Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 33
Capítulo 33: Naruto + Hinata = Praia


Notas iniciais do capítulo

*Capítulo Betado

Oi meus lindos(as) leitores(as)... Espero que tenham sentido falta dessa fanfiction. Bom, segundo o Nyah eu não atualizo essa fic desde dezembro do ano passado, então... Um feliz ano novo super atrasado a todos.

Espero que gostem e que não me matem dessa vez. :D
Boa leitura!



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*Hinata*

 

 

            A semana seguinte a minha conversa com tia Kushina passou rapidamente e, de certa forma, a ação da ruiva no decorrer desta me surpreendera. Não houve um momento em que ela me evitara. Não houve um momento em que suas palavras para mim não fossem como as animadas frases que me faziam recordar os momentos antes que ela descobrisse sobre minha leucemia. E isso, para mim, era uma grande vitória.

            A semana também passara apertada e eu pouco tempo tive para respirar. Foram três noites seguidas de plantão no hospital e eu sinceramente esperava que meu cheque viesse um pouco mais gordo no final do mês graças às horas extras. Então meus planos para o final de semana se resumiam em descansar, ler um bom livro e evitar usar muito as pernas que ainda estavam completamente doloridas da correria dos últimos dias. Porém, essa ideia de planos deveria esperar para outra oportunidade. Naruto praticamente me fizera prometer que o meu fim de semana seria para “nós” e não apenas para mim. Graças a isso, agora estávamos em um hotel próximo da praia depois de uma viagem de duas  horas até aquela cidade litorânea.

― Não acredito nisso... ― o loiro Uzumaki deixou o comentário escapar por entre seus lábios. Seus olhos azuis ainda encaravam a janela de vidro do nosso quarto alugado. O guarda-sol e o isopor permaneciam próximos da porta enquanto uma forte chuva não dava sinal de que daria trégua. ― Sério! Eu jurava que a previsão do tempo era de um dia ensolarado.

― A culpa não é sua. ― falei enquanto terminava de preencher o pequeno frigobar com depósitos de pasta de feijão preparada na noite anterior. ― Não é culpa de ninguém se começou a chover.

― É, mas isso estragou completamente meu programa para hoje. ― disse o Uzumaki. O céu ainda estava coberto de nuvens quando ele voltou sua atenção para mim. Encarei seu rosto e era notável o aborrecimento em sua face bronzeada. ― Logo hoje que finalmente tivemos uma folga do trabalho... Eu até mesmo consegui que minha mãe ficasse com o Hiro. Eu... Eu só queria ter um dia para nós.

― E vamos ter. Não se preocupe com isso. ― resmunguei erguendo-me do chão e aproximando-me do Uzumaki e deixando que meus dedos fizessem leves carícias em seus cabelos desgrenhados. Vi a expressão de Naruto suavizar com o carinho e ele fechar os olhos em seguida. ― Não é uma chuva que vai impedir que passemos um dia inteiro juntos.

            Ele riu maneando a cabeça. Sorri. Era algo inevitável. Durante todo esse tempo desde que descobri que tinha leucemia, os tantos tratamentos que nunca obtiveram o efeito que eu tanto esperava e as ironias e reviravoltas com que o destino me presenteara, a única coisa que eu ainda tinha completa certeza e nenhum problema em admitir era que Naruto, sua presença, seus carinhos e o modo como ele me fazia sentir viva eram, de longe, a melhor coisa que havia me acontecido.

            De certo modo, ali naquele quarto de hotel, eu havia decidido. As palavras que eu disse para tia Kushina não deveriam ser vagas. Se eu quisesse que minha madrinha acreditasse nelas, eu também, de certa forma, deveria acreditar. Eu não podia esperar quieta e em silêncio até o momento em que a morte me abatesse. Eu não podia desperdiçar o tempo que ainda me restava apenas choramingando sem razão. Havia algo que eu ainda queria. Um sonho de infância e adolescência, um sonho que era tão real e vívido naquele momento. Esse sonho tinha nome e sobrenome: Naruto Uzumaki.

 

 

 

[...]

 

 

 

 

            Deixei que meus cabelos tocassem a toalha vermelha que estava sobre a areia. O clima ainda estava ameno, graças a chuva do dia anterior fazendo com que a minha perspectiva de ver a luz do sol e quem sabe, me bronzear, fosse rapidamente refutada. Meus olhos vislumbraram a orla. Para ser mais exata, vislumbraram a figura de Naruto enquanto comprava um pouco de água. Se eu observasse um pouco mais seria fácil encontrar algumas jovens apreciando o loiro. Afinal, Naruto era, como gostava de dizer minha doce irmã caçula, um pedaço de mau caminho. Eu não podia discordar quanto a isso.

            Aos 23 anos, somente a alguns meses de completar 24, Naruto tinha um corpo deslumbrante. A pele bronzeada somada aos cabelos loiros e olhos azuis podia, facilmente, enganar ao mais sábio dos homens que julgasse que Naruto Uzumaki não era japonês. Para dizer a verdade, se eu não o conhecesse praticamente a minha vida inteira, eu juraria que ele era um surfista australiano que passava mais tempo pegando ondas na praia do que preso dentro de um escritório remexendo em plantas e contratos.

― Você nem ao menos se esforça... ― sussurrei assim que o loiro sentou-se ao meu lado oferecendo-me a garrafa com água. Ele me encarou confuso e eu facilmente mudei meu olhar para um grupo de três garotas que mais pareciam se abanar por causa da visão de um Naruto apenas de bermuda. Ele riu abertamente e fez um movimento com os ombros, os erguendo. O gesto dizia claramente: Não posso evitar. Deixei uma risada fraca escapar por meus lábios e vi o Uzumaki passar os braços sobre meus ombros. O ato puxava-me mais para perto de si. ― Suas fãs não ficarão nada contentes com isso. ― eu retruquei lançando meus olhares na direção de seu braço. Ele sorriu e apertou-me ainda mais. ― Naruto...

― Elas podem até serem fãs minhas, mas... ― seus olhos me observavam com uma intensidade de dar inveja. Seu sorriso aberto deixava visíveis os dentes perfeitamente alinhados. Eu me perguntava se aquele nível de perfeição realmente existia ou era apenas uma miragem visual do meu cérebro conturbado. ― No momento eu só tenho olhos para uma delas.

― Sério? ― perguntei entrando em sua brincadeira. Havia algo que, não importa o quanto eu negasse, ainda me deixava completamente atraída a Naruto. Se esse ato ainda fosse uma armação do tão falado destino, eu provavelmente estava presa naquela teia sem nenhuma vontade de me soltar. ― Qual delas? A ruiva, a loira ou a de cabelos castanhos?

― Uma de cabelos negros. ― disse ele erguendo uma mecha de meu cabelo e a colocando em frente a minha face. Senti a temperatura subir alguns graus e a vermelhidão espalhar-se por minhas bochechas. Se eu estava corando, preferiria que o loiro não notasse. ― De olhos perolados e bochechas rosadas.

 

 

*Naruto*

 

 

            Em um momento estamos conversando sob um guarda-sol na areia com vista para o mar. No momento seguinte, corríamos apressados de volta para o hotel na tentativa de permanecermos secos. O que, assim que chegamos à varanda do lugar, percebemos que havia sido uma tentativa infrutífera e falha. Estávamos mais molhados do que se tivéssemos entrado na água salgada. Suspirei plenamente devastado. Meu lindo programa de final de semana estava, literalmente, recebendo um banho de água fria.

            O quarto 21 apareceu em nossas vistas e Hinata abriu a porta sem muito esforço. Eu só podia imaginar que Kami estava jogando-me em uma provação desastrosa. Havíamos perdido o dia anterior graças a forte chuva que começou a cair assim que terminamos de esvaziar o bagageiro do carro. Agora, quando finalmente eu pensava que a chuva daria trégua, a água volta a escorrer dos céus. Hinata colocou a toalha vermelha, que ela usara para chegar um pouco mais seca, sobre a cadeira.

― Preciso de um banho quente. ― disse ela enquanto soltava os cabelos. Eu não sabia exatamente o porquê, mas aquela imagem fora fascinante. As mãos de Hinata acariciavam os fios úmidos enquanto procurava por uma toalha enxuta dentro da mala, seguindo após para o banheiro.

            O baque da porta se fechando fora o suficiente para me fazer voltar à realidade. Encarei o televisor preto sobre uma pequena cômoda. Aproximei-me da lista de VHS presa à parede, logo atrás do televisor. Surpreendi-me com a ideia de assistir uma fita em VHS depois de tanto tempo quando o aparelho DVD e as Smart TV’s ganhavam o mundo dia após dia. Os títulos eram, em grande parte, desconhecidos por mim. Encarei as fitas abandonadas dentro de uma caixa. Mesmo que houvesse uma lista presa a parede, você teria sorte se escolhesse a fita desejada por acaso, pois nenhuma delas tinha identificação.

― Acho que você deveria... ― a voz de Hinata perdeu-se quando esbarramos nossos olhares. Ela já estava devidamente vestida em um vestido lilás com comprimento até o joelho. A toalha descansava sobre seus ombros enquanto ela ainda terminava de secar os cabelos. Minhas mãos cessaram em uma fita de videocassete desconhecida. ― O que está fazendo?

― Bem, já que perdemos nosso fim de semana na praia... ― ergui a fita que estava em minhas mãos. ― Por que não passamos o tempo que nos resta assistindo a um desses filmes completamente desconhecidos?

            Ela pareceu pensar sobre o assunto. Os olhos da Hyuuga seguiam entre mim e a fita em minhas mãos. Se havia dúvidas em seus olhos, elas sumiram quando um sorriso simplório escapou de seus lábios.

― Está bem... ― sussurrou ela. ― Deixe-me cuidar disso. Vá tomar um banho por enquanto.

            Apenas maneei concordando. Ergui-me do chão e pesquei uma toalha sobre a cabeceira da cama e uma roupa sobre o colchão. Fechei a porta atrás de mim, não sem antes ouvir uma pequena risada ecoada pelos lábios de Hinata. Sorri e voltei-me ao banho.

 

 

 

[...]

 

 

 

            Acordei na manhã seguinte com o pescoço praticamente dolorido. Havíamos adormecido enquanto um antigo e completamente estranho filme de faroeste passava na tela. O ator principal provavelmente havia morrido muito antes que eu nascesse e metade da história mais me dava sono do que animação. Encarei o relógio na parede e contentei-me em apenas erguer-me do colchão e encontrar uma Hinata já desperta e arrumando as malas.

― Bom dia... ― sussurrei em direção da morena que sorriu minimamente e devolveu a frase. Ela estava bastante fixada em finalizar a tarefa de dobrar e guardar a roupa dentro da mala. ― Já está arrumando as malas? Mas ainda é cedo... Temos... ― forcei a visão para o relógio mais uma vez e reconheci os ponteiros como sendo quase sete e meia da manhã. ― Ainda temos umas três horas antes de desocupar o quarto.

            As mãos de Hinata travaram na metade do caminho entre a mala e as roupas dobradas a sua esquerda. Ela franziu a testa e encarou o relógio na parede para, só então, olhar o próprio relógio em seu pulso. Um suspiro exausto escapou por seus lábios e ela apertou a ponte do nariz duas vezes, um ato comum, eu havia notado.

― Naruto que horas são no seu relógio? ― perguntou-me. Deixei que um bocejo escapasse por meus lábios e desci as pernas da cama. Perguntei-me mentalmente o motivo de tal pergunta, mas fiz o que ela pediu. Peguei o relógio sobre o criado-mudo e encarei, sem dificuldade, os ponteiros. Se meu relógio estivesse correto, restava-nos quatro e não três horas para que tivéssemos que desocupar o quarto. ― Mas... Meu relógio está uma hora atrasado?

― Não... ― ela suspirou exausta, sentando-se sobre o colchão. ― Seu relógio está quase seis horas atrasado... Temos que deixar o quarto em cinco minutos, Naruto. A moça da recepção já ligou informando.

            Deixei que um suspiro escapasse por meus lábios. Por um segundo eu desejei voltar ao sonho maravilhoso que estava tendo. Nele, Hinata corria sobre as areias brancas da praia. O sol estava se pondo no horizonte, tornando o céu uma mistura maravilhosa de azul-escuro e alaranjado. Ergui-me da cama, disposto a deixar que minha irritação permanecesse apenas para mim. Se eu não tivesse que trabalhar, provavelmente pagaria mais um dia naquele hotel e torceria para que hoje não chovesse e a praia estivesse visitável.

            Peguei algumas roupas e troquei-me enquanto Hinata terminava de se arrumar no banheiro. Esvaziei o frigobar. Dos quatro depósitos de pasta de feijão que Hinata trouxera apenas os depósitos permaneceram para contar história. Encarei a figura da morena que terminava de prender o cabelo em um rabo de cavalo. Meus olhos foram fixados na janela do quarto. Uma chuva fina escorria pela vidraça e, provavelmente, um nevoeiro se formaria em breve. Peguei as malas em mãos enquanto Hinata segurava o isopor com água e os depósitos secos. Sai do quarto, trancando a porta em seguida. O som da chuva caindo sobre o solo chegava facilmente em meus ouvidos. Havia um quê de que ela continuaria até a nossa chegada em Konoha e esse pensamento não me deixava nenhum pouco animado.

― Saindo? ― a moça da recepção perguntou para mim. Um sorriso sugestivo escapou por seus lábios e eu já deveria ter me acostumado com esse tipo de sorrisos. Apenas confirmei com um aceno breve. ― Espero que não tenham que pegar a saída leste. A chuva dos últimos dois dias fez com que a ponte caísse. Está um caos naquele lado da cidade.

           Se havia esperança de voltar para casa hoje, ela simplesmente desaparecera após a notícia dada pela atendente. Hinata me encarou pesarosa. Eu podia facilmente entender o que aquele olhar dela significava. Adeus volta para casa, era isso que ele dizia. Suspirei lentamente. A saída leste era a única rota disponível para Konoha. Perguntei-me quanto tempo levariam para consertar uma ponte naquela chuva e disse para mim mesmo que eu não gostaria da resposta.

― Mudei de ideia. ― falei para a moça que sorria de forma reconfortante desta vez. Um sorriso forçado formou-se em meus lábios quando puxei a chave de volta. ― Renove.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado. Tentarei escrever outro capítulo antes de fevereiro começar. Aguardo vocês nos comentários e... Desculpem-me aqueles que eu não pude responder o comentário do capítulo passado. Eu quase não tenho entrado aqui e as autoras que eu acompanho sabem bem que eu ando sumida das fics delas também...

Bem, mas é isso. Espero vê-los em breve! Beijos!



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