O Filho Do Fogo & A Filha Da Água escrita por Latoya Lua, Glau Souza VI


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO BÔNUS HOJE! O ultimo capítulo ficou muito pequeno e decidimos postar logo o 10 ok?



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POV SAMANTHA

Meus olhos estavam com rios de lágrimas querendo saltar pelas minhas bochechas. Fechei os olhos com força, permitindo que isso acontecesse vendo aquela cena. Minhas pernas estavam tremulas, não aguentei e cai de joelhos no chão com a cabeça baixa. Todos estavam de costas pra mim. Quando ouviram o som dos meus joelhos batendo no chão, viraram o rosto em minha direção. Grover saltou pra trás e veio me abraçar.

– Calma Sammy, não foi sua culpa. Ele estava querendo ajudar. Só isso – Sussurrou Grover em meu ouvido enquanto estava abraçado a mim.

Não retribui o abraço. Apenas parei de chorar.

Levantei sem dizer nada. Passei por Nico que estava com Natália nos braços e me olhava preocupado. Fui ao lado de Apolo que ainda estava debruçado sobre o corpo do filho. De repente, ouvimos um estrondo e um clarão. Abri os olhos, e o corpo de Will não estava mais lá. Apolo levantou a cabeça e dirigiu-se a mim. Dessa vez, não estava com aquele seu sorriso irradiante, estava com ódio estampado no rosto. Envelhecera uns 10 anos por causa disso.

Você! Você permitiu isso. – Murmurou ele pra mim. Arregalei os olhos. Não era culpa minha. – Sabe porque Zeus o levou? Porque eu te ajudei naquele rio. E meu filho a ajudou aqui!

– MAIS A CULPA NÃO FOI MINHA! VOCÊ DESOBEDEU AS REGRAS, O QUE EU POSSO FAZER?

– NÃO INTERESSA! NÃO PERMITISSE QUE MEU FILHO ENTRASSE NESSA MISSÃO! – Gritou Apolo. – Deuses não podem interferir na missão de semideuses... Ele tinha um bom coração – Completou ele diminuído o tom de voz. Agora estava soluçando.

– Me perdoa senhor Apolo – Murmurei baixo. – Não deveria ter deixado, eu sei disso. Mais eu queria sair dali, estávamos todos machucados, qualquer ajuda seria bem vinda naquela hora.

– EU SALVEI SUA VIDA SAMANTHA HUNTER – ele disse meu nome com desprezo - E É ASSIM QUE VOCÊ ME RETRIBUI? COMO PODEM DEIXAR QUE VOCÊ SEJA LÍDER DE UMA MISSÃO SE NÃO PENSA NAS REGRAS? – Ele abaixou a cabeça e sussurrou. – Como você quer honrar o nome do seu pai assim? – E desapareceu num piscar de olhos.

Lágrimas tomaram meus olhos de novo. Meu pai devia estar tão feliz que eu estava em uma missão. E ela acaba assim, eu deixando um deus com ódio. Olhei para Nico e Grover que me olhavam com pena. Comecei a dar passos lentos, queria sair logo daquele lugar.

No caminho de volta, Grover ficava me olhando, como se quisesse dizer algo, mais não sabia as palavras certas. Olhei para ele, eu ainda estava com lágrimas nos olhos. Foi como seu eu estivesse dando liberdade para ele falar.

– Sammy, não se preocupe com isso, já estava na profecia, um ia cair pela mão do pai, a culpa não foi sua, pois ele e o filho dele nos ajudaram na missão, sabendo que isso é contra as regras, e o Will acabou “pagando o preço”, digamos assim. – Disse Grover. Saímos da mata fechada, voltamos ao local onde estávamos quando saímos do submundo. Continuamos a andar.

– Mais eu permiti Grover, você não entende. Eu estava liderando – Eu disse fria.

– Eu sei. Mais foi como você disse, estávamos debilitados. Se não fosse por Will, talvez as Harpias teriam chegado em Natália e a matado. – Disse o sátiro olhando para Natália que estava no colo de Nico.

– É – A única coisa que respondi.

Andamos por mais 30 minutos apenas pronunciando poucas palavras, olhei para os lados, não vi ninguém.

– Ok, vamos dar uma parada para colocar remédios nela. Se demorarmos para fazer isso, pode infeccionar.

Nico e Grover assentiram encostando Natália em uma sombra e passando remédios que a Annabeth tinha praticamente obrigado a gente a trazer.

Peguei um pequeno lenço que tinha na minha bolsa, rasguei-o na metade e amarrei-o em minha mão machucada.

– O que aconteceu com a sua mão? – Perguntou Nico.

– Nada, não se preocupe. – Respondi fria. Nico não disse nada, apenas voltou sua atenção para Natália.

Avistei longe, e tinha uma cidade. Esperei eles terminarem de colocar os remédios e vi Grover se atirando no chão de costas com a mão na barriga.

– O que foi? – Murmurei pra ele que estava com uma cara dramática.

– FOME! NÃO COMI QUASE NADA ANTES DE SAIR DO ACAMPAMENTO – Gritou ele. – Estou naquela fase que o corpo começa a comer a própria gordura pra sobreviver.

Rolei os olhos

 Dramático - Mais eu também estava MORRENDO de fome. – Ok então, vamos ver se acordamos ela, e vamos fazer ela andar, mais pra lá deve ter uma lanchonete. 

Grover nem hesitou, empurrou Nico para o lado e começou a sacudir Natália. Ela abriu os olhos lentamente.

– Vai, levanta, aposto que Nico não aguenta mais te levar. – Disse Grover olhando para Natália.

– Não mesmo – Sussurrou Nico olhando para seus braços que estavam vermelhos de tanto que carregou Natália. Ela assentiu e levantou com a ajuda de Grover. Voltamos a andar. 15 minutos de caminhada rápida, estávamos em uma avenida praticamente morta, poucos carros passavam por ali. Avistamos uma lanchonete. Grover quase larga Natália para ir correndo para comer. Esfomeado. Chegamos, nos sentamos numa mesa perto da janela. Foi quando Grover e Nico reparam mais na Natália e começaram a puxar assunto. Ela não se lembrava de quase nada, só de gritos, risadas, as Harpias, Hades. Nico cochichou algo para Grover que assentiu. Enfim a garçonete chegou. Era nova, muito nova, quase da nossa idade. Ficou encarando Nico com um sorriso maquiavélico.

– ENCHILHADA! POR FAVOR! – Gritou Grover. – O que vai querer Natália?

– Hãm? Ah, uma salada – Disse sem esboçar sorriso.

– Batata Frita – Dissemos eu e Nico juntos. Nos olhamos e acho que corei. Afe, se eu pudesse controlar isso. Nico percebeu mais não deu reação. A garçonete anotou e saiu sorrindo para Nico.

Sorriso Galinha.

Nico retribuiu o sorriso.

Fiquei vermelha de ódio. Grover percebeu e arregalou os olhos para Nico.

– Nico, por que você não vai lá buscar a comida? – Disse ele num tom irônico e um sorriso falso.

– Porque eu?

– Nada, só pra garantir que você sobreviva até o fim da missão! VAI! – Nico bufou e saiu. Grover veio para minha frente da mesa me encarando olho a olho. Não dei bola, Nico parou bem do lado da galinha de uni....Quer dizer... Garçonete que sorriu pra ele. Mais ele não olhou para ela. Ficou debruçado no balcão.

– EI, ESTÁ COM CIUMES! – Grover falou num tom alto de voz. Dirigi um olhar mortal pra ele.

– Ciumes? Dele? Para Grover... Ri-dí-cu-lo! – Sussurrei para que a Natália não ouvisse. Ela estava brisando do meu lado pensando em algo.

– AHAM! Aposto que você puxaria ele e daria um beijo na frente daquela garçonete.

“SIM!”

– NÃO! Tá louco?

– Eu não. Mais você está. Louquinha de amor, posso sentir. – (Sátiros...) Revirei os olhos.

Saquei uma faca que estava na minha cintura com calma, não queria alarmar Natália. Mais ela ficou olhando assustada. Não liguei. Apontei ela calmamente para o pescoço do sátiro.

Encarei-o fixamente.

– Escuta aqui, se você mencionar isso outra vez, considere-se um sátiro MORTO! Ouviu? – O ameacei com um tom frio na voz. Ele não respondeu. Apertei mais a faca no pescoço dele fazendo uma gota de sangue escorrer. – OUVIU?

– S...S...SIM..SIM. OUVI! – Abaixei a faca rapidamente pois vi Nico voltando com a comida. Nico colocou tudo na mesa e percebeu que a mão de Grover estava em sua garganta.

– O que aconteceu Grover? – Perguntou ele se sentando.

Ele olhou para mim com um olhar inquisitivo , retribui.

– Nada – respondeu por fim.

  Quando eu finalmente ia colocar a primeira batata frita na boca olhei para minhas mão, ainda estavam cheias de sangues por causa dos cortes. Pensei em lavar, mas parece que não ia dar tempo porque uma risada maligna que me fez ficar rígida e um arrepio correr livremente pelo meu corpo.

– Uma fúria! – Falou Grover olhando com os olhos arregalados para o bicho. Aquela garçonete virou uma coisa escrota com asas!

No fundo eu fiquei feliz.

De repente, uma flecha passou com um zunido por nós e pegou bem na testa fazendo-a gritar de dor e virar pó. Instintivamente olhamos para trás.

– E aí galera? Tudo bem com vocês? – Falou uma garota sorrindo com um arco-e-flecha na mão.


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Notas finais do capítulo

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