Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 5
Capítulo 5: Hospital e um reencontro!


Notas iniciais do capítulo

#Repostando... Capítulo betado

Voltei! Obrigada aqueles que leem e comentam e também aqueles que apenas acompanham... Bom, sem mais delonga, o capítulo está precisamente contendo algumas informações cruciais do passado do Naruto... Espero que gostem!



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*Hinata*

Acordei na manhã seguinte, digo, levantei-me da cama, pois eu não consegui pegar no sono de forma alguma na noite anterior. Peguei uma toalha e segui em direção ao banheiro. Tomei um banho frio e vesti uma calça jeans e uma camiseta de mangas compridas branca, dobrei as mangas até os cotovelos e soltei os cabelos. Escovei meus dentes e passei uma maquiagem básica. Começo a ter uma crise de tosse constante e quando vejo já estou cuspindo sangue pela pia de porcelana do banheiro. Rapidamente jogo água para limpar. Desci as escadas rumo à cozinha encontrando lá uma Hyuuga mais nova sentada enquanto comia uma enorme fatia de bolo de chocolate e bebericava uma xícara de leite morno.

– Bom dia. – murmurei aproximando-me dela. – Onde está mamãe?

– Saiu! – exclamou enquanto terminava de engolir um pedaço do bolo. – Vai sair hoje?

– Vou assinar o papel da compra da casa e ir ao hospital. – murmurei visualizando o olhar revoltado que ela me lançou. Pelo visto, todos ali não queriam aceitar o fato de que eu iria morar fora de casa. – Bem, já vou indo! Até depois.

Sai dali e caminhei até o escritório de Naruto. Não era muito longe, e quem sabe, uma caminhada rápida até lá não melhorasse de vez essa angustia que vinha todas as vezes que pensava nele após aquele beijo precipitado. Encontrei a loira que me atendera no dia anterior sentada ao telefone conversando animada com a pessoa do outro lado da linha. Ela olhou para mim, desligou o telefone e sorriu animada. Pegou novamente o telefone e discou alguns números até voltar a falar.

– Chefinho... – sussurrou – Sua amiga Hinata está aqui novamente. – alguns segundos passaram-se até ela olhar novamente para mim após desligar o telefone – Pode entrar.

Dei mais alguns passos até entrar na sua sala. Ele estava sentado de costas para mim observando algo pela janela. Fechei a porta atrás de mim. Virei novamente para encara-lo e agora ele encontrava-se em pé na frente da enorme janela com uma vista linda da cidade.

– Os papeis já estão prontos? – perguntei baixo fazendo-o olhar para mim pela primeira vez.

– Sim. – respondeu sério enquanto pegava um grande envelope marrom retirando algumas folhas e entregando-as a mim. – Aqui está. Por favor, assine na linha com o “X” em todas as folhas.

Sentei-me na cadeira enquanto assinava aqueles papeis nervosa e ao mesmo tempo feliz. Aquela casa era linda e logo seria somente minha. Terminei de assinar a última folha e olhei novamente para Naruto. Ele parecia sério demais para meu gosto. Coloquei a caneta em cima da mesa e levantei.

– Mas alguma coisa? – perguntei.

– Não. – respondeu enquanto pegava e guardava novamente os papeis. – Só isso.

Já ia saindo pela porta antes de parar e sem pensar, eu apenas virei novamente para ele e olhei em seus olhos.

– Você está bem? – perguntei finalmente. – Parece meio, sério.

– Não é nada de mais. – respondeu. – Apenas uma dor de cabeça básica.

– Então... – sussurrei abrindo a porta. – Obrigada e até qualquer dia.

Sai dali e sem despedir-me da loira caminhei rapidamente para o lado de fora do prédio e entrei no primeiro táxi. Disse que fosse para o hospital que Sakura tinha me dito que era coordenadora e logo em seguida o carro arrancou. Cerca de uns quinze minutos depois, eu estava parada em frente a uma rosada que havia acabado de abrir a porta do seu escritório e pedindo que eu entrasse.

Fui recebida com um abraço tímido de Harumi, a filha dela que brincava com papeis e lápis de cor numa pequena mesinha do canto do local. Sakura pediu a uma das enfermeiras que ficasse tomando conta de sua filha enquanto me mostrava minha nova sala. Por meio disso, soube que ela se especializara em pediatria e que adorava o trabalho dela. Também me perguntou por que resolvi fazer oncologia e eu apenas respondi que me interessei pela área, deixando assim, o real motivo oculto.

– Aqui é a lista dos pacientes que preciso que visite. – falou me entregando uma folha de papel com o nome, caso e respectivo número de quarto de cada um deles. – Conto com você para resolver o máximo que conseguir.

– Pode deixar Sakura. – murmurei vendo-a sair da sala.

Caminhei pelos corredores, cumprimentado a todos com um sorriso no rosto e entrei no primeiro quarto. Uma jovem moça de aproximadamente a mesma idade que eu, estava deitada numa cama hospitalar recebendo soro fisiológico na veia. Aproximei-me dela fechando a porta em seguida.

– Olá. – falei dando um mínimo sorriso que foi rapidamente devolvido pela moça. – Meu nome é Hinata e sou a nova médica aqui do hospital. Você deve ser Hana não é mesmo?

– Sim. – murmurou – Se você é a nova médica, deve poder me responder uma coisa.

– O quê? – perguntei sentando-me próxima a ela.

– Sabe o que houve com o meu bebê? – perguntou-me e eu olhei confusa para a enfermeira ao meu lado. Ela apenas abaixou levemente a cabeça. – Há dias que pergunto isso a cada médico que aparece aqui e ninguém me responde. Quero saber como está meu bebê.

– Como eu disse... – sussurrei – Sou nova aqui e ainda não visitei todos os quartos. Mas pode deixar que quando eu souber do seu bebê virei correndo lhe dizer.

Sai do quarto, acompanhada da enfermeira. Olhei novamente para a moça pela janelinha de vidro da porta. Ela parecia preocupada e abatida.

– Do que ela estava falando? – perguntei para a moça com cabelos levemente roxos e olhos cor de mel. – Que bebê?

– A senhorita Hana trouxe o filho de dois anos a duas semanas aqui. – murmurou a moça. – Ele tinha sintomas de leucemia e foi confirmado. Desde então ele encontra-se na UTI. Ela ainda não sabe.

– Por que não contaram para ela? – perguntei já alterando a voz. – Não veem o estado que ela está? E por que ela tá recebendo soro intravenoso?

– Ela tem problemas de pressão. – resmungou a enfermeira. – Quando soube que o filho podia estar com leucemia ela teve uma queda súbita e precisou disso.

– Preciso falar com a Sakura. – murmurei – Por favor, Konan tome conta dela.

Caminhei rapidamente pelos corredores até a sala da Haruno. Ao entrar deparo com a seguinte cena: Sakura com a pequena Harumi no colo e um moreno alto de olhos ônix parado ao lado delas acariciando os cabelos da pequena. Eles me veem e eu meio que me sinto uma intrusa naquela cena de família.

– Desculpe interromper... – falei baixo – Sakura poderia conversar com você?

– Ah, claro Hina. – murmurou entregando a pequena Harumi aos braços do pai. – Sasuke, eu volto logo.

Sai dali com uma Sakura animada conversando enquanto íamos até a minha novíssima sala. Entrei e coloquei a prancheta com o nome de todos os pacientes que deveria visitar como rotina. Sakura sentou-se na cadeira enquanto eu me sentava em outra.

– Então... – falou – O que queria conversar?

– Sakura... – murmurei – Pode me dizer o porquê de não terem dito a paciente Hana que o filho dela estava internado na UTI com leucemia?

– Ah! Sobre isso. – falou mexendo as mãos de forma impaciente. – Estávamos esperando um oncologista para verificar o quadro do garoto. Parece que ele foi diagnosticado com leucemia, mas não sabemos ainda qual o quadro necessariamente.

– Quero ver esse menino. – falei baixo, mas suficiente para que ela ouvisse. – Qual o quarto dele?

– Quarto 102. – respondeu. – Sinto muito se não vou poder acompanhar você, mas é que como estou grávida, não posso ter acesso a UTI.

– Tudo bem Sakura. – murmurei – Eu entendo completamente. Obrigada por tudo. Pode deixar que de agora em diante eu assumo.

Ela saiu da sala e eu apenas peguei novamente a prancheta com os papeis e me encaminhei até a UTI. Longos quartos investiam pelos corredores, totalmente brancos e vagos a não ser por poucos enfermeiros que perambulavam de quarto em quarto verificando a situação dos pacientes. Logo encontrei o quarto 102. Abri a porta e entrei rapidamente. Levei um tremendo susto.

Ele era um garotinho pequeno e frágil envolto em inúmeros fios. Com apenas dois anos, tinha a aparência de uma criança de quase cinco. Cabelos loiros arrepiados e um pouco lisos nas pontas. Parecia até uma miniatura do Naruto quando mais novo. Será que os olhos dele eram azuis também? Que é isso Hinata? Você tem que parar de pensar nele. Você e Naruto não existem já faz mais de cinco anos. Aproximei-me da cama para verificar como estavam os sinais vitais da criança. Ao constatar que estava normal, meu coração abrandou-se. Pobre garotinho... Tão novo e com uma doença tão triste e devastadora. Nem percebi quando algumas lágrimas vieram à tona e banharam meu rosto silenciosamente. Nesse instante, a porta é aberta revelando uma moça alta de cabelos longos castanhos e olhos igualmente da mesma cor vestida com um jaleco branco.

– Bom dia. – murmurou a jovem. – Como está nosso pequeno Hiro?

– Você é...? – perguntei incerta.

– Tenten. – murmurou a garota. – Você é?

– Tenten? – falei alegre. Como era bom ver minha doce e maluca amiga aqui. – É você mesma? Sou eu, Hinata!

– Hinata! – falou me abraçando. – Que bom ver você minha amiga. Quando chegou aqui?

– Ontem. – respondi soltando-me do abraço apertado. – Não sabia que era médica. Achei que não iria servir nunca para uma profissão dessas.

– As coisas mudam. – murmurou – Mas me diga... Que bons ventos a trazem de volta ao Japão? Achei que estava perfeitamente bem no Canadá!

– Estou trabalhando aqui agora Tenten. – murmurei voltando a olhar a criança deitada na cama. – Conhece o caso desse garoto?

– Com certeza. Eu o conheço a um bom tempo. – sussurrou. – Sou obstetra e cuidei de Hana durante a gravidez. Fiquei bastante amiga dela e eu tratava o pequeno como meu próprio filho. O que houve com ele me deixou bem abalada também. Não sei como Hana deve estar se sentindo.

– Ela ainda não sabe. – falei e ela me olhou perplexa. – Eu sei! Deveriam ter dito a ela, mas Sakura garantiu que não disse ainda porque não sabem o quadro dele direito, estavam esperando um oncologista.

– Pois irá demorar, ainda não encontraram um pelo que eu soube. – murmurou tristonha. – Tenho uma pena dele.

– Eu sou a oncologista contratada. – murmurei. – Por favor, Tenten. Diga-me tudo sobre esse garoto. Caminhei novamente até minha sala acompanhada por Tenten. Entramos e ela sentou-se juntamente a mim.

– Tudo que sei é que ele foi criado pela mãe e avó. – resmungou a Mitsashi. – Jamais soube quem era o pai, se era vivo, se não, mas nunca me intrometi muito nisso. Hana é de uma família classe média. Pelo o que eu soube, ela engravidou quando estava terminando o curso de farmácia em Tóquio e acabou largando para procurar um emprego e cuidar do filho. A mãe dela morreu ano passado.

– E o pequeno?

– O nome dele é Hiro. – murmurou – Ele nasceu aqui mesmo e desde criança foi muito paparicado por todos aqui. Principalmente o pessoal da área de pediatria e obstetrícia. Ele é uma criança muito doce, mas também muito arredia, adorava fazer peripécias. Ele até me lembrou do Naruto quando o vi pela primeira vez. Loirinho dos olhos azuis. – parou por um tempo suspirando – Mas em uma noite em que eu estava de plantão... Hana chegou desesperada com o pequeno nos braços dizendo que ele deu febre e desmaiou. Ele foi direto para uma sala e ela passou mal. Tem problemas de pressão e não poderia se estressar tanto assim... Acabou no soro. Depois o pequeno foi diagnosticado, mas não sabíamos o nível do câncer. E agora, quem sabe com você aqui possamos descobrir .

– Pode acreditar que tudo que estiver ao meu alcance eu farei. – falei – E pra começar, eu avisarei a Hana sobre o caso do pequeno Hiro. Se me dá licença, queria fazer isso agora.

Sai daquela sala após me despedir de Tenten e voltei a caminhar pelos corredores até encontrar o quarto de Hana. Ela parecia bem menos abatida que antes.

– Olá. – murmurei entrando e me aproximando dela sentando na beirada da cama. – Como você está?

– Bem melhor doutora. – sussurrou baixo. – Mas e meu pequeno?

– O nome dele é Hiro não é mesmo? – perguntei e ela acenou positivamente. – Fui visita-lo hoje. Ele parece ser um bom garoto.

– É mesmo. – falou sorridente. – Meu pequeno Hiro sempre é uma criança alegre. Viu o sorriso dele? Aquele sorriso é simplesmente incrível, não é doutora?

– Hana... – murmurei baixinho e isso fez a expressão por um momento sorridente daquela morena se esvair. – Eu preciso te contar uma coisa sobre o pequeno Hiro.

– O quê? – perguntou aflita. – O que houve com ele? O que aconteceu? Ele está bem? Por favor, diga que ele está bem.

– Ele está bem, ok? – falei. – Mas, ele foi diagnosticado com leucemia. A mulher baixou a cabeça brevemente e suspirou pesadamente por longos segundos. Olhou novamente para mim e eu vi uma garota completamente diferente.

– Eu já imaginava que seria isso. – murmurou enfim. Olhei perplexa. – Aquela febre e o desmaio. Já imaginava que deveria ser leucemia. Minha mãe... Ela tinha leucemia também.

– Ainda não sabemos como está a doença no organismo dele. – falei calmamente. – Entretanto, temos que ter fé que haverá reversão. – apertei firmemente sua mão. – Acredite e não desista dele.

*Naruto*

Acabei de para o carro na frente do hospital em que Sakura trabalha. Eu não sei o que houve, só sei que simplesmente de um momento ao para outro, eu tive que vim me desculpar com a Hinata por ter sido tão besta hoje mais cedo. Maldita hora em que eu resolvi tomar uma garrafa de vinho da safra de meu pai. Odeio estar de ressaca logo cedo.

Passei por uma moça jovem de cabelos roxos e olhos cor de mel que gentilmente me mostrou a direção onde estava Hinata. Ela estava em um dos quartos das pacientes e então eu caminhei até lá. Ao chegar, nem liguei muito para quem encontraria ali dentro apenas abri a porta e entrei com tudo, e eu logicamente me arrependeria depois por essa ação.

– Hinata eu... – murmurei e parei no meio da fala ao ver a pessoa que estava deitada na cama e essa parecia tão ou mais surpresa do que eu. – Mas...

– Naruto? Por que entrou assim no quarto? – perguntou Hinata. – O que houve?

– Naruto? – perguntou a morena que eu imaginava que nunca mais veria novamente. – Você mudou muito.

– Vocês se conhecem? – perguntou Hinata confusa. Mas ela com certeza não estaria tanto assim como eu. – Como vocês se conhecem?


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? O capítulo ficou meio grandinho, mas espero que tenham gostado a ponto de comentar... Beijocas!