Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 22
Capítulo 22: Um Capítulo NaruHina


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas fofas que ainda acompanham a minha fic... Espero que vocês gostem desse capítulo! :D

*Capítulo betado



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*Hinata*

Eu ainda buscava uma explicação, mesmo que todas elas parecessem incoerentes. Mesmo que eu teimasse em fritar meus neurônios, não havia resposta plausível para o sumiço de Naruto logo que Sakura fora enviada a um quarto juntamente do bebê. O mais incoerente era a simples mensagem que ele havia enviado para o telefone celular de Sasuke. Os mais simplórios dizeres de “Desculpe-me, mas não poderei levar Hinata para casa. Você poderia fazer isso por mim, Sasuke?”. Estranhamente simples demais para alguém como Naruto.

Suspirei farta de tentar imaginar o motivo que levara o loiro a abandonar-me no hospital. Encarei as janelas de vidro que do meu quarto, davam-me a visão privilegiada do pôr-do-sol. Uma vertigem invadiu-me de uma forma arrebatadora que para manter-me com os pés no chão, tive que buscar o apoio de uma cadeira. As vertigens, sensações de cansaço e fadiga, dores de cabeça e perda de apetite vinham tornando-se cada vez mais frequente. Eu sabia exatamente o que aquilo significava. Os sintomas do estágio da leucemia estavam constantemente retornando, pois eu não estava usando-me de nenhum tratamento retrógrado para a doença.

O som abafado do toque de meu celular, tornou-se presente. Encarei o visor, ainda com a visão turva, somente após alguns segundos pude reconhecer o nome escrito na tela.

― Alô. ― murmurei enquanto caminhava vagarosamente até minha cama. Deitei-me sobre o colchão, sentindo-o afundar com meu peso.

― Hinatinha, minha flor! ― exclamou Hidan alegremente. ― Como está se sentindo hoje?

― Hidan... ― soltei seu nome com um pouco mais de irritação que o necessário. Ouvi uma risada irônica vindo do outro lado da linha e o som de automóveis passando ao lado, o que dizia-me claramente que ele estava dirigindo. ― Já não falei para não dirigir e falar no celular ao mesmo tempo? É perigoso!

― Hinatinha, eu vivo a base do perigo, achei que já soubesse... ― murmurou o homem do outro lado da linha. ― Mas diga-me a verdade... Como está se sentindo hoje?

― Bem. ― menti. Entretanto, o som irritante de sua risada tomara conta da ligação, então já estava certa que ele sabia que era mentira. ― Qual a graça?

― Aparentemente, você ainda não aprendeu a mentir decentemente. ― falou ― Se está mentindo, isso significa que você não está nada bem. Faça um favor para mim, Hinatinha...

― O quê? ― perguntei irritada com o modo petulante que ele falava.

― Abra a porta do seu esconderijo no meio do nada. ―respondeu.

Ergui-me da cama e caminhei até a janela. Encarei o chão abaixo de mim e um homem de cabelos brancos penteados exageradamente para trás acenava com o telefone em sua mão. Suspirei profundamente desligando o aparelho celular e colocando-o no bolso da calça jeans.

Hidan sorria debochadamente em minha direção assim que escancarei a porta para que ele entrasse. Como se já estivesse familiarizado com o local, debruçou-se no sofá, colocando os pés sobre a mesa de centro. Encarei-o por alguns segundos com descrença e ele sorriu novamente, retirando seus pés.

― Estou um pouco cansada, Hidan. ― murmurei ― Acabei de voltar do hospital, e meus pés estão quase me matando, então se puder ser rápido...

― Não invente desculpas, Hinatinha. ― disse ― Vamos dá uma volta! Sair para comer algo gorduroso e nenhum pouco saudável como antigamente.

― O que você está querendo? ― perguntei confusa com o modo de agir do Hidan. Normalmente ele iria despejar uma bronca sobre mim, depois iria reclamar da minha casa no local menos movimentado da cidade e depois iria embora cantarolando uma música qualquer. Ele nunca me chamaria para comer porcarias.

― Nada. Só passar um tempo com a minha única amiga nessa cidade. ― falou. Encarei-o enquanto cruzava meus braços sobre o peito. Ele soltou um sorriso debochado e riu ― Ok! Ok! Você me pegou. Como sabia que eu estava mentindo?

― Você odeia comer porcarias, Hidan. ― murmurei ― É obcecado por forma física. Nunca iria colocar algo gorduroso dentro da boca. Diga logo de uma vez por todas. O que veio fazer aqui?

― Estou fazendo um favor para aquele seu namoradinho... ― comentou enquanto remexia numa revista sobre a mesinha de centro. Ergui uma das sobrancelhas com a menção de Naruto. O que faria o Uzumaki pedir um favor envolvendo o Hidan? ― Uau... Nem sabia que Coldplay era uma banda de pop-rock... Essas revistas...

― Como assim fazendo um favor? ― perguntei. ― O que o Naruto tem a ver com isso?

― Ele pediu pra eu te levar em lugar, ok? ― resmungou ― Disse pra eu não te contar, mas você sabe que eu detesto guardar segredos né?

― Então tá. ― sussurrei ―Vamos a esse tal lugar...

― Sério?

― Claro. ― disse ― Se o Naruto pediu que você me levasse, então vamos.

*Naruto*

Encarei a mesa a minha frente. Estava magnífica. Os pratos e talheres estavam postos perfeitamente. O vinho, um dos melhores da adega de meu pai, estava pronto para ser servido. E o mais importe. A pequena caixinha preta dentro de meu bolso. Eu podia ter me precipitado com toda essa preparação, ainda mais que alguns dias atrás, Hinata pediu-me que eu não apressasse esse relacionamento, mas, diga-se de passagem, já é óbvio que nos gostamos, então porque não?

Observei o horário marcado no relógio. Se tudo estivesse andando como o planejado, em breve Hidan estacionaria na frente do escritório. Não estava muito certo que as coisas funcionariam tendo o maluco viciado em congestionamento e palavrões como mediador deste encontro, mas em poucos segundos ao lado dele, pude perceber que ele se importava tanto com Hinata quanto eu. Ouvi a campainha e o nervosismo novamente me abateu. Nunca fui de ficar nervoso quando se tratava de mulheres, mas com Hinata, tudo era diferente.

Abri a porta e encarei uma Hyuuga com o semblante irritado, que logo fora amenizando a ver meu rosto. Sorri automaticamente. Sempre era assim. Quando eu estava com ela, os sorrisos simplesmente surgiam espontaneamente. Ela parecia uma princesa de contos de fadas, mesmo que usasse uma camisa polo e calça jeans. Ela era perfeita e exclusivamente feita para mim.

― Ei loiro! ― exclamou uma voz masculina, retirando-me da hipnose que sempre comprometia meus pensamentos quando eu estava ao lado dela. Hidan sorria debochadamente para mim. ― É melhor cuidar bem dela.

E o carro partira em seguida. Encarei Hinata que sorria de alguma piada interna. Ela arrumou uma mecha de cabelo para trás de sua orelha no mesmo instante em que eu abri a porta o suficiente para que ela entrasse.

Meu escritório no centro da cidade não era o melhor lugar para um encontro, ainda mais para o pedido que eu iria fazer, eu sabia perfeitamente. Mas era o máximo que eu podia fazer naquela hora. Hinata observava o local admirada. Estava completamente arrumado, ao contrário da primeira vez que esteve aqui. Shion, minha secretária e grande amiga, fizera o favor de me ajudar com a limpeza. Acompanhei a Hyuuga ainda espantada com o lugar até a mesa arrumada.

Os olhos de Hinata brilharam intensamente e um sorriso divertido surgiu em sua face. Encarei-a por alguns segundos com o pensamento claro que ela riria de toda aquela decoração, mas ela apenas sorriu alegremente para mim. Puxei a cadeira para que ela se sentasse, e logo depois, fiz o mesmo para mim. Ela observava o local sorrindo e assim que pareceu ter assimilado toda aquela pompa, fixou seu olhar em mim. Senti o nervosismo estacionar novamente em minha espinha. “E se ela não aceitasse?” – era esse o pensamento que surgia por minha mente.

― Quando Hidan me disse que você havia pedido para ele me buscar, eu quase não acreditei. ― murmurou a Hyuuga. ― Desde quando você dois conversam?

― Não foi bem uma conversa. ― falei lembrando-me do momento em que havia pedido a Hidan um pequeno favor. ― Foi tipo um acordo.

(FLASH BACK ON)

― Preciso falar com você. ― murmurei ao ver o homem de cabelos brancos. Hidan encarou-me com desconfiança antes de abrir a porta do novo apartamento. Entrei e sentei-me em uma poltrona enquanto ele jogava-se no sofá e esticava as pernas sobre a mesa de centro. Abriu uma cerveja e ofereceu-me outra, mas recusei. ― Como eu disse, vim aqui para falar com você.

― E em que um pobre homem como eu, poderia ajudar você, loiro?

― Você e Hinata são amigos há muito tempo, não é mesmo? ― perguntei enquanto ele solvia um gole da cerveja.

― Quase quatro anos... ― sussurrou. ― Mas por que a pergunta?

― Se eu pedisse um favor para você envolvendo-a, você faria? ― perguntei e o homem de cabelos brancos encarou-me curioso.

― Se isso a deixasse feliz. ― falou enquanto amassava a lata de cerveja e jogava-a dentro do cesto de lixo. ― Hinata já passou por muita coisa nesses últimos anos... Faria tudo para deixa-la feliz, até realizaria um pedido seu, se isso fosse por ela.

― Então...

― O que você tem em mente?

(FLASH BACK OFF)

― Acordo? ― perguntou-me. ― Que tipo de acordo?

― Não é importante... ― falei, tentando ao máximo mudar o rumo da conversa. ― Mas não foi para falar dele que eu pedi que Hidan a trouxesse.

― Então... ― murmurou a Hyuuga. ― Para o quê?

― Primeiramente, eu queria me desculpar com você por abandoná-la no hospital e pedir para Sasuke deixa-la em casa. ― murmurei ― Tive um imprevisto e precisei sair. ― resmunguei enquanto desenroscava o vinho e enchia sua taça, e em seguida a minha. ― Então, aceite isso como um pedido de desculpas...

― Por que eu acho que tem um “ou” implícito no final da sua frase? ― perguntou-me sorrindo minimamente.

― Porque tem. ― respondi. ― Para dizer a verdade, eu queria te fazer um pedido hoje à noite, mas resolvi que só falaria depois do jantar.

― Jantar? ― perguntou-me. ― Naruto, você preparou um jantar?

― Olha, eu posso não saber usar o espremedor de laranjas da sua casa, mas sei muito bem preparar um jantar. ― falei sorrindo. ― E cá entre nós, todos adoram as comidas que eu preparo.

Ela riu brincalhona enquanto eu enchia seu prato com uma calorosa porção de macarronada. Sentei-me vendo-a encarar o prato em expectativa e logo em seguida, experimentar. Enquanto mastigava, meus nervos faltavam explodir em agonia. Ela sorriu minimamente e sussurrou um “delicioso”, baixinho. Sorri.

[...]

O jantar decorreu praticamente calmo. Hinata realmente elogiou-me pela macarronada e disse que achou tão cômica a minha careta de expectativa por sua resposta que não sabia se respondia a verdade ou mentia para deixar-me ainda mais engraçado. Conversamos durante toda a refeição e quando finalmente os pratos se esvaziaram juntamente as taças de vinho, Hinata sorriu em minha direção.

― Agora, Sr. Uzumaki... ― sussurrou ― Pode dizer qual o real motivo de toda essa produção?

Minhas mãos suaram minimamente e deixei um sorriso tímido escapar por meus lábios enquanto eu levantava da cadeira. Os olhos perolados de Hinata mantinham-se presos a cada movimento que eu fazia e quando eu ajoelhei-me em sua frente, seu olhar transformou-se em surpresa.

― Hinata... ― murmurei enquanto retirava a caixinha preta de meu bolso. Não sabia qual seria sua reação e muito menos sua resposta com o pedido que estava prestes a fazer. Entretanto, não passaria a vida inteira magoado por não poder fazê-lo, o que para mim, talvez fosse o maior erro que poderia cometer em toda a minha vida. O rosto pálido da Hyuuga estava compenetrado e eu sabia, que não importa qual fosse a sua resposta, eu a entenderia. ― Eu sei que passamos anos distantes, mas mesmo com quilômetros nos separando, sempre soube que você era a única garota perfeita para mim. Quando você me ligou e disse o tal temido “acabou”, eu não sabia o que fazer. Fiquei desolado, irritado, inconstante. Só então percebi como você era importante para mim. Quando te vi novamente, não sabia o que pensar. Estava certo que não voltaria a tê-la próxima a mim, e não sabia exatamente o que você pensaria de mim quando me visse novamente, mas você sorriu e disse “Olá Naruto”. E só essas palavras foram o suficiente para que todos os sentimentos antes adormecidos retornassem...

― Naruto... ― ela murmurou meu nome francamente.

― Eu não sabia o que você pensava de mim. ― falei ― Quando descobri que eu tinha um filho, pensei que você se afastaria de mim, que tentasse manter distância, mas não. Você continuou do meu lado. E eu te agradeço por isso. ― resmunguei sentindo as mãos suarem novamente. ― Quando descobri da sua doença, eu odiei. Não a você, mas ao fato de que talvez eu a perdesse novamente. Não contei para seus pais, porque eu acreditava em você e sabia que faria a escolha certa, como sempre. Sempre fui egoísta, compulsivo, sei que te magoei demais, mas nunca deixei de te amar... É por isso que... ― falei abrindo a pequena caixa preta e deixando que ela visse o anel pequeno e brilhante. O mesmo anel de anos atrás, que eu fizera questão de buscar na casa de Tia Yumi assim que decidi-me. Os olhos de Hinata marejaram. ― Você aceitaria permanecer o resto de sua vida com esse idiota?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Será que eu deveria continuar ou encerrar a fic daqui? kkkk'
:)