Positivo escrita por Black Butterfly


Capítulo 31
Capítulo 31 – Falando a Verdade


Notas iniciais do capítulo

Ok, prometi a mim mesma um capítulo descnte, mas saiu isso. Sinto muito. = (



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Capítulo 31 – Falando a Verdade

 

 

Acordei encarando confusamente o lugar onde estava, até que em um flash me lembrei que aquele seria o meu lar de agora em diante. Meu, do Edward e de nossos filhos. Me sentei na cama, coçando meus olhos. Hoje vamos fazer um dia de casados e também pode ser o meu aniversário de morte. Como pude deixar esse segredo durar tanto tempo? Como pude enganar meus pais? Minha família? Mas hoje isso vai acabar.

 

Ouvi um barulho vindo do banheiro, sendo seguido por Edward saindo todo molhado, enrolado por uma pequena toalha. É, parece que a gotinha está volta! Eu já disse o quanto a invejo?! Não?! Eu morro de inveja dela.

 

-Tem parar que parar de fazer isso! - Falei me jogando nos travesseiro novamente.

 

-Fazer o que? - Ele perguntou inocentemente. O que é impossível de imaginar depois do que eu vi.

 

-Sair assim do banho. Todo pingando.

 

-Calma, não estou molhando nada.

 

-Não é isso. Pelo amor de Deus. Como você ficaria se a Angelina Jolie saísse do seu banheiro enrolada em uma toalha?!

 

-Angelina? Humm. Não poderia ser a Kristen Stewart, não? Aii - Joguei um travesseiro nele, o acertando no braço – Assim você me magoa. Ok, ok, sem Jolie e Stewart, mas se fosse você, com certeza terminaria sem a toalha.

 

Edward se jogou na cama rindo. Aspirei seu delicioso aroma e comecei a rir também. Se eu não sou uma mulher de sorte, com certeza estou no caminho certo. E que caminho...

 

Depois do café decidimos ir para a casa de meus pais contarmos tudo. Seguimos o caminho silenciosamente. Era como se nos preparássemos para a batalha final. E talvez fosse mesmo.

 

-Preparada para enfrentar a fera? - Edward falou rindo.

 

-Fera?! Rsrsrs.

 

-Pelo jeito que você está nervosa é o que parece. Não estamos indo para a jaula dos leões. Vamos apenas conversar com seus pais. Não precisa ficar assim. Só relaxe.

 

Relaxar. Respirei fundo e sai do carro. Edward tinha razão. Eles eram meus pais e apesar de tudo o que aconteceu nesses últimos meses, eles ainda continuaram ao meu lado. Ontem na festa, meu pai havia me dito que eles sempre estariam ao meu lado, não importa o que acontecesse. E de algum modo aquilo me aquecia fazendo o meu temor ir em embora. Isso até eu chegar na porta.

 

-Bella! - Marcelly abriu a porta me surpreendendo – Você chegou bem na hora.

 

-Bem na hora de que? - Falei lhe dando um abraço que foi retribuído de modo maternal. Marcelly sempre foi a mais cabeça das minhas primas.

 

-Na hora de se despedir. Já estamos indo.

 

-Mas já? - Ela assentiu e sorriu para Edward.

 

Os dias que as meninas haviam passado aqui haviam sido muito divertidos para mim. Raramente via minhas primas e nem lembrava mais como elas eram direito. E quando elas vieram para o meu casamento vi que perdi muitos momentos engraçados na minha vida, por não estarmos juntas.

 

Apesar de elas serem completamente doidas, cada uma me deixou algo. Não sei como explicar exatamente, mas nesses poucos dias elas me ensinaram muita coisa, fazendo pequenas coisas. E a maior delas é que percebi que minha família estava unida para o que der e vier. Até Matheus, o marido de minha tia se mostrara um bom homem.

 

Nos despedimos deles com direito a muitas lágrimas, risadas e com promessas de mais visitas. Assim que eles se foram senti um aperto no coração. Iria sentir saudade deles.

 

Quando as coisas se acalmaram, meus pais, Edward e eu nos encontrávamos sentados na sala em um silêncio constrangedor. Edward apertava a minha mão confortadoramente, me passando uma sensação de relaxamento. Mas mesmo assim não consegui tirar essa sensação de culpa que pairava em mim.

 

-Pai, mãe... Precisamos contar algo muito sério para vocês – Falei hesitantemente.

 

-Aconteceu algo? - Minha mãe perguntou preocupada.

 

-O bebê está bem? Oh, meu Deus! Não me diga que aconteceu algo depois que vocês foram embora ontem...

 

-Não, não. Está tudo bem, senhora Swan – Edward se apresou em dizer.

 

-Mãe, cometi um erro a algum meses atrás. Os decepcionei ficando grávida. Mas o pior de tudo é que menti para vocês. Menti, pois achei que seria melhor para mim, para meu filho e para vocês. Não queria que soubessem que a minha burrada foi maior do que vocês tiveram.

 

-Bella, o que você está falando? - Meu pai perguntou aflito. Edward abriu a boca para falar, mas fiz um sinal de que iria prosseguir. Ele já havia me ajudado demais. Agora eu tinha que tomar a frente em algo na minha vida.

 

-Edward não é o pai dos meus filhos.

 

Assim que falei, pairou um silêncio no ar. Não tive coragem de olhar para eles. De ver novamente a decepção em seus olhos. Edward me abraçou por trás, fazendo meus olhos encherem de lágrimas. Não queria fazer meus pais perderem a confiante em mim de novo. E o pior, não queria voltar a vê-los chorar.

 

-Ontem... - Meu pai começou a falar – Na igreja... O que o Newton disse era verdade? Ele é o pai?

 

-... - Assenti com a cabeça – Ahh, eu, eu... Não tive coragem de dizer a verdade. Tive medo da reação de vocês. Quando descobri que estava grávida meu mundo caiu. Mike não estava mais ao meu lado. Eu, eu ainda o amava... Não sabia o que fazer. Edward descobriu que eu estava grávida e quando eu vi, ele já estava aqui dizendo que era o pai. Sinto muito por não contar a verdade.

 

-Oh, Meu Deus! Bella, minha filha, por que? - Minha mãe perguntou desesperada. Eu continuava a olhar para o chão tamanha era a minha vergonha.

 

-Não queria te decepcionar mais ainda.

 

-Bella, por que você tem tanto medo de confiar nas pessoas. Achei que isso já tinha mudado depois que conheceu Edward. Somos seus pais, sempre estaremos ao seu lado. Esse não é o futuro que sonhamos para você, mas o que importa é que está feliz do lado do homem que você ama – Meu pai disse calmamente.

 

-Isso explica muita coisa. Depois que disse que estava grávida de Edward acreditei que já tinha desencanado do seu “amor” pelo Mike, mas estava enganada. Cheguei até na hipótese de que se sentia frágil e de repente descobriram que se amam. Bom, de um certo modo descobriram o amor, não? – Renée falou com a voz chorosa – Ah, quanto tempo você e o Edward começaram a namorar? De verdade? Sei que se amam e não metem quanto a isso.

 

-Depois da primeira consulta – Edward respondeu – Sinto muito por tudo isso. De um certo modo a culpa foi minha – Eu ia falar que não, mas Edward me interrompeu – Impulsionei Bella a dizer aquilo. Eu sei que foi errado da minha parte, mas quando descobri que Bella estava grávida...Quando a vi tão frágil... Eu senti que tinha que protege-lá. Era como se ela gritasse para mim “Venha me ajudar!”. Me apaixonei por Bella, assim que a vi. Não iria deixa-la na mão em uma hora dessas.

 

-Ahh, sabem que deveriam ter nos contado antes sobre isso, não sabem? - Charlie perguntou.

 

-Sim senhor – Edward disse.

 

-Ficamos felizes em saber que se amam. Não podemos condenar pelo medo apesar de ficarmos tristes de saber isso só agora, mas fazer o que... - Charlie falou, mas ficou alguns segundos em silêncio – O que Mike disse quando soube?

 

-Achou que não era dele. Me acusou de trai-lo... Foi um canalha.

 

-Hunf! Deveria ter dado mais de um soco naquele desgraçado – Meu pai disse sorrindo de modo que lhe acentuou algumas rugas. Um sorriso tranquilizador e reconfortante.

 

De repente olhei em volta e percebi uma coisa que já deveria saber a muitos anos. Não importa o que acontecesse, meus pais sempre me amariam e me reconfortariam. Mesmo depois de mil e uma burradas. Eu não precisava ter medo, pois eles estariam sempre ao meu lado.

 

Almoçamos na casa de meus pais, pois ainda precisávamos abastecer melhor a nossa dispensa, já que as únicas coisas que tinham na cozinha era pó de café, açúcar, leite e cereal. Já estou prevendo que vamos morrer de fome.

 

Havíamos ganhado bastante coisa de presente de casamento. Como conjunto de jantar, toalhas de mesa, conjunto de mesa e banho, e alguns moveis vindo da família de Edward e de minha tia. A generosidade entre as nossas famílias estava se mostrando enorme nos últimos dias.

 

Após o almoço, nos dirigimos a casa dos Cullen. Já havia me acalmado um pouco, mas ainda assim sentia um friozinho na boca do estomago. E não era por casa da gravidez. Será que os Cullen iriam me achar uma caça-dotes? Uma usurpadora da vida? Alice já sabia de tudo desde o início, mas ela queria que Edward e eu ficássemos juntos, então isso não ajuda muito. Qual seria a reação dos outros Cullen?

 

Edward estava mega calmo com tudo isso. Sinal de que não preciso me preocupar? Ou que ele estava tentando me enganar? Esme e Carlisle sempre foram mais “liberais” que meus pais. Mas para tudo tinha um basta.

 

Chegamos na antiga casa de Edward e já fomos recebidos por espalhafatosas risadas do Emmett. Será que até o final do dia ainda seria assim?

 

-Maninhos, o que estão fazendo aqui? - Emmett indagou.

 

-Que eu saiba aqui ainda é a casa dos meus pais – Edward respondeu.

 

-E que eu saiba você é um recém casado. Que que eu te lembre o que deveria estar fazendo? - Emm revidou – Se bem que, com esse barrigão. Eww!

 

-Cala a boca, Emm! - Falei entrando na casa – Estão todos em casa?

 

-Estão sim. Por que? Ganhamos na loteria?

 

-Não, claro que não! - Edward falou revirando os olhos – Chame todos para sala, por favor. Precisamos conversar.

 

-O que? Vai dizer que a Bella já descobriu o sacrifico que é morar com você? Uhsuhsu! - Emm falou isso e foi rindo para a cozinha. Alguns minutos depois voltou com os Cullen e os Hale.

 

Todos se sentaram no sofá em silêncio. Agora até o grandão deve ter percebido que o assunto era sério, pois estava quieto. Olhamos para o rosto de cada pessoa daquele recinto. Todos estavam tensos esperando uma notícia ruim. O que para mim era péssimo, já que meus filhos vão ter o sangue de um idiota e não de um ser tão maravilhoso e educado como Edward. Mas fazer o que se nem sempre temos tudo o que queremos na vida. Afinal, eu já tenho tanta sorte de ter Edward comigo. E olha que muitas garotas desejariam te-lo ao seu lado.

 

-Mãe, pai, preciso dizer algo que talvez os senhores não aprovem, mas eu não me arrependo nem um pouco de te-lo feito.

 

-Meu Deus, filho, o que tem de tão sério para falar – Carlisle falou apreensivo.

 

-Os filhos que Bella está esperando. Não são meus. Há alguns meses Bella desmaiou na escola e eu acabei descobrindo que ela estava grávida. Quando ela foi falar com seus pais, eu... Disse que o bebê era meu. E de um certo modo é. Já que eu vou amo-los e educa-los como se fosse seu verdadeiro pai.

 

Olhei para Edward e em seguida para Carlisle e Esme e me surpreendi quando avistei um sorriso em ambos os rostos. Ok, o que foi que eu perdi?! Eles não deveriam estar pasmos ou gritando com a gente ou chorando? OMG! Eles devem estar pensando que se livraram de mim! Ok, foco, Bella! Estamos falando de Carlisle e Esme, seus amáveis sogros.

 

-Estava me perguntando até quando vocês iram nos esconder isso – Esme disse carinhosamente.

 

-O que? - Perguntei atônita.

 

-Carlisle e eu sempre desconfiamos de algo. Depois de uma semana em Forks já sabíamos que Edward havia se encantado por uma moça da cidade. Ele tinha um olhar tão sonhador. Mas isso mudou quando vocês disseram que estavam juntos. Era como se o sonho estivesse sendo real. Percebi que meu filho estava perto da felicidade. Conheço meu filho muito bem ara saber que não ose aproveitaria de uma garota como você e a deixaria grávida, Bella.

 

-Só estávamos esperando o tempo de vocês falarem a verdade – Carlisle falou rindo amavelmente.

 

-Quer dizer que vocês já sabiam...

 

-Ora, somos seus pais. Te conhecemos como a palma de nossas mãos – Carlisle disse se levantando.

 

-Espere, espere, quer dizer que meu irmãozinho não mandou a bola na caçapa e...

 

-Cala a boca, Emmett! - Nós exclamamos rindo da cara confusa de Emmett.

 

-Esme, Carlisle, então vocês não estão chateados, nem nada assim... - Perguntei meio receosa.

 

-Minha querida. Como podemos ficar chateada com você, se foi a única capaz de trazer a luz ao meu pequeno? - Esme disse me abraçando – Depois vou querer saber exatamente como isso tudo aconteceu, mas não agora. Tem um delicioso bolo esperando por nós no forno e pelo cheiro já está quase pronto.

 

Parece que meu dia hoje foi feito para ter conversas profundas terminadas com comida. O que já estava me deixando com uma pontinha de culpa, já que minha barriga não parava de crescer. Isso além do fato de eu estar esperando gêmeos, é claro.

 

Logo aquele dia havia terminado. Assim como os outros que vieram. Rapidamente já haviam se passado semanas. E quando eu vi, já estava mega entediada em casa proibida por Jake de ir para a escola. Por que? Já estava obesa demais pra entrar no carro. Claro que ele não disse dessa forma. Apenas que minha gestação já estava muito avançada e por eu ser uma adolescente era melhor não arriscar, por isso, me mando ficar de repouso e se possível com as pernas para cima. Mas eu tenho certeza que o motivo disso tudo era o tamanho da minha pança. Bom, de um certo modo, não deixava de ser.

 

Como não era seguro me deixar sozinha eu sempre tinha uma companhia diferente. Minha mãe, Esme, a vizinha, o pato da vizinha, Emmett, Alice, Jasper, e por ai vai. Estavam tendo que fazer um revesamento de faltas na escola e no trabalho por minha causa. Até o Tyler e bem já vieram me fazer companhia.

 

Hoje quem estava no papel de “animador da Bella” era minha vizinha e seu pato, Ganso. Pois é, hoje estou com sorte grande. Duas pessoas ou melhor, dois seres vivos aqui para me animarem. U-huu! E sim, o nome do pato era Ganso. Vai saber o por que. Minha vizinha era uma senhora de mais ou menos 60 anos que era uma professora aposentada chamada Margaret. Ela adorava contar histórias do tempo que legislava. O que me fazia voltar há 40 anos atrás, que era o tempo que ela mais gostava, quando era mais nova e descobriu a fascinação pelo magistério.

 

Maggie, como gosta de ser chamada, é uma amor de pessoa, mas quando começa com uma coisa não para mais. Quando ela começa com aquele negócio de “Naquele tempo...” Ai sim é pra chorar. E para ajudar logo hoje estou com um pouco de cólica ou sei lá o que as mulheres tem durante a gestação.

 

-Ahh, saudade do meus alunos. Naquele tempo não era como agora que os alunos tiravam sarro dos professores não...

 

-Wow!

 

-É minha filha, se surpreenda mesmo. Antes eles eram...

 

-Não, não era esse wow! Era mais um WOW! de dor. Já que ou minha bolsa estourou ou eu fiz xixi nas calças.

 

-Xixi minha filha?! Será que não foi o Ganso?

 

-Só se ele conseguiu se duplicar e entrar dentro da minha vagi... AHHH! OMG! Chama o Edward, chama os bombeiros, chama a minha mãe... Ahhh! - As crianças estão querendo ver sol, ou melhor a chuva de Forks, já que nesse momento começou a trovejar.

 

Era só o que faltava. Eu prestes a dar a luz de gêmeos, ao lado de um pato e uma velhinha, enquanto meu marido e amigos estão na escola e o mundo começou a cair lá fora. Ok, com certeza eu quero a minha mãe.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

N/A: Gente, sinto muito com o resultado do capítulo. Não deu para postar antes por causa do estágio. Que sinceramente não me matou por pouco. Mas que agora que acabou, está me fazendo morrer de saudade das crianças. ;.;
Deixando a conversa fiada de lado. Quero agradecer muito o apoio de vocês, a paciência, as recomedações e aos reviews. Isso realmente me deixa muuuuuito feliz.
Queria agradecer também a minha amiga lilly_forever, pela recomendação na minha one-shot "Timidez". Fiquei pulando de alegria quando vi. Obrigado.
E nessas férias juro que faço um capítulo descente e logo, ok.

Bjão fofis ; )

P.s: Mega atrasada, mas eclipse foi mais que perfeito!

P.s2: Se alguém viu Debate MTV, espero quetenha comprado um calmante depois, não consegui nem ver o final. = (