Segunda Temporada De Finalmente Juntos escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 15
Capítulo 15: Entre Família


Notas iniciais do capítulo

#Capítulo betado

Sei que demorei bastante a postar o capítulo... Eu havia escrito e enviado para a minha magnífica beta, mas ela teve uns problemas e só conseguiu reenviar-me hoje. Espero que compreendam e que não tenham desistido dessa história. Boa leitura a todos!



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*Naruto*

Ouvimos uma voz murmurar algo atrás de nós. Quando viramos para encarar a pessoa que estava se aproximando vimos Hanabi olhar curiosa em nossa direção. Hinata que estava ainda abraçada a mim rapidamente ficou em pé e adquiriu uma coloração avermelhada nas bochechas.

― Desculpe atrapalhar o momento de vocês, mas a okaa-san está chamando. – sussurrou a Hyuuga caçula com um sorriso brincalhão no rosto. ― O jantar está pronto.

Acenamos concordando e caminhamos afastados até dentro da casa. Hanabi praticamente sorria se divertindo com a situação constrangedora. Hinata nada disse antes de sentar-se a mesa. Puxei uma cadeira ao seu lado e sentei-me atraindo olhares curiosos em nossa direção, e até mesmo, o olhar confuso de Hinata. Eu apenas sorri minimamente piscando o olho para ela, afinal, eu sou um bom amigo.

― Desculpe-nos a demora. ― disse Hinata olhando para a mãe e para o pai. ― Acabamos conversando sobre os velhos tempos.

― Realmente falavam dos velhos tempos. ― sussurrou Hanabi para a mãe que a olhou confusa ― Eles estavam relembrando os velhos tempos onde estavam juntos.

― Hanabi! ― exclamou Hinata aparentemente corada com a declaração da irmã caçula. Hanabi apenas riu da expressão facial da primogênita Hyuuga e eu nada disse. ― Podemos jantar?

― Claro, eu concordo. – resmunguei. ― Mal vejo a hora de provar seu strogonoff de frango, tia Yumi.

Todos concordaram unanimemente para que déssemos inicio ao jantar. A refeição estava realmente saborosa, tanto que ora ou outra, eu e minha mãe elogiávamos os dotes culinários de tia Yumi. Porém, Hinata ao meu lado ainda permanecia aparentemente nervosa e parecia que por sua mente a ideia de contar a verdade a todos se mantinha como uma dúvida constante.

― Acho que já podemos servir a sobremesa, que tal? ― perguntou tia Yumi olhando para todos naquela mesa. Todos, exceto Hinata acenaram concordando com a ideia, e isso não passou despercebido pela matriarca Hyuuga. ― Algum problema, Hinata?

― Eu... Eu... – murmurava com certo receio. Todos olhavam para ela nesse instante e eu não vi alternativa a não ser dar meu apoio a ela. Eu apertei levemente sua mão fazendo a Hyuuga olhar arregalada para mim. Apenas sorri como se assim eu pudesse dizer que estava tudo bem. ― Preciso contar uma coisa para vocês. Uma coisaAlgo que eu venho escondendo e que acho que é melhor que vocês saibam por mim do que por outra pessoa.

Hiashi, tia Yumi e minha mãe olharam para Hinata confusos e nervosos. Hanabi parecia mais curiosa do que nervosa com a notícia e o modo vagaroso com o qual Hinata conversava com eles.

― Diga logo de uma vez por todas, Hinata. ― exclamou tia Yumi aparentemente agitada com o mistério que Hinata fazia ao demorar com a confissão. ― O que você tem escondido de nós?

― Eu... – murmurou fechando os olhos. Apertei sua mão mais firmemente ao ver algumas lágrimas quererem escorrer por seu rosto. ― Eu tenho leucemia.

O choque fora visível no rosto de todos. Hanabi, que antes estava curiosa com a ideia de sua irmã mais velha dizer revelar um segredo divertido ou algo, possivelmente relacionado a mim, tivera o rosto transformado na velocidade da luz. Minha mãe parecia estar sem palavras, ou pior, sem a capacidade de pensar sobre o que poderia dizer no momento. Hiashi mantinha um olhar arregalado enquanto tia Yumi olhava de Hinata para mim.

― Você sabia disso, Naruto? – perguntou-me rapidamente saindo do estopo. Seus olhos raivosos e ao mesmo tempo chorosos me encaravam como se em seu coração houvessem sido enfiadas milhares de agulhas venenosas. E a pergunta fora direcionada a mim, com certeza devido a calma em que eu havia recebido tal notícia. ― Você sabia disso?

― Eu sabia. – respondi francamente. Não havia como negar, mas aparentemente, tia Yumi não gostara nenhum pouco de ter sido a última a quem a notícia fora dita. Ela olhou para mim ainda por alguns segundos antes de puxar a cadeira e sentar-se novamente. ― Para dizer a verdade, não fora pela Hinata que eu descobri.

― Como assim? ― perguntou minha mãe confusa. ― E por quem fora?

― Por um amigo meu. – disse Hinata voltando a si. Ela parecia ter admitido o erro de não ter dito nada a ninguém antes. ― Quando o Naruto soube, ele quis no mesmo instante contar a todos. Mas eu pedi que ele não contasse. Decidi que seria melhor eu mesma dizer a verdade de uma vez por todas.

― E como você acha que recebemos essa notícia? ― perguntou tia Yumi. ― Hinata... Eu não acredito que você escondeu isso de nós. Desde quando?

― Desde quando eu estava no Canadá. ― respondeu a morena ao meu lado. O olhar de todos novamente se arregalou. ― Eu descobri por acaso. Tentei vários tratamentos, desde a quimioterapia até o banco de medula óssea. Nada até agora funcionou e nunca houve resposta do banco de medula. ― explicou Hinata ― Eu não contei antes para que vocês não se preocupassem. Para que não tivessem falsas esperanças, nem nada. Eu já estou a par do meu destino, mas não seria por causa de um fim certo que eu deixaria vocês sofrerem.

*Hinata*

A minha expressão de mim ainda permanecia intacta. Eu não queria que eles sofressem como eu havia sofrido durante esses mesesanos. Eu já aceitava meu fim, mas não queria que todos sentissem pena ou tentassem com todas as forças algo que eu sabia que não poderia me ajudar.

― Eu me formei em oncologia. Eu tentei ao máximo procurar um tratamento, uma cura. ― sussurrei atraindo a atenção de todos ― Mas tudo o que eu tentei falhou. Briguem comigo se quiserem. Gritem se acharem necessário, mas isso não mudará nada. Gostem ou não, para mim não há cura.

Levantei-me da cadeira e caminhei em direção a saída da casa. Meus pés me levaram novamente para perto do lago artificial. Sentei-me no píer a observar novamente a lua enquanto lágrimas escorriam por meu rosto. Eu sentia um grande alivio e uma grande dor ao mesmo tempo. Alívio por finalmente, desabafar. Dor, por permitir que eles se sentissem mal.

Senti a presença de alguém atrás de mim e quando olhei para trás, minha mãe apareceu em meu campo de visão. Seus olhos levemente avermelhados por causa do choro. Seus cabelos negros com fios esbranquiçados a esvoaçarem com a brisa calma que corria pelo ar.

― Okaa-san... Desculpe-me... ― falei com a voz embargada por causa do choro recente. ― Desculpe-me.

Ela caminhou até mim e sentou-se ao meu lado. Seus braços fiéis e protetores a envolver meus ombros com um carinho silencioso. Era como se eu voltasse a ser uma criança de sete anos, que corria para um abraço após chegar chorando em casa. E lá estava eu. Abraçada como um bebê a chorar baixinho no colo da mãe. Ela acariciava meus cabelos enquanto murmurava palavras como: “Ficará tudo bem”, “Não se preocupe” e a melhor de todas, “Eu te amo”. Fui fechando os olhos aos poucos enquanto os carinhos aumentavam na mesma proporção que meus soluços diminuíam. Quando dei por mim, eu já adormecia.

[...]

Acordei com os raios luminosos do sol a entrarem pela janela. Meus olhos desacostumados com a luminosidade ardiam, impedindo-me de abri-los de uma única vez. Com a mão tampando a pouca luz pude observar onde eu estava. Estava deitada na minha cama. Em minha casa nova. Em um sofá mais adiante pude definir a forma de um corpo humano deitado de mau jeito no estofado. Naruto estava adormecido no sofá do meu quarto.

Aproximei-me dele. Seus cabelos loiros meio rebeldes insistiam em cair por sua testa. A expressão serena durante o sono e um mínimo sorriso nos lábios ainda me deixavam encantada, mesmo depois de tanto tempo. Virei, ficando de costas e afastando-me dele ao deparar-me com o rumo que meus pensamentos seguiam. Não podia prendê-lo novamente.

― Bom dia. ― sussurrou uma voz masculina atrás de mim. Não podia acreditar que ele havia acordado. ― Já acordou?

― Já. ― respondi rapidamente e aparentemente corando. Suspirei profundamente para recuperar a razão a pouco perdida. ― Como eu vim parar aqui?

― Você acabou dormindo depois de chorar. Tia Yumi pediu que eu te deixasse em casa quando fosse embora. ― disse ficando de pé e aproximando-se de mim. Eu não quis e nem consegui me desviar de sua mão quando tocou meu rosto. ― Você conseguiu. Como se sente?

― Melhor. ― sussurrei ― Mais livre. Menos preocupada. Eu só não queria que eles sofressem por minha causa.

― Hinata, isso não cabe a você escolher. ― falou o loiro olhando profundamente em meus olhos ― Eles são sua família. É direito de eles deles saberem a verdade por você.

― Obrigada, Naruto. ― sussurrei ― Mas... Por que você ficou aqui depois de me deixar?

― Eu queria ter certeza que você ficaria bem. ― murmurou francamente. E sem que eu me desse conta, um mínimo sorriso brotara de meus lábios contra minha vontade. ― Hinata... Eu...

Não sei bem o que aconteceu em seguida, mas de alguma forma, meu corpo não seguira o conselho insistente de minha mente para que eu me afastasse dele. Para que eu não ficasse próxima de seu corpo, de seu perfume e muito menos de sua voz. A única coisa que eu senti fora meus lábios esbarrando nos dele e minhas mãos envolverem seu pescoço quando as suas alcançaram minha cintura.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Aguardo comentários sobre o que acharam dessa parte e quem sabe, alguma nova recomendação. Beijos e até em breve!