que você tem muita força. Então a use, ouviu bem – Charlie beijou a testa de nossa filha e foi ai que não agüentei. Sai correndo do quarto, puxando Charlie comigo.

-Esme, se você já quiser entrar. Vou lá fora respirar um pouco de ar não hospitalar – Disse assim que sai da porta.

-Ué, mas está chovendo – Escutei Emmett dizendo, mas sai dali mesmo assim. Na verdade fui ao banheiro me trancar lá. Será que uma mãe não tinha mas o direito de chorar por sua filha?!

 

 

 

CARLISLE POV

 

 

 

Entramos no quarto e encontramos Edward deitado ao de Bella. Daqui a pouco o doutor Canon estaria aqui novamente para ver como Bella estava. Edward sussurrava algo em seu ouvido e fazendo ela sorrir levemente. Ver os dois juntos me lembrava muito Esme e eu. Ainda mais no início do nosso namoro. Não que tenhamos perdido o romantismo. Mas era diferente. Antes não sabíamos o que seria do nosso futuro. Tínhamos que aproveitar cada um como se fosse o ultimo. Mas agora... Agora sabemos realmente que fomos feitos um para o outro e nada ai nos separar.

 

Nos sentamos no sofá e ficamos abraçados observando os dois. Agora Edward acariciava a barriga de Bella calmamente.

 

-Sabe, senti muito medo. Desde o início. Senti medo! - Edward falou para Bella, mas mesmo assim deu para ouvir – quando disse para sua família que eu era o pai senti que estava fazendo a coisa certa. Senti que assim poderíamos ficar juntos, mas ainda assim senti medo. As vezes eu durmo e penso que não conseguir ser um om pai para eles, mas quero me esforçar. Quero fazer o melhor para cria-los. As pessoas podem dizer o que quiserem, mas são meus filhos. Sinto isso bem aqui – Edward colocou sua mãe e a de Bella do lado esquerdo de seu peito. Olhei para Esme e percebi que seus olhos estavam embargados de lágrimas. E eu não estava diferente.

 

-Edward, eu tenho certeza que vai ser o melhor pai do mundo. Quer dizer não melhor que o meu. E o seu pai é claro! - Bella murmurou.

 

-Rsrsrs. Nossa, fico tocado com isso – Edward disse com falsa indignação.

 

-Também fico tocado – Falei rindo – Só não vou perguntar para ver quem é melhor; seu pai ou eu, pois já sei que vou perder feio.

 

-Tudo bem, então, os três são ótimos pais! Está bom assim.

 

-Maravilhoso – Edward e eu exclamamos juntos.

 

Dez minutos depois o doutro Canon chegou para examinar Bella. Mas não veio sozinho. Black estava com ele. Verificarão novamente suas contrações e dilatação. Eles olharam um para o outro e depois para mim. Alguma coisa havia acontecido.

 

-Então, Bella, como está se sentindo? - Jacob perguntou.

 

-Péssima. Quando eles fão me dar aquela droga de anestesia?

 

-Rsrsrs. Você está até calma para essa situação.

 

-Não tenho mais força para gritar. Jake por favor, faça logo esse parto. Eu não aguento mais – Jake olhou para Bella. Algo devia estar errado. Ele tocou sua testa. Depois sua barriga.

 

-Ahn, droga! - Ele pegou sua maleta e a abriu – Você está um pouco quente. Acho que está com febre.

 

-Isso podia prejudicar em algo? - Edward perguntou desesperado.

 

-Não! Não se preocupe – Jake falou colocando o termômetro na Bella – Mas... Teremos que fazer uma cesariana. Você tem algo contra?

 

-Não, claro que não. Só ajude Bella e os bebês.

 

Assim que Jake viu a temperatura de Bella e comprovou que estava meio febril ele saiu para preparar a sala de parto. Esme e eu nos entreolhamos e pedimos licença para Edward e Bella. A ultima coisa que vimos foi Edward se encolhendo para sussurrar para barriga de Bella um “Não se preocupe queridos, vai dar tudo certo”. Do lado de fora Jacob e Canon nos esperava.

 

-O que houve? - Assim que falamos isso, meus filhos e os Hale se levantaram alarmados. Charlie que também estava com eles se virou para nós com uma expressão preocupada.

 

-Achamos que um dos bebês está com o cordão umbilical amarrada ao pescoço. A barriga de Bella está com uma coloração meio arroxeada². Vamos precisar apresar as coisas – Jacob falou rapidamente.

 

-Uma cesariana já! - Patrick Canon disse e arrumar a sala de parto.

 

-Mas vai dar tudo certo – Charlie pergntou aflito – Os bebês e minha filha vão sobreviver não vão?

 

-Vão, claro que vão. A medicina hoje em dia está muito avançada – Black disse tentando nos acalmar – Nada irá acontecer com ela. Não se preocupem.

 

 

JASPER POV

 

 

Assim que Jake terminou de falar, o senhor Swan foi falar com sua esposa. Estávamos todos alarmados. Alice veio na minha direção e já abri meus braço para recebe-la.

 

-Não chore, querida! Jake disse que vai dar tudo certo.

 

-Eu sei, mas...

 

-Não vamos pensar no pior Alice – Emmett falou tentando acalma-la e acalmar a Rose que também chorava em seus braços.

 

-Vamos lá, gente! Não vamos entregar os pontos assim! - Falei bravamente – Bella é forte. Assim como os filhos que ela carrega. Dentre poucas horas todos estaremos rindo e falando o quanto os bebês dela são lindos. Agora vamos secar essas lágrimas e colocar um sorriso, pois Bella não gostaria de saber que seus filhos nasceram com vocês chorando por isso, está bem?!

 

Elas secaram suas lágrimas e me olharam com um meio sorriso. Elas sabiam que eu estava certo. Decidimos ir para capela rezar um pouco. Apesar do meu discurso encorajador eu também estava nervosa. E apelar para uma força maior era muito valido nesse momento.

 

Ficamos surpresos com o que vimos quando chegamos na capela. Ela estava lotada de amigos de Bella. A senhora Margaret e Ganso estavam no primeiro banco. Junto de Angela, Ben e Tyler. Também estavam na capela Jessica, Seth, e aquela garota que ficava na recepção de sua clinica. Kate e Irina também estavam ali acompanhadas de seus pais. Haviam outras pessoas da escola que eu nem sabia seus nomes. Logo nos juntamos a eles pedindo por Bella e os bebês.

 

 

BELLA POV

 

 

Depois que Jake havia me examinado eu sabia que tinha algo errado. Edward deve ter percebido também mas preferiu ficar quieto. Toquei em minha barriga. Meus filhos nasceriam bem. Nem que para isso eu tivesse que morrer. Como se Edward tivesse lido minha mente, ele tocou minha face e beijo meu ombro.

 

-Vai dar tudo certo.

 

Alguns minutos depois Jake apareceu com o doutor Canon. Suas expressões eram cautelosas. O que me fez ficar ainda mas nervosa. Jake deve ter percebido isso pois começou a falar.

 

-Bella, achamos que um dos bebês está com o cordão umbilical enrolado então teremos que fazer uma cesariana já. Mas não se preocupem vai dar tudo certo.

 

Evanescence – My Immortal

 

http://www.youtube.com/watch?v=il-9_CudEu0&feature=related

 

Enquanto arrumavam a maca para me levarem para a outra sala fiquei pensando em quantas vezes já me falaram que tudo ia dar bem hoje, que tudo daria certo. Queria acreditar nisso. Queria pensar que estava tudo bem, mas não estava. Meus filhos estavam correndo perigo. Somente no momento que eu tivesse certeza que eles estariam bem é que eu ficaria bem.

 

Logo percebi que já me levavam para sala de parto. Edward não saiu do lado nenhum segundo. Ele segurava fortemente minhas mãos, tentando me passar confiança. Tentei me sentir segura com aquilo, mas me sentia muito nervosa para racionalizar direito sobre qualquer coisa que não fosse meus bebês.

 

Assim que chegamos na sala, Edward teve que se separar de mim para se limpar. Me colocaram na mesa de cirurgia e já se puseram a prepararem o resto do parto. Em pouco tempo senti uma leve pontada sendo seguida uma leve dormência na pele, que ia aumentando cada vez mais. Em alguns minutos começaram a fazer o parto.

 

Não sei se era por causa da febre ou por causa da anestesia. Mas sentia me corpo ali. Perdi a consciência das ocasião ao meu redor. A única presença que sentia no momento era de Edward do meu lado. E claro dos meu filhos ainda da minha barriga. Não sentia ninguém mas me tocando. Apenas Edward e os bebês.

 

Minha consciência voltou alguns minutos depois como em um jato de água numa manhã fria de domingo. Meu bebê nasceu. Um dos meus bebês nasceu. Ouvia um choro incessante de um dos meus filhos. Olhei ao redor e percebi que Edward chorava. Assim como eu. No seu rosto podia ser ver rios de lágrimas e um imenso sorriso direcionado a mim e ao nosso bebê. Aquilo era mágico. Aquele momento era mágico, inesquecivel.

 

-Nossa, filha nasceu, meu amor! Nossa, filha, nasceu! - Edward beijou a minha testa e apertou minha mão com mais força. De repente a minha segurança havia voltado.

 

-Parece que essa era a menininha que arrumou toda essa confusão – Jake falou alegre – Provavelmente estava brincando de pular corda com a barriga da mãe e acabou enrolada – Tive que rir diante daquela brincadeira.

 

-E o meu filho, Jake?! - Perguntei em um folêgo.

 

-Calma, senhorita apressada. Ele já está a caminho.

 

Alguns minutos depois pude ouvir um choro forte. Se eu já me sentia alegre por saber que não havia mais risco, agora então minha felicidade estava completa. Eu não precisava de mas nada. Dormir talvez. Minhas pálpebras estavam tão cansadas. A ultima coisa que ouvi antes de fechar os olhos foi Jake dizer algo sobre colocar meus filhos na incubadora e que estava tudo bem. Agora eu podia dormir em paz.

 


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Notas finais do capítulo

N/A: Coisas fofas do meu coração! Espero que tenham gostado do capítulo. Esse sim foi um desafio. Viuuu deu tudo bem gente! Eles nasceram fortes e saudáveis. Bom, isso vamos ver no próximo capítulo, na verdade. Mas pelo menos ninguém morreu ¬¬.
¹Maria Mole: Gente, como não sei se em todos os lugares esse doce tem o mesmo nome achei melhor colocar o significado. Ah, sei lá! Bom, para quem não sabe é um doce branco, grande e mole. Muito mole. Com gosto de... Ahh, sei lá. Acho horrível, então não como.
²Gente, pesquisei muito e vi muitos programas sobre Gravida na MTV (Gravida aos 16 e Teen Moms (Acho que é assim)), mas tem algumas coisas que não consegui achar. E como não queria demorar muito coloquei que a barriga dela ficou arroxeada. ¬¬ Mas vamos lá, o que vale é a intenção não?! Não repondam!
Queria esclarecer algo que esqueci de fazer no ultimo capítulo. Não é lemon, é hentai! Uma leitora (bellafurtado muito obrigado ) havia me avisado do erro e me expliacado. Dei uma pesquisada então ai está.
Hentai - Fanfic com cenas de sexo (explicitamente).
Lemon - Fanfic com cenas de sexo entre homens (detalhada).
Orange - Fanfic com cenas de sexo entre mulheres (detalhada).
Lime - cenas de sexo apenas sugeridas (hetero, yaoi, yuri).
Bom, espero realmente que tenham gostado. Então mandem review dizendo o que acharam. E se gostaram muitíssimo recomendem.
Alias, gostaria de agradecer todos os comentários e recomendações que a fic recebeu até hoje. Muuuuuitoooo obrigado. Bjão e até o próximo capítulo.

P.s: Comentei mais do escrevi a fic. = P