Positivo escrita por Black Butterfly


Capítulo 23
Capítulo 23 - Ginecologista




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Capítulo 23 – Ginecologista

 

 

 

-Filha, por que você decidiu fazer suas consultas aqui em Seattle? - Minha mãe se revirava impaciente no bando do carona.

 

-Não quero que fiquem falando muito sobre minha gravidez – Apesar de saber que logo não seria possível esconder. Afinal, a barriga já estava existente já que estava a poucos dias dos 3 meses.

 

-Bella, você sabe que logo não poderá esconder mais. Alias, nem sei por que você está querendo esconder esse fato.

 

-Mãe, se vocês ficaram uma semana sem fala comigo direito, imagine o que uma cidade pode fazer?! - eram bem capaz de chamarem o Papa pra me descomungar.

 

-Sinto muito, por ter feito aquilo com você, querida. É que seu pai e eu nos sentimos, traídos, sei lá. Como posso explicar – Renée coçava a cabeça demostrando confusão – Ficamos com medo de perder nossa menininha. O problema que não tínhamos percebidos que você já tinha virado mulher.

 

-Obrigado, mãe – Juro que se eu não estivesse dirigindo teria abraçado ele e cairia aos prantos. Nessa ultima semana eu chorava por tudo. Eu chorava até se não tivesse a jujuba roxa – Mas, eu sei que papai ficou bem decepcionado.

 

-Entenda, Bella. Charlie sempre desejou o melhor pra você. Ele queria tanto que você fizesse uma faculdade. E agora...

 

-Mãe, eu vou fazer faculdade. Claro que não vai ser lgo, mas depois que ele ficar maior eu posso conciliar as coisas.

 

-E Edward?

 

-Quer saber se ele vai fazer faculdade, assim que terminar a escola? - minha mãe assentiu com a cabeça – É mãe, ele vai fazer faculdade.

 

-Você sabe que vai ser difícil, não sabe?!

 

-Mãe, eu sei que provavelmente eu vou pirar com toda pressão. E Edward vai querer me estrangular de vez em quando, mas eu quero que confie na gente. Você e o papai também passaram muitas dificuldades depois que casaram. Eu sei que não é a mesma coisa mas deu certo. Então, por favor, confie em nós.

 

Minha mãe sorriu pra mim e mudando de assunto em seguida. Quando estávamos chegando perto da clinica, ela começou a reclamar da minha tia. Essas duas nunca mudariam. Minha mãe sempre reclamava da minha tia. “Ela é muito velha pra surfar”, “Já se viu uma mulher da idade dela usar fio dental?”, “Ela sempre me irrita falando de como seu marido surfista de menos de 30 anos é bom na cama, não que seu pai não seja, mas...”. Argh, ainda me da náuseas só de me lembrar disso.

 

Adentramos a clínica e lá estava ela. A recepcionista atirada, Leah. Pelo menos Edward não estava comigo hoje. Ela estava lixando as unhas, enquanto falava com alguém no telefone. E pelo visto nem era uma assunto do trabalho. Alguém poderia estar morrendo agora, enquanto ela ocupava a linha. Nos encostamos no balcão esperando ela terminar a ligação.

 

5 minutos depois

 

-Eu sei... Claro que sim... Muuuuuuito... Jura?!... Mais que galinha!...

 

10 minutos depois

 

Minha mãe tamborilava os dedos no balcão e suspirava a cada exclamação que a recepcionista fazia. Enquanto eu puxava o ar forte várias vezes.

 

15 minutos depois

 

Renée olhava pra recepcionista com uma cara de psicopata. Eu tentava chamar atenção dela, mais nada acontecia. Agora, se Edward estivesse aqui duvido que eu teria que ficar vários minutos em pé, tentando chamar a atenção da atendente.

 

20 minutos

 

-CHEGA! - Renée desligou o telefone e só faltou arrancar a mãe da garota junto do fone – ESTAMOS AQUI A 20 MINUTOS, ENQUANTO VOCÊ TAGARELA NO TELEFONE! NÃO ESTAMOS PAGANDO CARO, PARA VIM NUMA PORCARIA DE CLÍNICA. POR QUE SE PRA SER ATENDIDO JÁ É ISSO, IMAGINA A CONSULTA! - Da-lhe mãe!

 

-Senhora, garanto que essa é uma das melhores clínicas de Seattle – Nos viramos pra ver quem tinha falado e vimos um médico sorrindo para nós – Sinto muito o que a senhorita Clearwater fez. Prometo que isso não vai se repetir.

 

-Dr. Black, sinto muito o ocorrido. Posso ver o papel da consulta, senhorita? - Leah abaixou a cabeça e pegou meu papel – Ahn, sua hora estaria marcada com o doutor Summers. Mas como houve um problema familiar com ele...

 

-Eu vou ser seu médico – Dr. Black abriu um sorriso e nos apontou o caminho para sua sala – Ah, sim! Leah lembre-se de dar 50% de desconto por esse transtorno. E depois falaremos disso mocinha.

 

Seguimos para sua sala que ficava a duas portas da ultima que fiz minha consulta. A sala do dr. Black era bem diferente do Dr. Summers. A sala do outro médico era toda branco. O que me deu um certo pavor na época. Mas a sala do senhor Black era aconchegante. As paredes eram pintadas de azul, que pareciam dar uma certa calmaria na pessoa. Haviam algumas coisas jogadas displicentemente em sua mesa. E a arrumação é bem harmoniosa. Poderia ficar horas nesse lugar.

 

-Sentem-se por favor. Preciso fazer algumas perguntas antes – OMG! Agora que vinha o lado ruim. Minha mãe não podia saber quanto tempo de gestação eu tenho. Se não tudo iria valão a baixo – Mãe, será que você poderia ir vendo um lugar pra gente comer?! Sabe, já estou ficando com fome e não estou com vontade de comer naquele mesmo restaurante.

 

-Ah, claro, filha. Mas, me ligue quando terminar, ok! - Minha mãe saiu e eu pude respirar fundo.

 

-Haha. Algo a esconder de sua, mãe?! - Ele sorria abertamente enquanto e olhava com um olhar inquisidor.

 

-Olha, preciso saber se o senhor vai ser meu médico definitivo. É estranho ficar passando de mão em mão na clínica – Me arrependi assim que terminei de falar por causa do duplo sentido da frase.

 

-Hahaha. O Dr. Summers que estava cuidando de você está com uns problemas familiares, portanto não sabe quando vai voltar. Talvez até se aposente de vez, então eu posso providenciar para que seja seu médico definitivo.

 

-Ahn, Dr. Black...

 

-Jacob. Pode me chamar de Jacob – Olhei para ele e percebi que pudia confiar nele. Da outra vez tive que contar já que achei que aquele médico que ia acompanhar minha gestação. Mas com Jacob podia sentir que ele manteria o segredo a sete chaves não por profissionalismo e sim por achar que é o certo.

 

-Bom, Dr. Jacob... eu... - Respirei fundo e olhei diretamente em seus olhos – Pedi pra minha mãe sair por que ela não sabe de toda verdade. Todos acham que o bebê é do meu namorado, mas ele só começou a namorar comigo por causa do bebê.

 

-Como assim?! Pode me contar tudo. Prometo que vou ser guardador desse segredo.

 

Comecei a contar tudo a ele. Desde minha primeira transa com Mike até até minha última com Edward. E estranhamente eu não me sentia desconfortável falando isso. Ao contrário, me sentia como se estivesse conversando com um amigo. Uma coisa estranha já que Jacob devia ter uns 25 anos, nunca nos vimos na vida e ele seria o cara que veria minha intimidade quase como meu namorado.

 

Jacob me observava meu relato atentamente. Não me interrompia nem nas minhas pausas. Dava pra perceber que ele me compreendia como ninguém, exceto Edward. E aquilo me fazia falar cada vez mais da minha situação. Jacob não parecia se importar, parecia querer que eu falasse mais e mais.

 

-Nossa, Edward é um verdadeiro gentleman. Com 17 anos se responsabilizar com algo assim só demostra o quanto ele te ama. Você é uma garota de sorte.

 

-Se não fosse por Edward, não sei de onde tiraria forças pra lutar.

 

-Estou muito curioso pra conhece-lo. Espero que ele posso vim em uma próxima visita.

 

-Ah, não é que ele não veio por não poder. Eu pedi pra ele ficar. Não quero atrapalhar os estudos dele.

 

-É muito bonito da sua parte fazer isso.

 

-É o minimo que posso fazer.

 

-Bom, vamos a consulta?

 

Jacob era um ótimo médico. Me fez sentir totalmente confortável. Fiz um hemograma completo, me pesei, tirei minha pressão, e agora estávamos indo pra sala de ultra-som ver se o coração do bebê esta bom. Isso me fazia pensar em qual seria o sexo do bebê. Será que Edward já pensou nos nomes? Será que ele preferia menino ou menina? Comecei a rir por antecipação da conversa.

 

-O que foi? - Jacob me perguntou a causa do meu riso.

 

-Nada. É que... Estou imaginando como vai ser a conversa que Edward e eu teremos hoje sobre o sexo dos bebês.

 

-Nunca pensaram nisso? - Me deitei na maca, levantando minha blusa pra deixar a barriga livre.

 

-Na verdade, já. Mas sempre a família esta reunida e os meus cunhados não são pessoas muito normais. Acaba que não conseguimos falar sobre o assunto a sós.

 

-Haha. Outro que gostaria de conversar é com sua família. Ainda mais o Emmett e a Alice, do jeito que você fala parece que os dois fugiram do maniconio.

 

-Devem ter fugido mesmo. Hihi. Mas eles são super legais. Posso contar com eles para tudo.

 

-Quem me dera que minha família fosse toda assim. Se bem que eu não tenho o que reclamar, já que na família só tem uma ovelha negra, que a minha meia irmã. Bom, você viu como ela é.

 

-Hã?

 

-A recepcionista, Leah. Ela é minha meia irmã. A clínica é da minha família, então vai ser normal se você ver alguém parecido comigo.

 

-Oh, sério? É tipo um negócio de família?

 

-Na verdade, não. Rsrsrs. Só eu, e meu meio irmão somos médicos. Mas decidimos comprar esse lugar e reformar pra conseguirmos dinheiro pro verdadeiro negocio de família.

 

-Qual? - Jacob começou a passar um gel na minha barriga barriga para fazer a ultra.

 

-Uma oficina – Começamos a rir pela simplicidade dos planos – Pode parecer estranho mas sempre sonhei com isso desde pequeno. Só me formei em medicina pois era o sonho da minha mãe. Bom, acabei gostando do oficio o final das contas. Íamos fazer uma clínica onde moro, em La Push. Mas como você deve saber, felizmente contrataram um um excelente médico pro hospital. Você deve conhece-lo. Seu nome é...

 

-Carlisle Cullen, meu sogro e avô do meu filho – Falei sorrindo.

 

-Esta brincando, né?! Você está namorando o filho do Dr. Carlisle? Eu o acho o melhor de todo o estado. Sou um grande fã do trabalho dele.

 

-Haha. É muita coincidência. Mas se quiser um dia lhe apresento.

 

-Séria uma honra, senhorita – ele falou brincando. 10 minutos depois já estava tirando o gel da minha barriga e pegando o papel pra ir embora.

 

-Bom, entregue isso a Leah pra marcar sua próxima consulta.

 

-Ah, claro.

 

-Alias, é melhor eu ir junto. Aquela garota ainda vai fazer perdermos todos os pacientes – Fomos para a recepção e para nossa surpresa, não era Leah que estava lá. E sim um rapaz de mais ou menos 22 anos.

 

-Seth, cadê ela?

 

-Jake, você sabe como é nossa irmã. Ela disse que não aguentava esperar o horário de almoço e foi embora. Não pude falar nenhuma palavra.

 

-Essa garota não muda. Bom, Bella, esse é Seth Clearwater. Meu meio irmão. Ele trabalha aqui como pediatra. Marque a próxima consulta de Bella e lhe dê 50 % de desconto.

 

-Leah, aprontou de novo?

 

-Depois te explico. Tchau, Bella – Jacob me deu um beijo na bochecha e voltou pra sala.

 

-Senhorita Swan, os papeis por favor – Lhe entreguei os papeis e fiquei olhando o rapaz na minha frente. Assim como Jacob, ele é alto e tinha uma feição infantil, apesar da idade. Pelas suas feições deviam ser descendentes de indígenas – Bom, a senhorita deve voltar daqui a 3 semanas.

 

-Obrigado – Peguei os papeis, coloquei na bolsa e peguei o celular pra falar com minha mãe. Ela disse que logo voltaria pra me buscar e que tinha uma surpresa pra mim.

 

-Ahn, senhorita Swan...

 

-Bella, pode me chamar de Bella – Ele abriu um sorriso e continuou.

 

-Bella, deseja um copo de água, suco, café? Tens biscoitinho também pra acompanhar.

 

-Haha. Não obrigado. Já vou almoçar. Dr. Clearwater.

 

-Por favor me chame de Seth. Então, está de quantos semanas?

 

-12 semanas. Jacob me disse que vocês que reformaram o local para fazer uma clínica. Pode me explicar uma coisa?

 

-Claro.

 

-Por que o nome da clínica é St. Jimmy¹? - Só de olhar o lugar dava pra perceber que não tinha nada a ver com um santo.

 

-Pode guardar um segredo? – ele disse chegando mais perto.

 

-Posso.

 

-Somos muito fãs do GreenDay.

 

-Hahaha. Também sou apaixonada pelo grupo. Essa música é ótima, alias.

 

-Hahaha. Mas não se esqueça. Isso é segredo de estado – Minha mãe chegou sorridente e fui caminhando em sua direção.

 

-Pode deixar que não conto a ninguém, Seth. Até mais.

 

-Oh, Bella, cadê a recepcionista mal educada? - Renée disse abrindo ainda mais o sorriso.

 

-Não foi despedida se é o que você está pensando. Estava no horário de almoço e ela deixou o posto com o irmão pediatra.

 

Ah, uma pena. Mas Bella querida veja o que comprei para o bebê – Entramos no carro e minha mãe me entregou uma sacola com uma estampa de loja de bebê. Quando abri, vi dois pequenos chocalhos. Um cor de rosa e outro azul.

 

-Achei tão bonito quando eu vi que tive que comprar. Como não sabemos qual é o sexo comprei as duas dores. Não são lindos? - Bom, como dessa vez quem estava dirigindo era minha mãe, eu cai aos prantos.

 

-Sã-são lindos, mãe. Obrigado. Eu nem sei o que dizer.

 

-Oh, filha, não chore. Rsrsrs. Sabe, você me traz lembranças da minha gravidez. Eu chorava por tudo. Chorava quando o comercial estava muito grande. Se a música acabava. E chorava ainda mais quando me pesava. Você me fez engordar tanto.

 

-Você acha que vou puxar isso de você?

 

-Que foi? Está com medo de que mal tenha se casado e Edward já desista? Se eu fosse você não me preocuparia. Dá pra ver como ele te ama só olhando nos olhos dele. Ele fica com um brilho diferente nos olhos. Isso me lembra o inicio de namoro e o casamento com seu. Sabe, ainda hoje eu vejo um brilho nos olhos dele. Mas, quando vejo Edward... ele sente uma coisa muito intensa com você. Você é uma mulher de sorte.

 

-Edward é maravilhoso. A senhora nem imagina quanto – E nem quero que descubra. Completei mentalmente.

 

-O amor não é lindo? Ah, é aqui. Acho que você vai gostar do restaurante, parece bem aconchegante e só vende comida caseira.

 

-Parece ótimo – Entramos no restaurante e era realmente muito confortável. A decoração nos fazia sentir em casa. Ficamos conversando sobre vários assuntos enquanto almoçávamos. Agora, eu finalmente sentia que tinha recuperado a confiança de minha mãe de volta. Só faltava o matriarca da família. Apesar de Charlie ter voltado a conversar comigo e ter aceitado a situação sei que ele ainda não confia em mim direito. Não como deve ser a confiança entre pai e filha.

 

Voltamos para casa 3 horas depois. Minha mãe havia resolvido dar uma volta em todas as lojas com artigos infantis. Nós olhamos berços, mamadeiras, roupas e prometemos voltar em todas as lojas no próximo mês. Já estava ficando com medo de imaginar Alice, Kate e Renée me puxando pra comprar as roupinhas pro bebê pelo menos eu não teria que ficar experimentando roupa. Se bem que Alice já queria me puxar pro shopping pois minhas roupas já estavam super apertadas.

 

Chegamos em casa e encontramos meu pai sentado na varanda leno jornal. Assim que ele nos viu saindo da picape, abriu um largo sorriso e veio correndo em nossa direção. Charlie deu um beijo em Renée e se virou para mim.

 

-Então, como foi a consulta? Tudo bem com o bebê? Edward já ligou umas 5 vezes pra perguntar do por que vocês não terem voltado.

 

-Está tudo bem pai. O coração do bebê está batendo com bastante força até.

 

-Querido você tem que ver o presentinho que comprei pro bebê. Mostra pra ele, filha – Renée disse com os olhos brilhando.

 

-Claro, mãe – Peguei o embrulho e amostrei os chocalhos – Mamãe comprou dois por não saber o sexo.

 

-É lindo. Ahn, Bella, acho melhor ligar pro Edward antes que ele venha aqui. Rsrsrs.

 

-Pode deixar pai – Entrei correndo e fui pro meu quarto. O relógio mostrava 6: 30. claro que com a minha picape a viagem de ida e de volta era bem maior.

 

Peguei o telefone e disquei o tão conhecido numero. Na verdade, ele já era o primeiro da discagem automática. Foi um pedido da minha mãe, que não grava nem o número de casa. Deu um toque, dois toques, três toques, quatro ...

 

-Alô?

 

-Oi, Irina. Tudo bem?

 

-Ah, oi, Bella. Está tudo bem sim. E você? Como foi a consulta? Edward está arrancado os cabelos com a curiosidade.

 

-É, meu pai disse que ele ligou 5 vezes.

 

-Ia ser 6. Mas Esme o proibiu de tocar no telefone. Ele acha que pode acontecer algo com o bebê ou com você. Olha, ele está tão psicotico.

 

-Haha. Bom, pode passar pra ele, por favor?

 

-Que pena. Estava adorando ver ele assim, mas tudo. Espero um minuto.

 

-Hehe. Ok – Escutei ela chamar Edward e um coro de aleluia ecoando pela sala. Provavelmente a família não estava mas aguentando meu noivo. Rsrsrs. É tão estranho pensar nele como meu noivo.

 

-Alô? Bella? Está tudo bem, amor? O bebê o coração dele está ok? E você? Ai, meu Deus, eu deveria ter ido a essa ...

 

-Edward, cala a boca, está bem? Ótimo agora respire.

 

-Ahn, ok. É, então?

 

-Está tudo como deve ser. O bebê está dormindo tranquilo na minha barriga. Meu peso e sangue estão ótimos e tudo mais. Não precisava ficar preocupado. Sabe que isso é rotina.

 

-Eu sei, mas... eu queria ter ficado do seu lado.

 

-Você estava do meu lado. Só que não pessoalmente, ok!

 

-Ai, Bella, eu te amo tanto. E nosso filho também. Não vejo a hora de ver o rosto dele.

 

-Eu também te amo e não vejo a hora de ver o rostinho dele. Mas agora, tenho que desligar. Ele esta reclamando de fome, ok! Até amanhã.

 

-Sonhe comigo!

 

Desliguei o telefone com um sorriso no rosto. Fui pra cozinha preparar o jantar e já fui beliscando alguma coisa. Jantamos juntos, enquanto conversávamos alegremente. Só de imaginar que logo a família estaria maior. Alias, já está maior. Primeiro, por que estou um jumbo. Segundo por já sinto a presença do bebê. É uma sensação tão magica.

 

Após o jantar fui pro quarto arrumar minhas coisas pra aula de amanhã. Depois fui tomar, já que só tinha tomado de manhã. E eca! Eu estava nojenta. Tomar banho só de manhã, e fazer tudo o que fiz hoje é barra. Tudo bem que só fiquei batendo perna na rua, mas o pesinho a mais já estava dando uma diferença. Agora eu estava no meu quarto escovando meu cabelo, quando escuto uma batida na porta.

 

-Pode entrar – Meu pai colocou a cabeça pra dentro, sorriu e entrou.

 

-Oi, Bells. Se importa em conversar?

 

-Não, claro que não. O que quer falar? - Charlie se sentou na cama e ficou olhando pra baixo. Reparei que ele tinha um embrulho na mãe. Depois de ter respirado fundo três vezes, ele me olhou.

 

-Sabe, tenho medo de acontecer alguma coisa e não de pra mim falar o que sinto – Olhei no fundo dos seus olhos e esperei o pior.

 

-Bella, tenho orgulho de você. Eu achei que você não conseguiria levar isso em frente. Mas agora eu vejo que pode. Edward, te ama e vai cuidar bem de vocês. Eu só quero te dizer que qualquer coisa pode contar comigo, filha. Eu te amo e só quero o seu melhor. E ele é o melhor pra você. Assim como esse filho. Você nem imagina o quanto você amadureceu desde que descobriu a gravidez. E quer saber?! Você vai ser a melhor mãe do mundo.

 

-Oh, pai! - Abracei meu pai fortemente e deixei as lágrimas rolarem. Agora sim eu me sentia perdoada. A confiança que havia sido perdida, tinha sido estabelecida nesse momento. E nada perderia.

 

-Aqui. Já que sua mãe já deu um presente pro bebê. Achei que já podia comprar o meu. Comprei quando fomos visitar sua avó – Abri o embrulho e vi um par de sapatinhos brancos, feito de trico – Eu vi quando estava fugindo das reclamações de sua mãe sobre sua tia.

 

-Haha. É lindo, pai. Muito obrigado. O senhor não sabe o quanto isso significa pra mim. É simplesmente perfeito.

 

-Bom, é melhor deixar minha filha e meus netos descansarem. Alias, posso ver a ultra. Apesar de não mostrar nada acho muito emotivo ver. Além que vai me fazer cair ainda mais na real. É eu vou ser avô.

 

-Pode acreditando, vovô Chralie – Entreguei a ultra e lhe dei um sorriso.

 

-Rsrsrs. Vou deixar em cima da mesa pra você mostrar amanhã ao Edward – Charlie abriu a porta e já estava saindo quando o chamei.

 

-Pai, muito obrigado mesmo – Ele sorriu e murmurou.

 

-Boa noite, querida.

 

Deitei na cama e cai no sono rapidamente. Estava tão cansada que nem sonhei. Alias, acho que nem me mexi. Eu me sentia um chumbo. O despertador tocou no horário de sempre, me fazendo levantar de supetão pelo susto. Eu dormia tão calmamente, que o barulho do despertador parecia uma britadeira quebrando os alicerces do meu sono. Me levantei fiz minha higiene e tomei banho. Não havia ninguém em casa. O que era um milagre já que minha mãe a essa hora devia estar esperneando pra sair da cama. Tomei meu café silenciosamente. Quando olhei no relógio e vi que era 7:30, ouvi o som de uma buzina e sai correndo pra fora.

 

Lá estava ele encostado em seu volvo prateado me esperando com seu famoso sorriso torto. Corri até seus braços e fui recebida por um caloroso beijo. Tem jeito melhor de começar o dia? Se tiver pode ficar, pois eu quero mais é ficar com meu Cullen. E o melhor é que o meu é original.

 

Fim


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Notas finais do capítulo

N/A: ¹St. Jimmy é o nome da sexta faixa do cd American Idiot do GreenDay.

E ai gostaram do final? Ninguém estava com vontade de saber o sexo do bebê mesmo. Nem como vai terminar a vida do casal, da Tânya, do Mike, dos Cullen, dos Hale, dos Swan, ... Tá ok. Eu quero saber. Hahaha.
E ai, gostaram do Jake parecendo na fic? Viu ele nem apareceu pra atrapalhar. Pra quem gosta do Jacob, não se preocupe que ele ira aparece mais vez. Espero que tenham gostado do capítulo. Adorei escrever e colocar esse momento mais intimo entre os pais da Bella. Afinal, não é só os Cullen que tem momentos fofos.

Espero ansiosamente os reviews. Alias, Positivo ao rumo dos 400 reviews, hein! Muito obrigado. Até o próximo.

Xoxo