Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 28
Capítulo 28: Será Verdade?


Notas iniciais do capítulo

#Capítulo Betado

Gente tô de volta mais uma vez! Acho que nem demorei tanto né? kkkk'
Bem, meu semestre começou de novo e agora vai ficar um pouco mais complicadinho pra escrever... :(

Bem, mas o importante é que.... Gente a terceira recomendação da Fic!!! Obrigada Imthor! Saiba que quando li sua recomendação eu ainda nem havia escrito 10% do capítulo. Ela me deu ânimo e fez com que as palavras facilmente fluíssem, por isso obrigada! Eu realmente adorei suas palavras! Que bom que gosta dos personagens originais e... Hoje esse capítulo é totalmente especial para você! Espero que goste!

hanna44, Hime uzimaki, geny, NatiiYoshino, Hyuuga Uzumaki agradeço de imenso coração seus comentários. Saibam que ainda continuo firme e forte graças a vocês! Esse capítulo também é especial para vocês!

Também desejo boas-vindas aqueles fantasminhas que não se apresentaram ainda. Se aprocheguem que eu não mordo não! Todos aqui são especiais para mim, e espero que continuem acompanhando a fic! ;D

Boa leitura a todos!



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*Hinata*

Ergui-me da cadeira enquanto segurava uma prancheta marrom com os nomes dos pacientes que eu deveria visitar naquele dia. Não era algo muito trabalhoso, mas qualquer esforço que eu fizesse, uma dor parecida a milhões de agulhas sendo espetadas contra meu corpo. Eu sentia claramente minha pele esquentar sob o jaleco branco e a fraqueza aos poucos tomando conta de meu corpo. Balancei minha cabeça para os lados, tentando ao máximo focar-me na atividade deste momento. Caminhei para fora da minha sala e segui rumo ao quinto andar. Seria lá que eu trabalharia ainda pela manhã.

Enquanto observava pacientes, colegas de trabalho e visitantes perambulando pelos corredores, lembrava-me do ocorrido no jantar, dois dias atrás. Eu ainda estava chateada, mesmo que tentasse disfarçar. Eu poderia esperar aquele comportamento de qualquer outra pessoa, mas não dela. Tia Kushina sempre fora acolhedora. Assim como minha mãe, ela sempre foi um porto seguro em que eu podia me agarrar. Ela sempre repetia, vez ou outra, que eu poderia contar com ela, então... Por quê? Por que ela me tratava desta forma? Por que me via como uma condenada? Deixei que um suspiro exausto escapasse por minha boca. Ficar imaginando qual o motivo que levara tia Kushina a tal ação não me daria as respostas que eu desejava ouvir. Para isso, eu teria que confrontá-la e pergunta-lhe pessoalmente. Porém... faltava-me coragem para tal ato. Sim, eu era uma completa covarde.

Entrei no primeiro quarto a direita e encarei uma velha senhora de olhos castanhos. Yura Mitama, 69 anos. O câncer que afligia o fígado já havia se espalhado por outros órgãos internos que, aos poucos iam parando de funcionar. A metástase havia vitimado drasticamente seu pulmão, ocasionando na atual necessidade de respirar com a ajuda de aparelhos. Sem que ao menos me desse conta, a expressão de pena que eu tanto detestava agora estava estampada em meu rosto. Yura-san estava praticamente sozinha. Ela era viúva, não tinha irmãos, só tinha um filho e esse pouco aparecera aqui no quarto. Apenas uma vizinha, que aparentemente via a velha senhora como uma mãe, havia aparecido duas ou três vezes.

Suspirei saindo daquele quarto após verificar todos os sinais vitais. Continuei a caminhada por pelo menos mais três quartos. Todos os pacientes da área de oncologia do hospital. Questionei-me novamente do porquê ter escolhido tal área da medicina e cheguei a conclusão que a ideia de transmitir a esperança que a mim era negada para os outros poderia, definitivamente, acalmar meu coração revoltoso e assim, fazer-me sentir melhor, porém isso não me convenceu. Dei-me conta então do real motivo e sorri minimamente de maneira irônica. Provavelmente eu havia escolhido a oncologia para saber aquilo que, definitivamente, me aguardava. Um processo de deterioração lento e ardiloso. Uma chama de esperança que, aos poucos, ia sendo gradualmente apagada por um grande balde de água fria. E no fim, o que restava era aquilo que aguarda a todos os seres vivos deste planeta... A morte certa.

Encarei os nomes escritos nas fichas em minha prancheta. Os pacientes do quinto andar já haviam sido todos vistoriados. Agora, eu deveria voltar para minha sala e aguardar pela chegada de Hana e Hiro. O pequeno loirinho iria fazer as consultas de rotina. Tínhamos que ver como andava sua saúde após o transplante. Encarei o corredor novamente. Tão cheio de corpos movimentando-se entre as portas. O elevador ficava mais adiante na multidão. Meus olhos puseram-se sobre a escadaria. Seriam alguns bons degraus até o andar inferior que, neste momento não deveria estar tão lotado como o quinto. Não haveria problemas em usar as escadas por apenas um andar, correto?, pensei rapidamente enquanto afastava-se da parede e seguia rumo as escadarias.

Eu poderia ter feito meu caminho facilmente sem problemas, mas quando meus pés tocaram o segundo lance de escadas que, enfim me levariam definitivamente ao quarto andar, uma figura à minha frente fizera com que meus passos cessassem no local em que eu estava. Cabelos ruivos, levemente desgrenhados. Olhos tão verdes que ofuscariam facilmente os mares caribenhos. A singela tatuagem em sua testa chamava a atenção para o rosto sério, mas bem feito. Sabaku no Gaara, era seu nome. Para Naruto, um melhor amigo. Para mim, uma pessoa que, preferencialmente, deveria ficar o mais distante de mim, mas que o destino insistia em fazê-la cruzar meu caminho.

― Hinata... Como está? ― Perguntou jocosamente. O encarei ainda desconfiada. A presença de Gaara nunca me trazia tranquilidade, ao contrário, fazia com que a raiva e o asco embolassem-se em minha garganta e a vontade de correr para o mais longínquo espaço passasse por minha mente. ― Hinata?

― O que você quer? ― Perguntei rapidamente. O melhor seria questioná-lo de uma única vez. Confrontá-lo, por assim dizer. Me questionava absurdamente o que o trouxera para o Japão, mas nunca conseguia encontrar a resposta.

― Queria conversar com você...

― Não, você não quer conversar comigo. ― disse enquanto cortava sua declaração e remexia meus pés desconfortavelmente para os lados. ― Não temos nada a conversar. Eu realmente adoraria que você deixasse de falar comigo e que simplesmente me esquecesse de uma vez por todas, Gaara...

― Não pode simplesmente apagar o passado, Hinata. ― retrucou o ruivo. ― Principalmente o que aconteceu conosco no Canadá...

― É, você está certo... ― sussurrei minimamente. ― Não posso simplesmente apagar o que aconteceu. Mas você, melhor do que ninguém, sabe o que eu penso sobre esse ocorrido, Gaara. ― disse e vi o ruivo me encarar aparentemente arrependido, mas agora de nada adiantava. ― Aquilo não significou nada, Gaara. Foi um erro... Eu estava frágil... ― Escutei um barulho alguns degraus acima de onde estávamos e preocupei-me que alguém pudesse me ver ali conversando sobre este assunto com Gaara. O encarei novamente enquanto pensava em uma forma rápida e eficaz de sair daquele confronto. ― Você se aproveitou de mim como um bom canalha que você é, mesmo sabendo que eu sempre amei o Naruto. Por Kami, Gaara! Ele era seu melhor amigo, você não poderia ter feito algo assim... Por isso, acho melhor que me deixe em paz de uma vez por todas.

Antes que ele pudesse ao menos cogitar em me impedir ou resmungar mais alguma coisa, eu passei por ele e continue descendo as escadas até o quarto andar. De lá, caminhei o mais rapidamente para o elevador e apertei o número do térreo. Só então pude respirar mais aliviada.

*Naruto*

Encarei o grandioso prédio de cinco andares à minha frente. O Hospital Geral de Konoha que vinha sido coordenado por Sakura. O mesmo hospital no qual Hinata trabalha. E, agora, o mesmo hospital em que estou indo ao lado de Hiro fazer os exames de rotina. Encarei o pequeno menino ao meu lado. Hiro segurava firmemente minha mão, como se estivesse nervoso ou preocupado. Ele me encarara e eu lhe entreguei o mais sincero e esperançoso sorriso. Tanto minha mãe quanto Hinata sempre disseram que o meu sorriso era capaz de curar até mesmo um coração partido. Eu realmente não acreditava muito nisso, mas agora torcia para que funcionasse. Pelo visto, a ação tivera efeito, pois Hiro, mesmo com a face parcialmente coberta por uma máscara, sorriu de volta fazendo com que seu aperto amenizasse um pouco mais em minha mão.

Caminhei ao lado do pequeno até a recepção e, depois de informar o que havíamos vindo fazer ali, Konan, a jovem enfermeira dissera o caminho que deveríamos seguir, pois, segundo ela, Hinata não estava em seu consultório, mas sim realizando visitas de rotina. Eu caminhava pelos corredores na direção indicada quando, ainda ao longe, avisto uma cabeleira rosada sorrir em nossa direção. Tão rápida quanto um relâmpago, Sakura se materializara em nossa frente.

― Yo, Naruto! ― exclamou para mim enquanto prendia uma caneta no bolso de seu jaleco. ― Ohayo Hiro-kun! Vieram para a consulta de rotina? ― perguntou-me rapidamente enquanto observava o relógio em seu pulso. Aparentemente, a bela Sakura Haruno estava apressada. ― E a Hana? Ela não veio?

― Ela está em uma entrevista de emprego. ― sussurrei de volta. ― Pediu que eu o trouxesse.

Eu realmente não me considerava o “pai do ano” para o Hiro. Eu havia me ausentado de seus primeiros anos de vida quando Hana me escondera o fato de estar grávida e sumira de minhas vistas. Agora, mesmo que eu tentasse, ainda me sentia um pouco fechado e sem jeito. Era estranho, de certo modo. Eu me tornara pai de um momento ao outro, sem pausa para me acostumar. E quando descobri essa paternidade, de bônus, meu filho ainda estava internado em um quarto de UTI. Sakura deixou que um mínimo sorriso escapasse por seus lábios. Ela, provavelmente, sabia como estava sendo complicado organizar minha vida desde que Hiro começou a fazer parte dela. Minha rotina e prioridades, de certa forma, haviam sido substituídas ou até mesmo atrasadas. Eu ainda estava me habituando, por melhor dizer.

― Acabei de passar pela Hinata... ― sussurrou ela minimamente. ― Ela estava indo para o quinto andar. Vocês podem esperar na sala dela, o que acham?

― Está bem. Obrigado, Sakura-chan. ― murmurei de volta vendo-a acenar e despedir-se em seguida. Olhei para Hiro e sorri minimamente. Mesmo que ele houvesse entrado em minha vida tão rapidamente assim, eu realmente precisava passar algum tempo com ele. Talvez ele também sinta-se acanhado, afinal, essa é uma situação nova tanto para mim quanto para ele. ― Hiro... ― o chamei e ele logo me encarara com os olhos azuis. Porém, ao contrário dos meus, seus olhos tinham um tom de azul mais escurecido. ― O que você acha de nós dois irmos ao cinema depois destes exames?

O garoto apenas concordara, mas pude ver a ansiedade claramente estampada em seu rosto. Caminhamos mais um pouco até que chegássemos ao final do corredor. A porta que separava o corredor da sala de Hinata havia recebido um toque de verniz e uma placa dourada com os dizeres: Dr.ª Hinata Hyuuga, oncologista. Sorri dando-me conta que no fim, tudo havia dado certo. Todos de nossa turma haviam conseguido realizar seus sonhos e agora, tinham uma carreira de sucesso, um futuro brilhante pela frente. Futuro, lembrar-me dessa palavra fez com que a preocupação retornasse a minha mente. As simples palavras ditas por minha mãe no jantar, dois dias atrás: Porque eu não vejo um futuro para vocês dois, Naruto... Mas havia um futuro, dei-me conta. Ainda poderia ser um futuro incerto e turbulento, mas ele existia.

― Ottou-sama...? ― a voz de Hiro fora o suficiente para tirar-me de órbita e trazer-me de volta à realidade. Encarei o pequeno loiro que me observava de forma confusa. Sorri minimamente em sua direção. ― O que foi?

― Desculpa, Hiro... ― deixei que o pedido escapasse em um simples sopro. Abri a porta e encarei o cômodo com os pensamentos enevoados. ― Você pode esperar aqui enquanto vou avisar a Hinata que já chegamos?

Ele simplesmente confirmara e sentou-se em uma poltrona verde acolchoada que havia naquela sala. Depois de pedir a um enfermeiro que passava por ali para ficar prestando a atenção nele, segui rumo ao elevador. Ela estava indo para o quinto andar, a frase novamente ressoou em minha mente antes que meu dedo tocasse o botão do andar escolhido. Encostei-me no espelho do elevador e fechei brevemente os olhos até que, segundos depois, a porta é aberta.

O quinto andar estava repleto de pessoas, especialmente no corredor. Caminhei por entre os corpos quentes e enfraquecidos daqueles pacientes. Ora ou outra, eu observava os quartos pela pequena janelinha que havia nas portas ou então forçava-me a ouvir a calma e delicada voz de Hinata enquanto conversava com algum paciente durante seu check-up matinal. Quando cheguei ao final do corredor, encarei a pequena escada que levava ao quarto andar. Provavelmente ela devesse ter terminado e havia descido por ali mesmo. Estava descendo as escadas quando uma voz gentil chamou minha atenção. Eu observei, ainda do topo da escadaria, a Hyuuga conversar com alguém. Seu rosto estava retorcido e ela aparentava estar irritada. Porém, a outra pessoa não era visível do local onde eu estava.

Estava prestes a descer as escadas ou gritar pelo nome da morena, mas a pessoa desconhecida ao pronunciar-se fizera com que eu estancasse novamente no lugar. Reconhecia aquela voz grave e rouca de qualquer lugar. Aquela voz pertencia ao amigo que sempre esteve ao meu lado, desde a infância.

Não pode simplesmente apagar o passado, Hinata. ― fui capaz de ouvir claramente quando aproximei-me alguns degraus, mas ainda impedindo que eles me vissem ou me escutassem. Eu ainda estava confuso com o que poderia levar Hinata a conversar com Gaara, afinal, ainda quando estávamos todos no colegial, eles nunca foram de papear, nem ao menos se olhavam durante as aulas. ― Principalmente o que aconteceu conosco no Canadá.

É, você está certo... ― escutei a calma voz de Hinata em resposta. ― Não posso simplesmente apagar o que aconteceu. Mas você, melhor do que ninguém, sabe o que eu penso sobre esse ocorrido, Gaara.Ocorrido?, perguntei-me ainda tentando entender o motivo que levava Hinata a conversar tão normalmente com Gaara, afinal, em todos esses anos, nunca cheguei a vê-la ao menos iniciar um diálogo com o ruivo. Novamente meu coração contraiu-se em meu peito. O sentimento perturbador retornou e meu corpo rapidamente reagiu a isto. Minha mãos ficaram gélidas e suor escorria por todos os poros. Era a mesma sensação inquietadora de quando observei a expressão de Gaara àquela noite e de quando lembrei-me de nossa conversa. ― Aquilo não significou nada, Gaara. Foi um erro... Eu estava frágil...

Eu iria descer mais alguns degraus e escutar melhor as frases que escapavam pelas bocas dos dois, mas uma mão impedira-me enquanto segurava meu ombro. Encarei a figura e rapidamente senti um puxão novamente para o quinto andar. Quando finalmente o puxão cessara, eu não ouvia mais a conversa de Hinata com Gaara, mas sim as vozes de enfermeiros, médicos e pacientes percorrendo os corredores.

― Muito bem, Naruto... ― sussurrou Tsunade enquanto colocava as mãos sobre a cintura. ― O que acha que está fazendo passeando pelos corredores do hospital? E ainda por cima... Deixando seu filho sozinho?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que desejam para o próximo? Vamos lá, aceito dicas, opiniões, até mesmo críticas (apenas construtivas, certo? Chegar depreciando é falta de educação e tenho certeza que as mães/pais/avós/avôs de vocês os ensinaram a como falar com os outros, certo? ) ...
Mais uma vez, obrigada Imthor por sua recomendação! Façam como o Imthor... Recomendem uma história e deixem um autor feliz!
Bem, é isso. Tentarei arrumar um tempinho e continuar escrevendo. Beijos e abraços! :*