O Filho Do Fogo & A Filha Da Água escrita por Latoya Lua, Glau Souza VI
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo prontinho pra vocês...
Espero que gostem!
Ficamos nos olhando por uns segundos.
Silêncio.
– Bom, ele me salvou do rio Estige e tinha dito pra eu cuidar do filho dele, que acabou morrendo por minha causa. Que ironia. Era de se esperar que ele queira se vingar. – Eu disse cabisbaixa.
– Não foi sua culpa Sammy. O importante é que você está bem. Mas, Hades agora está querendo bem, bem bravo... – Ele me olhou preocupado.
– É, uma missão, consegui dois deuses querendo minha morte. As próximas então... – Eu disse irônica querendo mudar de assunto. Todos riram.
– Então você caiu no rio Estige? Quer dizer que você é Invunerável! – Percy comentou enquanto voltávamos a caminhar.
– É? Como assim? – Perguntei curiosa
– Bom, eu também mergulhei naquele rio, sou invunerável. Só tem uma parte do nosso corpo que pode ser mortal para nós. Você vai ter que descobrir o seu. – Nossa, quer dizer que ninguém pode me matar, a não ser nesse ponto? Olhei para Natália que nos olhava com os olhos arregalados. Só eu podia machuca-la agora.
– E como é o nome disso? – Perguntei me lembrando de uma coisa.
– Benção de Aquiles.
– Ah, Apolo me disse que ele não ia deixar essa benção cair sobre mim, não sei como...
– Acho que foi um desses motivos do Will ter... – A voz de Percy falhou. Assenti com a cabeça baixa– E o que estava acontecendo com vocês? Estavam todos gritando...
– Desavenças de idiotas... – Falou Natália.
– Cala sua boca garota – retruquei para ela. Ela revirou os olhos.
– To vendo que vocês não se deram muito bem a primeira vista. Bom, espero que vocês se tornem amigas, porque vocês vão estar mais perto uma da outra a partir de agora – Disse Percy.
– Como assim? – Perguntou Natália.
– Sei lá. Agora vocês vão viver no mesmo acampamento não é? – Disse ele. - Vão ficar próximas.
Eu e Natália bufamos ao mesmo tempo fazendo os meninos rirem. Abri um sorriso também. Estava feliz por meu irmão estar bem, e estar ao meu lado. Cheguei mais perto de Percy ainda sorrindo e ele passou o braço sobre minha nuca me trazendo para mais perto dele e continuamos caminhando. Não demorou muito e chegamos à colina meio-sangue.
VIVOS!
Contamos toda a nossa missão para ele, inclusive a parte de Thalia, e ele ficou feliz em saber que ela estava bem. Subimos a pequena depressão que tinha e chegamos à entrada do acampamento.
– Natália, bem vinda ao acampamento meio-sangue! – Disse Grover.
(Quantas vezes será que ele já repetiu essa frase?)
– Nossa... – Disse Natália admirada.
Começamos a descer a colina. Quando terminamos de descer, Annabeth caminhava, e quando nos viu andou em nossa direção. Percy me soltou (óbvio) e foi em direção a Annie abraçá-la.
Quanta melosidade.
– Meus deuses, vocês não cansam de se agarrar o tempo todo? Não acham isso patético? – Murmurei alto para Annie e Percy.
– Olá para você também Samantha – disse Annabeth sorridente. - E não se preocupe daqui a pouco você vai entender o que é isso. – Ela continuou.
Percy olhou para Annie com cara feia fazendo sinal negativo com a cabeça.
– Tomara que não.
– Ta ótimo, mas temos que ir até Quíron. – Disse Grover. Afastei-me dos dois e fomos em direção a Casa Grande. Chegamos lá, eu encostei-me à parede da casa, Nico encostou no corrimão velho de madeira do outro lado da varanda. Grover e Natália entraram para conversar com Quíron. Eu não tava a fim de conversar com ele. Eu estava cansada. Quando eu percebi que Nico ficou me olhando. Encostei a cabeça na parede, dei um meio sorriso e disse levando minha mão ao rosto:
– Olha, antes que eu comece a me estressar com você, porque você fica me olhando desse jeito?
– Foi assim que eu te vi pela primeira vez... – Disse Nico sem dar sorriso algum.
– Isso é motivo pra me olhar assim?
– Sim. Isso é mais do que um motivo. – Disse ele, agora, com um meio sorriso.
– Hum. - Pois é, respostas criativas é comigo mesmo.
– Olha, porque você é assim? Seca com os outros? O que há de errado com você? – Ele me perguntou estreitando os olhos.
– Porque eu sou assim... – Respondi dando de ombros.
– Então quando você pensar que eu sou esquisito, pensa nessa resposta que você acabou de me dar tá? Não sei da onde vem tanta criatividade pra me darem apelidos... – Disse ele parecendo chateado.
– Problema é seu. – Eu disse olhando para o outro lado.
– Sua ignorância me irrita... – Disse ele.
– Sua indecisão também me irrita. – Olhei pra ele.
– Indecisão? Como assim? – Ele estreitou os olhos.
– Uma hora você fica defendendo aquela vaca sem leite irritante, outra hora você aparece se preocupando comigo... Olha, eu já conversei com você sobre isso e não vou repetir novamente. Eu não vou perder meu tempo tentando te entender.
– Você também é irritante...
– XIU! E não desvie do assunto, uma hora fica sorrindo para ela, outra hora parece querer me beijar... – Minha voz falhou. Eu parecia uma tagarela, eu estava nervosa, o que esta acontecendo comigo?
– Você faz muitas comparações... O que você quer dizer? Você quer um beijo? – Ele disse com um sorriso malicioso.
– COMO ASSIM? TÁ FUMADO? – Me desencostei da parede e andei em direção a ele. Nico sorriu arqueando uma sobrancelha. Parece que era aquilo que ele queria. Respirei Fundo. - Não foi o que eu quis dizer Nico di Angelo...
Ele se esticou e me puxou pelo braço me trazendo para mais perto dele. Tentei me soltar dele, mas ele apertou meu braço
– Me solta! Tá me machucando – falei me perdendo naqueles olhos. Ele ficou sério.
– Isso não é nada perto do que eu queria fazer com você, envocadinha, você me irrita. – Intimou ele me encarando. Balancei a cabeça. Minha respiração estava pesada.
– Me solta.
– Não.
– Se você não me soltar...
– Você vai fazer o quê? – disse ele e ficamos mais perto que nossos narizes quase encostavam. Ficamos nos olhando, sem dizer uma palavra, mas entendendo tudo. Engoli em seco. Meu coração deu vários pulos. E eu já não controlava mais meu corpo. Deixei as emoções me levarem. Fechamos nossos olhos e...
Grover saiu em disparada da Casa Grande, quando nos viu abriu a boca e começou a rir descontroladamente. Natália saiu e nos viu. Sua expressão ficou de vermelho para roxo. Soltei-me de Nico e em um instante ela pulou no pescoço dele.
– Ah Niquinho...
Niquinho?
– Eu vou ficar aqui com vocês, não é ótimo? Vamos nos ver todos os dias... Só nós dois, não quero me misturar com certas pessoas – Disse ela e percebi a falsa felicidade e a falta de descaradamento na voz dela. Então ela desferiu um beijo longo na bochecha de Nico.
Essa garota é bipolar? Ou ela está zangada, com uma fúria incontrolável, ou ela está agindo como uma patricinha querendo sapatos novos.
Nico apenas assentiu e sorriu envergonhado. Fiquei frustrada. Olhei para Grover. Ele mexeu lentamente os lábios dizendo ‘’ Desculpe ‘’. Fiz que estava tudo bem e tratei de me tirar dali. Caminhei com vários pensamentos rondando minha mente.
– SAMANTHA! - Nico gritou.
Ele tá me chamando? Deixa eu andar mais rápido...
Caminhei em direção ao meu chalé. Estava exausta. Entrei e quando virei para fechar a porta vi Nico parado ali olhando para mim.
– Samantha, eu ... – Falou ele com carinho.
Revirei os olhos e Fechei a porta na cara dele.
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Até o próximo! beijos...