Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 31
Capítulo 31: Dúvida?


Notas iniciais do capítulo

#Capítulo betado

Eu demorei de novo não foi? Sinto muito se isso aconteceu, mas é que tô atolada na faculdade e tenho que recuperar três notas, então... O tempo pra mim tá curtíssimo.

Bem, minha beta fez questão de destacar o quanto adorou esse capítulo. Ela provavelmente viria me dar uma surra se a tela de um computador ou de um celular não nos mantivesse distantes uma da outra. >':D

Mas eu espero que gostem desse capítulo. E bem... Novamente vou afirmar que ainda não está na hora do romance. Eu sei que algumas leitoras veem me cobrando mais romance, maior cumplicidade entre os dois, mas ainda não é hora. Vejamos bem, a Hina ainda não se sente a vontade pra conversar com o Naruto, quem dirá ter cenas românticas. E bem... Eu realmente não sou um ícone no romance. Quem me acompanha de outras fics bem sabe disso. ;D

Boa leitura! ;D



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*Naruto*

Hidan deixou uma gargalhada seca escapar por seus lábios. O som ecoou pela sala tornando-se mais alto que o volume da televisão. Encarei-o ainda aguardando respostas. Provavelmente eu não gostaria de ouvir, mas não havia outro modo. Estava realmente em um labirinto. A Hinata que eu havia conhecido quando ainda era um pequeno menino de cinco ou seis anos não existia mais. Ela havia mudado. Ela havia se transformado em outra pessoa quando se mudou para o Canadá. Ela havia se tornado uma completa estranha graças a leucemia.

― Como eu disse... ― o homem a minha frente murmurou as palavras. Sua declaração ia aos poucos escapando entre os goles que dava na cerveja. Os lábios finos crispados em uma tensão mínima. Percebi, naquele momento, que falar sobre esse assunto era algo complicado até mesmo para Hidan. ― É uma longa história... Mas vamos começar do início.

*flashback on*

AUTORA POV

Questionava-se o que levara a Hinata não comentar sobre o quadro da leucemia. Ou então sobre os tratamentos que não estavam tendo efeito. Suspirou lentamente quando parara a o carro na frente do parquinho infantil. Matsuri, logo depois de muito esforço, cedera e dissera a verdade. Agora lá estava ele. Prestes a encarar a Hyuuga e buscar a resposta que tanto o atormentava.

Desceu do carro, fechando a porta em seguida. Encarou-a ainda à distância. Hinata parecia alheia a tudo. Seus olhos perolados mantinham-se fixados a algumas crianças que corriam pelo campinho de areia ou se penduravam como macacos no trepa-trepa. Conseguiu ouvi-la suspirar e fechar os olhos rapidamente, então se aproximou.

― Hinatinha... Você por aqui. ― murmurou Hidan com um sorriso debochado em seus lábios. ― O que a trouxe para um parquinho infantil há essa hora?

― Eu que o perguntou, Hidan... ― a voz da Hyuuga escapara curiosa. ― Não é você que prefere as cidades movimentadas e tudo o mais?

Ele riu enquanto sentava-se ao lado da Hyuuga no banco de mármore cinzento. Os olhos violetas do rapaz encararam a morena a seu lado que ainda aguardava uma resposta. Hidan jogou a cabeça para trás e encarou o céu limpo. Algumas nuvens solitárias transpassavam sobre suas cabeças cobrindo os poucos raios de sol que invadiam a atmosfera.

― Para dizer a verdade... Eu sabia que você estaria aqui. ― ele disse mudando a posição e colocando os cotovelos sobre os joelhos. O queixo retangular fora posto sobre as mãos que se mantinham cruzadas. ― Matsuri me contou sobre a leucemia. ― a pergunta de Hinata era visível em sua face estampada de confusão. ― Ela sabe que sou seu amigo, Hinata e ficou extremamente surpresa quando eu disse que você não havia me dito. ― Hidan disse já jogando outra vez a cabeça para trás e voltando a encarar o céu. ― Por que não me contou? Por que não me disse que os tratamentos estão falhando?

― É uma longa história Hidan... ― murmurou Hinata e, por um segundo, Hidan notou um ar diferente na face da Hyuuga. Algo mais mortificante que a própria doença. ― Eu não queria que você se preocupasse. Isso não é um problema que você possa resolver.

― Problema meu ou não, somos amigos, Hinatinha... ― falou Hidan. ― E eu não quero que sofra sozinha no silêncio. O que fará agora?

― Disseram que tenho pouco tempo. ― disse a morena. ― Talvez três anos... Talvez menos. Acho que voltarei para Konoha.

― Por que voltar para lá? ― perguntou confuso. ― Konoha, como você mesma já disse é uma cidadezinha pacata. Lá você não vai conseguir um tratamento eficaz... ― ela suspirou e Hidan a encarou nervoso. ― Oh não... Hinata você não está pensando em desistir, está?

Não houve resposta por parte da Hyuuga. Hidan suspirou e jogou novamente a cabeça para trás. Os olhos perolados de Hinata mantinham-se presos as mulheres que levavam as crianças para casa. Hidan tocou a mão da morena, atraindo sua atenção. Os dedos foram facilmente entrelaçados e Hinata o encarou. Era um olhar caloroso, de compaixão e amizade. Hidan não a transmitia um olhar de pena e muito menos de raiva, apenas o olhar de sempre.

― Saiba que qualquer coisa, pode contar comigo. ― falou Hidan. ― Você é minha amiga, Hinatinha... E eu até entendo o motivo de você querer voltar para sua cidade. Mesmo que essa seja a forma mais idiota de se matar.

Hinata riu, pela primeira vez em semanas de forma verdadeira. Ela encarou o amigo por alguns segundos. Poderia dizer a ele? Poderia desabafar? Ela poderia ter certeza que tal conversa se manteria apenas entre os dois? Suspirou encarando a sua frente. O vazio permanecia agora e o silêncio tornava aquele parque infantil um lugar sombrio.

― Hidan... ― sussurrou para o amigo atraindo sua atenção. ― Eu tenho que te contar uma coisa...

― Diga.

― Vi um conhecido há alguns meses. ― disse a morena. ― Para ser mais exata, logo quando descobri que estava com leucemia. Ele é um velho amigo do meu ex-namorado. Estudamos juntos quando ainda morava em Konoha. Mas ele fez algo que... Por Kami... Eu não gosto nem de lembrar.

― O que aconteceu?

― Ele... ― resmungou rapidamente e deixou um suspiro escapar por seus lábios. À vontade fora embora tão rapidamente quanto viera e as palavras ficaram engasgadas em sua garganta. ― Não importa... Não importa mais. Quando voltar para Konoha, a lembrança de uma conversa com Gaara, seja qual fosse, sumira. E é melhor que fique assim.

― Gaara? ― pergunto-a. ― Por que esse nome me é familiar?

― Ele é o cara que apareceu no meu quarto quando descobri da leucemia. ― disse rapidamente. ― Ele é um cretino, apenas isso. ― Hinata ergueu-se. ― Eu tenho que ir, Hidan.

*flashback off*

NARUTO POV

― Só depois notei o porquê de Gaara ser um nome familiar. ― resmungou Hidan atraindo minha atenção logo após sua história. De início, pensei que ele estivesse me enrolando para não comentar a verdade, mas agora, algo me atraia a ouvi-lo. ― Dias antes eu havia tido uma conversa rápida com Matsuri, uma amiga que temos em comum. Ela havia me falado sobre um cara. Um caso passageiro da Hinatinha quando ainda morava no Canadá, antes de descobrir a leucemia.

― Um caso? ― perguntei-o. A história totalmente distorcida em minha mente. Encarei o homem que passava as mãos levemente pelos fios loiro-acinzentados dos cabelos. Hidan abriu outra garrafa de cerveja e solveu um demorado gole. ― Eles tiveram um caso?

― Matsuri não entrou em detalhes, mas depois disso eu perguntei para a Hinata. ― disse Hidan. ― Ela enrolou e não me disse praticamente nada. Mas a frase que ela soltara até hoje permanece em minha memória e, Uzumaki eu lhe digo, ficar remoendo essa história não fará nenhum bem para ela.

― Desembuche logo, Hidan.

― Eles estavam de rolo e bem... ― a voz de Hidan era embargada pela cerveja. ― Matsuri me disse que a Hinata havia engravidado dele e perdido o bebê.

A notícia aterrissara feito uma bomba atômica. Aquilo que ainda existia de razão em minha mente estava prestes a ruir. Meus dedos apertaram com mais força a latinha de cerveja em minha mão. Meus olhos azuis estavam arregalados em surpresa. Eu poderia pensar qualquer outra coisa, menos isso. Então era por isso que Hinata não queria comentar sobre Gaara? Era por isso que ela não gostava de comentar sobre a vida no Canadá?

― Por isso, eu acho que não deve remexer nesse passado, Uzumaki. ― disse rapidamente Hidan percebendo, provavelmente como eu estava alarmado com toda essa história. Um bebê? Com o Gaara? Justo com o Gaara? Ergui-me da poltrona e caminhei em direção à porta. ― Ei! Ei Uzumaki!

A voz de Hidan parecia distante. Não havia mais nada que pudesse me impedir. Todas as minhas dúvidas e certezas estavam entaladas em uma garrafa de refrigerante recém-sacudida prestes a explodir. Desci as escadarias rapidamente, pouco me importando se eu estava ou não na cobertura. Passei pelo saguão sem despedir-me dos porteiros, como de costume. Entrei no meu carro e dei a partida. Havia dois lugares em que eu precisava urgentemente ir.

*Hinata*

Suspirei quando, enfim, meu corpo cessou no colchão macio da cama. Meus olhos observavam o céu escuro. O retrato da noite repleta de estrelas. A companhia da pálida lua cheia. Os sons de corujas e algumas outras aves noturnas que havia ali por perto. O tecido da minha camisola vermelha grudava ainda sobre minha pele recém-molhada. Ainda sentia o calor da água a escorrer por meu corpo ou a maciez do sabonete a ser passado por minha pele.

Havia sido um dia extremamente confuso. Não entendi as reações de Naruto. Eu realmente não conseguia entender o que se passava pela mente do Uzumaki de cabelos loiros e olhos azuis. Suspirei lentamente erguendo meu corpo do colchão e acariciando os meus fios de cabelo entre os dedos. A maciez dos fios fazia com que eu simplesmente fechasse os olhos e admirasse essa sensação. Era algo morno, caloroso. Era algo impossível de ser descrito e, mesmo que todos os acontecimentos do dia tornassem a retornar a minha mente, ainda me sentia extremamente calma com o simples e singelo ato.

O som da campainha fora ouvido por mim e franzi o cenho. Meus olhos foram rapidamente em direção ao relógio da parede. Os ponteiros marcavam, sem dúvidas, meia noite. E eu, realmente, não esperava mais nenhuma visita aquele horário. Puxei o hobbie branco e coloquei-o sobre a camisola. Meus pés seguiram o caminho das escadarias e quando parei em frente à porta, meus braços e pernas congelaram. Pela vidraça na porta eu conseguia enxergar a pessoa que me esperava do lado externo. Cabelos loiros ligeiramente assanhados. Olhos azuis completamente escurecidos. Abri a porta, ainda em dúvidas.

― O que faz aqui? ― perguntei. Minha voz saiu mais natural do que eu imaginaria que pudesse vir a sair. Meus dedos ainda estavam sobre a maçaneta e a vontade que eu tinha de fechar a porta na cara do loiro crescia em meu peito. ― Está tarde...

― Precisamos conversar.

― Ah... ― sussurrei rapidamente. Eu estava prestes a explodir, de fato. Havia feito o impossível para que a nossa “conversa” acontecesse no tal restaurante, mas ele fizera o favor de surtar e sair correndo dentro do próprio carro, deixando-me às moscas na frente daquele lugar. ― Agora quer conversar? ― a pergunta escapou mais ranzinza que eu conseguia evitar. Meus olhos seguiram para as vestes do Uzumaki e deparei-me com a mesma roupa que ele usava horas atrás. ― Sinto muito, mas é tarde. Talvez devesse deixar essa conversa para outro dia.

Eu fecharia a porta se a mão de Naruto não tivesse impedido esta ação. Meus olhos se chocaram contra os azuis escurecidos. Havia algo de estranho na forma como ele me observava e, de algum modo, eu senti-me quente apenas pela intensidade de seu olhar.

― Naruto, vá embora. ― eu resmunguei. Sabia que com a cabeça quente como estávamos àquela conversa não seria nenhum pouco saudável. Eu sabia que se simplesmente desabafássemos tudo, corações seriam partidos e o remorso nos atingiria no dia seguinte. Seria melhor conversarmos quando tudo amenizasse e quando nossos corpos não estivessem dispostos a desabar a fúria um sobre o outro. ― Conversamos amanhã, ok? Apenas...

― Eu só quero que me diga uma coisa. ― disse Naruto. Sua voz chegava a ser suplicante. Meus olhos o fitaram. Ele estava agoniado e parcialmente perdido, percebi por fim. Abri novamente a porta sabendo que, talvez, eu me arrependesse por aquilo. Mas naquele momento, eu não me importava. Queria mais abraça-lo e dizer que ficaria tudo bem, mas algo em seu olhar me condenava mesmo sem que eu soubesse o motivo de tal culpa. ― Apenas me responda isso e eu vou embora. Mas quando eu for, será como se nosso futuro estivesse decidido.

― Naruto o que houve? ― perguntei-o. A angústia tomava conta de cada célula de meu corpo. Senti minha temperatura corporal exceder os limites e minhas pernas fraquejarem por alguns instantes. ― Está me deixando preocupada...

― É verdade que você perdeu um filho que esperava do Gaara?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Estão estilo minha beta, prestes a me espancarem? kkk'

Aguardo vocês nos comentários.

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