Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 27
Capítulo 27: Desventuras no Jantar


Notas iniciais do capítulo

#Capítulo betado

Olá meus fofos leitores, tudo bem?
Primeiramente, eu sinto muito se não consegui responder alguns comentários, mas tive vários problemas com a internet e meio que meu navegador anda mais lento que a reforma da quadra de esportes de frente a minha casa... (¬.¬)' Sinto muito mesmo! Mas li todos com o máximo de carinho!

Segundo, esse capítulo teve algumas alterações depois que eu recebi as dicas e revisão da minha beta. Como ela está tendo problemas e está sem computador, talvez eu tenha acabado esquecendo alguma coisa, então... Desde já peço desculpas!

Terceiro, eu estou sentindo falta de alguns leitores que vinham acompanhando. Eu sei que demorei um bom tempo pra atualizar os capítulos, mas estou me esforçando ao máximo pra amenizar isso. Ainda mais que minhas aulas na faculdade irão começar e pelo o que eu vi no meu horário estará bem triste para escrever... :(

Bem, mas era isso... Boa leitura!



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*Hinata*

Suspirei brevemente antes de observar meu reflexo no espelho. Eu realmente não estava com a melhor das aparências. As maçãs de meu rosto que, em minhas memórias mais recentes, tinham um formato cheio e arredondado haviam afinado nessas poucas semanas que passaram. Abri a torneira e lavei minhas mãos. Uma pequena tontura me abatera, mas forcei-me a segurar firmemente a pia de porcelana do banheiro.

De certo modo, eu já estava farta desta situação. Segui caminho rumo ao meu quarto e observei o simples vestido azul de cetim sobre a cama. Segurei firme a felpuda toalha que envolvia meu corpo. Estava receosa, isso era um fato. A simples ligação de Naruto na noite anterior informando-me deste jantar em sua casa ainda me deixava confusa. O relógio sobre a cama marcava exatamente 18:30h, ou seja, faltava menos de meia hora para que o carro do Uzumaki parasse na porta de minha casa.

Vesti-me facilmente e rapidamente me arrependi da roupa escolhida quando vislumbrei as manchas arroxeadas em minha perna direita. Suspirei brevemente seguindo novamente rumo ao guarda-roupa e retirando uma calça jeans preta e um suéter azul de dentro. Não era a melhor das roupas para um jantar em família, mas em certas circunstâncias, era melhor do que nada.

Despi-me e vesti o outro traje. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto e arrumei minha franja em minha testa. O pequeno objeto dourado em meu dedo chamara minha atenção e senti o coração pulsar novamente. Ainda não havíamos comentado nada com nenhum de nossos pais sobre o pedido de casamento que me fizera. Algo me dizia que esse seria o motivo deste jantar.

Encarei novamente o relógio e logo em seguida ouvi batidas na porta. Observei meu reflexo no espelho antes de seguir em direção ao andar inferior e em seguida à porta. A expressão de Naruto era algo impossível de ser descrito. Inicialmente assemelhava-se a surpresa, mas logo em seguida um de seus sorrisos contagiantes surgira e um calor de satisfação percorrera meu corpo desde a ponta dos pés até o último fio de cabelo. Vi-o estender a mão em minha direção logo em seguida.

― Vamos? ― perguntou-me. Sua voz rouca fizera os pelos de meu braço arrepiarem-se. Apenas confirmei com um breve aceno e seguimos até o carro.

Durante o caminho aproveitei para observar o Uzumaki ao meu lado. Naruto usava uma simples camisa de mangas vermelha e uma calça social preta. Os cabelos loiros continuavam rebeldes e desgrenhados, algo que transmitia um certo charme, na minha opinião. Ele encarava a estrada e sem que eu me desse conta, já havíamos chegado em frente a sua casa.

Sai do carro assim que a porta fora aberta por Naruto. Encarei a casa que parecia diferente da última vez em que eu aparecera ali ainda no dia de meu retorno ao Japão. A cor vermelha que cobria as paredes havia sido substituída por um amarelo canário. A porta aparentemente havia recebido um reforço de verniz para ganhar um maior brilho. Lâmpadas haviam sido instaladas fazendo com que o jardim de grama recém-cortada recebessem uma maior claridade.

Entramos na casa e logo pude perceber que minha família já estava presente. Hanabi remexia no celular enquanto minha mãe, meu pai e tia Kushina conversavam no sofá da sala de estar.

― Querida... ― sussurrou minha mãe assim que nossos olhares se cruzaram. ― Que bom que veio...

― Sakura praticamente me obrigara a tirar uma folga. ― murmurei em resposta vendo que tia Kushina forçava-se a não me encarar. Mesmo que eu houvesse chegado sorridente ao notar o comportamento de tia Kushina, o pequeno sorriso desfez antes que eu pudesse evitar. ― Naruto contou a ela sobre o jantar e bem... Ela praticamente me expulsara do hospital.

Encarei o loiro ao meu lado. Naruto encarava a própria mãe e eu meio que senti-me mal por coloca-lo naquela situação. Vi a mulher ruiva erguer-se do sofá e caminhar em direção à cozinha sem dizer ao menos nenhuma palavra. Aparentemente, até mesmo Hanabi que estava prestando muita atenção ao seu redor percebeu essa apatia de tia Kushina para comigo. Minha mãe enviou-me um olhar típico de desculpas e saiu em direção à cozinha. Senti uma mão sobre meu ombro e encarei os olhos azuis de Naruto. Olhos esses que eram o suficiente para acalmar até o mais nebuloso dos corações.

― O jantar está pronto. ― murmurou minha mãe aparecendo na porta que dividia a sala da cozinha. ― Vamos?

A mesa estava definitivamente posta. Arroz branco, risoto de cogumelo Shiitake, salada de Harussame com pepinos japoneses e sopa de gergelim, além da sopa de Missô feita por tia Yume, a minha preferida, enfeitavam a mesa. Uma garrafa de vinho tinto e uma jarra de suco de uva estavam ao lado de um vasilhame com Ebi Sakamushi feito por minha mãe. Uma barca repleta dos mais variados tipos de sushi estava terminando de ser posta na mesa quando finalmente começamos a nos sentar.

Aquela refeição mais parecia um velório do que um jantar em família, como costumávamos fazer durante minha infância e adolescência. Tia Kushina ainda não havia olhado para mim naquela noite. Ela comia vagarosamente sem ao menos deixar algo escapar por sua boca. O silêncio era tanto que já me deixava preocupada. Por mim, qualquer palavra, mesmo não dirigida diretamente a mim, seria o suficiente. Porém, a Uzumaki ruiva não estava disposta a falar nada.

― Mãe... ― murmurou Naruto para a ruiva que simplesmente deixou os talheres sobre o prato. ― Podemos conversar em particular? ― A ruiva simplesmente erguera-se da cadeira e seguira em direção à porta. ― Com licença.

*Naruto*

Caminhei juntamente com minha mãe até o pequeno escritório abaixo das escadarias. Eu já sabia o que minha mãe achava sobre um relacionamento com Hinata, mas também sabia que ela já conhecia minhas intenções e o que eu achava daquele comportamento que vinha dela. Mesmo que ela fosse contrária a isso, era com ela que eu estava feliz e para mim, isso era o mais importante.

― Mãe... Por que está fazendo isso? ― perguntei para ela. Seu olhar era o mesmo de quando meu pai morrera, sem uma única expressão. ― Isso... Esse jantar... É importante para mim.

― Eu acho que já deixei bastante claro o que penso dessa sua ideia de casamento, Naruto... ― balbuciou a mulher em minha frente. Ela cruzara os braços sobre o busto e encarara-me inconformada. ― Sou contra essa sua ideia estúpida de casar-se com alguém que tem um limite de validade imposto sobre si.

― Está realmente ouvindo o que a senhora está dizendo? ― perguntei surpreso com o modo que ela se referira a doença de Hinata. ― Mãe... Eu realmente não estou reconhecendo a senhora. A senhora sempre gostou da Hinata, então... Por quê?

Ela virara as costas e, por um momento, pensei que ela iria repensar minhas palavras, mas assim que ela novamente me encarrara, eu soube que ela estava decidida e, quando Kushina Uzumaki estava decidida, ela se tornava irredutível. Sem que eu percebesse, ela havia acabado de dar seu veredito.

― Porque eu não vejo um futuro para vocês dois, Naruto. ― disse facilmente. ― Por favor, diga a Yume e Hiashi que eu não estou me sentindo muito bem e por isso fui para meu quarto.

A próxima coisa que vi fora a mulher ruivo a quem chamo de mãe sair pela porta. Observei o porta-retratos sobre a mesa. A imagem de meu pai, sorridente enquanto segurava um bebê nos braços. Uma foto que eu fazia questão de guardar o mais perto possível. Será que as coisas seriam diferentes se meu pai ainda estivesse vivo? A pergunta simplesmente surgira em minha mente. Porém, tão rápido quanto ela viera, fora embora.

A sala de janta continuava silenciosa quando cheguei lá. Hinata me encarou preocupada e eu simplesmente deixei um sorriso franco escapar por meus lábios. Não precisava preocupa-la. Eu havia percebido o modo como ela ficara quando minha mãe a ignorara na sala. Eu vi a tristeza em seus olhos, mesmo que ela tentasse disfarçar com um sorriso falso na hora.

― Desculpa a demora... ― sussurrei sentando-me em minha cadeira ao lado de Hinata. ― Minha mãe não está se sentindo muito bem, então foi para o quarto. Ela pediu desculpas por isso. ― murmurei olhando para Hinata. ― Bem, mas vamos continuar com o jantar, não?

[...]

Encarei a casa atrás de Hinata. Aquele era o pior momento para mim, com toda a certeza. Deixar Hinata, no estado atual de saúde em que ela se encontrava, era sempre um tormento. Porém, eu bem conhecia qual seria a resposta dela caso eu desse a belíssima ideia de passar a noite ali.

― Está tudo bem? ― ouvi a voz delicada de Hinata despertando-me dos meus devaneios. Suas mãos seguravam as minhas, entrelaçando nossos dedos. ― Naruto?

― Está tudo bem... ― sussurrei deixando um breve sorriso escapar por meus lábios. Preocupá-la era a única coisa que eu não queria. ― E com você? ― perguntei, mas eu já podia ver a resposta em seu rosto. Hinata estava emagrecendo. Muito, para dizer a verdade. Mesmo que ela não comentasse, eu sabia que seu estado de saúde havia piorado drasticamente desde o seu último desmaio. Ela baixou seu olhar tentando ao máximo não me encarar. ― Hinata... ― sussurrei brevemente erguendo seu queixo e forçando-a a encarar-me. ― Sabe que não precisa mentir para mim, certo?

― Eu estou bem, Naruto. ― sussurrou brevemente. ― Tenho que ir... Amanhã eu vou estar de plantão no hospital, então... Boa noite.

Aproximei-me de si e deixei que meus lábios tocassem sua testa. Vi-a entrar na casa e fechar a porta após um breve aceno com a mão direita. Suspirei lentamente enquanto entrava no meu carro. Com os acontecimentos desta noite, eu não pude fazer o pedido de casamento oficial com nossos pais. Porém, segundo Gaara, em dois meses a OMS iria permitir que as testagens dos tais anticorpos fosse feita em humanos. Em dois meses já deveria leva-la para a Alemanha, onde a pesquisa estava sendo feito. Suspirei pelo o que parecera a milésima vez naquele dia. A apatia de minha mãe somada a minha preocupação com a saúde já fragilizada de Hinata apenas faziam com que minha mente turbulenta prejudicasse qualquer que fosse minha opinião.

Mas eu estaria mentindo se dissesse que esses dois problemas fossem o que mais me deixassem encabulado. Ainda não entendia o que a expressão daquela noite significava. Não sabia o que a expressão de Gaara ao falar de Hinata e da doença queria dizer. Liguei o carro pronto a deixar esse pensamento de lado. De todos os três, aquele deveria ser o que menos deveria me preocupar, mas algo ainda estava estranho, disso eu sabia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Estarei começando a escrever o próximo hoje ainda se Deus me permitir! Creio que farei o máximo até que minhas aulas comecem dia 03, então... Torçam por mim! Beijos e abraços!