O Filho Do Fogo & A Filha Da Água escrita por Latoya Lua, Glau Souza VI


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanto tempo... Esta pronto um novo capítulo!

Espero que gostem!



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POV NICO

– Você... – Eu pronunciei com desdém puxando Samantha pro meu lado.

– Ei, se acalmem, não vou fazer nada, não quis assustar vocês – Ela estava com um sorriso pequeno nos lábios, mas o brilho de seus olhos estava diferente.

– Nico contou que você se uniu a Hades e simplesmente esqueceu as pazes que nós fizemos – Samantha praticamente cuspia as palavras.

– Eu sei, porque eu estava tão atormentada com o que os deuses tinham me nomeado, que eu acabei ficando cega por isso – Ela encarava o chão.

– Afinal o que você quer? – Perguntei grosso. Não vou ser enrolado tão facilmente.

– Eu não quero mais... – Ela apareceu atordoada e caiu pra trás em cima de um pufe com as mãos no rosto. Samantha me encarou e eu devolvi o olhar. Estávamos desconfiados.

– Continue... – Samantha a encorajou.

– Olha, eu primeiramente achei um máximo a oportunidade de comandar um exército e tals... Mas no fim, ele estava me tratando como uma empregada, uma escrava... “Faça isso, faça aquilo”... – Ela foi dizendo tentando engrossar a voz para imitar Hades – Sério, eu comecei a ficar irritada, esperei ele dar as costas, providenciei uma carruagem e sai dali.

– E você não imaginou que isso ia acontecer inteligência pura? – Samantha disse divertida.

– Já disse, eu estava cega de mais pra perceber logo de cara.

– Eu disse que você ia se arrepender – Eu disse com ar de vitória a encarando.

– Ta, tá – Ela me ignorou. Sorri mais ainda.

– E como você sabia que estaríamos aqui? – Samantha perguntou desconfiada.

– Fúrias – Ela disse nos encarando simplesmente.

– Como assim? – Eu disse me sobressaltando.

– Hello... Dois filhos de três grandes. É como se estivessem mandando um sinal atômico que vocês tão aqui. Elas estavam procurando vocês, prestes a entrar, foi quando eu as espantei. Vocês tem que proteger esse lugar – Ela disse com um jeitinho meio patricinha... Odeio isso nos filhos de Afrodite.

– E como sabia que era a gente? – Sammy perguntou estreitando os olhos.

– Porque elas me falaram que tem filhos de semideuses nesse lugar, e eu senti a presença de vocês. Ainda sou uma deusa lembra? Consegui engana-las facilmente. São burras.

– E como entrou aqui? – Samantha incorporou o Sherlock Homes, não é possível.

– Sou o Batman - A filha de Ares e Afrodite respondeu com um sorriso e uma voz irônica.

– Ahãm, tá. E minha mãe? – Sammy perguntou se desviando do assunto.

– Não tenho o rastreador da sua mãe aqui comigo agora, mil desculpas – Mais uma vez, patada.

– Grossa – Eu e Samantha dissemos num unisom.

– Tá, vão me deixar ficar com vocês? Eu não quero mais tomar decisões erradas, me ajudem – Ela olhava pra gente como se a vida dela dependesse daquilo. Ela fazia sinal de reza com as mãos e com bico no rosto.

Eu já ia falar algo quando fui interrompido por Samantha.

– Vamos te observar, veremos como você se sai – Ela disse severa virando as costas e se distanciando.

– Grossa – Natália pronunciou fazendo careta.

Sorri observando Samantha. Essa é minha garota.

Ouvimos um barulho na porta. Prendemos a respiração esperando ela se abrir. Ouvi um som agudo no ar, olhei pra trás e Samantha estava se dirigindo ao meu lado com sua espada prateada em punho. Natália sacou uma faca. E eu? Paralisado olhando pras duas. Quando uma mulher bem bonita entra sem perceber o movimento dentro do apartamento.

– AAH MEU DEUS! – Ela gritou soltando umas sacolas de compras no chão – Quem são vo... – Ela ia dizer quando à avistou – SAMANTHA, MINHA FILHA! – Ela correu para abraça-la.

Samantha soltou sua espada no chão com o aperto do abraço de quem obviamente seria sua mãe.

– Como você está? Está crescidinha, um pouco mais magra, andou comendo bem? – Ela disparou as perguntas virando o rosto de Samantha pra lá e pra cá como se fosse uma boneca.

Samantha mais magra? HÁ.

Sammy agarrou as mãos dela para que não acabasse com seu rosto e fez um sinal pra que ela relaxasse.

– Mãe, eu estou bem. Não se preocupe – Ela disse calmamente.

– Quem são vocês? Amigos da minha filha? – Ela perguntou observando eu e Natália que já havia guardado sua faca.

– Essa é Natália mãe, minha colega de acampamento – Sammy explicou enquanto pegava sua espada no chão e a transformava para a pulseira novamente. Sua mãe olhou mais não pronunciou nada. Acho que estava em choque – E esse é Nico... meu... – Ela se engasgou com as palavras e eu corei com a risadinha que Natália soltou – Meu namorado, mãe.

– Minha filha? Namorando? Boa sorte menino... – Pronunciou ela fingindo estar surpresa. Samantha fez careta.

– Ah, é assim mãe? – Sammy perguntou entediada.

– É um prazer Natália – Caminhou até Natália e apertou sua mão e fez o mesmo comigo – É um prazer, Nico.

– O prazer é todo meu, senhora Hunter – Respondi envergonhado. Ela soltou uma breve risada.

– Pode me chamar de Patrícia – Assenti corado – O motivo de vocês estarem aqui é pelo o que eu estou pensando? – Ela perguntou enquanto pegava as compras do chão.

– Como assim? – Perguntamos todos juntos. Natália e eu sentamos no sofá e Samantha continuara de pé.

– Poseidon me falou do julgamento de vocês, que deram sorte de estarem vivos. Você não faz ideia do quanto fiquei preocupada.

Natália me tocou no ombro falando que não tava entendendo nada, falei que depois explicava.

– Meu pai fala com você?

– Sim, de vez em quando ele me aparece em qualquer canto e me conta como você está, o que está fazendo, mas não é o tempo todo.

– É mãe, temos sorte – Sammy comentou abrindo um sorriso.

– E obviamente vocês vão ter que ficar aqui – Patrícia concluiu deixando tudo em cima da mesa.

– Mas aqui não é seguro, vou tentar colocar uma barreira aqui, como no acampamento, aprendi uns truques sobre isso lá no submundo, assim não somos atacados de cinco em cinco minutos – Disse Natália se levantando e saindo do apartamento.

– Por quanto tempo vocês acham que vão ficar proibidos de entrar no acampamento? – Patrícia perguntou.

Realmente eu não tinha pensado nisso.

– Ih, não sabemos, acho que o tempo que os deuses acharem melhor – Respondi.

– Isso pode ser muito tempo – Sammy disse nos fazendo rir.

– Me ajudem a guardar essas coisas e preparar o almoço crianças.

Ficamos um tempo conversando e fazendo o almoço, até que nos interagimos bem, bom, até agora que não falamos ainda que já tivemos certas intimidades (mentes poluídas entendem disso de cara). Natália tinha chegado e falado que tinha conseguido colocar uma barreira mais que não era tão forte porque não sabia como fazer uma mais potente.

Patrícia a indicou para o quarto de hóspedes para que ela ficasse lá, então ela foi descansar um pouco.

Até que minha sogra não é ruim. Ela olhava para a mão de Samantha e admirava a aliança que eu tinha dado a ela. Samantha a usava no pescoço como colar o tempo todo enquanto era caçadora. Mas agora estava em seu dedo normal.

– Você parece uma pessoa boa Nico... - Ela esperou eu continuar.

– Hãm... Nico di Ângelo senho... Patrícia – Me corrigi rapidamente.

– Bonito o nome. Você é filho de quem exatamente criança? – Ela perguntava. Samantha apenas nos observava.

– Sou filho de Hades.

– Hum, o famoso "tio suquinho?" – Ela disse divertida e encarou Samantha que riu vitoriosa.

– Você sabe de tudo mãe.

– As notícias correm. Inclusive, seu pai também me contou dessa sua pulseira. Ele disse que era a melhor coisa que ele podia fazer pra poder te proteger.

– Pois é mãe, eu gosto muito dela e ela já me ajudou bastante – Sammy disse olhando para a pequena joia no braço.

Continuamos a conversar sobre coisas banais por mais um tempo na cozinha.

– Está na mesa! Almoço! – Patrícia disse alegre levando aquela divina comida até a mesa.

– BATATA FRITA! – Eu e Samantha comemoramos ao mesmo tempo. Patrícia riu, esperei ela dar as costas e tasquei um beijo na minha invocadinha. Ouvi alguém tossir incomodado e vi Natália nos observando maliciosa. Coramos e nos separamos.

– O quarto é ótimo senhor... Patrícia – Disse Natália com um pequeno sorriso.

Não é culpa nossa ficar errando o nome gente, nós temos modos.

– Que bom que você tenha gostado, outra hora vocês poderão fazer algumas comprinhas. Não dá pra viver com a mesma roupa todo dia não é? – Patrícia disse divertida.

– Pode deixar, adoro compras – Natália disse elétrica.

Sentamos todos na mesa e avançamos na comida, estávamos morrendo de fome, como sempre.


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Notas finais do capítulo

Bom, não esqueçam dos comentários falando o que acharam e aceitamos opiniões ok?

Até o próximo, beijos!



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