Capítulo 2 – Descoberta

Acordei com uma luz muito clara na minha direção. Era tão forte e bonita. Será que eu morri? Aqui é tão quentinho e aconchegante. Estou me sentido tão bem aqui. Pensando bem, não. Estou com vontade de vomitar. Me sentei e percebi que estava na enfermaria. E o enjoo provavelmente uma reclamação do bebê dizendo que mesmo antes dele nascer eu já era uma péssima mãe.

-Mike já sabe? - Edward me perguntou enquanto estava em pé ao lado da porta. OMG. Será que ele sabe?

-Mike sabe de que? - Perguntei impossível. Ele não podia saber eu descobri isso hoje. Não pode ser que em um dia eu ponho tudo a perder. Alem do mais essa é a primeira vez que passo mal na escola . Meus enjoos só estavam acontecendo em casa então era impossível.

-Da sua gravidez – Paralisei. Ele deve ter percebido isso.

-Não sei do que está falando Edward. Você não bebeu antes de vim a aula hoje, né? - Falei tentando dar uma risada mas não deu certo ele me encarava seriamente.

-Quando você desmaiou eu te trouxe para cá a senhora Luff acha que é pressão baixa e disse que você deveria descansar. Me ofereci para te levar para casa assim que acordasse e fui pegar nosso material. Como estava com presa acabei deixando sua mochila cair e ela acabou caindo aí eu vi...

-O teste de gravidez – Abaixei a cabeça envergonhada. De todas as pessoas que havia naquela pequena cidade eu queria que ele fosse o último a saber.

-É. Você já contou pra alguem?

-Não. Comprei o teste enquanto estava vindo pra escola. Só descobri na hora da entrada. Você foi o primeiro a saber. Vo-você não disse a senhora Luff? - Senti meu rosto ficar vermelho e lágrimas saírem dos olhos.

-Já disse que a senhora Luff acha que é pressão baixa. Eu nunca falaria nada que você não quisesse pra ninguém – Ele se aproximou e fez uma coisa que me surpreendeu. Limpou as lágrimas do meu rosto, me beijou na bochecha e me abraçou forte, foi nessa hora que realmente percebi o que havia acontecido comigo, estava gravida de um homem que nunca me amou – Pode contar comigo para o que der e vier Bella eu sou seu amigo você sabe disso. Eu não quero o seu mal.

Quando eu ia falar alguma coisa a senhora Luff me interrompeu, vindo medir minha pressão e me perguntou se eu estava bem. Depois do que o Edward me disse eu me sentia até mais leve. Pelo menos eu tinha com quem contar. Depois disso ele pegou minhas coisas e fomos em direção a minha caminhonete. Ele tinha deixado a chave de seu carro com Emmett, irmão mais velho. Tentei convence-lo que não precisava me levar mais ele insistiu. Me senti culpada por ele ter que ir a pé até o hospital para pegar uma carona com o pai já que sua casa ficava um pouco afastada da cidade.

A viagem foi silenciosa, mas era um silencio de uma paz, que me deixava tranquila. Ele tinha esse poder em mim, ao mesmo tempo que me deixava nervosa com sua presença eu sentia uma paz interior inexplicável. Eu sei que isso é loucura mas aquele Cullen tinha o poder de mexer com todas as minhas engrenagens sem nem pedir autorização. Me pergunto o que aconteceria se ele soubesse que me deixa bamba só em me dirigir uma palavra. Aquele abraço na enfermaria seria vergonhoso se eu estivesse em pé, pois eu sabia que minhas pernas não aguentariam. Quando ele estacionou em frente a minha casa senti um tristeza por ter que abandona-lo mas foi por pouco tempo. Ele estava exitante quando descemos do carro ele me chamou.

-Bella, espere. Eu queria saber o que você vai fazer de agora em diante com esse bebê. Como vai contar para o Mike? - Mike. Por que será que toda vez que estou com o Edward eu me esqueço dele.

-Sinceramente, Edward nem eu sei como será a minha vida de agora em diante. Só sei que terei essa criança mesmo que todos estejam contra mim.

-Sempre estarei ao seu lado, Bella. Saiba disso – Estremeci ao ver com que veracidade ele falava isso.

-Eu sei, Edward. Confio em você.

-Então, você vai contar amanhã pro Mike? Ele precisa saber afinal ele infelizmente é o pai – Como assim infelizmente. Alice já havia me dito que ele não ia com a cara do meu ex, mesmo assim eu senti uma felicidade fora do comum ouvir ele falar isso e não me segurei.

-Por que infelizmente?

-Ah! Por que você merecia alguem melhor e não aquele idiota que te traiu com sua melhor amiga – Ele tava bem informado como todo resto da população de Forks. Será que era isso então pena? Só porque eu fui a garota burra que foi traída pelo namorado que tinha desde os 10 anos, é fazia 7 anos que Mike e eu namorávamos. Um pequeno detalhe que havia me esquecido. Mas que importa é que Edward estava com pena de mim porque alem da traída, agora serei a gravida de 17 que foi traída pelo namorado que tinham 7 anos de namoro. A vida é dura e esqueceram de me dar amaciante.

-É melhor eu ir embora Edward, se quiser pode levar a picape peço minha pra me levar amanhã pra escola – Mentira. Iria andando mesmo.

-Não precisa. Eu já vou andando. Até amanhã – Tenho impressão que ele ficou um pouco triste com a despedida. Ah, claro a gravidez já está te deixando louca Isabella.

-Tchau.

Entrei em casa e fui direto para meu quarto. Amanhã seria sexta-feira e eu contaria tudo pro Mike ele iria entender. Assim, espero. Depois de contar pra ele eu teria que enfrentar uma coisa muito pior, a fúria do chefe Swan ao saber que sua filha única esta gravida. Quando ele soube que Mike me traiu ele ameaçou atirar no brinquedinho do Mike pra ver se ele fizesse isso com a filha dos outros de novo. É claro que minha mãe o fez desistir disso depois de muito charme e muitas ameaças.

Contar pra minha mãe seria fácil, apesar da situação que me encontrava. Ela entenderia, sei que pelo menos um teto eu ainda teria, mas as coisas iriam mudar. Pois meus pais poderiam até serem compreensivos mais não eram burros. Eu teria que ter mais responsabilidade por causa do bebê e ainda tinha a escola. Também teria que arrumar um emprego para nos sustentar, pois não poderia contar sempre com a ajuda dos meus pais depois que tivesse meu filho. E ainda tinha que comprar as coisas do bebê. Ainda bem que minha mãe guardou meu berço e algumas coisas minhas de quando era pequena seria muito útil.

Desci para comer alguma coisa, meus pais ainda não haviam chegado, então não era preciso fazer o jantar que provavelmente eles comeriam fora. Apesar da gravidez ainda não sentia muita fome e os poucos enjoos que sentia era pela manhã. Fui dormir e estranhamente sonhei que estava numa linda casinha colocando meu filho para dormir enquanto o Edward me abraçava por trás. Me sentia tão protegida. De uma forma que nunca havia sentido na minha vida. No sonho o Edward havia chamado meu filho de seu fazendo eu abrir um imenso sorriso e começar a chorar. Estranho, mas meu rosto tava molhado ou era impressão minha. Por que estava ouvindo uma linda voz ao meu lado mas que nesse momento estava me deixando irritada.

-Bella. Bells. Bellita. Isabella. Acorda logo antes que eu molhe sua cama toda – Ah, que ótimo fui acordada pela Polly Pocket de cabelo preto.

-Que foi, Alice. O que você tá fazendo aqui? - perguntei bem sonolenta.

-Bom dia pra você também. Senhorita educação – Ela me disse fazendo cara de magoada.

-Bom dia, Alice. Tudo bem? O que faz na minha casa as 6h da manhã? - Perguntei bem cínica.

-Credo, que mal humor! Mas pelo visto você já esta melhor. Claro do jeito que você tava chamando o Edward tinha que tá vendendo saúde – ela disse com um sorrisinho malicioso. Para o mundo que eu vou descer. Eu tava chamando o Edward.

-O que disse?

-Não se faça de desentendida você sabe muito bem do estou falando. Você, Isabella Marie Swan é apaixonada por Edward Anthony Cullen.